Capitulo trinta e seiS
IRMÃOS FERRARI
A
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dquiri certo
conhecimento nos últimos dias. Descobri que Randy é na verdade meu pai
biológico. Descobri também que Kakau está em busca de vingança contra sua mãe.
O colar que estava comigo todo esse tempo era na verdade um pen drive que
continha um arquivo em PDF no formato .VNB que continha um manual de instruções
feio em 2009 para a construção da empresa Eternia. Na verdade pelo o que
pesquisei a construção durou 10 anos e foi finalizada agora esse ano. No mesmo
PDF havia uma folha escrito ‘The Company’ (A Companhia). Logo abaixo havia uma
lista com 13 nomes, mas ela estava corrompida e tudo o que se podia ler eram 2
nomes completos e o primeiro nome. Leroy tentava recuperar o resto. O amigo de
Kakau que trabalha na empresa da mãe de Kakau disse que esse arquivo ajudaria
Kakau a descobrir mais sobre a morte do pai dela, mas nenhum de nós conseguiu
fazer nenhuma relação.
Na verdade eu tinha me lembrado de algo que talvez tivesse relação com
essa tal de ‘Companhia’. A alguns dias atrás tinha visto uma reportagem sobre a
quadrilha de ladrão de órgãos a qual eu estava fugindo. Alguns corpos tinham
sido encontrados descartados de forma ritualística. Colocados de forma fúnebre,
o local enfeitado com imagens de Baphomet e velas pretas. As paredes estavam
cheias de símbolos pagãos desenhados com o próprio sangue das vítimas e em
todas as cenas de crime um cartão de visitas prateado havia sido encontrado.
Nele estava escrito apena uma coisa: ‘A Companhia’. Fico me perguntando se
existe alguma relação entre essas duas coisas. No fim das contas talvez o
arquivo corrompido talvez não seja de grande importância. Por isso o amigo
hacker de Kakau, Jack Henderson, o colocou por último. Para evitar que a página
do manual fosse danificada. Talvez devêssemos ler todas as páginas daquele
manual do ‘Projeto Posto Avançado’ para ver se encontramos algo relevante.
Outra coisa que tinha descoberto nesses últimos dias foi que Eddie é
estéril. Talvez esteja apostando grande levando em consideração os sintomas que
ele tinha descrito em tom de brincadeira durante uma conversa, mas se ele teve
mesmo Caxumba na época que viveu no Brasil e ela atingiu os seus testículos ele
não pode ter filhos. Essa é a chantagem que eu precisava para descobrir de vez
por todas o que aconteceu com Ellen Li. Me sinto mal por ter que chantagear
Agnes, mas se eu tenho quase certeza de que os maridos não fazem ideia do que
acontece naquela rua. Estou a tempo suficiente naquele lugar para saber que são
as mulheres que mandam naquele lugar. São elas que guardam os segredos. É por
isso que não uso o que vi no banheiro contra Eddie. Tenho medo de que ele não
saiba de nada eu acabe contando ao
chantageá-lo.
Apesar de todo esse conhecimento adquirido decidi deixar tudo isso de
lado até que eu obtenha confirmação do meu casamento com Cory na terça. Isso
daria tempo para que Leroy trabalhe no arquivo corrompido. Hoje é sábado e Cory
tinha prometi ir até a Scorpio Peppermint passar a noite comigo e tinha até
algumas sacanagens preparadas. Cory estava deitado ao meu lado. Ele tinha
trabalhado a noite toda e tinha chegado em casa a pouco. Tinha tomado um banho
e desmaiado ao meu lado depois de um longo beijo. Eu estava terminando o quarto
capítulo do livro de ‘Os Novos Adão e Eva’ (o livro que Sam tinha trago para
mim) e Cory dormia profundamente ao meu lado roncando como um porco e babando
no travesseiro como um bebê.
- você é tão fofo dormindo – falei passando a mão nos cabelos dele e
rindo enquanto descia a mão pelo rosto sentindo a barba cerrada – deixei o
livro de lado por um tempo e fiquei pensando nas coisas que aconteceram até
aqui. No começo não nos dávamos bem e agora Cory e eu estávamos quase caminhando
em direção ao altar. Esse era o nosso próximo passo e em meio a isso tudo não
deixo de pensar em Bruce. Faz um bom tempo que não o vejo e nem converso com
ele. Bruce foi importante pra mim. Cory foi o primeiro homem que me fez
ejacular, gozar sem que eu precisasse me masturbar. Apenas socando fundo seu
caralho em mim ele consegue me fazer jorrar longe meu esperma e ele consegue
repetir essa proeza quase toda vez que fodemos, mas foi Bruce que me fez
descobrir a mágica do Orgasmo Anal. Foi com ele (naquele fim de semana no
chalé) que eu descobri que um cacete bem metido no meu cuzinho pode me fazer
gozar por dentro. Ante de Bruce tudo o que sentia com os homens era dor e
pressão no meu rabo. Eu pedia a Deus que tudo acabasse e os caras gozassem
logo.
Além de ter me ensinado muito na cama, Bruce foi um cara que me ensinou
bastante fora dela. Claro que ele tinha seus problemas e eu simpatizava com ele
nesse sentido. Ambos tivemos infâncias conturbadas. No fim das contas foi ele
quem dirigiu milhares de quilômetros e foi atrás de mim quando eu fugi. Sei que
estou ao lado do Cory nessa cama, mas não posso deixar de me importar com ele.
Terminei de ler o capítulo do livro e decidi
começar o meu dia. Depois do banho para despertar desci as escadas e
coloquei uma música para tocar. Torci para que nenhuma ‘mensagem secreta’
viesse delas. Kakau se tornou um pouco distante desde que tínhamos visto o
conteúdo do pen drive. Acho que ela estava passando bastante tempo na casa do
Leroy enquanto ele trabalhava na recuperação do arquivo e na leitura dele por
completo. Além disso achei que ela merecia um tempo sozinha levando em
consideração todo o peso que ela carregava sobre o passado de seu pai.
Decidi que eu merecia um café da manhã tipicamente americano. Enquanto
os ovos e o bacon fritavam eu continuei a ler os livro enquanto a música tocava
de fundo. O livro estava deveras interessante. Acho que vou terminar de lê-lo
antes mesmo do que eu imaginei. Movia o garfo virando as fatias de bacon e
coloquei o livro virado com as páginas abertas no balcão para não perder onde
eu estava. Coloquei o bacon no prato com os ovos e ouvi a campainha tocar. Fui
até a porta e quando eu a abri vi um homem de cabelos curtos, já com entradas,
olhos verdes e apesar de ter barba ela estava bem feita e aparada. Ele usava
óculos de grau e usava uma camisa social azul. Ele parecia ter uns 47 anos.
- bom dia – falou ele olhando para mim parecendo meio perdido.
- bom dia, olha eu não quero comprar nada… - falei olhando para a rua e
respirando fundo.
- eu não estou vendendo nada – falou ele rindo – na verdade eu estou
procurando pela casa do meu irmão e como eu não sei exatamente como ele mora eu
decidi bater na porta da primeira casa.
- nossa, me desculpa – falei rindo e sando para fora – meu nome é Caleb
Winchester, mas o senhor pode me chamar Kai – falei apertando a mão dele.
- prazer Kai. Meu nome é Frank Ferrari e estou à procura da casa do meu
irmão Bruce Ferrari, sua esposa Daisy e minha sobrinha favorita Alice – falou
ele mostrando um presente que tinha em sua mão – eu trouxe para ela – falou ele
com um sorriso – você os conhece?
- o senhor é irmão do Bruce? – perguntei confuso franzindo a resta.
- o Senhor está no seu garoto – falou ele rindo – e sim, sou irmão do
Bruce. Meio irmão por parte de pai na verdade. Nós nos conhecemos recentemente
levando em consideração a nossa idade. Eu sempre soube desde criança que eu
tinha um irmão mais novo, mas só tive coragem de procura-lo recentemente e em
2007 eu consegui encontra-lo. Na época eles viviam na Pensilvânia. Eu tentei
manter contato por um tempo e até deu certo durante dois ou três anos, mas se
você conhece o Bruce você também sabe que ele é meio estourado – falou Frank
fazendo gestos. No fim das contas nós acabamos brigando feio, eu perdi contato
e alguns meses depois quando eu resolvi procura-lo eu descobri que ele tinha
largado tudo para traz e se mudado.
- legal da sua parte vir atrás dele.
- não vou dizer que foi fácil – falou Frank rindo – Contratei um
detetive particular, mas de 2010 pra cá eles moraram tipo em uns 20 lugares
diferentes e quase sempre eles se mudavam da noite pro dia e quase nunca eram
amigos dos vizinhos.
- estranho – falei olhando para o outro lado da rua onde era a casa do
Bruce – tive uma ideia! – falei olhando para Frank – porque você não fica aqui
em casa e eu vou lá no Bruce e peço para vir aqui? Dessa forma ele não vai
poder bater a porta na sua cara ou fazer coisa parecida.
- você faria isso por mim?
- claro – falei abrindo a porta – você pode entrar e ficar a vontade.
Tem cerveja na geladeira e o que você precisar. Eu vou lá bem rápido e já volto
– falei apontando para a casa com dois carros estacionados na garagem – Bruce é
o mecânico da rua.
- se você não se incomoda – falou Frank com um meio sorriso – eu vou
estar aqui esperando quando você voltar.
- tudo bem – fechei a porta e sai correndo até o outro lado da rua e
passei pelos dois carros. Fui até a garagem e vi as pernas de Bruce de fora de
um carro. Ele estava usando um macacão trabalhando em um carro – bom dia Sr.
Ferrari – falei respirando ofegante.
- bom dia – falou Bruce saindo de baixo do carro parecendo surpreso ao
me ver – Kai? Bom dia! – ele se levantou rápido e apertou minha mão – a quanto
tem tempo! Precisa de alguma coisa?
- na verdade sim. Minha pia está entupida. Cory chegou do trabalho
cansado e sei que é sacanagem aparecer só quando preciso de seus dotes… manuais
– falei rindo e Bruce riu sem graça coçando a cabeça – mas será que você
poderia me ajudar?
- claro – falou ele limpando a graxa das mãos com um pano e pegando um
cigarro ele o colocou na boca – eu só vou fumar um cigarro, pegar a caixa de
ferramentas e chego lá daqui a pouco – ele pegou o isqueiro e o acendeu.
- valeu – falei me virando de costas e atravessei a rua de volta. Ao
entrar em casa vi Frank sentado próximo ao balcão tomando um gole de uma
Budweiser e percebi também que ele havia comido um pouco do bacon que tinha
deixado no prato – voltei – falei dando a volta no balcão.
- nossa, você deve me achar um cara muito folgado – falou ele rindo.
Desculpa ter comido o seu café da manhã, mas é que ele estava com uma cara boa
e precisava ser devorado antes de esfriar – falou ele rindo.
- não tem problema. Eu faço mais – falei indo até a geladeira – afinal
teremos mais companhia em breve – peguei a caixa de ovos e o bacon no freezer.
- e então, qual a sua relação com o Bruce? – perguntou Frank tomando um
gole da cerveja.
- nenhuma, nós somos apenas vizinhos.
- certeza? – perguntou Frank franzindo a testa – porque eu sempre achei
que Bruce tinha vocação pra… você sabe… ‘morder a fronha’
- o que faz você pensar que eu gay, meu chapa? – falei jogando o bacon em
cima da pia e pegando a faca olhando para ele. Claro que era apenas tipo.
- desculpa – falou ele levantando as duas mãos rindo – eu sei que não
deveria supor nada, mas algo em você me deu essa impressão. Além do mais tem
alguns porta-retratos na sala de você abraçado com outro homem. Imaginei que
fosse seu marido.
- porta-retratos? – perguntei curioso indo até a sala de estar e olhando
em cima do piano vi três fotografias em porta retratos. Uma das fotos era de
Cory e eu na cama deitados juntos na cama tiradas com o celular dele. Outra
foto foi em uma festa que fomos na casa de Eddie. Nós dois abraçados com os
narizes tocando. A terceira foto era de Cory na piscina com óculos escuros e eu
abraçado atrás dele. Essa foto foi tirada quando nós fomos parque aquático Wet
Dreams junto com nossos amigos de Moracea Lane. Nunca vou esquecer de quão
divertido foi. Além do mais nunca tinha ido a um parque aquático antes na minha
vida.
Coloquei o porta retrato de volta no piano e fiquei pensando em quando
Cory os tinha colocado ali. Deve ter sido essa manhã. Ele deve ter feito uma
surpresa pra mim porque ele sabe que eu sempre toco piano.
- tudo bem – falei voltando a cozinha – você venceu. Sim eu sou gay –
falei colocando o bacon na frigideira.
- e então? é rude perguntar se você finalmente o tirou do armário?
- mais ou menos – falei olhando Frank – Bruce eu trepamos – falei
lembrando – trepamos pra caralho pra dizer a verdade. Ele então pediu divórcio
da esposa os dois vivem como amigos.
- isso é brincadeira? – perguntou Frank rindo.
- não. Foi você que perguntou – falei dando os ombros rindo – acho
melhor de colocar a par dos assuntos antes dele chegar.
- ok – falou Frank tomando outro gole da cerveja dele – vou tentar
esquecer o fato de que você é casado, deve ser uma coisa gay ou algo do tipo.
Estou tentando não julgar – falou ele pegando o livro que eu lia e vendo a capa
– tem algo a mais que você queira me falar?
- não. Basicamente isso – falei quebrando os ovos na frigideira.
- ‘Os Novos Adão e Eva’ – falou Frank – esse livro é bom? – perguntou
ele curioso.
- é sim – falei colocando os ovos em um prato junto com o bacon e
levando até o balcão.
- sobre o que é?
- é um Conto Épico-narrativo – falei respirando fundo colocando as mãos
sob o balcão – conta a historia sobre a criação do mundo. Deus criou Adão e Eva
e eles tiveram descendentes. Um dos Anjos mais fiéis a Deus, na história ele se
chama Seraphim, se apaixona por uma das filhas dos ‘homens de barro’ chamada
Medusa. Esse anjo acaba descendo á terra e se relacionando com Medusa e eles
tem um casal de filhos que eles chamam de Netuno e Galatea. Esses ‘Novos Adão e
Eva’ são metade-humano e metade-anjos – falei voltando a fogão.
- só isso? – perguntou Frank.
- só li até essa parte – falei colocando mais bacon na frigideira – pelo
o que estava lendo quando você chegou, quando os filhos completam 9 anos Seraphim
começa a passar seu conhecimento a eles.
- que tipo e conhecimento? – perguntou Frank foleando o livro.
- conhecimento sobre caça, pesca, agricultura, feitiçaria, arte da forja,
magia, adivinhação e inúmeras outras coisas que eu ainda não li.
Nesse momento ouvi duas batidas na porta e ela se abriu. ‘Estou
entrando’ disse Bruce fechando a porta e caminhando em direção ao cozinha com
sua caixa de ferramentas. Ele viu que havia um homem de costas, mas não viu
quem era até que ele chegou á cozinha.
- espero que eu não tenha demorado – falou Bruce com um meio sorriso
chegando a cozinha olhando para Frank.
- olá irmão – falou Frank levantando e respirando fundo ele estendeu a
mão.
- Frank? O que… o que você está fazendo aqui? – Bruce apertou a mão dele
surpreso olhando para mim e depois de volta para o irmão.
- é assim que você me recebe depois de todos esses anos sem me ver? –
perguntou Frank rindo – a propósito, obrigado por ter avisado que ia se mudar
ou ter pelo menos me enviado uma carta – falou Frank irônico.
- me desculpa é que… muita coisa aconteceu – falou Bruce rindo sem graça
– o que ele está fazendo aqui? – perguntou Bruce olhando para mim.
- ele apareceu aqui pedindo informação e eu disse que te conhecia –
falei indo até a geladeira e pegando uma cerveja e depois de abrir ofereci a
Bruce que pegou e tomou um gole – acabou que ele me contou sobre como você se
mudou sem dar informações e sobre como a relação de vocês nunca foi das
melhores então achei que se Maomé foge da Montanha, fosse melhor convidar Maomé
sem que ele soubesse que a Montanha estava aqui.
- ótima analogia – falou Bruce rindo e olhando para Frank – olha… sinto
muito por ter ido embora sem avisar nada, mas é que na época Daisy e eu
estávamos sem dinheiro e tivemos que fazer algo que eu não tenho orgulho de
dizer.
- deixa eu adivinhar – falou Frank rindo – fugiram a noite para não
pagar o aluguel e as contas.
- exato – falou Bruce sem graça – passamos por uma péssima fase antes de
conseguirmos nos estabilizar.
- você poderia ter pedido por ajuda – falou Frank tomando um gole de sua
cerveja colocando a mão no ombro de Bruce – eu teria te dado algum dinheiro.
- até parece que eu ia aceitar – falou Bruce tomando um gole de sua
cerveja.
- esse é o seu problema, você sempre foi muito orgulhoso – falou Frank
rindo – mas não adianta tentar fugir novamente porquê dessa vez eu não pretendo
deixar você escapar – falou ele rindo e mostrando o presente que tinha trago
para Alice – trouxe algo para minha sobrinha. Onde ela está?
- Alice está em uma festa na casa Kappa, mas tenho certeza que ela vai
adorar te ver – falou Bruce olhando para mim.
- fico feliz por vocês estarem se dando bem no fim das contas – falei me
aproximando – e fico mais feliz ainda por você não estar bravo comigo Bruce –
falei apertando os lábios envergonhado.
- não consigo ficar bravo com você – falou ele rindo.
- então sentem-se e vamos comer os ovos com bacon que eu fiz com muito
carinho porque estão esfriando – falei me sentando á mesa e os dois se sentaram
logo em seguida. Me servi com suco e os dois preferiram suas cervejas.
Ali durante aquele café da manhã improvisado conversando com Bruce e seu
meio irmão Frank pude perceber que talvez a minha aflição quanto a Bruce fosse
infundada. Bruce parecia feliz. Pelas coisas que ele disse eu senti que ele
estava contente como as coisas estavam. Pela primeira vez na vida ele disse que
Daisy e ele estavam se dando bem. Não como um casal, mas como amigos que agora
viviam sob o mesmo teto e conseguiam viver vidas separadas sem toda aquela
possessão doentia de Bruce.
- fico feliz que você está bem – falei tomando um gole do meu suco e me
levantando enquanto recolhia as louças e levava a pia – confesso que andava um
pouco preocupado com você Bruce – falei voltando a mesa.
- eu estou bem Kai, de verdade – falou ele apertando os lábios e olhando
para mim – na verdade a minha ausência essas últimas semana é prova disso.
Prometi a mi mesmo que ia sair para me divertir e não ia ficar apenas socado em
casa.
- isso é bom – falou Frank rindo e tomando um gole de sua cerveja.
- é sério? – perguntei curioso – e você está saindo com alguém firme?
- que nada – falou Bruce tirando um cigarro da carteira – posso fumar?
- pode sim – falei me levantando e pegando um cinzeiro colocando em cima
da mesa enquanto Bruce assoprava a fumaça e lambia os lábios.
- como eu ia dizendo – falou Bruce tomando um gole de sua cerveja – eu
não tenho ninguém firme. Só estou tendo encontros casuais através de alguns
aplicativos como o Tinder ou o DaddyHunt – falou Bruce rindo sem graça levando
o cigarro até a boca tragando o cigarro.
- resumindo – falou Frank sem direto – meu irmão trabalha o dia todo e
quando chega o fim do dia ele relaxa enquanto alguém rebola bem gostoso na pica
dele. Seja usando o cu ou a xota – Bruce pareceu puto ao ouvir Frank dizer
aquilo.
- deixa de ser inconveniente Frank – falou Bruce com raiva.
- não precisa ficar envergonhado Bruce. Você merece ser um pouco ‘safado’
depois da infância e adolescência de que teve – falou Frank rindo e apoiando a
mão no ombro de Bruce enquanto tomava um gole de sua cerveja.
- eu concordo – falei apertando os lábios – vai que em um desses
encontros casuais, em uma dessas fodas você acaba não acaba se apegado ao
‘rebolado’ e se apaixona?
- quem sabe – falou Bruce tomando um gole de sua cerveja.
Continuamos a conversa enquanto eu ajeitava a cozinha, mas Bruce tinha
que voltar ao trabalho e Frank foi com ele. Estava ansioso para ir ao trabalho
essa noite. Passei a o dia todo imaginando o que Cory tinha planejado para a
noite e quando ela chegou eu já tinha um monte de coisas em minha cabeça.
Estava pronto para ir ao trabalho e Cory ainda dormia. Era pouco mais de seis e
meia da noite quando eu fui até o quarto me despedir dele. Cory estava dormindo
profundamente e eu me sentei na cama e coloquei a mão em seu peito. O cobertor
cobria até sua cintura.
- Cory! Estou indo para o trabalho – falei sacudindo-o.
- mas já? – perguntou ele se espreguiçando – porque você não me acordou
antes? Para eu te levar?
- não precisa. Você trabalhou quase 19 horas seguidas. Você precisava
dormir. Vou pegar um Uber.
- eu não esqueci da nossa noite – falou ele bocejando e acariciando meu
braço.
- acho bom que não tenha, porque eu não esqueci – falei rindo. Cory me
puxou e eu me inclinei e nós demos dois selinhos.
- vou estar lá por volta das 21:30. Okay?
- okay – falei me levantando – você vai levar mais alguém?
- sim. Combinei com os caras lá da delegacia. O Denis, o Tom… os caras
que você conhece.
- tudo bem – falei indo até a porta – eu te amo – mandei um beijo e sai
do quarto pegando o celular do bolso chamando um Uber. Quando cheguei no
trabalho senti um arrepio na espinha ao passar pela porta que levava ao salão
principal. Olhei logo para as mesas e tive medo de ver Randy afinal ele sempre
estava lá. Para minha sorte ele não estava. O primeiro a vir na minha direção
foi Samuel que apertou minha mão.
- bem vindo de volta Kai – falou ele com um sorriso – como você está?
- bem melhor, na verdade devo agradecer ao livro que você levou – falei
seguindo-o até o bar – ele é bom pra caramba. Estou na metade já.
- eu sabia que você ia gostar – falou Sam acenando para Ed que se
aproximou ao lado de Agnes. Levei um susto ao vê-la.
- Agnes? – perguntei surpreso dando um abraço nela – você por aqui? –
olhei para Ed e ele apertou os lábios e respirou fundo.
- pois é… - falou ela olhando em volta – resolvi dar uma passadinha aqui
e ver como são as coisas – falou ela olhando para Ed – percebi que estava sendo
injusta e quando Ed me disse que hoje é a noite das Drag Queens eu decidi que
deveria vir e dar uma mãozinha e ajudar a costurar a roupa dos dançarinos e a dar
uma de “diretora artística” e eu acabei ajudando a planejar também o cenário
para a performance dessa noite – falei ela ajeitando o cabelo e ajeitando a
bolsa no ombro.
- então você já está indo embora? Não vai ficar pra assistir as
apresentações?
- não – falou ela rindo sem graça – já muito ter vindo até aqui… quem abe
outro dia.
- eu até insisti pra ela ficar, mas Agnes é uma mulher muito difícil de
lidar – falou Ed rindo e dando um beijo no rosto dela – acho que essa é a
primeira vez que ela vem aqui desde que eu comprei esse lugar. Não é amor?
- sim – falou Agnes pensativa. A expressão dela era enigmática. Era como
se ela estivesse lembrando do dia em que estivera naquele lugar – acho que sim
– falou ela parecendo um pouco abatida.
- foi n a noite em que eu fechei o negócio com o antigo dono daqui e eu
comprei esse lugar – falou Ed passando o braço por trás de Agnes – eu nem
lembro mais o nome do cara.
- Fabian Synclair – falou Agnes quase que interrompendo a fala de Ed.
Ela parecia um pouco dispersa.
- isso mesmo – falou Ed.
- acho que já vou – falou Agnes olhando para Eddie dando um selo em sua
boca e olhando para mim ela me deu um abraço – tenham uma ótima noite de
trabalho – falou ela atravessando o salão.
- fico feliz que você esteja de volta Kai! – falou Ed passando o braço
por trás de mim me puxando através do salão e apontando para uma das mesas mais
caras. Aquelas acolchoadas onde se podia ter certa ‘privacidade’. Se é que pode
se dizer que tem privacidade naquele lugar – ela está reservada para Cory e
seus convidados.
- quer dizer que Cory fez reservas? – perguntei curioso.
- claro que sim – falou Eddie rindo – ele deve ter muita coisa planejada
pra hoje à noite.
- tenho até medo do que seja – falei rindo.
- está tudo pronto chefinho – falou uma mulher se aproximando. Percebi
depois de um tempo que na verdade era uma Drag.
- Kai, essa daqui é Winter.
- muito prazer – falou a Drag usando um terninho e uma cartola – meu
verdadeiro nome é Tate Quentin, mas hoje à noite eu sou Winter – falou ela
dando uma voltinha. Parecia ser uma Drag mais performática e pelo o que percebi
usaria a voz. Não estava usando aquela maquiagem pesada, mas estava muito
bonita.
- você é bonita… ou bonito… não sei como você prefere ser chamado.
- tanto faz – falou ele dando ombros – algumas Drags levam isso muito a
sério, mas eu sou mais de boa – falou ela rindo.
- o que você vai cantar? – perguntei ansioso.
- não gosto de revelar o setlist antes da hora, mas você pode esperar um
pouco de Nicki Minaj, Bee Gees e talvez eu termine com algum clássico do The
Who.
- Bastante eclético. Gostei – falei juntando as mãos.
- Preciso falar com Kai em particular. Você está linda! Estou ansioso
para ver o que você preparou para o show de hoje.
- Valeu chefinho. Foi bom te conhecer Kai! – falou Winter se virando e
indo embora.
- o que você quer conversar? – perguntei seguindo Ed que me soltou.
- eu só queria agradecer por não ter dito nada para a Agnes sobre o que
você viu naquele dia… você sabe – falou ele respirando fundo.
- esquece isso Ed – falei me lembrando da possibilidade dos quíntuplos
não serem filhos dele – eu só quero esquecer isso e ter uma noite de trabalho
normal.
- okay – falou ele colocando a mão no meu ombro – vou fazer o possível
pra você ter uma boa noite.
A Casa abriu a noite começou muito bem. Claro que antes de Winter subir
ao palco algumas Drags dublaram algumas músicas. Ariana Grande, Gloria Gaynor,
Laura Pausini e no momento 4 delas dublavam um mash-up entre ‘I Am the Best’ do
2NE1 e ‘Ddu-Du Ddu-Du’ do BLACKPINK acompanhadas de 8 dançarina. Essa seria a
última canção antes de anunciarem Winter. Tinha acabado de servir a mesa 26 e
eu olhei para a mesa reservada e ela continuava vazia. Era pouco mais de dez e
meia da noite e Cory ainda não tinha aparecido ou ligado. Voltei até o bar e
coloquei a bandeja em cima do balcão e peguei o celular.
- essas garotas são talentosas, não é? – perguntou Sam admirado com a
apresentação.
- são sim, foda demais – falei olhando rapidamente após ter enviando
outra mensagem para Cory perguntando se tinha acontecido alguma coisa. Não
aceitaria nenhuma desculpa que fosse menos do que um tiro.
- você parece preocupado com alguma coisa.
- não é nada – falei respirando fundo – é que o filho da puta do Cory
disse que viria hoje tomar umas cervejas e passar um tempo comigo, mas o
cachorro nem atende o telefone – falei rindo sarcástico – Ele que me aguarde.
Vai dormir no sofá… no sofá não. No chão da sala.
Nesse momento as luzes se apagaram e foi anunciado o nome de Winter e a
casa toda vibrou. ‘Let's Have a Kiki’ começou a tocar e então Sem tocou meu
ombro.
- Acho que você deveria dar uma olhada na turma que acabou de chegar
antes de punir o Cory – falou Sam aportando para a entrada da casa. Eddie
estava recebendo Cory e Tom. Percebi que Denis (marido de Zara) não estava como
Cory tinha dito. Logo tomei um susto ao ver que com ele estava Bruce, seu irmão
Frank e o agente infiltrado Pedro Ballard.
- finalmente – falei aliviado vendo Cory vir na minha direção
acompanhado dos outros.
- já era sem tempo! Você quase ganhou uma temporada inteira dormindo no
sofá – falei abraçando Cory e dando um selo em sua boca – boa noite, sejam bem
vindos ao Scorpio Peppermint – falei apertando a mão de Tom – que surpresa ver
vocês aqui – falei cumprimentando Bruce, Frank e Pedro.
- Denis não conseguiu vir – falou Cory colocando a mão na minha cintura
– decidi convidar Bruce e ele me disse que eles tomaram café da manhã lá em
casa hoje.
- é verdade – falei olhando para Bruce – eu meio que intermediei o
reencontro dos dois – falei rindo sem graça.
- e nós viemos comemorar – falou Bruce estendendo a mão e eu a apertei.
- senhores, deixe que eu os levo até a sua mesa – ao chegarmos retirei a
plaquinha de reservado e os deixei a vontade. A disposição ficou a seguinte: O
Agente Pedro, Tom, Frank, Bruce e Cory na outra ponta. A mesa formava um ‘U’
acolchoado – vocês querem pedir alguma coisa?
- 2 Heineken pra mim e pro meu irmão – falou Bruce.
- Blade! – falou Tom levantando a mão!
- Budweiser – falou Pedro.
- quanto custa comer o garçom? – perguntou Cory rindo colocando o
celular em cima tirando um cigarro da carteira e colocando na boca – ainda não
olhei o cardápio para ver as outras opções, mas o que estou agora já me deixou
interessado.
- olha, depende – falei anotando os pedidos.
- do que? – perguntou o Frank pegando um dos cigarros de Cory.
- se apenas o Cory comer é um preço, mas se todos os 5 me comerem ai
será bem mais caro.
- puta que pariu – falou Cory assoprando a fumaça começando a rir.
- o que é? – perguntei olhando para ele – eu só estou brincando!
- ótima piada pra começar a noite – falou Tom rindo. Percebi que Bruce
ficou vermelho e Frank olhou para ele e começou a curtir com a cara dele.
- acho melhor você ir buscar logo essas bebidas – falou o Agente Ballard
rindo – antes que você comece a dizer coisas as quais não pode voltar atrás.
- Já disse que só estava brincando – falei me virando.
- toda brincadeira tem um fundo de verdade – falou Tom quase gritando.
- Sam, a mesa Nº4 pediu 2 Heineken, 1 Blade e 2 Budweiser.
- 5 cervejas saindo! – falou Sam pegando 5 long necks no freezer e
abrindo-os ele as colocou no balcão. Eu as ajeitei em cima da minha bandeja.
Voltei até a mesa.
- prontinho – falei servindo as cervejas. Os últimos a receberem foram
Bruce e Cory. Bruce pegou sua Blade e Cory pegou a Budweiser e já foi tomando um
gole.
- e então? vamos terminar de falar sobre o cardápio dos garçons? –
perguntou Cory.
- gente era só brincadeira – falei olhando em volta vendo um cliente
levantando a mão do outro lado – mas que fissura é essa Cory? Não tem vergonha
de ficar falando sobre isso na frente dos seus amigos?
- ele contou pra gente que vocês vão renovar os novos – falou Pedro
Ballard levantando a cerveja – meus parabéns.
- você contou? – olhei para Cory.
- era segredo? – perguntou ele jogando as cinzar no cinzeiro e levando o cigarro a boca.
- não necessariamente, mas será que não dava pra esperar a gente ter
“certeza” da data pra contar pra todo mundo? – falei fazendo aspas. Percebi que
apenas Cory e o Agente Ballard tinham entendido aquilo. Olhei novamente para a
mesa que tinha me chamado e eles pareciam impacientes – eu já volto! – falei
correndo até lá e anotando os pedidos. Voltei até Sam e mais uma vez fiz os
pedidos. 2 White Stripes, 2 Piña Coladas, 3 Margaritas e 1 Cuba Libre. A mesa
estava cheia e eu precisava ser rápido afinal não queria levar uma bronca dos
clientes ou do próprio Eddie. Eles tinham pedido também uma Barca Japonesa.
- precisa de ajuda com isso? – perguntou Beverly aparecendo com um
sorriso.
- obrigado – falei colocando as bebidas em minha bandeja.
Beverly seguiu logo atrás de mim trazendo o restante das bebidas e uma
vez que chegamos nós servimos os clientes. A Barca chegou logo atrás trazida
pelo próprio chefe.
- obrigado Beverly – falei respirando fundo – hoje está uma correria e
eu achei que esse pessoal ia me matar se eu demorasse com as bebidas.
- Na verdade foi o Eddie quem me mandou vir – falou Beverly quando
chegamos ao balcão.
- sério? O quanto ele está bravo?
- não sei, mas ele quer te ver lá na cozinha.
- okay – falei deixando o salão e indo até a cozinha. Estava um pouco
nervoso e ao passar pela porta senti um arrepio na espinha. Junto ao som da
música agora também ouvia-se bastante conversa e é claro: os típicos sons que
se espera de uma cozinha em serviço. Vi Eddie de costas e continuei caminhando
em direção a ele. Foi então que nesse momento eu olhei para um dos cozinheiros
e eu espirrei. Ao abrir os olhos chamas começaram a surgir do nada da perna
esquerda do cozinheiro que eu olhava e ela começou a queimá-lo. Tomei um susto
e então eu vi o homem se jogando no chão começando a gritar. A impressão que
tive foi que o fogo tinha se iniciado do nada ao mesmo tempo em que eu
espirrei. Alguns segundos depois vi Ed com um extintor de incêndio apagando as
chamas.
- o que aconteceu? – perguntou uma das auxiliares de coxinha se
aproximando de mim. Ela percebeu que eu tinha visto tudo já que eu estava bem
ao lado do homem.
- eu não sei… ele só… só começou a pegar fogo – falei olhando para o
homem.
- eu estou bem! Estou bem – falou o homem se sentando agora mais calmo –
eu não sei o que aconteceu.
- isso acontece às vezes amigo! – falou Eddie olhando ele – já ligamos
para a emergência.
- vocês vão fechar a Casa? – perguntei preocupado.
- não fechem por minha causa! – falou o funcionário rindo – vai estragar
a putaria de muita gente – falou ele gerando muitas risadas.
- a gente não vai fechar – falou Eddie olhando para mim – A emergência
vem aqui as vezes sempre que um cliente bebê demais ou uma das garotas se
machuca durante a dança. Eles vão pegá-lo aqui pelos fundos.
- okay – falei achando aquilo estranho – Beverly disse que o senhor
queria falar comigo.
- sim – falou ele coçando o rosto – eu vi que você está passando muito
tempo conversando com o Cory na mesa 4 e está deixando de atender as mesas então
eu acho melhor você tirar o resto da noite de folga e passar a noite com seu
marido e os convidados dele.
- está falando sério?
- claro – falou Eddie rindo colocando a mão no meu ombro me acompanhando
para fora da cozinha – eu sou um ótimo chefe. Além do mais você ganha certos
benefícios quando pega o marido de sua amiga recebendo um boquete no banheiro.
- obrigado pela folga, só não me lembre dos detalhes daquela noite –
falei rindo quando chegamos ao salão.
- o que foi? Tem algo de errado com o meu… você sabe… - falou ele meio
que apontando pra baixo.
- não. Não tem – falei rindo – Porque minha opinião é tão importante?
- é legal ter uma opinião masculina que entenda do assunto.
- olha… está tudo bem com o seu pênis. Só tenta manter ele nas calças. Você
é um cara legal Ed. Um cara bom. Quando te conheci e tive a impressão de que
você era diferente dos outros. Um cara de família de verdade. Quando eu entrei
no banheiro e vi aquela cena eu me decepcionei independente do motivo. Não
estou dizendo isso pra que se sinta mal, mas já que está pedindo uma “opinião
masculina” eu decidi dizer o que eu penso de tudo isso.
- Desculpa se eu te decepcionei, mas eu estou profundamente arrependido.
- é bom estar mesmo – falei respirando fundo – acho que vou pedir uma
bebida
- pode ir lá pra mesa, eu mando pra você – falou Ed acenando para Sam –
Sam! Mande um The Devil triplo para a Kai na mesa 4, por favor.
- é pra já Chefe! – falou Sam começando a fazer a bebida.
Ao me aproximar da mesa percebi que eles já tinham sido servidos com
mais cerveja.
- olha só quem está vindo! – falou Frank chamando a atenção de todos.
- você demorou demais Kai. Já fomos servidos – falou Tom mostrando a
cerveja pegando um pedaço de carne assada e levando á boca.
- vejo que vocês pediram churrasco – falei empurrando Cory – chega pra
lá e me deixa sentar.
- não devia estar trabalhando? – perguntou Cory apagando um cigarro no
cinzeiro
- Eddie acabou me dando folga o resto da noite – falei me sentando e
levando minha mão direita a perna de Cory.
- não vamos mais poder continuar
naquele assunto – falou Bruce me provocando – foi mal Cory.
- podem continuar conversando, não tem problema – falei deslizando a mão
pela perna de Cory. Chegando ao meio das pernas eu agarrei no saco dele e
segurei firme – dependendo do assunto eu aperto as bolas do Cory.
- Ai amor! – falou Cory rindo passando o braço por trás de mim e com a
outra mão ele tentou se livrar das minhas garras em seu saco – eles só estão
brincando.
- Chegando um The Devil pro Kai! – falou Beverly com o meu drink.
- obrigado Beverly – falei tomando um gole.
- vocês querem mais bebida pessoal?
- com certeza! – falou Frank – eu quero o mesmo que Kai está tomando.
- o que tem nessa bebida? – perguntou Pedro para mim.
- 3 doses de conhaque, 1 dose de licor de menta verde, gelo picado e uma
pitada de pimenta vermelha – falei sentindo o gosto forte – Porra, acho que o
Eddie está tentando me embebedar – falei rindo. Cory e os outros caras
começaram a rir ao me ouvir dizer isso.
- trago a bebida de vocês em dois minutos – falou Beverly partindo.
- isso é bom – falou Cory acariciando minhas costas, subindo a mão pela
minha nuca ele se inclinou e me deu um selo.
- porque? – perguntei pegando um pedaço de carne e levando a boca.
- é que antes de virmos pra cá nós tomamos umas cervejas na casa do
Bruce e foi quando Cory nos contou sobre a renovação ode votos de vocês – falou
Tom rindo.
- então foi por isso que vocês demoraram tanto a chegar? Encheram a cara
antes de vir pra cá?
- mais ou menos – falou Cory rindo – era só pra esquentar.
- e o que mais vocês conversaram? – tomei outro gole da minha bebida e
ei um beijo no rosto de Cory se se virou para mim e deu um selinho na minha
boca me deixando puxar seu lábio inferior.
- estávamos pensando em uma despedida de solteiro – falou Pedro Ballard.
- o que? – perguntei rindo e olhando para Bruce – essa ideia também foi
sua?
- eu não tenho nada a ver com isso – falou Bruce rindo e acendendo um
cigarro ele o tragou e assoprou a fumaça.
- ele pode não ter dado a ideia, mas também não deu um pio sobre ser uma
má ideia – falou Frank rindo.
- e você Sr. Cory Winchester? O que acha sobre tudo isso? Seus amigos
planejando uma despedida de solteiro pra mim?
- quem disse que é só pra você? – perguntou Cory rindo – direitos iguais!
- Cory, se você acha que existe alguma chance de eu deixar você…
- Relaxa meu anjo! – falou Cory rindo me interrompendo passando o braço
por trás de mim – estávamos pensando em uma despedida de solteiro conjunta –
falou ele me dando um selo e tomando um gole finalizando sua cerveja assim que
Beverly chegou e serviu a bebida a todos.
- eu não entendo – falei tomando um gole do meu drink.
- você entendeu sim meu amor – falou Cory agora direcionando-se apenas
para mim. Sentia sua respiração e meu rosto – você está se fazendo de bobo, mas
eu acho que você entendeu muito bem o que eles estão tentando dizer, mas se você
quiser continuar fingindo que não entendeu; eles também vão fingir que disseram
nada e a gente vai terminar a noite aqui. okay?
- okay – falei segurando o rosto dele entre minhas mãos e dando um beijo
em sua boca – te amo.
- também te amo – falou ele voltando a me beijar.
Feliz Ano Novo a todos. Espero que todos tenham tido boas festas. Espero que tenham gostado desse capítulo e já estejam ansiosos pelo próximo 🤔😏 . Não esqueçam de comentar e deixar os votos de vocês. É começo de ano e estou um pouco corrido, mas lá pro dia 16 devo voltar a postar com mais frequência pra vocês. Não esqueçam também de votar. eu agradeceria muito. Um grande abraço a todos e até o próximo.
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