Capítulo 25: Cruel Declaração de Amor | Conto: Cruel Sedutor ~ Contos Eróticos, Literatura Gay | Romance, Chefe, Incesto, Paixão, Professor, Policial outros...

XXV

Cruel Declaração de Amor

inda não sabia o que tinha acontecido comigo. Tudo o que sabia é que estava em uma cama de hospital com uma dor do lado esquerdo do meu abdômen. Clyde havia saído do quarto gritando e não tinha mais voltado. Um médico havia analisado minhas coordenações motoras e duas enfermeiras me deram um banho. Eu me sentia bem apesar de uma dor de cabeça. Sentia como se tivesse dormido profundamente. As coisas ainda estavam um pouco confusas em minha cabeça. Não me lembrava exatamente do que tinha acontecido pouco antes de eu desmaiar e esfaquear a mim mesmo. Pensei que morreria, mas pelo visto eles encontraram uma forma de me salvar.

Estava sentado na cama de lado balançando as pernas com aquela roupa do hospital. A porta do quarto estava aberta e podia ver lá de longe todos estavam lá. Clyde, Judy, Lola, Vince, Cory e Blacke. Eles estavam lá parados conversando entre si olhando para mim. Eles meio que lutavam para me ver lá de longe. Cocei minha cabeça e respirei fundo vendo aquela cena ridícula deles tentando me ver como se eu não estivesse vendo-os.

- eu estou vendo vocês ai – falei dando os ombros – eu não sou um animal no zoológico. Não fiquem ai me olhando como se eu fosse mordê-los. Podem vir aqui e me dizer o que aconteceu?

Percebi que eles decidiram entre eles quem iria falar comigo e Cory e Judy vieram até o quarto. Ao entrarem Cory colocou a mão em meu ombro.

- como você está?

- confuso. Não lembro o que aconteceu direito.

- você foi resgatado – falou Judy – os próprios sequestradores ligaram para a emergência. Você é realmente importante para eles.

- então eu tomei a decisão certa ao me esfaquear.

- você tomou uma decisão idiota – falou Cory.

- idiota não. Eu não ia matar meu irmão e nem Omar.

Judy e Cory se entreolharam e em seguida pareceram apreensivos.

- o que foi? Aconteceu alguma coisa com meu irmão? – senti meus batimentos aumentarem à medida que percebia que existia a possibilidade de meu irmão ter se ferido.

- Não. Não. Seu irmão… seu irmão está bem – falou Cory.

- é o Omar. Ele foi esfaqueado – falou Judy – ele não resistiu.

- mas não fui eu… eu não…

- não foi você – falou Judy – foram eles. Você foi um herói. Você preferiu se machucar ao machucar outra pessoa.

- parede encorajá-lo – falou Cory – o que você fez foi irresponsável. Você perfurou um dos seus rins e agora você só tem um.

Nesse momento levantei a roupa do hospital e passei os dedos na cicatriz que havia no meu abdômen. Não havia pontos e a cicatriz parecia estar curada. Aquilo era estranho.

- quando será o funeral de Omar? Será que eu posso ir?

Judy e Cory se entreolharam e antes que pudessem dizer qualquer coisa vi minha mãe, meu pai, Nick, Casey e Clyde aparecerem.

- mãe? Pai?

- filho – falou minha mãe correndo e me abraçando. Meu pai fez o mesmo e Nick se aproximou junto de Casey dando beijos no meu rosto. Casey estava chorando ao contrário do meu irmão que tinha uma expressão serena como se estivesse agradecido por eu ter acordado.

- vamos dar privacidade a vocês – falou Cory saindo do quarto ao lado de Judy. Clyde ficou parado em frente à porta me observando de longe.

Meu pai e minha mãe me abraçaram forte e deitaram as cabeças em meus ombros. Pude ver a expressão de Clyde. Era de felicidade. Ele parecia feliz. Ele não sorria, mas pude ver em seu olhar que ele estava feliz por ver minha família reunida.

Minha mãe e meu pai me soltaram e meu irmão Nick me deu um abraço e um beijo em meu rosto.

- como você está irmão?

- estou bem Nick. Me disseram que eu tenho apenas um dos meus rins.

- isso não é problema – disse Nick tentando me animar – você pode ter uma vida completamente normal com apenas um dos rins.

- e se o outro ruim ficar doente?

- Têm rins o suficiente na família para te manter vivo por centenas de anos. Você não vai a lugar nenhum – falou Nick com um sorriso dando espaço para que Casey me abraçar forte.

- como você está? – perguntou Casey.

- estou bem. E você? E Caylee? Como vocês estão?

- estamos bem.

- eu estava preocupado com vocês. Com medo de que aqueles palhaços fossem atrás de vocês.

- nós vamos ficar bem.

- onde está Caylee?

- deixei ela com a babá.

- você conhece essa babá? Tem certeza de que ela é uma boa pessoa.

- sim… sim ela é. Ela se chama… Blue… Blair. Blair Diamond. Ela tem referências

- fico feliz que vocês estejam bem.

- eu também – falou Casey se afastando e cruzando os braços.

- os médicos já fizeram exames em você? – perguntou Nick preocupado.

- sim. Fizeram. As enfermeiras me deram um banho e me levaram para o raio-x e outros exames.

- bom dia – falou o médico entrando no meu quarto se assustando com a quantidade de pessoas que estavam lá dentro – bom dia! Vocês não podem ficar todos aqui o paciente precisa de espaço – falou o médico apertando a mão de Nick.

- perdão doutor é que Stan é muito querido – falou Nick.

- eu espero lá fora – falou Casey.

- pode ficar! – falou o médico – eu entendo que hoje seja um dia de celebração já que nosso paciente favorito acordou – falou o médico colocando a mão no meu ombro.

- ele pode entrar? – perguntei olhando para Clyde.

- não precisa. Esse é um momento em família – falou Clyde.

- entre – falou Nick – faço questão.

Clyde entrou no quarto e fechou a porta.

- e então doutor? – perguntou Nick – como meu irmão está?

- está ótimo. Nós fizemos os exames e durante o coma Stanley se recuperou totalmente tanto do trauma no abdômen quanto do trauma na cabeça.

- espera… coma? Não foi ontem que tudo aconteceu?

Todos se entreolharam e parecia que nenhum deles estava disposto a me dar a noticia. O médico guardou os exames e se aproximou.

- os seus traumas foram muito extensos. Você sofreu um trauma na cabeça que não resultou em coágulos, mas foi grave. Nós te colocamos em coma induzido por algumas semanas e quando suspendemos você não acordou.

- quanto tempo se passou? Quanto tempo fiquei em coma?

- você ficou noventa e quatro dias em coma – falou o médico dizendo de uma vez. Não tinha porque mentir ou florear a realidade.

- então… nós estamos em… setembro?

- no fim de setembro – falou o médico – você ficou pouco mais de três meses em coma. Não sabíamos exatamente quando você acordaria. Cabia ao seu corpo decidir isso.

- o importante é que você está bem – falou Clyde.

- sim. Eu sei… é que é estranho. Parece que eu simplesmente dormi uma longa noite.

- graças a Deus você está bem – falou meu pai se aproximando com sua bengala e me dando um abraço dando um beijo na minha testa – meu garotão é forte. Sabia que ele ia sair dessa.

- obrigado pai – falei respirando fundo – eu só quero ir para casa. Em Coala. Não quero mais ficar aqui em Orlando.

- então nós temos péssimas noticias – falou Nick – nós estamos morando aqui em Orlando á dois meses.

- sério?

- sim – falou meu pai abraçando minha mãe.

- e você Nick? E o trabalho?

- eu consegui um trabalho no Hospital Mercy East aqui em Orlando.

- eu não sei se fico feliz por vocês estarem aqui ou triste. E se os assassinos forem atrás de vocês?

- os assassinatos pararam – falou Casey.

- é verdade – com firmou Clyde – desde aquele noite nenhum assassinato que pudesse ser relacionado “A Colmeia” aconteceu.

- A Colmeia?

- é como estão chamando o culto que cometeu os crimes – falou Clyde – três meses e a cidade voltou ao normal.

- sendo assim eu fico mais tranquilo – falei rindo e abraçando meu pai e minha mãe. Pela primeira vez eu dei um sorriso.

Depois de vestir a roupa que meus pais trouxeram eu finalmente pude ir embora daquele hospital. Com um pouco de ajuda é claro afinal fiquei vários dias sem andar. Minha família havia vendido à antiga casa e comprado uma nova no centro de Orlando á dois quilômetros do Lago Eola. Meu irmão acabou voltando a morar com meus pais já que a casa era grande. Casey também foi convidada a voltar a morar, mas ela achou melhor continuar morando onde ela estava. Já de fora do hospital me despedi de todos que estavam lá. Agradeci por eles terem aparecido. Notei que Blacke e Clyde não se olharam um segundo sequer. Parecia que havia certa animosidade entre eles. Era de se imaginar. Muitos segredos foram revelados naquela noite.

Meu irmão foi dirigindo o carro com meu pai sentado ao lado dele no banco do carona. Atrás estávamos eu e minha mãe. Clyde nos seguiu com seu carro. Ao chegarmos vi que a casa era grande. Havia espaço para dois carros na garagem. Meu irmão estacionou e Clyde ao seu lado. Meu irmão Nick me ajudou a sair do carro e me ajudou a caminhar. Clyde veio em seguida pegando meu braço e eu me segurava neles quando chegamos a sala e eles me colocaram sentados.

- obrigado – falei tocando minhas pernas. Eu as sentia e conseguia move-las, mas não conseguia me manter em pé sozinho – será que eu vou conseguir andar sozinho algum dia?

- deixa de ser imbecil – falou Nick – claro que você vai. Um pouco de fisioterapia e você via estar correndo.

- essa casa é grande – falei olhando em volta.

- já que íamos nos mudar pensamos em investir em algo extravagante – falou meu pai.

- a casa é linda.

- é sua casa também – falou minha mãe – vou fazer o jantar – falou ela animada.

- infelizmente eu não posso ficar – falou Clyde.

- pode sim – falou minha mãe – por favor. Você é um dos amigos do meu filho. Faço questão de que você fique. Percebi que Nick olhou para Clyde ao ouvir minha mãe dizer a palavra ‘amigos’.

- Acho que eles são mais do que amigos – falou Nick.

- mais do que amigos? – meu pai ficou surpreso ou ouvir aquilo.

- para Nick – falei respirando fundo – não é nada pai.

- vocês tem alguma coisa? – perguntou meu pai agindo como se eu tivesse dezesseis anos.

- eu já sou adulto pai.

- eu não estou brigando filho. Só estou perguntando – falou meu pai se aproximando de Clyde.

- eu gosto do seu filho – falou Clyde – muito. Ele me faz feliz de uma forma que nenhuma pessoa me faz.

- você tem idade para ser pai dele – falou meu pai.

- Pai! – falei me contorcendo no sofá.

- Sim. Eu sei – falou Clyde um pouco sem graça.

- Então o proteja como se fosse! – falou meu pai estendendo a mão – vou ficar mais tranquilo sabendo que quando ele não está aqui estará com alguém que levou uma facada por ele.

- será um honra – falou Clyde apertando a mão do meu pai – tudo o que eu puder por seu filho eu farei.

- Se vocês já terminaram o ‘1º Encontro anual de Sogro e Genros’ será que posso conversar com Clyde em particular?

- claro – falou meu pai.

- eu estarei na cozinha fazendo o jantar. Os rapazes irão me ajudar – falou Minha mãe fazendo com que eles se fossem.

Eles se foram e apenas Clyde e eu ficamos na sala. Bati minha mão no sofá para que Clyde se sentasse ao meu lado. Ele o fez e se escorou olhando para mim.

- como você está? – perguntei para Clyde.

- acho que nesse momento deveria ser eu a perguntar.

- não. Estou falando sobre oque aconteceu. Sobre Aaron ser filho de… Blacke.

- ele é meu filho – falou Clyde suspirando – ele pode não ter o meu sangue, mas é o meu filho. Fui eu quem cuidou e deu amor e carinho. Eu sou o pai dele não importa o que diga o DNA.

- sim, você é – falei suspirando – você está bem?

- eu não sei – falou Clyde se inclinando para frente – todo esse tempo eu fiquei preocupado com você e toda essa história meio que ficou de lado. Quer dizer, ele é meu filho. A única coisa que me incomoda nisso tudo é que Blacke e Anne tenham me traído.

- em relação a Anne e você…

- nós estamos nos divorciando – falou Clyde.

- por minha culpa?

- a culpa não é sua – falou Clyde – mas o motivo é você. Principalmente. Claro que descobrir que minha esposa dormiu com meu amigo é um bom motivo, mas pra mim você é o meu motivo. Para nós podermos ficar juntos da forma que deveríamos.

- e Anne? Como ela está lidando com tudo isso?

- foi ela quem entrou com o pedido de divórcio.

- ela?

- sim. Eu estava prestes a dar entrada quando recebi os papéis.

- o pior é que mesmo sabendo que ela te traiu eu me sinto mal.

- não se sinta. Sinta-se mal pela esposa de Blacke.

- eles também estão se separando?

- com certeza – Clyde voltou a se escorar e passou o braço por trás de mim deixando a mão em meu ombro.

- você achou que algum dia estaríamos nessa situação?

- antes de conhecer você não – falou Clyde rindo – todo casamento tem problemas. Nada é perfeito. O que deixou o meu casamento em crise foi você. Inicialmente pensei que era só o tesão, mas eu sempre queria mais e mais de você. Todas às vezes. Quando me dei conta ouvir seu nome fazia meu coração bater mais forte, minha respiração diminuir e minha mente viajar.

- Exatamente a forma que me sinto quando ouço seu nome – me inclinei e dei um beijo em sua boca. Inicialmente sua barba me espetou. Acariciei seu rosto e Clyde abriu a boca chupando minha língua e meu lábio inferior acariciando meu rosto com a mão que ele usava para me abraçar. Com a outra mão ele segurava forte em meu braço que tinha uma cicatriz da facada que levei por Anne.

- eu te amo Stanley!

- também te amo Clyde – deitei minha cabeça em seu ombro e respirei fundo imaginando tudo o que tinha perdido nesses três meses. No fim das contas ficar em coma talvez tivesse sido bom. Fui poupado de muita dor e confusão nesse meio tempo – e Tessa? Como ela reagiu a tudo isso?

- Estranhamente bem.

- sério? Ela não teve uma crise de adolescente pelo pai se separar de uma mulher para ficar com um homem da idade dela?

- Tessa sempre foi mente aberta e convenhamos que nunca foi muito amiga de Anne. Elas nunca se deram muito bem. Tudo o que ela disse é que desde que eu estivesse feliz, ela estaria feliz.

- como estão os pombinhos? – meu irmão apareceu.

- você contou para Nick?

- contei – falou Clyde – seu irmão parece ser importante para você então eu contei sobre o nosso relacionamento.

- contou tudo – falou Nick de pé próximo ao sofá – todos os detalhes.

- quero ir para meu quarto. Você me ajuda? – perguntei olhando para Clyde.

- claro.

- Vem, eu te ajudo – falou Nick – esticando os braços tentando me ajudar.

- não precisa. Clyde dá conta.

- mas será mais fácil se eu ajudar.

- Nick… deixa só o Clyde me ajudar – falei levantando as sobrancelhas – quando o jantar estiver pronto você avisa.

- haaaaa, Okay – falou Nick entendendo – pode vir. Eu aviso – ele parecia sem graça – apenas se lembrem de que essa é uma casa de respeito e deve ser tratada como tal.

- eu só quero ficar sozinho com ele. Posso?

- Pode sim – falou Nick rindo.

- cala a boca Nick – falei passando o braço por trás de Clyde que me levantou e me ajudou a subir as escadas.

- o seu quarto é o segundo á esquerda – falou Nick indo até a cozinha.

Ao chegarmos ao quarto eu me sentei na cama e olhei em volta. Todas as minhas coisas estavam lá. Todos os meus livros, meu notebook, todas as minhas roupas e até minha coleção de selos.

- senta aqui – falei deslizando na cama até que me encostei na cabeceira.

Clyde se sentou a meu lado e virou seu rosto beijando minha boca. Sues lábios tocaram os meus e eu senti com se estivesse em um sonho acordado. Seus beijos eram sempre tão intensos e quentes como se quando nossas bocas se encostavam elas gerassem faíscas. A Boca tinha exatamente o gosto que me lembrava. Nossos corpos estavam cada vez mais perto e minhas mãos subiram até seu pescoço e subiram tocando a barba e consequentemente sua linda face.

- não sabe como senti falta disso – falou Clyde me puxando me fazendo deitar em seu colo.

- eu também – falei levantando a mão e tocando seu rosto de baixo. Clyde começou a acariciar os meus cabelos – é bom poder te beijar e te tocar sem ter que esconder de todo mundo – falei rindo.

- porque você está rindo? – perguntou Clyde começando a rir.

- porque eu te amo. Você não se sente bem? Não sente uma pontada no peito quando diz essas palavras como se tudo de ruim não importasse mais? Por alguns segundos desaparecessem e você soubesse exatamente descrever o que é alegria?

- eu sei exatamente como é esse sentimento – falou ele segurando minha mão e entrelaçando seus dedos – é exatamente como me senti quando apertou a minha mão e abriu os olhos. Eu já estava ficando sem esperanças.

- eu também – suspirei e passei a língua nos lábios – eu só queria ficar um pouco sozinho com você – passei os dedos por sua barba chegando ao queixo toquei seus lábios e Clyde abriu a boca um pouco recebendo meus dedos.

Clyde mordeu de leve meus dedos e chupou meus dedos passando sua língua molhada humedecendo meus dedos.

- faz amor comigo! – deslizei a mão pelo seu peito apertando seu peito ainda escondido pela camisa.

Clyde se levantou e eu deslizei na cama virando-me de costas. Ele se aproximou e abaixou minha cueca e minha bermuda abrindo minhas nádegas passando sua língua por meu ânus. Ele chupava meu buraco carinhosamente como se estivesse dando um beijo de língua em mim. O beijo mais gostoso que já recebi na vida. Sua barba pinicava me fazendo arrepiar.

Enquanto chupava eu cuzinho ele tirou lentamente a minha bermuda e minha cueca colocando-as no chão. Em seguida usou suas grandes mãos para me virar de costas. Ele dobrou minhas pernas e quando o fez penetrou um dos dedos em mim me fazendo agarrar o lençol e fechar os olhos.

Senti Clyde se aninhando e mim enquanto se ajoelhava e se inclinava para me beijar. Seu membro pela braguilha pressionando meu ânus enquanto ele me penetrava vagarosamente. Contorcia-me na cama de prazer e dor enquanto Clyde dava beijos carinhosos entre meu peito. Seu membro redescobria depois de tanto tempo meu interior. Sua respiração se tornou ofegante na medida em que ele me fodia aninhado em mim segurando meus cabelos dando beijos em meus lábios.

Sentia sua respiração na minha boca enquanto ele se movia cada vez mais rápido. Sua barriga deslizava carinhosamente por meu pau que sentindo o calor do seu corpo esporrou sem nem ao menos precisar de um toque de minha mão. Nós dois ficamos melados a medida que Clyde permanecia-se dentro de mim. O suor e esperma se tornaram o lubrificante de nossos corpos que se deslizavam carinhosamente. Clyde manteve seu membro dentro de mim e moveu a cintura vagarosamente de olhos fechados rebolando.

Clyde estava agora com sua testa tocando a minha e sua respiração em minha boca. Ele continuava se movendo. Senti seu suor caindo em meu rosto e na minha boca. Demorou para perceber que não era suor e sim lágrimas.

- você está chorando?

Clyde não respondeu lada e continuou de olhos fechados deixando algumas lágrimas se derramarem em meu rosto enquanto seu esperma se derramava dentro de mim.

Não precisei ter resposta para saber que Clyde se mostrou forte todo esse tempo por mim. Ele deixou os problemas de lado e ficou forte porque não podia ser fraco. Não enquanto eu estivesse em coma. Agora que eu estava acordado tudo se tornou real, todos os segredos revelados. A traição da esposa e do amigo. Clyde apenas deixou seu corpo cair em cima do meu e virou o rosto chorando. Abracei-o em cima de mim e acariciei os seus cabelos. Afundei meus dedos lhe fazendo bastante carinho. Era disso que ele precisava. Em momentos como esse a pessoa que está doente sofre, mas muitas vezes esquecemos como as nossas enfermidades afetam as pessoas ao redor. As pessoas que nos amam.

Todo esse tempo e Clyde não teve ninguém para desabafar, ninguém que limpasse suas lágrimas, ninguém para abafar o seu choro no peito, alguém para bagunçar seus cabelos enquanto ele simplesmente deixava aquela dor sair. Aquele peso que ele estava carregando por longos seis meses. Melhor do que dizer eu te amo era estar ali para ele no momento em que ele mais precisava. Ele ficou ao meu lado no momento em que eu e minha família precisamos. Durante o tempo que foi preciso. Descobrir que o filho não era dele talvez tivesse deixado ele transtornado. Eu sentia que ele tinha muito orgulho do filho. O desespero que ele não deve ter sentido dia pós dia percebendo que talvez eu nunca acordasse e que nunca tivéssemos o que fomos destinados a ter. Decidi ficar em silêncio sentindo suas salgadas lágrimas escorrem em meu pescoço.