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DENTRO DA FLORESTA capítulo quatro
o domingo eu acordei ás 08h00min horas. Tomei um
banho gostoso e depois de dentes escovados eu desci para preparar o café da
manhã de todos, mas pelo o que eu vi meu tio de meu primo tinham acordado mais
cedo do que eu. Tinha um bilhete na geladeira.
“fomos á cidade, vamos voltar
antes do almoço – Roger”.
- ok – falei colocando o bilhete
de volta no imã. – nem domingo esse pessoal dorme? – falei indo a geladeira
pegando o leite na geladeira. Eu enchi um copo de leite e depois peguei algumas
bolachas e me sentei-me à mesa e comi olhando lá para fora.
O sol já tinha aparecido e eu não
tinha absolutamente nada para fazer. Foi quando eu tive a ideia de cuidar do
Sombra. Eu podia lavar o estábulo, dar um banho nele e escovar os cabelos.
Eu terminei de comer e lavei as
louças que eu sujei. Desta vez eu não estava com calça jeans e camisa xadrez,
pelo menos no domingo eu queria usar as roupas em que eu me sentia confortável.
- bom dia Sombra – falei entrando
no estábulo.
Tinha vários cavalos de todas as
coras diferentes. O Sombra estava do lado direito no meio dos outros. O 5º da
fileira. Eu nunca tinha tirado ele para fora sozinho, mas eu tinha que aprender
afinal eu não teria sempre alguém para fazer isso por mim.
Eu coloquei comida para todos os
cavalos e deixei o Sombra por último. Eu coloquei a comida e esperei ele ficar
distraído e então eu abri a portinha de madeira que o mantinha preso.
Eu abri e me lembrei de nunca
ficar atrás dele porque se não levaria um coice certeiro.
- Sombra, calma, sou eu… Mike –
falei me aproximando de lado enquanto ele comia.
- agora ele já não ficava agitado
quando me via parece que ele estava entendendo que eu era o dono dele.
Eu encostei a mão do lado
esquerdo dele e alisei a crina. Ele já nem se importava com a minha presença
como antes.
Eu esperei ele terminar de comer
e coloquei o arreio no cavalo e o levei para fora. Lá fora eu o guiei até uma
espécie de vasilha de madeira enorme para que ele tomasse água e ele bebeu
bastante.
Depois eu o levei até um lugar
perto da mangueira e o amarrei. Eu liguei a mangueira e comecei a jogar água
nele. Eu pensei que ele pularia pra lá e para cá então joguei bem de longe, mas
a verdade é que ele ficou quietinho.
- com o que eu lavo um cavalo?
Eu então fui até um quartinho e
procurei por produtos para cuidar do cavalo e encontrei um sabonete e xampu
feitos especialmente para cavalos.
Eu voltei e lavei todo o pelo
dele massageando bem. na hora do rosto eu fiquei com um pouco de medo porque eu
poderia machuca-lo de alguma foram como por exemplo deixar sabão entrar no olho
dele, mas eu fui muito cuidadoso.
Depois do sabonete foi o xampu e
em seguida eu o enxaguei bem e depois de limpo eu o levei de volta para o cercado
e o deixei solto para se secar. Ele saiu correndo fazendo a crina balançar e
naquele momento eu vi o quão lindo o Sombra.
Eu fiquei entretido vendo-o
cavalgar em círculos e às vezes relinchando quando eu notei que um carro entrou
na fazenda e não era o carro do meu tio. Eu fiquei lá olhando para ver quem
seria.
De dentro do carro saiu Peter e
Gwen. Eu fiquei lá e eles acenaram para mim quando me viram e foram em minha
direção.
- bom dia Mike – falou Gwen.
- bom dia – respondi.
- bom dia – falou Peter com um
aperto de mão.
- bom dia.
- então? Deu o primeiro banho no
seu cavalo? – perguntou Gwen
- dei sim. Com um pouco de medo,
mas eu consegui.
- como ele se chama?
- Sombra.
- bonito nome – falou Peter – ele
se parece com uma sombra, todo preto é meio até sombrio.
- sim, mas me digam não é o
cavalo mais bonito que já viram?
- com certeza – falou Gwen.
- então… - falei – o meu tio e o
Leo não estão. Eles foram á cidade.
- sim, nós sabemos – falou Peter
– eles passaram lá em casa antes de irem embora, mas a verdade é que nós viemos
falar com você.
- comigo?
- sim – falou Gwen.
- sobre o que?
- olha Mike, ontem nós não
dissemos nada para não estragar o clima e porque Joe estava lá, mas nós
queríamos pedir desculpar por ele.
- pelo o que? Pela história do
video?
- sim – falou Gwen – Joe é um
cara legal, mas as vezes ele é um babaca.
- não esquenta com isso. todo
mundo está curioso mesmo para ver como eu sou na cama…
- isso nos leva ao segundo pedido
de desculpas – falou Peter. – sentimos muito por termos assistido, nós sabíamos
quer ele ia nos mostrar e mesmo assim assistimos.
- tudo bem – falei.
- assistimos tudo – falou Gwen.
- sem problema.
- duas vezes – falou Peter.
- nossa… eu preciso assistir a
esse vídeo, parece que tem coisa boa nele porque se assistiram duas vezes é por
que foi bom…
- bom até demais – falou Peter
rindo.
- mas é sério – falei – não
precisam ficar tensos com isso o que aconteceu, aconteceu. Fazer o que né?
- é assim que se fala – falou
Gwen olhando para o cavalo outra vez.
- eu espero um dia poder montá-lo
– falei.
- você não sabe? – perguntou Gwen
– que ultraje, mas por sorte você conhece o melhor cowboy da região – falou ela
olhando para Peter.
- se você quiser eu posso te dar
umas aulas… de graça é claro – falou Peter.
- eu não vou incomodar?
- claro que não – falou Peter –
quer saber? Vamos deixar marcado essa aula, que dia você pode?
- qualquer dia que você quiser,
eu converso com meu tio.
- pode ser quinta-feira?
- claro.
- combinado então – falou Peter –
você é um garoto esperto Mike, acho que com uma aula você já aprende a andar de
cavalo sozinho.
- tomara – falei.
Depois de admirarmos o Sombra por
mais alguns minutos eles disseram que iriam embora e se despediram.
Meu tio e meu primo voltaram ás
10h00min. Eles trouxeram rações para os animais entre outras coisas:
ferramentas, produtos de limpeza e cuidado, etc...
Meu tio fez no almoço galinha.
Meu prato preferido. E eu ajudei. Depois do almoço eles foram se deitar,
penduraram suas redes embaixo das árvores.
- você também quer uma? – perguntou
meu tio.
- não tio, obrigado. Eu vou
passear pela floresta vou conhecer.
- ok – falou ele se deitando –
tome cuidado ok? Olhe onde pisa porque pode torcer o pé ou pisar em algum
animal como cobras…
- acho que não vou mais.
- brincadeira – falou meu tio
rindo – pode ir tranquilo.
- se quiser eu vou com você primo
– falou Leo já deitado na outra rede.
- nem pensar, pode ficar deitado
e descansar eu vou sozinho.
- ok, mas quando chegar a
floresta pega um galho mais ou menos do seu tamanho e use como os cegos para
saber se tem buracos ou se o chão é firme. – falou Leo.
- ok – falei começando a me
afastar – até mais.
Eu olhei para frente e vi o sol
que me aguardava. Ainda bem que a floresta tinha bastante árvores então teria
bastante sombras. Eu olhei no meu relógio que marcava 02h30min da tarde e segui
caminho.
Eu segui pelo pasto durante uns
40 minutos. Eu pulei os cercados das vacas e segui mais um pouco e logo comecei
a avistar a floresta. Eu me desviava das vacas, mas meu primo tinha ditos que
elas eram inocentes então não tinha perigo.
Aos poucos as árvores foram
chegando. Primeiro uma longe da outra então foi ficando mais denso e eu decidi
parar para pegar um galho como meu primo tinha mandado.
Eu peguei um galho de mais ou
menos 1 metro e 60 e fiquei com ele “apalpando” o chão. Eu fui andando pela
floresta vendo as árvores e de vez em quando eu encontrava uma diferente e
parava para vê-la melhor. Eu sempre pegava uma folha ou uma flor da árvore e
sentia o cheiro. Se tivesse fruta eu colocava em uma sacola que eu tinha
levado, afinal não comeria até voltar para casa para que meu tio garantisse que
não era venenoso.
Depois de uma hora minha sacola
estava cheia. Eu tinha encontrado algumas frutas conhecidas como mangas,
bananas, graviola, figo e comi alguns enquanto caminhava.
- vou descansar um pouco – falei
parando em uma clareira e me sentando no chão.
A floresta era barulhenta, mas
não era um barulho irritante e sim um barulho que relaxava quanto mais alto
ficava. Eu escutava ao longe água. Os pássaros começaram a cantar eu fique
sentado ouvindo com atenção.
Aquela posição logo me cansou e
eu coloquei a sacola um pouco distante e usei de travesseiro. Eu me deitei para
relaxar um pouco. Eu respirei aquele ar limpo e senti um bem estar muito
grande. Como era bom estar na natureza. Diante aquilo eu simplesmente apaguei.
Eu senti uma picada no braço e
acordei coçando. Uma formiga tinha me mordido. Eu abri os olhos e olhei para o
céu ainda de dia. Eu provavelmente tinha dado apenas um cochilo. Eu olhei no relógio
que meu tio tinha me dado de presente e vi que já eram 16h30min.
- nossa eu dormi demais – falei
me levantando e batendo a mão no corpo para tirar algumas formigas e folhas
atrevidas.
Eu peguei meu galho-guia e
comecei a andar de volta. Eu andava com um pouco de pressa porque começava a
escurecer rápido no Tennessee então fui com mais pressa do que na ida.
Depois de 15 minutos andando eu
percebi que o barulho do rio não diminuía completamente. Eu ouvia ele
desaparecendo e de repente ele aumentava outra vez.
- não é possível que eu me perdi
– falei olhando em volta. Eu não conseguia reconhecer nada.
Eu respirei fundo.
- ok – falei alto – se eu aprendi
uma coisa com os documentários na TV é que não se deve desesperar quando você
se perde na floresta.
Eu então comecei a seguir reto
por um caminho. Eu andei por um bom tempo até que encontrei algo que me fez
parar. Uma cruz.
- que porra é essa? – falei me
ajoelhando para ver melhor aquilo. Era uma cruz de madeira enfiada na terra. Eu
limpei com o dedo e vi que tinha um nome. Norman – 17/08/1927 á 01/02/1987.
Eu me levantei rápido. eu estava
em um cemitério. Eu olhei em volta reparando e percebi outras cruzes entre os
musgos e plantas que as cobriam. Eu senti um frio na minha barriga. Eu não
costumava ter medo, mas estar perdido na floresta e encontrar um cemitério é
perfeitamente a cena de um filme de terror.
Logo eu percebi que a floresta
começava a escurecer. O sol estava se pondo. Eu olhei no relógio e já era
17h25min. Agora sim eu podia me desesperar. Eu peguei a sacola de frutas outra
vez e meu galho e comecei a andar através do cemitério. Eu não me lembrava de
ter passado por lá, mas talvez eu chegasse a algum lugar porque um cemitério
não estaria muito longe da civilização.
Eu andei rapidamente esperando
ver um lugar em aberto, mas tudo o que eu via era floresta, floresta, floresta.
- que droga, eu não trouxe o
celular logo agora? Mas não sei se no meio desse mato eu teria algum sinal foi
quando eu tropecei e comecei a cai em um barranco. Eu desci rolando e só parei
quando cheguei em um lugar plano.
Eu tentei me levantar com medo de
ter quebrado alguma coisa. Eu mexi os braços e consegui só tinha alguns
ralados, eu tentei mexer minhas pernas e eu também consegui. Eu olhei para o
lado e o rio estava a dois metros de distancia de mim.
Ainda bem que eu tinha amarrado
minha sacola com frutas alguns minutos antes então as frutas não se espalharam.
Eu tentei me levantar e fiquei de pé, mas quando coloquei o pé direito no chão
eu dei um grito, cambaleei e voltei a cair do chão.
Eu tinha torcido meu pé. Ele
estava doendo muito. Eu dei uma olhada e vi que começava a inchar.
- como eu vou embora daqui? –
falei comigo mesmo. – Socorro! – gritei alto.
Eu sabia que ninguém ouviria, mas
a sensação de estar preso no meio da floresta era apavorante e gritar era o que
me aliviava.
Eu então comecei a chorar. Eu não
sabia o que fazer. Meu pé doía e a floresta ficava cada vez mais escura. Eu não
conseguia me mover, acho que estava em estado de choque porque tudo o que eu conseguia
fazer era olhar para o rio e ver o reflexo do sol desaparecendo.
- eu tenho que me controlar –
falei para mim mesmo.
Eu parei de chorar e comecei a
pensar nas possibilidades. Para minha sorte parecia não ter muitos animais
naquela floresta a minha única preocupação seria a seda, a fome e o frio.
Eu tinha o rio perto de mim. Eu
podia ir em um pé só e beber água. Eu tinha frutas então podia controlar a
fome, mas o frio… esse era o problema.
Decidi não pensar nisso agora,
esperaria o frio chegar para me preocupar e eu tinha que mandar vibrações boas
para o céu para que não chovesse se não eu estaria morto.
- quer saber? – falei para mim
mesmo – meu primo e meu tio conhecem essa floresta como a palma da mão deles e
com certeza já devem ter notado que eu desapareci então já devem estar me
procurando. Eu fale isso sentindo um alivio.
Quatro horas de passaram. A única
iluminação que eu tinha era a da lua que para minha sorte estava cheia e o céu
limpo como bundinha de bebê. O relógio marcava 22h46min. Eu tinha encontrado
uma árvore para me escorar e tinha me arrastado. Eu estava tremendo como se
algo estivesse me sacodindo. Saia fumaça da minha boca. Eu sentia meus dedos
endurecendo.
Meu coração batia muito rápido
porque meu corpo esfriava e ele bombeava sangue mais rápido e isso poderia me
causar problemas. Foi então que eu tive que fazer o que eu não queria. Eu
enfiei a mão na cueca e urinei na mão e trouxe a urina e passei no meu rosto.
Eu urinei mais um pouco e passei nos braços. Eu tirei as meias que eu usava com
muito cuidado e urinei nelas e enrolei nas mãos. Aquilo tinha adiantado. Pelo
menos por uns 30 minutos até que a urina esfriou e eu comecei a sentir frio
outra vez.
Eu tinha que me esgueirar até o
rio tomar bastante água e esperar por mais urina, só assim eu iria sobreviver.
Eu me arrastei até o rio e bebi
bastante água. Eu sabia que não se podia beber água de rio por que tinha várias
doenças, vermes, mas o desespero fez a ocasião.
Eu tomei bastante água e me
levantei em um pé só e voltei para a árvore. Chegando lá eu comi mais algumas
frutas. Meu estômago roncava de tanta fome.
- socorro – gritei alto ás
23h45min.
Eu gritei várias vezes usando
toda a minha voz, mas ninguém respondia e não ouvia nenhum barulho que não
fosse o dos insetos e animais.
Eu comecei a sentir vontade de
urinar. Era a terceira vez que eu fazia isso. Eu mais uma vez urinei nas meias
e alternava nos lugares. Colocava na testa, colocava nos braços e até no
pescoço que estava gelado.
Eu estava fedendo, mas não me
importava, tudo o que eu queria naquele momento era uma cama bem quentinha e
uma comida caseira bem gostosa. Eu já estava enjoando daquelas frutas e me dava
vontade de jogar no rio de tanta raiva que eu tinha de mim mesmo por ter me
perdido.
Eu já nem conseguia mover o meu
pé machucado o frio tinha tomado conta. Como não tinha ferida eu comecei a
enrolar as meias para esquentá-lo por que eu não queria perder o meu pé.
Eu sabia que nas buscas eles
procuravam na beira dos rios então eu tinha maiores chances de ser encontrado
logo. Eu não sabia o quão grande era a floresta ou o rio então o jeito era ter
paciência.
Eu aguentei o ciclo da urina até
ás 02h56min da manhã. Eu não aguentava mais jogar urina no meu corpo para me
esquentar. O vento estava frio e quando passava pela urina no meu corpo me
fazia sentir mais frio do que se não tivesse todo urinado.
Eu comi mais algumas frutas e
logo voltei a fechar os olhos imaginando que a noite acabaria. Eu pescava e
nessas pescadas eu sonhava que tinha saído da floresta, mas logo eu acordava
assustado e descobria que tudo não passou de um sonho de mal gosto.
Eu decidi ir ao rio e lavar meu
rosto e meus braços para tirar a urina. A água estava fria, mas eu não
suportava mais o cheiro no meu rosto. Ás 03h25min da manhã eu comecei a tremer
de frio outra vez. Eu já não sabia o que fazer. Meus dedos outra vez começavam
a ficar duros. Foi quando eu vi vários pássaros voando para lá e para cá.
- que droga é essa – falei vendo
aquele monte de pássaros voando em várias direções. Logo todos eles
desapareceram.
Eu comecei a sentir minha boca
seca. Estava com muita sede. Minha cabeça começava a doer.
Eu fechei os olhos esperando
dormir e só saberia o que tinha acontecido de manhã. Ou eu morreria ou eu
acordaria de qualquer jeito qualquer uma das opções era melhor do que sofrer.
Eu estava com os olhos fechados
por uns 10 minutos e quando abri eu vi umas luzes no céu. Pareciam naves
espaciais, mas logo eu percebi que não se tratavam de luzes no céu, mas luzes
de lanternas nas árvores.
Eu olhei atentamente e comecei a
ouvir a vozes chamando meu nome. Eu então percebi que pessoas estavam me
procurando. Eu tentei gritar, mas minha voz não saia. Minha voz estava rouca.
Eu comecei a sentir um desespero
com medo de que eles não me vissem. Então comecei a pegar algumas frutas e
jogar na árvore ao lado. Alguns barulhos começaram a ser feitos e eu vi uma das
luzes sendo apontadas na minha direção.
- ele está aqui – falou alguém
gritando. Eu olhei para trás e vi alguém escorregando pelas árvores e
finalmente chegando ao chão.
- oi – falei sem reconhecer a
pessoa.
- você está gelado – falou a
pessoa tirando a camisa e se deitando ao meu lado e me abraçando para me
esquentar.
Eu finalmente senti algum
calor. Estava tão bom que eu fechei os
olhos e toquei o rosto da pessoa para ver se conseguia identifica-la e eu senti
uma barba.
- seus dedos estão congelando –
falou o homem pegando minhas duas mãos e colocando dentro da calça, dentro da
cueca e seu senti um calor bom nas minhas mãos.
Me deu vontade de rir quando ele
fez isso e eu apenas olhei para ele e vi que era Roman.
- o que está fazendo aqui? –
perguntei com a voz fraca.
- vim te salvar é claro. Estamos
te procurando há horas.
- obrigado – falei massageando
levemente o pênis dele na calça e dando um beijo na boca dele.
- por nada – falou ele.
Logo eu vi várias luzes e pessoas
chegando. Roman se levantou e os paramédicos me deram vários cobertores e
começaram a me analisar.
Foi quando eu vi que um dos
paramédicos era Fritz, O médico que cuidou de mim quando Charley me atacou.
- o que você está fazendo aqui? –
perguntei para ele.
Fritz me olhou sem dizer nada.
- ainda bem que te encontramos –
falou Charley – eu não devia ter deixado você vir sozinho
- o que está fazendo aqui? Você
está proibido de chegar perto de mim se lembra? E você não manda em mim eu vou
onde quero;
- ele está tendo alucinações –
falou Fritz.
Eu ví alguém mexendo na sacola de
frutas e logo disse:
- ele sofreu intoxicação por
beladona – falou um dos paramédicos.
- temos que levar ele daqui –
falou Fritz.
Foi a última coisa que me lembro
antes de cair no sono… ou desmaiar… não sei bem só sei que foi a melhor coisa
que podia acontecer.
Eu abri os olhos devagar e senti
um cheiro peculiar que só se sente em hospitais. Eu abri os olhos e vi que
estava no quarto de um hospital. Eu notei algumas manchas roxas na minha pele.
- bom dia flor do dia – falou meu
tio entrando no quarto.
- vocês me encontraram? – falei
quando ele, meu primo, Gwen e Peter entraram no quarto.
- sim – falou Peter – nós te
procuramos durante horas até que finalmente te encontramos.
- o que são essas manchas?
- o médico disse que são feridas
do frio. Você ficou muito tempo no frio congelante – falou meu tio.
Eu então tentei mover meu pé e
consegui, já não doía tanto.
- o médico colocou no lugar e
enfaixou. Disse que alguns dias de repouso e vai voltar a andar normalmente.
- onde está o Roman?
- quem? – perguntou Gwen.
- ele me encontrou. Ele me abraçou
e me aqueceu.
- você estava tendo alucinações –
falou Leo – o senhor espertou comeu beladona pensando que era jabuticaba –
falou ele rindo.
- quem me encontrou então?
- fui eu – falou meu tio.
- oh meu deus – falei alto.
- o que? – perguntou Leo assustado
– sente alguma coisa?
- não é que… - eu parei por um
momento. Eu realmente não queria que ninguém soubesse do que tinha acontecido.
- não é nada… eu só senti uma
pontada no braço.
- vamos lá perguntar para o
médico se é algo sério – falou Leo saindo com todos os outros e apenas meu tio
ficou.
- quantas horas? – perguntei.
- 10h17min. – falou meu tio.
- nossa eu dormi bastante.
- filho eu não acredito que você
ia contar oque aconteceu. – falou meu tio rindo.
- nossa tio que vergonha do
senhor, porque me deixou fazer aquilo?
- não fica com vergonha – falou
meu tio – você estava alucinando e a seu favor, foi eu quem colocou suas mãos
dentro da minha cueca.
- porque fez aquilo? – perguntei
rindo sem graça.
- o médico disse que foi isso que
salvou seus lindos dedos. Eu contei para ele o que tinha feito e ele disse que
foi muito bem feito. Depois que eu te encontrei os paramédicos levaram 20
minutos para chegar até você.
- nossa, mas pareceram segundos.
- você estava meio drogado –
falou meu tio.
- bom, nesse caso… obrigado por
ter salvo os meus dedos, mas da próxima vez não faça isso. deixe eu perder os
dedos – falei brincando.
- vou colocar na bunda da próxima
– falou meu tio rindo – mas se você massageou meu pau porque coloquei na frente
imagina o que vai fazer se eu colocar na bunda?
- para tio está me matando de
vergonha. – falei colocando a mão nos olhos querendo rir.
- veja pelo lado bom – falou meu
tio – pelo menos agora você tem uma história engraçada para contar aos seus
filhos e netos.
- só se for pra traumatiza-los –
falei rindo – para com isso tio.
- está bem, eu paro – falou ele –
mas se serve de consolo você beija bem. Melhor do que minha namorada. – falou
ele rindo. – eu nunca imaginei que beijaria a boca de um homem na vida e quando
beijo é a boca do meu sobrinho.
- ainda bem que foi só um
selinho.
- selinho? – falou ele – sua
língua tinha gosto de banana.
- credo tio, mentira que foi de
língua? Eu acho que vou morrer. – falei começando a rir.
- imagine eu? – falou ele rindo
também – foi uma nova experiência para ambos.
- porque você correspondeu? Podia
ter me empurrado.
- tá doido? Você estava quase
morrendo, além do mais eu não correspondi. Eu não enfiei minha língua na sua
boca foi você que me beijou. Eu fiquei parado esperando você terminar.
- menos mal.
- posso contar para todo mundo?
Eles iriam rir muito – perguntou meu tio fazendo graça.
- psiu – falei vendo os outros
entrarem outra vez
- o médico disse que é normal
sentir pontadas – falou Leo.
- ainda bem – falei disfarçando,
pois não tinha sentido pontada nenhuma.
- filho quase esqueci de te falar
– falou meu tio – seu pai está vindo para cá.
- qual deles?
- seu pai Stephen.
- porque?
- porque? – pergunto meu tio – só
por causa do seu acidente.
- nossa, mas nem foi tão sério –
falei.
- você que acha, você quase
morreu criatura – falou Leo – e como meu tio Larry não pôde vir o Stephen está
vindo. Ele inclusive está quase chegando.
- bom essa é a vantagem de se ter
dois pais – falei.
- pois é – falou Gwen – nós
podemos compartilhar essa sensação.
- por quê?
- o Leo não te contou? –
perguntou Gwen olhando para Leo de, pois para mim.
- digamos que eu meio que esqueci
– falou Leo.
- contar o que?
- eu também fui adotada Mike,
quando tinha seis anos meu pai Alex me adotou. Ele é gay então logo se casou
com meu pai Derek.
- sério? Dois pais? Que fofo.
- pois então? – falou ela com um
sorriso – nós temos mais coisas do que em comum do que imaginamos: somos
adotados, temos dois pais e somos lindos.
- convencida – falou Peter
beijando o rosto dela.
- você não reclama – falou ela
para Peter.
- verdade – falou ele.
Logo alguém bateu na porta e
abriu.
- com licença – falou uma voz
conhecida. Era meu pai Stephen. Ele deu um sorriso quando me viu. – posso
entrar?
- claro que pode – falei
esticando os braços.
Ele veio até mim e me deu um
abraço.
- senti saudades filho – falou
ele beijando meu rosto – você me assustou.
- vamos deixar vocês a sós. –
falou Gwen.
Gwen e Peter saíram.
- pai esse aqui é meu tio Roger.
- muito prazer – falou ele
apertando a mão do tio Roger.
- esse é Leo, meu primo.
- muito prazer – falou Leo.
- o prazer é todo meu – falou ele
para Leo. – esse garoto quase nos mata de susto.
- pois é? – falou meu tio Roger –
o pior é que ele vai para a floresta sozinho pela primeira vez na vida e come
um monte de beladona. Ainda bem que a quantidade que ele ingeriu não era o
suficiente para matar.
- pois é – falou meu pai.
- então pai? coo está minha
imagem lá fora? Todo mundo te criticando por causa do meu vídeo?
- nós conseguimos provar que foi
um dos meus adversários que mandou gravar o vídeo. Oferecemos dinheiro ao Roderick
e ele nos deu prova disso.
- que bom pai e qual deles foi?
- Anthony. Ele inclusive se
retirou da campanha.
- que bom. Levou o que merecia. E
o Scott? – perguntei lembrando do homem que tinha me seduzido.
- Scott? – perguntou meu pai – o
cara nem Gay é Mike. Ele é casado e tem três filhas. O nome dele apareceu em
todos os jornais como o homem que estava fazendo sexo com você. A vida dele
virou um inferno pior do que a sua.
- o Carma é uma vadia, mas quando
funciona, funciona bem.
- pois é, significa que eu subi
nas pesquisas.
- que bom pai. Eu sei o quanto
significa para o senhor essa campanha.
- obrigado filho – falou ele
beijando meu rosto.
- vai almoçar conosco Stephen? –
perguntou meu tio Roger.
- se não for incomodar.
- de maneira nenhuma – falou
Roger.
- combinado – falou ele.
Logo o médico me deu alto e pediu
que eu não forçasse o pé durante uma semana. Aquela experiência tinha sido
ruim, mas de certa forma engraçada. Eram essas experiências que eu queria ter
que eu não tinha na cidade grande. Boas ou ruins eram experiências de vida e eu
estava grato por ter acontecido comigo porque pelo menos eu consegui provar a
mim mesmo que quando estou lutando por minha vida eu sou capaz de tudo. Até me
cobrir de urina.
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Que ódio de Adam e dessa Marisol sei la ai ódio mike poderia achar um galã de Hollywood e mandar Adam pra ptq.. ai nao acredito depois de tudo o que mike sofreu... meu Deus estou com raiva... ass :Alanis
ResponderExcluirconcordo! Um galã de hollywood seria uma boa. obrigado pelo comentário!! ;)
ExcluirVai postar hoj????ass Alanis ☆
Excluiracabei de postar ;) Abraço Alanis☆
ExcluirDesisti de Torniquete, mas vai ter muita de suas influências em Paixão Secreta. Apenas Aguarde ;)
ExcluirUma pergunta... e a série torniquete?
ResponderExcluirAss Alanis ☆
eu desisti de Torniquete1
ExcluirEu estou amando Comirck, amando tudo, e sei la sinto que você ainda vai desenrolar mais essas estória de assassinatos em serie (kkkkkkkkk); mas enfim tô adorando baby!
ResponderExcluirAss: O real Baby Grows
Ps: Voltei pra lhe infernizar (kkkkkkkkkkkkkkkkkk) <3
rsrsrsr fico feliz que tenha voltado! Aguarde muitas Surpresas
ExcluirSó acho que o Mike tem q ficar com o irmão da Vanessa e ser feliz com ele
ResponderExcluiro irmão da Vanessa é um bom partido!
ExcluirTadinho do Mike amo ele d++± ele ñ mereci sofrer tanro assim Misteryon aguardando o proximo
ResponderExcluirNeverton:)
obrigado pelo comentário Neverton!! Abração
ExcluirPode deixar que ficarei ligada!! Haha
ResponderExcluirAte quando saio o celular esta conectado... estarei sempre lendo e comentando
Ass Alanis ☆