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PERDÃO
capítulo dezessete
epois de sair do psicólogo fui
direto para casa. Meu pai me recebeu de braços abertos novamente. Disse que
estava preocupado comigo e eu pedi que ele não ficasse. Meu pai quis inúmeras
vezes conversar sobre o relacionamento dele com Vanessa, mas eu o cortava. Não
queria saber sobre eles.
Toda aquela
conversa com o psicólogo tinha aberto um pouco mais a minha mente. Eu sabia que
Felix estava vivo no hospital, mas eu também sabia que existia uma enorme
chance dele nunca acordar. Comecei a pensar em Roman. Pensei no que ele tinha
feito e apesar de ter sido muita sacanagem eu decidi dar uma segunda chance a
ele.
Roman disse
que estava disposto a tentar outra vez. Começamos com um encontro. Na
sexta-feira ele me levou para jantar. O jantar foi calmo, quase não
conversamos. Depois do jantar fomos embora. Decidi que iria para a casa de
Roman. No caminho da casa dele nós ficamos calados e não dissemos nada. Foi
assim durante 15 minutos até que eu decidi quebrar o gelo.
- eu conheci
mau pai biológico – falei de uma vez.
- o que? –
perguntou Roman surpreso.
- eu disse
que conheci meu pai biológico
- quer dizer
então que você encontrou seu pai biológico?
- sim.
- como? Foi
você que procurou por ele?
- não. Ele
procurou por mim.
- como você
se sentiu? gostou? Não queria?
- no começo
eu fiquei com raiva porque não queria, mas depois que ele me deu um abraço eu
não consegui manter meu coração fechado e eu me rendi a ele.
- fico feliz
por você. Seu pai já sabe?
- sim. Eu
contei pra ele o dia da festa desastrosa em que você me traiu e fodeu um cara
qualquer.
- eu não
fodi nionguém… eu só beijei…
- desculpa
Roman. Não devia ter dito isso. Eu disse que vou tentar dar certo e nós vamos
tentar dar certo – falei respirando fundo.
- OK –falou
Roman voltando a falar sobre meu pai biológico – se você quiser pode me
apresentar a ele.
- eu não
sei.
- o que? Tem
medo que ele te rejeite porque você é gay?
- eu sei que
é bobeira, mas e se ele não aceitar e ficar decepcionado e for embora? Pior do
que nunca telo conhecido é conhecer e vê-lo partir sem olhar para trás.
- deixa de
ser bobo Mike. Ele vai aceitar sim.
- espero que
sim.
Logo
chegamos a casa dele. Nós saímos do carro, entramos em casa e um de cada vez,
tomamos um banho bem quente. Separados é claro.
Depois do
banho eu vesti uma bermuda de pijama e me deitei na cama dele. Eu me estiquei e
bocejei. Foi quando ele entrou para tomar o banho dele e eu fiquei olhando para
o teto. Decidi ir até a cozinha tomar um copo de água. Desci as escadas e
depois que bebi a água me virei e vi Roman parado no pé da escada.
- você me
perdoa? – perguntou Roman.
- pelo o
que?
- por ter te
traído.
- eu já
disse que perdoo Roman.
- eu estou
pedindo de verdade. Eu sei que deve ser sido dolorido me ver beijando
justamente o cara que vem te irritando por tanto tempo…
- por favor
– falei começando a chorar – tudo o que eu queria era uma noite tranquila, eu
só queria ter ido à festa e te contar que encontrei meu pai biológico ver você
ficar feliz por mim, mas o destino me pregou uma peça e veja como acabou aquela
noite. Eu nem cheguei a te contar o que tinha acontecido porque você enfiou a língua
em um qualquer.
- me
desculpa amor – falou ele vindo até mim e me abraçando – esquece aquele dia, eu
sei que fiz você sofrer – ele beijou meu rosto e alisou os cabelos da minha
nuca me acalmando.
- obrigado
por não levar essa discussão adiante – falei beijando o pescoço dele – eu já
disse que te perdoo.
- tudo bem –
falou ele beijando minha boca. Era a primeira vez que nos beijávamos desde o
dia da festa – Vamos dormir você está cansado, estressado e eu também.
Nós subimos
as escadas e eu me deitei na cama e acendi a luz do abajur. Roman apagou a luz
do quarto e se deitou ao meu lado.
Ele me puxou
e me fez deitar a cabeça em seu peito enquanto ele alisava minhas costas.
- então,
como é o nome do seu pai?
- Stephen. –
sabe como seria meu nome?
- não qual?
- Cory.
- Cory? –
perguntou ele com um sorriso – bem diferente de Mickey.
- sim.
- você vai
ligar para ele?
- sim. Vou
ligar amanhã. Ele deve estar esperando minha ligação a duas semanas. Desde o
dia da festa.
- vai dizer
o quê a ele?
- Perguntar
se ele pode almoçar lá em casa.
- ok, mas agora relaxa.
Eu então fechei
os olhos enquanto fazia círculos no peito dele e alguns minutos depois eu
peguei no sono. Acordei naquele sábado ás 10h00min da manhã. Eu me levantei,
lavei meu rosto.
- bom dia
amor – falou Roman deitado na cama acabando de acordar.
- bom dia – falei
indo até ele e dando um selinho na boca dele – está na hora de trazer uma
escovas de dentes minha pra cá.
- seria
ótimo – falou ele rindo e esticando os braços.
- eu vou lá
em baixo – falei pegando o celular.
- vai ligar
para quem?
- vou ligar
para o meu pai... quer dizer... Stephen.
- pode
chama-lo de pai se quiser sabia? – falou Roman.
- eu não me
sinto confortável.
- não se
trata de ser confortável. Eu sei que é por causa do seu pai Larry.
Eu disfarcei
e cocei o pescoço.
- pode
dizer, você tem medo de que seu pai fique com raiva de você.
- sim –
falei sentindo minha respiração.
- o chame de
pai Mike – falou Roman. – o que importa é o que você sente, se você quer
chama-lo de pai, chame-o de pai. não importa o que os outros pensem. Eu sou
esse tipo de pessoa. Você pode chama-lo de Stephen na frente do seu pai, mas
enquanto estiver comigo e com seus amigos não esconda o que sente com medo de
julgamentos. Eu não gosto que as pessoas reprimam um sentimento apenas para
fazer outra pessoa feliz, ou se sentirem bem. Por exemplo: nunca se assumir,
não dizer que gosta de um filme, de uma comida ou de uma pessoa. Se você sente
algo, se expresse, conte para o mundo.
- ok – falei
respirando fundo – vou lá em baixo ligar para meu pai Stephen.
- ok – falou
ele rindo – bem melhor assim.
Eu fui até
ele e dei um selinho na boca dele, mas ele não me deixou ir e me deu um beijo
de língua.
- te amo –
falei dando um selinho na boca dele.
- também te
amo – respondeu ele.
Eu então
desci as escadas e fui para o lado de fora da casa em frente à piscina e peguei
meu celular e coloquei para chamar. Minha barriga doía de tanto nervosismo.
- alô –
falou ele atendendo.
- Stephen?
Sou eu o Mike.
- oi meu
filho – falou ele. Eu senti uma pontada de felicidade quando ele disse aquilo-
eu parecia uma criança de oito anos quando falava com ele. Tinha aquela alegria
boba que toda criança tem.
- eu queria
te perguntar algo. Meu pai Larry gostaria que você almoçasse lá em casa, será
que poderia hoje.
- filho
infelizmente ouve um problema e eu tive que voltar para casa estou em New
Hampshire agora.
- que pena.
- é mesmo
uma pena, mas podemos marcar esse almoço para o próximo sábado, tudo bem?
- pode sim –
falei um pouco decepcionado.
- ok, te
vejo no sábado então.
Eu não
respondi nada.
- alô? Tem
alguém na linha.
- eu estou
aqui – falei.
- fica
combinado?
- você vai
mesmo voltar?
- vou sim –
falou ele – fica tranquilo eu vou voltar.
- ok.
- te vejo no
sábado então? – perguntou ele.
- sim –
respondi.
- até sábado
filho.
- até –
falei dando uma pausa – pai?
- o que?
- eu te amo
papai – falei caindo em prantos. Eu chorei como se nunca mais fosse vê-lo. Eu
estava com saudades dele. Era triste saber que estávamos tão longe. Eu tinha um
pai tão perto de mim, mas era om finalmente conhecer o homem que me deu a vida.
- também te
amo filho – falou ele. – te amo muito, não chora... por favor.
- não
consigo – falei ainda chorando.
Eu senti a
mão de Roman no meu ombro esquerdo e ele se sentou na cadeira atrás de mim e
chegou junto a mim me abraçando por trás e beijando minha nunca e alisou minha
barriga me reconfortando.
- papai te
ama filho. Não chora, não precisa ficar com medo. Eu vou voltar. Se depender de
mim eu nunca vou desaparecer da sua vida.
- que bom –
falei ainda emocionado – eu estou tão feliz por ter te conhecido.
- estou
muito feliz também. – falou ele.
- tudo bem –
falei respirando fundo. – vou parar de chorar então – falei já me sentindo
melhor.
- está bem?
– perguntou ele?
- estou.
- limpa os
olhos e trata de colocar um sorriso nesse rosto não quero saber que você está
triste ok?
- ok –
falei.
- eu te amo
filho – falou ele.
- te amo pai
– falei – te vejo no sábado.
- até lá –
falou ele desligando o telefone.
- está se
sentindo melhor? – perguntou Roman.
- estou sim
– falei me sentindo melhor. É incrível como nos sentimos depois de chorar por
saudades e amor, nos sentimos tão leves.
- está
vendo? Eu disse que era bom liberar seus sentimentos. – falou ele virando minha
cabeça e beijando meu rosto. – ele vai vir para o almoço?
- sábado que
vem.
- ótimo,
agora você tem uma semana para preparar tudo.
- sim. –
falei rindo e sentindo o sol na minha pele – amor eu posso te perguntar uma
coisa?
- pode –
falou ele.
- você acha
que eu posso amar os dois ao mesmo tempo e termos o mesmo amor um pelo outro?
Posso amar meu pai Larry e meu pai Stephen?
- claro que
pode – falou ele.
- sei lá…
você acha que é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?
- eu
acredito fielmente nisso – falou Roman. – o que importa é que amemos.
- obrigado
por seus conselhos – falei me levantando e ele se levantou e demos um beijo bem
gostoso.
Quando
cheguei em casa no sábado eu contei para meu pai que já sabia que ele e Vanessa
estavam saindo.
- porque você não me contou pai?
- eu achei
que você não aceitaria?
- eu não
tenho que aceitar nada, é sua vida e você faz dela o que quiser e é claro que
eu aceito, pai você me apoiou toda a vida porque eu não te apoiaria no momento
em que mais precisado meu apoio?
- sei lá,
pensei que ficaria com raiva porque estria tentando substituir sua mãe.
- pai... Eu
fiquei com mais raiva de ter me escondido isso do que estar namorando Vanessa.
- então
admite que está com raiva?
- não, não
estou. É só uma comparação.
- tudo bem –
falou meu pai – então… no próximo sábado eu devo esperar o…
- Stephen –
falei.
- sim… devo
esperar o Stephen aqui?
- deve sim.
Ele confirmou que vai aparecer.
- tudo bem –
falou meu pai.
Segunda
feira chegou e era hora de voltar ao trabalho. Eu nunca mais tinha visto
ninguém depois do dia da boate, estava morto de vergonha. Eu não devia ter
decido á esse nível. Devia ter deixado para lá, mas as coisas foram se
acumulando naquela noite e eu precisava descarregar em alguém.
Entrei no
elevador já com a roupa do trabalho e desci no 20º andar.
Alimentei os
peixes, liguei o ar-condicionado, liguei a fonte, abri a sala de Adam e liguei
o computador dele e acendi as luzes. Eu sai da sala e fechei a porta e fui para
a recepção e liguei meu computador. O elevador fez uma barulho que eu conhecia
muito bem. A porta se abriu e Adam saiu de dentro do elevador.
- bom dia –
falei.
- bom dia –
falou Adam vindo até mim ele deu a volta no balcão e me deu um abraço.
- porque
esse abraço? – perguntei.
- estou
feliz por você – falou Adam – Roman contou pra todo mundo sobre sue pai
biológico.
- sobre meu
pai biológico? – perguntei quando ele parou de me abraçar.
- sim –
falou ele rindo – estou feliz por você! – ele então parou de rir e fez cara de
preocupado – a menos que você não esteja feliz e esteja com raiva, nesse caso
eu sinto muito – falou ele me abraçando – tudo vai melhorar.
Eu dei uma
risada.
- feliz, muito
feliz, mas obrigado por ser tão prestativo.
- afinal,
sou ou não sou seu amigo? – falou Adam me soltando.
- sim, e
provavelmente o único.
- e o Denny?
- Denny?
Você não tem ideia do que ele fez comigo.
- quero
saber – falou Adam – vem comigo até minha sala e você me conta tudo.
Segui ele e
nós entramos na sala dele. ele se sentou na cadeira dele e eu me sentei a mesa.
- então o
que o Denny fez?
- ele me criticou
e disse que mereci tudo de ruim que Charley fez a mim.
- Charley? –
perguntou Adam confuso – Porque Denny diria isso?
- ele não
gostou do fato de eu ter voltado com Roman. Ele acha que eu estou sempre
cometendo os mesmos erros.
- Não liga
pra ele.
- ele disse
que eu mereci ser estuprado pro meu pai.
- mentira.
- disse
Adam, você pode não acreditar, mas ele me disse com essas palavras.
- isso é tão
errado… - falou Adam.
- pois é eu
fiquei realmente chateado com ele.
- e deve.
Não devia ter dito isso a você.
- pois é.
- aquele dia
na boate foi bem estranho.
- bota
estranho – falei envergonhado – eu estou envergonhado.
- não
precisa – falou Adam – eu sei que às vezes o sangue ferve e não tem jeito a
gente parte pra cima.
- obrigado –
falei rindo – bom, agora vou embora para a recepção e deixar você trabalhar.
- vai lá –
falou Adam.
Eu me
levantei e quando abri a porta eu dei de cara com Xavier.
- que susto
– falei.
- bom dia –
falou ele.
- desculpa –
falei me recompondo – bom dia Xavier.
Fiquei
próximo a ele sentindo sua respiração e ele deu um passo para trás para que eu
passasse e foi o que eu fiz ele então entrou na sala de Adam.
Fui direto
para meu posto de trabalho. Tinha ficado tão chocado com o que Denny tinha me
dito que acabei esquecendo-me de Xavier. Como ele sabia de Felix?
Comecei o
meu trabalho e fiquei pensando nisso. Quando Xavier saísse eu iria perguntar
como ele sabia sobre Felix. Passaram-se trintas minutos e ele saiu da sala de
Adam.
- bom dia – falei
novamente.
- bom dia –
falou Xavier – nós já nos cumprimentamos – falou ele vindo até mim.
- é mesmo.
O clima
estava tenso entre nós.
- posso te
perguntar uma coisa?
- pode –
falou Xavier.
- como você
sabe sobre Felix?
Ficamos
alguns segundos em silêncio. Xavier estava pensando na resposta.
- sabe o
advogado de Felix, Leon Winfrey?
- sei.
- nós
fizemos faculdade juntos. Ele é um grande amigo. Ele comentou comigo o caso de
Felix. Eu não devia ter te dito nada, foi antiprofissional.
- não se
preocupe com isso. Se não fosse você, talvez eu nunca tivesse desabafado em
relação a Felix.
- fico feliz
então – falou ele com um sorriso – e não precisa ficar pensando que estamos te
julgando porque nem eu e nem Adam estamos. A escolha era sua.
- tudo bem
me julgar. Eu já me acostumei – falei rindo.
- eu preciso
ir agora Mike.
- tudo bem
Xavier.
Xavier se
foi e eu continuei o trabalho.
Fui embora
do trabalho na segunda-feira pensando em Felix. Ele geralmente não ficava em
minha mente, mas depois da consulta com o Dr. Wolf ele tinha ficado em minha
mente.
Apesar de um
pouco traumatizado resolvi ir embora de metro. Eu entrei no vagão e me sentei
ao lado da janela porque o melhor de andar de metrô era ver a paisagem quando
ele não estava no subsolo. Alguns trechos eram ao ar livre e a cidade estava
toda iluminada àquela noite.
Meu celular
tocou dentro do metrô e era Roman.
- oi amor –
falei atendendo
- você está
bem?
- estou sim.
Estou no metrô indo embora.
- Eu gostaria
de te levar para jantar pode ser?
- pode.
- pode ser
amanha ás 20h00min?
- pode sim
- combinado
então.
- ok então.
Beijos e até amanhã.
- um beijão
– falou Roman desligando
Na
terça-feira eu me levantei ás 06h00min da manhã, fui direto para o banheiro
tomar um banho. Desci, tomei café da manhã com meu pai.
- filho... –
falou ele tomando um gole do café.
- o que foi?
- eu... hoje
a noite... – falou ele nervoso.
- o que foi
pai?
- hoje à
noite eu vou preparar um jantar para a Vanessa.
- hoje a noite?
– perguntei.
- sim –
falou ele.
- eu não sei
se...
- é que, era
apenas...
- espera
pai. eu não estou entendendo nada. Fica calmo. Diz o que você quer dizer e
depois eu digo o que eu quero.
- tudo bem –
falou ele respirando fundo e envergonhado. – eu vou fazer um jantar hoje a
noite para a Vanessa, só que será uma coisa mais romântica e eu queria saber se
você não pode sei lá, passar a noite na casa do Roman.
- bom...
isso é uma surpresa – falei.
- não
precisa, se você não quiser que eu traga outra mulher para essa casa eu entendo
e te respeito.
- bom pai,
primeiro: não é outra mulher é a Vanessa. Segundo: é claro que pode fazer o
jantar e ser romântico. Não precisa ficar com vergonha.
- é que faz
tanto tempo que não namoro e acho que posso ter me esquecido como se flerta com
alguém.
- que é
isso, você é charmoso se depender do senhor ela vai ficar caidinha. E não se
preocupe, eu vou sair para jantar hoje com o Roman e posso dormir na casa dele.
- ok – falou
ele rindo envergonhado. Eu senti que ele esperava outra resposta minha e ficou
aliviado por eu ter aceitado.
- pai, não
precisa ficar com medo de trazer alguém aqui. Ninguém nunca vai substituir a
mamãe. Você pode namorar outra vez, sair, ou apenas trazer uma mulher para
tranzar.
Eu vi que
ele ficou envergonhado.
- eu quero
que se sinta bem e confortável em falar sobre isso comigo. Quando eu contei
para você que era gay você não ficou com medo de falar sobre sexo comigo.
- foi mesmo
– falou ele – eu tive que pesquisar uma semana na internet tudo sobre o sexo
gay para conversar com você.
- e eu fico
feliz por isso pai. eu agradeço por ter sido tão compreensivo. – falei pegando
a mão dele em ciam da mesa e apertando – eu não sei o que faria se não tivesse
seu apoio e todas as conversas que tivemos sobre sexo e namoro. Não existe
vergonha no sexo pai. o sexo hoje em dia é tabu e tem pessoas que tem vergonha
de falar, acham errado falar sobre o sexo, mas a verdade é que o sexo faz parte
da natureza humana. Sentir atração, “tesão” é algo normal.
- eu sei – falou
meu pai parecendo um adolescente com vergonha.
- nós
crescemos em uma sociedade machista e hipócrita. Homem que pega todas é visto
como garanhão e galinha, mulher que sai com vários homens é vista como vadia e
vagabunda. E isso é errado. Você não precisa namorar para transar com alguém
pai, se por acaso as coisas com Vanessa não derem certo, eu espero que dê tudo
certo, mas se não der você pode se sentir livre para trazer mulheres aqui, não
vou julgar você, é a natureza humana. Você me deu liberdade de trazer homens
aqui porque você não pode ter o mesmo direito? Eu sou uma pessoa com mente
aberta pai. eu não costumo julgar as pessoas quando se trata de sexo. Você tem
vontade de fazer sexo com três, quatro pessoas? Faça. Você tem vontade de fazer
algo esquisito? Encontre uma pessoa que goste do mesmo e faça. Você tem 20 e
quer namorar uma pessoa de 60? Qual o problema? Eu não sei se pensa do mesmo
jeito que eu, mas desde que as pessoas envolvidas concordem tudo vale.
- estou
orgulhoso de você – falou meu pai – agora eu vejo que criei você bem. Uma
pessoa sem preconceitos.
Eu olhei
para o nada e pensei no que tinha dito para Denny. Tinha sido preconceito.
- não se
engane pai, eu tenho meus preconceitos, mas ter preconceito não define a pessoa,
é o que você faz a respeito ao preconceito que define quem você é. Se você
tenta vencer o preconceito. Isso sim te define.
- verdade –
falou ele apertando minha mão. – obrigado por ter essa conversa comigo – falou
ele.
- está
vendo? Agora eu estou te dando conselhos sobre sexo. – falei rindo.
- pois é, e parece que eu te
ensinei bem – falou ele.
- eu só
tenho uma dica – falei para meu pai – faça como eu. Eu faço exame de DST duas
vezes por mês. E não se engane pai, sexo oral também transmite.
- obrigado
outra vez – falou ele terminando de comer. Eu me levantei e ele se levantou e
me deu um abraço. – eu te amo sabia? – falou ele me olhando a colocando a mão
no meu ombro.
- também te
amo pai.
Eu então me
arrumei e fui para o trabalho.
Ter aquela
conversa com meu pai tinha sido bom pra mim também.
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Quem é Felix??
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