DIAS ESCUROS capítulo vinte e três
13 DE DEZEMBRO DE 2017
CEMITERIO NACIONAL FORTE ROSECRANS
SAN DIEGO, CALIFORNIA
O chão estava molhado. Os pés daqueles homens que carregavam
os dois caixões afundavam na grama do cemitério e saiam espirrando água antes
de pisar novamente. Todos estavam de preto. Inclusive eu. Meu rosto estava
pálido e eu já não chorava. Não havia mais lágrimas para derramar. A decisão de
enterrá-los juntos foi minha. Ao lado do corpo de minha mãe. Os dois eram
importantes para mim e significava muito saber que toda minha família estava
reunida. Sei que é um pensamento mórbido, mas as vezes gosto de pensar que
fantasmas existem. Imaginar que talvez um dia eu sinta sua respiração em mim.
Que eu sinta um calafrio quando ele
passar por mim.
Talvez eu fosse a pessoa certa para a dizer algumas
palavras, mas eu me recusei. Eu mal podia acreditar que aquilo realmente tinha
acontecido. Não podia deixar de pensar que aquilo tudo era culpa minha. Era o
único sentimento que eu tinha no momento. Talvez eu devesse ter conversado mais
com ele. Devia ter ouvido o que Adam disse. Eu sinto tanto a falta de sua voz.
Olhei para o meu lado e senti ele passar o braço por mim me deixando junto a
ele. Ele quase não disse nada. Ele já tinha passado pela morte da esposa então
ele conhece essa dor.
- rabino dizia algo e ouvi passos de alguém se aproximando.
Olhei para trás e vi Adam usando terno preto. A expressão dele era triste.
- você veio! – falei olhando para ele.
- me perdoe pelo atraso – Adam se aproximou e me deu um
abraço. Fiquei ali abraçado com ele por um bom tempo. Conseguia encontrar um
pouco de conforto em seus braços.
- Mike? – falou Zoey chamando minha atenção.
- Sr. Fabray, quer dizer algumas palavras, meu rapaz? –
perguntou o rabino.
Todos ficaram em silêncio. Eu sou conhecido por ser
dramático e escandaloso. Aparentemente um defeito na comunidade gay. Só que não
hoje. Eu não quero dar um show. Só quero acabar com tudo isso.
- não senhor.
- e você Sr. McCormick. Quer dizer algo?
Ele não disse nada e apenas balançou a cabeça negativamente.
Eu tinha pena dele.
Me afastei de Adam e peguei um pouco de terra e joguei em
cima do seu caixão. Me abaixei e peguei outra mão de terra e joguei em cima do
segundo caixão.
Me virei e comecei a caminhar. Acho que todos acharam
estranho, mas é que eu não queria ver a terro cobri-los. Eu tinha certeza de
que eles estavam lá. Tinha certeza também que estava tudo acabado. Fui até o
carro dele e me sentei aguardando o meu futuro marido. Mais do que nunca eu
tinha certeza de que queria me casar com ele.
5 DE DEZEMBRO
Era terça feira. Estava animado para o meu casamento. Claro
que eu tinha aquela duvida no coração, mas acho que todo mundo tem essa dúvida
quando é pedido em casamento. Afinal a vida de qualquer pessoa muda quando se
casa. Claro que talvez eu possa tomar algumas decisões por impulso
especialmente quando estou focado em esquecer o passado. Estava deitado na cama
esperando Craig sair do banho. Nós jantamos em casa mesmo e estava frio. Eu
queria me aconchegar nos braços do meu futuro marido. Bem… eu sei que a alguns
dias atrás me joguei nos abraços de Adam e praticamente implorei para que ele
fugisse comigo. Se ele tivesse dito sim eu estaria com ele agora e não com meu
Craig.
Na vida aprendi a me contentar com o que é me dado. Adam
estava muito estranho. Eu não sei como foi a vida dele nos últimos dois anos.
Ele foi para a reabilitação por beber e dirigir, mas talvez ele fizesse uso de
drogas mais pesadas. Talvez ele usasse drogas ou talvez estivesse na
abstinência. A verdade é que ele não dizia nada com nada. Craig e eu combinamos
de nos casar em fevereiro. Iriamos aproveitar o natal em família reunindo meu
pai, Vanessa, Rachel, Jason, Adam e os filhos dele. Já o não novo nós
passaríamos em Paris. Apenas Craig e eu. E Zoey. Craig prometeu leva-la e eu
decidi que o ano novo seria uma ótima ocasião.
Quando Craig saiu do banheiro de cueca ele deu um pulo na
cama. Eu estava assistindo a um filme qualquer na TV.
- o que está assistindo?
- eu não sei – falei aumentando um pouco o volume – tem
alguém matando e todo mundo está morrendo.
- ai credo – falou ele pegando o controle – coloca algo mais
leve. Não quero fazer amor ao som de assassinato, sangue e tortura.
- sabe o que seria legal? – falei me aproximando dele e
dando um beijo em seu pescoço.
- o que? – falou ele colocando em um reality show e me
abraçando em puxando para cima dele.
- se nós ficamos dois ou três meses sem fazer sexo antes do
casamento.
- pra que?
- eu não sei – falei rindo – você não queria saber como é a
lua de mel de alguém que está esperando?
- meu amor eu não vou conseguir ficar três meses sem tranzar
com você? – Craig deslizou as mãos por meu corpo e começou a tirar a minha
cueca – eu quero fazer sexo com você do natal até o ano novo.
- então vamos combinar assim… – falei tirando a cueca e
ficando nu. Fiquei de joelhos e tirei a cueca dele – depois do ano novo até o
dia do casamento nós vamos ficar sem sexo.
- tudo bem -falou ele
respirando fundo - acho que consigo
ficar dois meses só com suas chupadas.
- Craig! – falei rindo e segurando o pau dele – nada de
chupada – passei a língua na cabeça do pau dele e chupei.
- vou ter que me virar sozinho?
- também não – falei dando uma chupada no cacete dele e
passando a língua em sua virilha – sem sexo, nem oral e sem masturbação. O
sentido é ficar sem gozar, sem orgasmo e
sem o prazer.
- não sei se eu consigo.
- vamos pelo menos tentar. Por favor – fiz bico e dei um
beijo na cabeça do pau dele – por mim?
- sim – falou ele com um sorriso – você só me pede as coisas
quando tá com meu pau na mão. Isso não vale.
- vale sim – afundei o pau dele em minha boca e comecei a
chupá-lo. O pau dele foi ficando cada vez mais duro na minha boca e eu fui
deixando o pau dele mais e mais molhado. Craig acariciou meus cabelos e segurou
em meus cabelos movendo a cintura para cima e para baixo.
- boca gostosa! – falou ele pressionando o cacete no fundo
da minha garganta me fazendo engasgar. Em seguida eu tirei e bati com ele na
cara – eu te amo Mike!
Passei a língua pelo pau e dei beijos na barriga subindo até
o peito. Antes de beijar sua boca eu olhei para ele. Craig tinha um sorriso no
rosto e acariciou meus cabelos.
- eu preciso te confessar uma coisa Craig.
- o que foi meu amor? Alguma coisa aconteceu?
- sim – respirei fundo com medo da reação dele – no dia da
confraternização eu beijei a boca do Adam.
- filha da puta! – falou Craig com raiva – ele vai se ver
comigo.
- Craig não foi Adam que me beijou. Eu que beijei ele. Um
beijo de língua. E fui para cima dele.
- porque você fez isso?
- eu não sei… - eu sabia muito bem o porque – ele estava
estranho, acho que ele está com saudades do filho. A ex esposa de Adam sempre
foi de comprar briga. Acho que devido ao Adam ter ido para a reabilitação ela
conseguiu uma ordem restritiva contra ele. Eu vi ele triste e acabei dando um
beijo no intuito de consolá-lo. Me perdoa – coloquei a mão no peito de Craig e
acariciei-o.
- não tem problema meu anjo – falou ele me puxando e dando
um selo na minha boca – obrigado por me contar.
- obrigado por me perdoar.
- eu vou conversar com Adam amanhã…
- não Craig. Por favor.
- não é isso – falou ele me virando de costas me deixando de
lado na cama – eu vou conversar com ele para descobrir o que há de errado. Se
for mesmo essa questão da ordem de restrição eu vou ver se consigo fazer algo
para ajuda-lo.
- você é um homem bom Craig – senti ele esfregar o caralho
na entrada do meu cu e forçar para dentro.
- e você foi um garoto mal, Mike – falou ele com um sorriso
– hoje não terá lubrificante – falou ele com um sorriso metendo o pau em mim
sem lubrificante.
- caralho! – senti uma dor aguda no meu cuzinho.
- pra você aprender a ser tão levado – falou ele forçando
cada vez mais seu caralho para dentro de mim.
- porra Craig – senti ele começar a me foder e a me deitar
na cama colocando seu corpo por cima do meu. O cacete dele entrou no seco e
sentia como se ele estivesse rasgando prega por prega.
Ele deitou seu corpo em cima do meu e o suor logo foi o
lubrificante de nossos corpos que se deslizavam. Craig meteu o caralho sem dó
do meu cuzinho. Eu sabia que merecia aquela surra de vara e convenhamos que não
era nada doloroso ter aquele pau no meu cuzinho.
- isso! Fode! Mete o cacete em mim! Me ensina a te
respeitar.
- sua putinha! – falou ele segurando em meus cabelos
levantando minha cabeça – vou te ensinar a beijar outro macho.
Ele aumentou a velocidade com que estava me fodendo e o som
de seu quadril batendo em mim ecoou. O pau dele agora se afundava em mim e meu
cuzinho se contraia.
- quem é seu macho?
- você!
- é o Adam? – perguntou ele rindo – me responde.
- não, é você! – falei sentindo ele manter o pau bem fundo
em mim e rebolar.
- vai ter que me provar! – falou ele tirando pau e dando uma
estocada. Ele segurou com mais força meus cabelos e puxou.
- eu faço qualquer coisa! Qualquer coisa! – gemi feito
cadela sentindo ele segurar em meus cabelos com força e lamber meu rosto.
- case-se comigo nesse fim de semana!
Craig parou de meter o pau e soltou meus cabelos. Deu um
beijo na minha nuca e começou a rebolar.
- eu caso! – falei empurrando Craig para que ele saísse de
cima de mim
- está falando sério? – perguntou ele com um sorriso. O pau
melado com um pouco do meu sangue.
- Sim. Falo muito sério – falei me abaixando e nós nos
beijamos – pra que esperar?
Craig e eu fomos ao banheiro e lavamos nossas partes
intimas. Ele tinha realmente me rasgando. Quando voltamos para a cama ele se
escorou na cabeceira e eu segurei no seu pau e dei uma chupada. Chupei seu saco
e subi passando a língua pelas veias do seu caralho e o engoli.
- vem aqui – falou Craig – vira esse cuzinho que eu judiei,
deixa eu fazer um carinho.
Fiquei de quatro com o cu na cara de Craig que o abriu e
afundou a língua sugando-o com vontade. A dor diminuiu um pouco sentindo ele
ser tão carinhoso com meu cuzinho. Ele enchei de beijos, mordidas e chupou
sugando com sua língua quente Ele foi deslizando pelo lençol até que ficou em
uma posição onde eu podia chupar seu pau enquanto sua língua me explorava.
Coloquei seu caralho na boca e chupei seu pau com calma. Eu não queria que ele
gozasse, queria que ele venerasse meu cuzinho por um bom tempo.
- porra que delicia! – gemi segurando no pau dele com força.
- está gostoso mesmo ou eu preciso pedir umas dicas para o
Adam?
- está ótimo – falei forçando para trás afundando meu rabo
em sua cara. Ele pressionou com a língua e então me empurrou. Ele ficou de
joelhos e cuspiu no meu cuzinho e esfregou a cabeça do pau melando e então colocando
para dentro.
Meu cuzinho estava engolindo sua vara grossa sem muita
dificuldade. Ele segurou em minha nádegas com uma das mãos e com a outra forçou
minha cabeça para baixo me mantendo de cuzinho empinado. Ele meteu vara com
força enquanto o suor caída do seu rosto em minhas costas. Craig tirou o pau de
mim e caiu sentado na cama ofegante. Me ajoelhei próximo a ele e segurei seu
pau. Com a outra mão comecei a me masturbar.
- o que está fazendo? – perguntou Craig.
- lubrificando – falei batendo punheta com força até que
gozei no pau dele. Movi o pau deixando todo coberto com minha porra – agora sim
– falei me virando de costas de joelho e sentando no pau dele que deslizou para
dentro de mim. Nessa posição Craig não se movia. Eu tinha total controle e tudo
o que ele precisava fazer era aproveitar enquanto eu cavalgava cada vez mais
rápido em seu cacete.
- isso potranca! – falou ele batendo na minha bunda –
cavalga puto!
Com mais força eu comecei a cavalgar no pau dele e Craig se
contorcia sem conseguia controlar. Ele tentava segurar o gozo, mas não
conseguiu. Ele urrou enquanto o pau inchava dentro do meu cu e esporrava dentro
de mim. Me movi cada vez mais rápido enquanto o pau dele ficava move dentro de
mim. Só parei quando pau dele ficou mole o suficiente para conseguir escapar de
mim.
Craig me puxou e me abraçou por trás enquanto a porra ia
derramando do meu rabo e caindo na cama. Nós nos beijamos apaixonado enquanto o
suor dos nossos corpos se secava. A boca de Craig era tão gostosa. Ele é um
homem muito gostoso e carinhoso.
- te amo, Mike.
- também te amo Craig – dei um último selo em sua boca antes
de ir para o banheiro.
Enquanto estava no banheiro tomando banho ouvi alguns
barulhos estranhos.
- Craig? – gritei enquanto ensaboava o corpo – Craig? Porque
você não vem tomar um banho comigo?
De repente os barulhos que vinham do quarto sessaram. No
começo fiquei assustado, mas então Craig entrou no banheiro com algo na mão.
Ele estava escondendo de mim.
- o que está escondendo ai?
- uma coisinha que comprei.
- me mostra o que é?
Ele então me mostrou uma pequena caixinha preta e quando
abriu vi duas alianças. Eram as nossas alianças de casamento.
- que dia você comprou?
- hoje. Eu estava querendo te pedir em casamento de novo.
Quer dizer, pedir para que nos casássemos nesse fim de semana. Sem ostentação,
sem cerimonia, apenas nós dois e o nosso amor.
- como você sabia que eu ia dizer sim?
- eu me garanto – falou ele pegando minha mão e colocando a
aliança. Em seguida peguei a outra aliança e fiz o mesmo com ele – agora nós
somos oficialmente noivos. Nós demos um beijo debaixo do chuveiro.
Depois do banho nós dois caímos no sono. A caminho do
trabalho no dia seguinte passamos na Starbucks para tomar o café da manhã. O
assunto se resumiu ao casamento. Nós iriamos convidar apenas nossos familiares
e amigos próximos. Seria uma cerimonia pequena apenas para oficializar.
- ontem eu comecei a cuidar daquele assunto.
- que assunto? – perguntei curioso tomando um gole do café.
- do testamento. Se alguma coisa acontecer comigo você vai tomar
conta da empresa e das minhas finanças e não o beneficiário atual..
- para de falar disso Craig. É mórbido ficar falando de
morte. Ninguém vai morrer. É fim de ano. É tempo de celebrar.
- eu sei que você não gosta de falar disso, mas eu preciso
ser pró ativo. Até no começo da próxima semana estará oficializado.
- ótimo. Desde que você pare de falar sobre sua morte –
falei tomando outro gole do café – só por curiosidade… quem é o beneficiário
atual?
- eu não posso dizer Mike. Desculpe.
- o cara me come toda noite, mas eu não posso saber uma
coisa simples como essa?
- não é que eu não confie em você Mike, mas você tem um
olhar.
- que olhar?
- quando você sabe de algo que não deveria você tem o olhar
de quem sabe. Se eu te contar a primeira vez que você ver o atual beneficiário
ele vai saber que te contei.
- ele sabe?
- sim. No inicio ele não queria ser o beneficiário, mas eu o
convenci. Ele só pediu uma clausula que não poderia ser quebrada.
- e qual é essa clausula? – perguntei curioso.
- ninguém deveria saber que ele era meu beneficiário.
- que droga. Vou me casar com um homem que mal conheço e em
troca ele não pode nem me dizer quem é o beneficiário.
- desculpa meu amor – falou ele pagando a conta – eu te
compenso na cama.
- porque você está com tanta pressa de arrumar isso? Por
acaso tem alguma doença que eu não saiba?
- na verdade não – falou Craig – é que é o seguinte Mike:
Jason deveria ser meu beneficiário: o banco exige isso, só que Jason não quer
ter nada a ver com advocacia então eu tive que pagar uma grana preta pra que
meu beneficiário fosse um terceiro. Quando nós nos casarmos nesse fim de semana
o banco me liga na segunda mandando eu colocar você como meu beneficiário. Eu
só estou agilizando.
- então está tudo esclarecido – falei entrando no carro e
colocando o cinto de segurança.
Nós seguimos viagem e assim que chegamos no trabalho fui
direto para meu posto de trabalho. Cumprimentei Ally e ela sorriu de volta para
mim. Craig foi para sua sala e nos trinta minutos que se passaram Phil, Drake e
Patrick foram os únicos que chegaram. Estava concentrado na tela do computador
quando a porta da sala de Craig se abriu e ele saiu marchando rapidamente de
lá. Ele parou próximo a minha mesa e olhou para mim.
- Mike, Ally; Eu preciso de vocês na sala de reunião.
- para quando? – perguntou Ally.
- para agora. Teremos uma reunião não programada.
Ally e eu descemos pelo elevador para organizarmos a sala de
reuniões. Nós ligamos os ar condicionados os aparelhos para apresentação em
Slide. Computador, ajeitamos as bebidas, copos, as cadeiras, enfim: deixamos a
sala pronta para a reunião. Pouco a pouco os sócios foram chegando: Andrea,
Arthur, Drake, Phil, Patrick, Adam, Molly, Steve e Xavier. Quando todos estavam
sentados Ally e eu servimos água para aqueles que queriam. Quando Craig chegou
ele cumprimentou a todos.
- bom dia a todos – falou Rufus se sentando – me perdoem por
marcar uma reunião tão em cima da hora, mas é que eu preciso falar algumas
coisas importantes para vocês – falou ele respirando fundo – gostaria de
começar dizendo que o meu casamento com Mike foi adiado.
- o que? Porque? – perguntou Andrea.
- foi adiado de fevereiro para esse próximo fim de semana.
- é sério? – perguntou Steve.
- sim. Mike e eu decidimos que não tem porque esperar até
fevereiro.
Ao dar uma olhada naquela sala pude notar que algumas
pessoas não tinham gostado daquela noticia. Sei que alguns deles não acreditam
no que Craig e eu temos e já ouvi até alguns comentários dizendo que tudo
estava indo rápido demais, que nós deveríamos ir devagar. Adam na verdade não
pareceu triste. Pareceu perturbado. O celular dele vibrou e notei que ele tinha
recebido uma mensagem.
- eu preciso sair – falou Adam se levantando e saindo da
sala com pressa. Vi que Andrea, Drake, Patrick e Steve estavam com o celular na
mão. Tive a impressão de que havia sido um deles a enviar a mensagem, mas tenho
certeza de que era só uma impressão boba minha.
- na verdade Craig você está se esquecendo de algo – falou
Phil
- do que? – Craig pareceu confuso.
- nesse fim acontece a festa da Forbes. Você ficou em
primeiro lugar na lista. você precisa ir.
- é verdade – falou Craig.
- onde é essa festa? – perguntei curioso.
- em Nova York – falou Craig – na verdade só voou poder
voltar na segunda de noite. Vou aproveitar para ver uma cliente que mora na
Rússia, mas que estará em Nova York – falou ele pensativo – tinha me esquecido
disso.
- talvez seja melhor cancelar esse casamento – falou Drake –
pelo menos até o ano que vem.
- concordo – falou Steve.
- nada disso – falou Craig – Mike e eu podemos nos casar na
terça a noite – o que você acha? – perguntou ele olhando para mim.
- Perfeito. Dá pra esperar dois dias a mais.
- Perfeito – falou Craig – Mike e eu nos casaremos dia 12 de
dezembro.
- você vai precisar levar um dos assistentes – falou Andrea
– eu conheço esse cliente que você encontrará. Você vai precisar de um braço
direito lá para te ajudar.
- Mike seria ideal – falou Professor Patrick.
- na verdade eu não posso professor. Se esqueceu que nesse
fim de semana a Universidade Furman promove a Festa Grega?
- que festa é essa? – perguntou Arthur.
- uma festa para todos os que são membros de uma
fraternidade ou irmandade. Esse ano o tema da festa é Palhaço por causa
daqueles crimes na Flórida.
- eu ouvi falar – falou Andrea – ainda estou abismada com
tudo aquilo
- vou resumir para vocês – falei com raiva – Um bando de
universitários bêbados fantasiados de palhaço correndo de um lado para o outro
todo o fim de semana. Eu não sou obrigado a participar de toda a festa imbecil,
mas preciso estar lá durante o discurso do reitor que acontece no sábado a
noite.
- então será Ally – falou Craig.
- o que aconteceu com Adam? – perguntou Phil vendo Adam
entrar no elevador – ele está chorando?
- eu não sei – falou Craig olhando para mim – Ally vai lá
ver o que aconteceu com o Sr. White.
- sim senhor – falou Ally saindo da sala. Tenho certeza de
que Craig não disse para eu ir com medo de que eu resolvesse consolar Adam com
mais alguns beijos.
Ally se foi e a reunião aconteceu normalmente. Admito que
estava curioso e preocupado com Adam. O que tinha acontecido? Teria a ver com o
anuncio do casamento? Tudo o que sei é que Ally se foi e não voltou. Por algum
motivo Adam saiu chorando daquela reunião depois de receber uma mensagem.
9 DE DEZEMBRO DE 2017
UNIVERSIDADE FURMAN
FESTA GREGA
Era pouco mais das uma da manhã. Havia uma enorme fogueira
acesa no meio do campus. Havia cerca de seiscentos ou setecentos alunos. Os
alunos da fraternidade e irmandade eram obrigados a comparecer nessa festa
afinal éramos nós que conseguimos a maior parte das doações para a
universidade. Por esse motivo eles davam essa festa em nossa homenagem. Estava
caminhando pelo campus e ouvindo a gritaria de adolescentes cantando e
dançando. A maioria usando máscaras de palhaços. Passei por uns quarenta Pennywise
a caminho da minha fraternidade. Reconheci também algumas das máscaras dos
crimes que aconteceram a pouco tempo. Alguns estavam com facas falsas correndo
atrás de garotas.
Não havia ninguém na casa. Subi as escadas e fui até o meu
quarto. Peguei o meu celular e enviei uma mensagem para Craig. ‘Como vai a
festa?’. Havia mandando algumas mensagens durante o dia, mas ele não havia
respondido. Estava preocupado com ele. Fiquei de pé e olhei para o espelho e
olhei para minha patética maquiagem de palhaço. Escolhi por botar tinta branca
e vermelha no rosto. Eu não suportava máscaras.
- você está ai! – falou ele na porta do meu quarto me
assustando.
- que susto – falei olhando para ele – onde está o policial?
Esqueci do nome dele.
- está lá na multidão – falou ele se sentando na minha cama
– ele acabou encontrando alguns policiais fazendo a segurança da festa e ficou
lá conversando.
- entendo – falei respirando fundo.
- onde está Zoey?
- eu não sei – falei rindo – ela está fantasiada de Harley Quinn.
A última vez que eu a vi ela estava ao lado de seu namorado Joe que está
fantasiado de Curinga.
Nós dois ficamos em silêncio e então meu celular vibrou.
Peguei o celular imaginando ser uma mensagem de Craig, mas na verdade era a
mensagem de um celular desconhecido. ‘Eu te Amo’ dizia a mensagem: ‘Me Perdoe’.
- o que é? – perguntou ele se aproximando de mim.
- uma mensagem de um número desconhecido. Deve ser engano.
O celular começou a tocar e eu me assustei deixando-o cair
no chão. Peguei o celular e vi que a tela estava quebrada. Não conseguia nem
ver o nome de quem ligava.
- que merda! – falei olhando para o celular.
- O iPhone mais caro com a tela mais quebrável – falou o
garoto rindo.
Nesse momento ouvi uma correria. Passos de aproximando do
meu quarto e vi Zoey. Ela estava com uma expressão pálida. Ela parou próxima a
porta e eu percebi que ela estava em estado de choque.
- o que foi Zoe?
- alguém te ligou?
- sim, mas a tela do meu iPhone se quebrou – falei chegando
mais perto ainda dela – o que aconteceu?
- ele cometeu suicídio! – falou Zoey
- quem? – perguntei nervoso.
Nesse momento ouvi barulho de tiros e a multidão correndo.
Nós três fomos até a janela e de lá vimos os alunos correndo após ouvirem o som
de tiros. ‘Pá! Pá! Pá! Pá! Pá!’ o som continuava enquanto alguns estudantes
caiam no chão em meio a fria noite.
6 DE DEZEMBRO
Quando a reunião terminou eu organizei rapidamente a sala.
Sai correndo e consegui entrar no elevador com alguns dos advogados. Craig,
Steve, Phil, Drake, Andrea e eu. Eu estava balançando a mão claramente ansioso.
Craig viu que eu estava nervoso e segurou em minha mão. Acho que ele imaginou
que fosse por causa de Adam. Eu estava curioso para saber o que tinha
acontecido. Quando o elevador parou no andar eu e Craig caminhamos na direção
de Ally.
- descobriu o que aconteceu com Adam? – perguntou Craig.
- não senhor. Ele deve ter descido em algum dos andares
inferiores. Eu vim para esse andar esperando encontra-lo, mas ele não estava.
- você procurou em outros andares? – perguntei curioso.
- não.
- porque você não voltou para a reunião? – perguntou Craig.
- porque quando eu cheguei aqui havia um casal. Eles
disseram que estavam procurando o Advogado Rufus McCormick – falou Ally.
- eu vou atende-los – falou Craig – você vem comigo,
precisamos conversar.
Segui Craig até sua sala e quando ele abriu a porta eu vi um
homem sentado em uma cadeira e um rapaz mais novo de pé olhando um dos livros
que havia na sala de Craig. O homem tinha olhos azuis e barba. O rapaz tinha
cabelos negros e olhos castanhos. Ele colocou o livro de volta na prateleira e
veio até nós.
- bom dia – falou Craig apertando a mão do homem – eu sou Rufus
McCormick e esse é meu noite Mike Fabray.
- muito prazer – falou o rapaz estendendo a mão. Eu ia pegar
na mão dele, mas me assustei.
- me desculpa.
- você não é o primeiro a se assustar comigo – falou ele
apertando minha mão – eu sou Stanley Anthony e esse é meu namorado Clyde
Holloway.
Espero que tenham gostado desse capítulo. Se vocês forem espertos e juntarem as peças do quebra cabeças vão descobrir quem morreu e quem é o vilão. O mais importante: Quem ou O Que mantêm Adam longe de Mike? O título do capítulo de hoje é a canção 'Black Out Days' do Phantogram. Um grande abraço a todos.
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Perfeito Perfeito Perfeito Perfeito Perfeito Perfeito Perfeito Perfeito so isso eu tenho a comentar Perfeito
ResponderExcluirOBrigadooooooooooooo ;)
ExcluirTenho um leve palpite mas não tenho certeza ainda... porém que Cross over absurdo e
ResponderExcluirEsse.... amando
Valeu <3
ExcluirAdorei mas ainda não descobri quem morreu 😭 Vou reler o outro conto
ResponderExcluirUm abraço ;)
ExcluirHoje dia doze acho bom esse capítulo sair agora mesmo para eu saber o que aconteceu,mais minha teoria e que um que morre é o pai do Mike é outro é o Jason mais ainda não sei, que o Stanley tá fazendo aí, mais como ele apareceu com o policial Clyde então tu matou o Nick não te perdoo por isso, não vou mais comentar se for isso
ResponderExcluirValeu pelo comentário rycharlen. Ainda não revelei quem morreu em Cruel.
ExcluirSó queria saber porque tudo que envolve o Mike tem que vir à público? Tipo... os amigos e colegas de trampo e chefes sempre ficam sabendo de tudo! Aff... isso é meio chato, as vezes. Mas adoro o seu trabalho!
ResponderExcluirDomingues, Lucas.