
REENCONTRO capítulo dezoito
J
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antei com Roman naquela noite.
Era um jantar normal, conversávamos sobre coisas normais, mas por alguma razão
eu senti que devia conversar com Roman sobre Felix.
- e então Roman…
- falei tentando puxar o assunto – você sabe sobre Felix?
- sei sim – falou Roman – sei que ele é seu amante
perfeito. O único homem que você amou na vida, ou seja, eu não tenho chance.
- deixa de bobeira. Ele foi um homem importante
para mim, mas eu estou tentando esquecê-lo.
- sabe o que eu acho?
- o que?
- acho que você devia visita-lo no hospital você
devia começar a visita-lo de novo.
- não posso Roman. Estou tentando esquecê-lo.
- você não devia tentar esquecê-lo. Você devia
tentar aceitar a condição dele. Na minha opinião você ainda não aceitou e ainda
acredita que um dia ele vai acordar.
- você acha mesmo que devo visita-lo?
- sim.
- OK. Eu vou então.
- ótimo – falou Roman mandando um beijo pra mim.
Depois do
jantar, Roman e eu decidimos que iriamos para a casa dele. Nós fomos para seu
carro e Roman começou a dirigir.
- você acha
que um dia pode me amar tanto quanto amou Felix?
- quem sabe
– falei sendo sincero.
- como você
se sente? – perguntou Roman.
- eu fico
triste pensando nele as vezes…
- não estou
falando de Felix, estou falando do seu pai.
- como
assim?
- estou
perguntando como você se sente?
- em relação
a que?
- como se
sente sabendo que nesse momento ele e Vanessa estão tranzando?
- pelo amor
de deus Roman, não coloque essa imagem na minha cabeça.
- estou
brincando – falou ele com um sorriso – será que você faria uma coisa por mim
enquanto dirijo?
- claro, o
que?
- me chupa –
falou ele apalpando o pau – eu sei que não mereço já que eu trai você com, mas
eu não estou mais aguentando.
Eu olhei
para o volume que ele tinha nas calças e realmente estava enorme.
- quer
saber? – falou Roman – esquece.
- fecha as
janelas do carro – falei para Roman.
- você quer
mesmo?
- quero sim
– falei apalpando o volume dele.
- obrigado –
falou Roman sorrindo e fechando as janelas do carro. Em seguida Roman usou uma
das mãos para desabotoar a calça e tirar seu mastro para fora. Estava brilhante
e duro. Eu me abaixei já socando bem fundo na minha garganta.
Roman gemia
ofegante e tentava se concentrar no trânsito enquanto eu mamava ele bem
gostoso. O pau dele continuava tão saboroso quanto eu lembrava. O gosto de
porra acumulada na cabeça me deixou mais excitado ainda.
- que
delicia 0- meu amor – falou Roman – que boca gostosa.
- que pau
gostoso – falei respirando pelo nariz e socando no fundo da garganta – estava
com saudade dessa rola – falei passando a língua.
- essa rola
é toda sua, pode ter quando você quiser – falou ele concentrado no transito.
Chupei ele
por um longo tempo e tentava não atrapalhar ele a dirigir. Eu estava com
saudades daquela rola. Aquela pica enorme que ansiava por meu rabo.
- eu vou
gozar – falou Roman ofegante parando em um sinal vermelho.
Eu continuei
chupando Roman em um ritmo frenético aguarda ele esporrar na minha boca. Em seguida senti um gosto agridoce na porra.
Era a porra saindo do pau de Roman e inundando minha garganta.
- que
delicia – falei indo até Roman e dando um beijo no rosto dele – é uma pena que
você já gozou, agora não iremos tranzar quando chegarmos em sal casa.
- você está
me superestimando – falou ele guardando o pau na calça – tem muito mais porra
de onde veio essa, não se preocupa, porque essa noite eu vou encher seu cu de
porra – falou ele rindo.
- ótimo –
falei dando um selo em sua boca.
Naquela
noite Roman e eu fizermos muito sexo. Ele estava realmente necessitado. Ele
tinha me deixado assado de tanto meter em mim, nós mal dormimos a noite e ele
me encheu de porra, mas depois de tanto meter eu finalmente dormi. Dormi
pensando em Felix. Roman tinha aceitado me levar para vê-lo.
No dia
seguinte Roman e eu faltamos ao trabalho. Ele estava mesmo empenhado a me levar
para o hospital para que eu visse Felix novamente. Ele me levou de carro e
quando chegamos ao hospital ele parou o carro e olhou pra mim.
- você está
pronto para isso? Eu não quero te pressionar.
- estou sim
– falei nervoso.
- tem
certeza? Quero que esteja realmente preparado.
- estou pronto
– falei tremendo a voz. Eu não estava pronto, mas eu temia nunca estar. Então
era melhor ir de uma vez.
Nós saímos
do carro e entramos naquele enorme lugar, andamos pelos corredores, subimos
escadas. Eu falei com a recepcionista do hospital e disse o nome de Felix. Logo
ela autorizou nossa entrada até o quarto dele.
Subimos de
elevador novamente até o quarto dele. Ao chegarmos em frente a porta, Roman abriu-a
para mim.
- não
precisa ter pressa – falou Roman.
Eu entrei e
ele fechou a porta. Eu me aproximei e vi ele deitado na cama. A enfermeira
estava anotando algo.
- ele
respira sozinho? – perguntou Roman.
- não. Os
aparelhos respiram por ele – falei vendo Felix. A barba estava grande. Era eu
quem costumava fazer a barba dele todas as semanas.
- ele parece
estar apenas dormindo – falou Roman.
- e ele
está. Eu sei que um dia ele vai acordar.
- é bom você
acordar um dia – falei alisando o rosto dele. Eu me abaixei e dei um selinho na
boca dele. Algumas lágrimas caíram no rosto dele e eu limpei com o dedão.
Não podia
ficar mais tempo do que isso. Eu sai do quarto acompanhado de Roman e fechei a
porta.
- se sente
melhor? – perguntou Roman vindo até mim.
- estou sim
– falei abraçando ele.
- você tem
certeza que mantê-lo vivo por aparelhos é o melhor pra ele?
- sim. Eu
acho. Não quero deixar ele ir, sei que é egoísmo, mas vou mantê-lo vivo pelo
tempo que a medicina conseguir.
- tudo bem –
falou Roman me abraçando outra vez.
- eu quero
te pedir uma coisa Roman.
- o que
quiser.
- eu queria
saber se você se importa que eu venha uma vez por semana visitar Felix.
Conversar com ele, ajudar a dar banho, fazer a barba dele. Quero voltar a
visita-lo. Felix me ama e eu amo ele. Talvez ter minha presença aqui ajude ele
a acordar. Eu prometo que será só uma vez por semana, eu venho cuido dele,
converso passo um tempo e depois vou embora.
- eu não me
importo – falou Roman – eu inclusive te incentivo a fazer isso. Eu seria muito
mesquinho se ficasse com ciúmes em uma situação como essa.
- obrigado –
falei dando um selinho na boca dele.
- vamos
descer? Vanessa e seu pai estão nos esperando lá em baixo.
- eles estão
me esperando lá em baixo? porque?
- eu liguei
para seu pai e contei sobre Felix.
- você não
devia ter feito isso.
- seu pai
entendo Mike. Ele te apoia. Eu contei que você estaria aqui hoje e ele insistiu
em vir.
- OK, se
você acha que é certo.
Nós então
entramos no elevador e a porta se fechou.
Assim que a
porta do elevador se abriu eu vi Vanessa e meu pai me esperando.
- está
melhor filho? – perguntou meu pai.
- sim.
- porque
você não me contou sobre Felix? Não precisava ter passado por isso sozinho –
falou meu pai me abraçando.
Eu não falei
nada e apenas o abracei.
- vamos –
falei triste. Sempre ficava triste ao encontrar com ele.
Ao chegarmos
lá fora eu me despedi de Vanessa e Roman e fui para casa com meu pai. Tinha
sido bom ver Felix de novo.
Havia
chegado o dia do almoço com meu pai biológico. Tomei um banho demorado nervoso
pelo o que viria a seguir. É claro que estava nervoso. Muito nervoso. Eu lavei
cada parte do meu corpo cuidadosamente. Quando estrava nervoso desenvolvia uma
certo tipo de “mania de limpeza”. Me ajudava a não ficar tão nervoso.
Antes que eu
descesse as escadas meu celular tocou. Era meu pai Stephen.
- oi.
- oi filho.
Tudo bem com você?
- sim e com
o senhor?
- tudo
ótimo.
- não me
diga que está ligando para dizer que não vem?
- não. Hoje
é certeza eu já estou a caminho. Bom levando em consideração o horário do meu
voo eu vou chegar à sua casa ás 13:00.
- ok – falei
– você quer meu endereço?
- sim.
Envie-me por mensagem de texto.
- envio sim.
- vou
desligar. Até mais tarde – falou ele.
- até –
falei desligando.
Eu desci as
escadas e fui até a cozinha.
- meu pai já
ligou, ele está a caminho.
Eu vi que
meu pai Larry me encarou alguns segundos e depois e disfarçou.
- me
desculpa pai – falei.
- sem
problema – falou ele.
- eu sei que
você é bobo e se importa. Deve estar pensando: “bastou uma ligação e já o
considera mais pai do que eu”.
- um pouco –
falou meu pai.
- você se
importa se eu continuar o chamando de pai? Eu sei que a maioria das pessoas
chamaria pelo nome, mas eu sinto que devo chama-lo de pai.
- vai ser
estranho, mas tenho certeza que vou me acostumar. – falou meu pai com um
sorriso.
- obrigado
pai – falei dando um beijo no rosto dele. – vou dizer o nome de vocês depois do
pai dessa maneira ninguém se confunde.
Eu estava
mais animado do que quando acordei. Eu estava ansioso por esse almoço e
finalmente tinha chegado o dia. Espero que todos gostem do meu pai Stephen do
mesmo jeito que eu gostei.
O relógio
marcava 12h48min. O almoço ainda não estava pronto. Roman foi até a casa dele
para tomar um banho e se arrumar ele voltou ás 12h30min. Vanessa e meu pai
também se arrumaram. Vanessa tinha deixado algumas roupas na casa do meu pai.
Agora só faltava meu pai Stephen.
- o almoço
vai demorar pai?
- para de
perguntar – falou meu pai brincando.
- fica calmo
– falou Roman.
- vou sim –
falei balançado minhas pernas. – por falar nisso, o que eu vou dizer quando te
apresentar? Amigo? Parceiro? Companheiro?
- que tal:
Namorado? – falou Roman.
- e se ele
tiver preconceito?
- então ele
não te merece – falou Roman.
- falou e
disse – falou meu pai.
- tudo bem,
namorado – eu respirei fundo.
- eu vou
arrumar a mesa – falou Vanessa pegando pratos, talheres e organizando uma linda
mesa com guardanapos bem dobrados. Parecia uma mesa de gala.
- que
bonito. Aonde aprendeu a fazer isso?
- eu
trabalhei como garçonete durante três anos quando tinha 17 anos.
- ficou
bonito – falei olhando no relógio – já são 13h18min. Ele está atrasado será que
não vai vir?
- os voos se
atrasam sempre – falou Roman.
- espero que
sim.
Eu mal
terminei a frase e o interfone tocou.
- ele chegou
– falei ansioso.
Meu pai continuou
na cozinha terminando o almoço.
- boa tarde
– falei atendendo.
- Mike? –
falou uma voz que eu reconheci.
- Stephen? –
falei.
- eu mesmo –
respondeu ele.
- eu já vou
te receber.
Fui até o
portão rapidamente e abri para receber meu pai. Ele estava em pé com seu terno
preto; Dois daqueles homens tinham vindo com ele.
- olá – falou
ele com um sorriso no rosto.
Eu me
aproximei dele e dei um abraço.
- estava com
saudades – falei ainda abraçado com ele.
- também –
falou ele me olhando com um sorriso – foram quase duas semanas, mas pareceu uma
eternidade.
- também
achei – falei olhando a roupa dele – agora você vai deixar todos sem graça. Não
precisava vir de terno.
- desculpa,
eu não sabia o que vestir – falou ele entrando.
- vai deixar
os dois de fora? – perguntei.
- sim. Eles
são meus guarda-costas.
-
guarda-costas? Quem é você? – falei brincando.
- não é nada
de mais. É que hoje em dia não se pode confiar em ninguém.
- tudo bem –
falei fechando o portão.
Nós então
entramos.
- boa tarde
– falou meu pai para Vanessa e Roman que estavam na sala.
- boa tarde
– falou Vanessa estendendo a mão.
- você é…
- Vanessa,
sou namorada do pai do Mike e amiga dele.
- prazer
Vanessa.
- boa tarde
– falou Roman estendendo a mão.
- pai esse é
Roman, meu… é… meu…
- namorado?
– perguntou meu pai Stephen.
- sim, como
sabe?
- bom,
digamos que em quanto eu procurava por você eu acabei sabendo que você namora
homens e me surgiu um nome: Roman.
Roman
apertou a mão de Stephen com um sorriso, mas logo sua cara mudou. Roman estava
com uma expressão mista de confusão e tristeza. O que eu não sabia era que
Roman tinha reconhecido Stephen.
- onde está
seu pai de verdade? – falou ele.
- está na
cozinha.
Ele foi à
frente e eu fiquei ao lado de Roman.
- que cara
foi aquela? – perguntei baixo.
- não foi
nada – falou Roman.
- boa tarde
– falou meu pai Larry. Enxugando as mãos com um pano e estendendo a mão para
ele.
Stephen
apertou a mão dele.
- muito
prazer, meu nome é Stephen.
- meu nome é
Larry – falou meu pai com um sorriso – é bom te conhecer o Mike tem falado
muito em você ultimamente. Ele está feliz por te conhecer.
- eu fico
feliz que isso não seja problema para você, eu quero deixar bem claro que não
quero interferir no relacionamento de vocês.
- como você
disse que é seu nome? – perguntou meu pai Larry.
- é Stephen,
Stephen Griffiths.
- seu nome
não me é estranho.
Stephen deu
apenas um meio sorriso de lado como se estivesse sem graça.
- então,
posso te ajudar com o almoço, não se engane por meu terno eu posso colocar a
mão na massa.
Ele então
tirou o terno e tirou a camisa verde de dentro da calça social ficando assim
menos formal. Eu peguei o terno dele e coloquei no cabide.
- não
precisa, está quase pronto. Quer beber algo? – falou meu pai Larry – Mike pega
algumas cervejas pra gente.
Fui até a
geladeira e peguei garrafinhas de cervejas e dei uma para meu pai, uma para
Stephen e uma para Roman.
- então,
você mora aonde? – perguntou meu pai Larry.
- vivo em
New Hampshire – respondeu ele dando gole.
Percebi que
Roman estava disperso como se estivesse pensando em algo. eu me sentei ao lado
dele no balcão da cozinha.
- algum
problema? Você parece estar distraído.
- não é nada
– falou ele tomando um gole da cerveja.
- ok –
falei.
- Mike, você
sabe que eu te amo não é mesmo?
- claro que
sim.
- eu vou
ficar ao seu lado em todos os momentos.
- sim, eu sei,
mas porque está dizendo isso?
- por nada.
– falou ele tomando outro gole.
- eu não sou
bobo Roman. É porque eu pedi para ficar um dia por semana com o Felix? Tudo o
que pedi foi visitar Felix no hospital.
- não. Não
tem a ver com isso.
- então tem
a ver com outra coisa – falei.
- tem sim –
falou Roman respirando fundo – mas não vamos falar sobre isso agora.
- me fala.
Ele respirou
fundo e não disse nada e apenas tomou outro gole da cerveja.
- você
trabalha com o que? – perguntou Vanessa.
Ele não
respondeu imediatamente.
- bom… eu…
eu trabalho com…
- tome
cuidado com o que vai dizer – falou Roman.
Todos nós
olhamos para ele.
- para com
isso Roman – falei.
- eu conheço
seu filho, ele não gosta que mintam para ele então eu repito: cuidado com o que
vai dizer a ele.
- me
desculpa – falei para Stephen. – acho que você bebeu rápido demais – falei para
Roman.
- eu ia
contar – falou Stephen.
- contar o
que? – perguntou meu pai.
- eu soube
no momento que olhou para mim que você me reconheceu. – falou Stephen – eu já
ouvi falar de você Dr. Roman Pearce Orth.
- eu sei –
falou Roman dando outro gole da cerveja terminando com ela.
- gente o
que está acontecendo? – perguntei preocupado.
- Mike, eu
ia te contar quem sou eu.
- você não é
Stephen? Você não é meu pai?
- sou. Sou
Stephen, eu sou seu pai biológico, mas você ainda não conhece quem realmente
sou ou pelo menos não sabe quem sou.
Eu fiquei
apreensivo.
- eu deveria
saber quem é você?
- não, mas
quando te encontrei eu pensei que você talvez me reconhecesse.
- quem é você?
– perguntei olhando para meu pai Larry e depois para Stephen.
Eu não sabia
o que esperar, eu não tinha ideia do que eu ouviria.
Meu pai
desligou o fogo do almoço para ouvir o que Stephen diria.
- Mike,
talvez você já tenha ouvido falar de mim – falou Stephen colocando a cerveja em
cima do balcão.
- eu sei que
eu já ouvi seu nome em algum lugar – falou meu pai.
- eu também
– falei – quando você disse o seu nome pela primeira vez eu tive impressão de
já tê-lo visto em algum lugar.
- Mike… eu… eu
trabalho na política.
- você é
aquele político corrupto?
- não –
falou ele – eu sou governador.
-
governador?
- sim, do
estado de New Hampshire.
- o que? –
falei – tipo, governador… governador?
- sim.
- é por isso
que você tem tanto poder? Conseguiu parar o metrô? Sempre anda com
guarda-costas?
- sim, e é
por isso que eu precisei voltar na semana passada, eu não pude ficar muito
tempo longe. Ninguém sabe que estou aqui. Apenas meu assessor Terry. Se outra
pessoa souber e essa história vazasse meio mundo estaria aqui agora na sua
porta querendo saber do filho abandonado do governador de New Hampshire. Seria
a notícia do ano.
- é isso
mesmo – falou meu pai – eu sabia que já tinha ouvido falar no seu nome.
- como você
conhece o Roman?
- nós nunca
nos encontramos pessoalmente, mas eu já ouvi falar dele.
- como? –
perguntei confuso.
- Mike você
por acaso já pesquisou o nome Roman Pearce Orth no Google? Ele é um ótimo
advogado sempre envolvido em casos escandalosos.
- eu sabia
que ele é um advogado conhecido, mas não sabia que era tanto.
- pois é,
imagina minha surpresa ao saber que você namorava Roman. O destino é engraçado,
nós estivemos tão longe e eu nem imaginava que estaríamos tão perto.
- mas porque
não me disse logo? Não parece uma noticia tão ruim a menos que…
Eu parei de
falar um pouco.
- o que foi?
– perguntou Stephen.
- a menos
que você tenha vergonha de mim.
- não. Eu
não tenho.
- só pode
ser isso – falei – você não quis me contar porque quer manter isso em segredo
você tem medo do que seus eleitores vão pensar ao descobrir que o homem no
poder abandonou seu filho. Quer dizer que nunca poderei ir a sua casa conhecer
sua família, nunca poderemos ser vistos juntos.
- não é
isso… – falou Stephen.
- se era pra
ser assim era melhor eu nem ter te conhecido – falei sentindo um mal estar.
- você está
bem filho? – perguntou meu pai.
- estou –
falei – é só um mal estar.
Vanessa
então encheu um copo de água e me entregou e eu tomei um gole;
- você está
fazendo mal a ele, vai embora – falou meu pai para Stephen.
- por favor,
me deixe explicar…
- vai
embora, pelo bem dele – falou meu pai.
- deixa pai,
é só um mal estar.
- eu não
terminei, mas se você quiser eu vou embora – falou Stephen.
- tudo bem
pode falar, mas é como você disse; hoje em dia não se pode confiar em ninguém.
- eu não
tenho vergonha de você Mike, mas você vai ter que entender que o problema é
maior do que você pensa.
- e qual é
esse problema?
- eu esse
ano eu vou me candidatar à presidência.
Aquilo foi
uma surpresa para todos.
- você vai
se candidatar a presidência dos Estados Unidos?
- sim –
falou ele – eu vou anunciar minha candidatura em duas semanas.
- mas o que
isso tem a ver comigo?
- você não
entende Mike? – falou Roman
-
sinceramente não.
- Mike –
falou Stephen se aproximando de mim – durante a campanha todos os candidatos
gostam de jogar limpo, isso é o que todos veem, mas a verdade é que um tenta
destruir o outro. Quando eu anunciar minha campanha os meus adversários vão
tentar me destruir. As pessoas que trabalham na campanha vão investigar cada
detalhe da minha vida. Eles vão descobrir que eu abandonei um filho quando
adolescente e não vai ser difícil eles chegarem até aqui.
- resumindo
– falou Roman – diga adeus a sua privacidade.
- todos os
repórteres do país e do mundo vão estar na sua porta. Aonde você for eles vão
estar atrás de você. – falou Stephen – imagina a bomba que será. “Candidato a
presidência tem filho abandonado aos 17 anos”.
- eles podem
não me encontrar – falei.
- eles vão –
falou Roman – detetives serão contratados, favores serão cobrados não tem outro
jeito você vai ser encontrado.
- foi por
isso que eu te procurei Mike. Eu queria te encontrar antes que eles te
encontrassem.
- então esse
é o motivo verdadeiro pela minha procura? Aquela história de arrependimento era
só conversa fiada? O sonho que tinha de reencontrar o filho? – falei com água
nos olhos.
- é tudo
verdade – falou Stephen.
- mentira –
falei limpando meus olhos – você só está preocupado com sua campanha.
- você acha
que eu não tinha vontade de te procurar antes? Claro que tinha, mas e o medo? E
se você não me aceitasse? E se me odiasse? Então todo esse tempo eu preferi não
te procurar mesmo com o coração doendo.
Era melhor não te conhecer do que te conhecer e saber que você me
odiasse. Só que com minha candidatura não teve outra saída eu tive que te
procurar antes de tudo vir a tona e você descobrisse do pior jeito. Ai sim você
me odiaria.
Eu então não
disse nada e fiquei pensando em tudo o que ele estava me dizendo minha cabeça
doía muito eu tinha recebido muita informação para um dia só.
- é um
milagre a minha candidatura ainda não ter vazado na imprensa – falou Stephen –
acredite em mim, eu quis te procurar.
- eu não sei
o que dizer – falei.
- nós vamos nos
mudar, vamos desaparecer. – falou meu pai.
- não vai
adiantar – falou Roman – o mundo inteiro vai querer cobrir a história do garoto
abandonado que descobre que o pai é candidato a presidência, não tem para onde
correr.
- é fácil se
você o ama de verdade – falou meu pai – você não vai se candidatar.
- pai ele
não pode abrir mão disso – falei para ele.
- porque
não? – perguntou meu pai – seria uma prova de amor.
- eu não em
sentiria bem em saber que ele desistiu.
- então você
está disposto a passar por isso? – perguntou meu pai.
- Isso é um
grande passo para ele. Eu não sou a pessoa que vai fazer ele desistir.
- Não vai
ser fácil, você vai passar por muita coisa. serão abutres perto de você o mundo
de olho em você seguindo seus passos e investigando sua vida – falou Roman –
você estaria disposto a se sacrificar?
- sim –
falei – é o que fazemos pelas pessoas que amamos.
- você é
ingênuo – falou meu pai Larry.
- eu faria o
mesmo por você pai. o senhor sabe que eu iria ao inferno por você.
- é só que…
eu não quero ver você sofrer – falou meu pai Larry me dando um abraço.
- não se
preocupe Larry. Nós ainda temos duas semanas até meu anuncio á candidatura. Eu
e minha equipe vamos prepará-los para quando acontecer. Nós vamos usar essa
história como um ponto positivo.
- o que quer
dizer com “nos” preparar? – perguntou meu pai Larry.
- ele será o
mais atingido, mas todos nós seremos – falou Roman. Ele não demonstrava reação
de aprovação ou raiva ou alegria ele estava neutro como se soubesse exatamente
o que estávamos prestes a enfrentar – eu, você, Vanessa, Denny, Adam, Charley,
Gray, todos os que Mike tem contato serão atingidos. Todos tem que estar
preparados. Todos serão questionados, serão subornados, serão pagos, ameaçados
para liberar informações sobre o presente, passo e futuro de Mike. Agora é a
hora de saber quem são seus amigos de verdade – falou Roman.
- ele está
certo – falou Stephen – todos vocês serão atingidos, tudo o que posso fazer é
proteger Mike das acusações que serão feitas e das pedras que serão jogadas
afinal o país estará julgando-o.
- eu ainda
tenho duas semanas de sossego até o anuncio? – perguntei.
- sim –
falou Stephen.
- bom acho
que tenho que começar a me preparar psicologicamente.
- só que eu
te faço um pedido – falou Stephen.
- o que?
- quando eu
fizer o anuncio quero você comigo na conferencia ao lado da minha esposa e dos
meus filhos. Posso contar com você?
- eu tenho
escolha?
- receio que
não – falou Stephen.
- tudo bem
então.
Todos nos
olhamos e ficamos em silencio por um tempo.
- bom, acho
que a comida esfriou – falou meu pai – vou ligar o fogo outra vez podem ir para
a mesa.
Nós então
nos levantamos para irmos á mesa e meu pai Stephen pegou no meu braço e me
puxou para conversar comigo, todos foram e eu fiquei.
- você
acredita em mim não é? – perguntou ele.
- sim, eu
acredito.
- eu te amo
filho, desculpa fazer você passar por isso – falou ele me dando um abraço.
- eu também
te amo pai.
- me chama
de pai outra vez – falou ele. Eu senti lágrimas no meu pescoço.
- pai –
falei caindo lágrimas também.
Nós então
limpamos nosso rosto e fomos para o almoço. Agora teríamos muito o que conversar.
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