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JOGO PERIGOSO capítulo trinta e sete
ra
sexta-feira de manhã e Gray e eu esperávamos Stephen chegar. Estava nervoso por
Gray finalmente conhecer alguém do meu passado. Steve foi como um pai para mim.
Desde que aconteceu o incidente com a filha de Gray eu sinto que nossa relação
ficou um pouco mais forte. A maioria dos casais se afasta e se deteriora com o
passar das dificuldade, mas ao invés de enfraquecer nós usávamos esses
problemas para nos unirmos cada vez mais.
Ainda sinto uma ponta de culpa pelo o que aconteceu com a filha dele e
fico feliz por Gray não ter dito nada sobre a culpa que ele colocou em mim. Ele não disse, mas sei que no fundo
ele me culpou um pouco pelo o que aconteceu. Pelo menos no começo. Sei que ele
se arrependeu de estar comigo. A relação entre um pai e um filho é mais forte
do que qualquer outra relação na vida. Admito que não entendo já que não tenho
filhos, mas é o que dizem.
Era pouco mais das oito da manhã.
Perto da Pegasus havia uma lanchonete e eu chamei Stephen para tomar café da
manhã comigo e com Gray. Nós estávamos na Pegasus e eu esperava Gray.
Estava na copa tomando um gole do copo de suco enquanto Gray não voltava
do hospital. Ele tinha ido para lá bem cedo. Ele saiu de casa ás cinco da manhã.
- bom dia – falou Jake entrando na copa.
- bom dia – falei forçando um sorriso para ele.
- está tudo bem?
- está sim – falei tomando um gole do meu suco – o que está fazendo
aqui?
- vim trazer Morgan. O carro dela estragou.
- entendi.
- Gray não está?
- não. Ele foi para o hospital cedo. Ele ia auxiliar em uma cirurgia,
mas já deve estar chegando.
- olha eu sei que talvez não seja a melhor hora para dizer isso, mas eu vou
ter que ser sincero – falou Jake rindo e pegando uma xícara. Ele colocou café
dentro – quando Morgan me disse que o ex marido tinha largado ela por outro
homem eu tive uma outra visão disso tudo.
- qual visão?
- pensei que fosse só um caso
passageiro. No começo eu pensei que eles só dariam um tempo e acabariam
voltando, mas quando eu vi vocês aquele dia no hospital eu percebi que vocês são
realmente apaixonados um pelo outro e o caso de vocês na verdade é um
relacionamento.
- no começo até eu pensei que não ia durar.
- é normal não acreditar. Poucas pessoas tem o que vocês dois têm um com
o outro.
- Eu sei. Sou muito agradecido por tê-lo conhecido.
- estou feliz por vocês dois – falou Jake tomando um gole do café.
- também estou feliz por você e Morgan. Devo admitir que no começo achei
que você seria só o caso de uma noite.
- eu também achei, mas acabei me apegando ela e o que era o caso de uma
noite se transformou em um relacionamento.
- nunca imaginei que um encontro em um restaurante resultaria em um
relacionamento.
- eu também nunca imaginei. Quando sai naquela noite eu pensei em… sabe…
encontrar alguém, mas nunca imaginei que encontraria alguém como Morgan. Ela
realmente me fez acreditar que era possível mudar.
- Gray com certeza me mudou. Era uma pessoa tão diferente antes de
começar a vê-lo como homem. Ele me mudou para melhor.
- bom dia – falou Gray cumprimentando Jake com um aperto de um e um
selinho nos meus lábios – porque se calaram? Estão falando de mim?
- na verdade sim – falei rindo.
- espero que sejam co0isas boas.
- são sim – falou Jake tomando um gole do café.
- e então Griffin? vamos indo?
- vamos – falei seguindo Gray.
- foi um prazer – falou Jake vendo Gray e eu sairmos da copa a caminho
do elevador.
Nós chegamos á lanchonete e fizemos o pedido. Agora nós só aguardávamos Stephen.
- você parece nervoso – falou Gray me vendo balançar a perna devido a
ansiedade.
- só um pouco – falei tomando um gole do copo de leite com achocolatado.
- porque?
- pare de me perguntar o porque. Eu fico espantado de você não estar
nervoso. Ele é quase como um pai para mim o que significa que ele é quase como
um sogro para você.
- sempre me dei bem com os meus sogros. Com esse não será diferente.
- se você diz – falei tentando me acalmar – eu só tenho medo de que no fundo
você queira me deixar depois do que aconteceu com sua filha.
- eu não vou te deixar – falou Gray segurando minha mão – eu te amo e
essas palavras significam muito para mim.
- eu sei – falei respirando fundo – só estou dizendo isso porque estou
nervoso. Sei que você não quer me deixar.
Steve entrou na lanchonete no mesmo instante e com um sorriso caminhou
até nós.
- bom dia – falou Gray se levantando a apertando a mão de Steve.
- você deve ser o Gray?
- sou sim – falou ele com um sorriso.
- Bom dia – falei me levantando abraçando Steve – que bom que você veio.
- eu não podia ir embora sem conhecer o seu noivo – falou Steve se
sentando.
- noivo não Steve, namorado.
- OK – falou Stephen rindo.
- Griffin me fala muito sobre você – falou Gray chamando a garçonete.
Steve pediu café e ela colocou um pouco em uma xícara.
- ele também fala muito sobre você – falou Steve.
- na verdade falo muito sobre os dois porque vocês foram e são muito
importantes para mim.
- fico feliz que você tenha conhecido Griffin – falou Steve para Gray –
quando eu o vejo agora não consigo acreditar que é o mesmo garoto de anos atrás
que mal abria a boca. Ele era tão tímido. Na verdade isso é culpa do pai dele.
- Griffin me contou que teve uma infância conturbada. Quando o conheci
ele era muito fechado, mas foi se abrindo pouco a pouco.
- por falar nisso você foi visitar meu pai Steve?
- fui sim.
- ele se lembra de você?
- sim. Ele sabe que fui seu professor de história e quando apareci ele
achou que você tinha se encrencado na escola.
- é como eu disse. Toda vez que eu o vejo ele é um homem diferente.
- eu te admiro muito pela atitude que tomou – falou Stephen – cuidar do
seu pai mesmo depois do que ele fez.
- fazer o que? Infelizmente nós temos o mesmo sangue e querendo ou não
ele é meu pai.
- se eu não cuidar dele, quem vai? Tive que perdoá-lo mesmo depois de
tudo o que ele fez. Mas não é porque eu perdoei que significa que eu esqueci
porque nunca vou me esquecer do que ele fez.
- e como vai sua filha Gray? Griffin me contou o que aconteceu. Espero
que ela esteja bem.
- está sim. Ela entende o porque das colegas terem implicado, mas não
entende porque eu estar namorando um homem seja motivo para ser implicada.
- esse é o bem das crianças. Tem as mentes abertas – falou Stephen.
- sim. Até um adulto aparecer e fechar com ignorância – falei
completando.
- vou admitir que nunca me senti tão impotente na vida.
- você não pode se deixar abalar. Nossos filhos são mais fortes do que
nós pais imaginamos.
- você tem filhos? – perguntou Gray.
- tinha – falou Steve.
- ele faleceu? – perguntou Gray.
- o filho dele foi uma das vítimas do Massacre de Columbine.
- sério? sinto muito – falou Gray sentindo a dor de Steve.
- obrigado – falou Steve tomando um gole do café dele – sinto muita
falta dele, mas não posso reclamar muito afinal eu acabei ganhando outro filho
– falou Steve olhando para mim – acho que se eu estivesse sozinho eu não teria
conseguido. Acho que teria tirado minha própria vida.
- eu sei como é – falou Gray.
- você também perdeu alguém?
- minha irmã – falou Gray.
- então você entende minha dor.
- entendo – falou Gray.
Todos ficamos calados por alguns segundos. O clima ficou um pouco triste
depois do assunto então resolvi mudar de assunto.
- você ouviu falar do estuprador em série Stephen?
- claro. Virou noticia nacional.
- a coisa é tão séria que até o turismo em Los Angeles caiu – falou
Gray.
- porque você acha que a policia está ralando para tentar encontra-lo?
Com certeza o governador está pressionando. Muito dinheiro está sendo perdido
por causa desses ataques. Quem quer viajar com a família para um lugar desses e
correr o risco de ser estuprado ou ter a boca rasgada – falei mordendo um
pedaço de pão de queijo.
- eu mesmo só vim por sua causa. Do contrário eu nem teria pensado em
vir aqui.
- eu me sinto mal pelas vitimas porque toda vez que uma aparece na TV ou
no jornal eu agradeço por não ser eu ou alguém que conheço. Sei que parece
horrível dizer isso, mas é como eu me sinto toda vez que vejo uma vítima.
- vocês pretendem se casar? – perguntou Steve.
- o que? – perguntei espantado com a pergunta – ainda é muito cedo pra
dizer.
- pretendemos – falou Gray – já temos até anel de compromisso. O próximo
ser o anel de noivado. Não fique surpreso com a reação de Griffin porque ele é
assim mesmo. Tem medo de compromissos. Ele custou a dizer sim quando eu o pedi
em namoro. Tenho medo de que quando eu o pedir em casamento ele diga não.
- ele vai dizer sim – falou Steve – vocês foram feitos um para o outro.
É só olhar para vocês dois para ver o quanto vocês estão apaixonados. Gray
olhou para mim e deu um sorriso. Segurei a mão de Gray e sorri de volta.
O café da manhã foi bem agradável. Depois que comemos nós despedimos.
Steve adiantou a passagem de volta para Nebraska para a sexta já que não tinha
muito o que fazer. Eu o teria chamado para jantar, mas não estava disponível já
que hoje eu tinha um jantar marcado com Rupert.
Estava nervoso quanto a esse jantar porque qualquer coisa podia
acontecer. A nossa missão estava apenas começando, mas eu queria acabar o quanto
antes. Não sabia bem o que eu deveria conseguir. Tudo o que eu sei é que tinha
me voluntariado como isca. Quando a noite chegou me arrumei para o encontro.
Vesti uma calça preta e um par de tênis. Vesti uma camiseta azul de manga longe
devido ao frio.
O restaurante tinha um ambiente informal então preferi essa roupa ao
invés de um terno. Se conheço bem Rupert ele vai aparecer de terno mesmo o
ambiente sendo informal porque ele tinha essa necessidade de aparecer. Não o
culpo afinal ele está tentando me impressionar usar usando a profissão, o
status e o dinheiro, mas ele definitivamente não me conhece. Sou indiferente a
qualquer uma dessas coisas.
- como estou? – perguntei me virando para Gray.
- bonito – falou Gray se aproximando de mim. Ele usava uma roupa
qualquer afinal ele não estaria no
restaurante e sim na van da Pegasus junto com Morgan e Eve. Ele usava uma calça
jeans azul claro, uma camiseta branca um
boné do time preferido de beisebol. Meu celular vibrou e vi que era uma
mensagem de Eve – é Rupert? Perguntou Gray.
- não. É a Eve. Ela disse que já está lá embaixo. Vamos? Já são oito
horas e uma hora dessas Rupert já deve estar me esperando.
- como você sabe?
- com certeza ele vai chegar antes de mim. Nós marcamos ás oito, mas ele
deve ter chegado umas sete e meia.
- com certeza ele não vai querer chegar atrasado no primeiro encontro de
vocês – falou Gray.
- verdade.
- você passou perfume?
- na verdade não.
- passa esse – falou Gray pegando um dos meus vidros de perfume pretos
no meu guarda roupas. Ele veio até mim. Ele borrifou duas vezes e aproximou o
rosto do meu pescoço sentindo o cheiro – esse é o perfume que mais gosto –
falou Gray olhando para mim – você fica irresistível com esse cheiro.
- você não acha estranho tudo isso? Me preparando para sair com outro
homem?
- não – falou Gray colocando o perfume de volta no guarda roupas – na
verdade eu queria falar algo com você antes de nós irmos.
- o que é?
- senta aqui – falou Gray se sentando na beirada da cama e eu me sentei
ao lado dele.
- o que foi? Está tudo bem.
- eu estou te dizendo isso porque eu te amo. Sinto que devo ser sincero
com você já que você tenta ser sincero comigo a todo momento.
- o que está te incomodando amor? – falei passando o braço por trás
dele.
- você sabe como eu fiquei chateado com o que aconteceu com a Stephanie,
mas a verdade é que algumas coisas eu não posso controlar. Não me arrependo de
estar com você já que nós não temos culpas da ignorância dos pais, mas algumas
coisas eu posso controlar.
- do que está falando?
- Phil ameaçou a minha filha aquele dia e eu fiquei tranquilo porque ele
foi preso e eu andei conversando com o promotor do caso. Ele disse que Phil
deve pegar no mínimo trinta anos de prisão já que eles tem um caso bem sólido
contra eles.
- ainda bem. Que ele apodreça na cadeia.
- só que Roger está a solta.
- sim, mas nós vamos tentar pegá-lo.
- eu preciso que você consiga pegar. Ele precisa ir preso porque algumas
coisas eu não posso controlar como as colegas de classe implicando com Steph e
futuramente os colegas implicando com Vincent, mas eu não posso permitir que a
vida deles corra perigo e enquanto Roger
estiver solto eles vão correr perigo.
- não estou entendendo Gray. Nós estamos trabalhando nisso para prender
Roger.
- só estou tentando ser sincero com você. Eu te amo Griff – Gray disse
isso tocando meu rosto com os dedos. Ele deslizou a palma da mão e eu fechei
meus olhos sentindo um arrepio – mas eu preciso colocar os meus filhos em
primeiro lugar. Você não é pai e talvez não entenda.
- você está terminado comigo?
- ainda não, mas se Roger ficar a solta nós vamos ter que terminar. Por
mais que isso doa em mim eu preciso ser um pai antes de ser seu namorado.
- eu nunca pediria para escolher entre seus filhos e eu.
- Sei que não – falou ele respirando fundo – nós só temos uma chance de pegar
Roger entes que ele nos pegue. Ele é um inimigo poderoso. Ele é arrogante
porque não fugiu mesmo depois de ter levado os seus milhões. Ele não tem medo.
Ele continua tendo uma vida aqui em LA e eu tenho certeza de que se ele
descobrir que nós estamos o estamos perseguindo ele vai vir atrás de cada um de
nós. Ele sabe que você trabalha em uma empresa de investigação e isso não o
impediu de te dar um golpe. Ele é convencido e eu não estou disposto a pagar
pra ver do que ele é capaz.
- então se esse plano não der certo você vai terminar comigo?
- sim – falou Gray envergonhado. Ele estava com vergonha de amarelar.
Estava com vergonha de não poder ser capaz de cumprir todas as promessas que
fez para mim.
- eu te entendo. Queria não entender, queria poder tentar mudar sua
cabeça e dizer que vai ficar tudo bem, mas não posso fazer isso porque eu
entendo seus motivos.
- eu não quero terminar. Não quero que o que temos termine e é por isso
que eu quero pedir que você se empenhe nesse trabalho. Seja convincente,
cauteloso e esperto. Esteja sempre dez passos a frente de Roger.
- eu vou estar.
- é por isso que eu quero dizer que você deve fazer tudo. Se comprometa
com Rupert.
- como assim?
- Se você achar que é preciso eu quero que você faça sexo com ele. Não
precisa descartar essa possibilidade.
- o que? Ficou louco Gray? Não vou tranzar com ele.
- não se preocupe comigo. Eu confio em você. Sei que disse que não era
para fazer isso, mas o futuro da nossa relação depende disso – falou Gray se
aproximando e dando um selinho na minha boca – preciso que você faça de tudo
para que o fim de Roger seja na cadeia.
- tudo bem. Vou fazer de tudo para que Roger seja preso.
- eu se que vai – falou Gray alisando meu rosto – só quero dizer que… -
falou Gray fazendo uma pausa – …faça ele usar camisinha. OK?
- ok – falei me levantando da cama.
Gray se levantou e colocou as mãos em meus ombros e se aproximou dando
um selinho na minha boca. Toquei os braços de Gray e o abracei sentindo Gray me
envolver em seus braços.
- te amo – falou Gray dando um selinho na minha boca. Ele parecia
chateado com o que tinha acontecido e eu também. Ouvir Gray dizer aquelas
palavras me machucou. Isso era injusto. Por um lado eu era apaixonado por Gray
e não queria perde-lo, mas por outro eu entendia a relação dele com os filhos.
Contra os filhos dele eu nunca vou ganhar. Tudo o que posso fazer agora é ser
melhor vigarista com Rupert do que Roger foi comigo.
- também te amo – falei dando um último selinho soltando Gray – o que
nós faremos quanto a vendas das nossas propriedades?
- acho que deveríamos esperar.
- você que sabe.
- acho melhor não vendermos por agora.
- tudo bem.
- na verdade eu retirei os anúncios hoje cedo. Até nós descobrimos qual
será o futuro da nossa relação acho melhor não vendermos e nem comprarmos imóveis.
- também acho que é a melhor escolha devido a tudo o que está acontecendo
– falei tirando a aliança do dedo e entregando a Gray – não posso esquecer –
falei rindo sem graça – se eu aparecer de aliança nos dedos Rupert vai me fazer
mil perguntas.
- verdade – falou Gray colocando a aliança dentro do bolso – assim que
Roger estiver na cadeia você volta a usá-la. Só por segurança. Vai que Rupert
te esbarra na rua de novo.
- OK – falei me virando para sair do apartamento e Gray me seguiu.
Quando nós descemos até a rua e entramos na van todos perceberam que
Gray e eu estávamos um pouco distantes de um do outro. Ninguém perguntou o
motivo, mas todos perceberam que nós dois estávamos pensativos.
Kiff dirigiu até o bairro de Hollywood e estacionou a duas quadras do
restaurante. Todos continuávamos em silêncio. Holly e Kiff estavam vestidos
para um jantar e eles estariam lá no restaurante por segurança caso algo desse
errado.
- estou indo – falei abrindo a porta da vã.
- não vai não –falou Morgan fechando a porta – eu preciso saber que você
está de acordo com isso Gray.
- claro que estou de acordo – falou Gray.
- então porque você está com essa cara? é porque estamos usando Griffin
de isca? Ele não precisa fazer isso se não quiser. Podemos pegar Roger de outra
forma.
- não existe outra forma – falou Gray – Griffin precisa estar lá dentro.
Ele precisa coletar provas e só vai conseguir fazer isso se estiver na família
dele.
- só me diz porque você está com essa cara?
- se esse plano der errado nós vamos terminar – falei para Morgan e
todos olharam para mim.
- porque? – perguntou Eve.
- Gray não quer colocar a vida dos filhos em risco. O que aconteceu com
Stephanie abriu os olhos dele e sinceramente abriu os meus também. Ele está
colocando os filhos em primeiro lugar eu não discordo dele.
- isso não é motivo – falou Morgan.
- eu preciso ser um pai – falou Gray irritado – não estou dizendo que
gosto dessa decisão, mas as vezes é preciso tomar decisões dolorosas em um
relacionamento.
- não se preocupe Morgan. Estou disposto a fazer qualquer coisa.
Morgan entendeu o que eu quis dizer com ‘qualquer coisa’. Ela olhou para
Gray e depois voltou a olhar para mim.
- esse é um jogo perigoso Griffin. Tem certeza de que quer ser usado
como isca? Acho que talvez nós estejamos passando do limite aqui. Nunca deveria
ter dado a ideia de usar você como isca.
- tenho.
- OK – falou Morgan abrindo a porta da vã.
- daqui a dez minutos. Kiff e eu iremos até o restaurante e vamos nos
sentar próximo de vocês. O suficiente para ter uma visão de vocês dois – falou
Holly.
- OK – falei respirando fundo e olhando para Morgan – o que eu preciso
fazer Morgan?
- você precisa conhecer Roger e precisa saber se ele comprou alguma
coisa com o seu dinheiro e tente descobrir também o que ele fez com o seu Lexus
que ele roubou. Para pegar o vigarista precisamos saber em que ele investiu o
dinheiro.
- Ok.
- Você também precisa ter certeza de que o relacionamento de vocês se
vai ficar em segredo de todos – falou Eve.
- Rupert não é assumido.
- eu sei – falou Eve – só que eu tenho certeza que Rupert conversa com
alguém sobre isso. Na internet ou com amigos que ele conheceu ou com ex
namorados ou antigos parceiros sexuais… tenha certeza de que o relacionamento
de vocês fique em segredo.
- vou fazer isso.
- Tente descobrir também se Roger sabe sobre a sexualidade do irmão.
Talvez Roger saiba que Rupert é gay e se Rupert comentar com ele o nosso plano
vai por água a baixo.
- tudo bem – falei respirando fundo – estou indo.
- você tem certeza? – perguntou Morgan segurando na minha mão – quer
mesmo fazer isso?
- preciso fazer isso – falei apertando os lábios e me virando para ir.
- espera – falou Gray saindo da vá e vindo até mim dando um selinho na
minha boca – tenha cuidado – falou ele dando um último selinho em meus lábios.
Gray voltou para a van e Morgan fechou a porta. Caminhei pela calçada e
peguei meu celular. Ele estava no silencioso e vi que havia algumas ligações
perdidas de Rupert e algumas mensagens de texto – você vai me dar o bolo? –
porque não atende o celular? – essas eram algumas das mensagens que ele me
enviou. Era pouco mais das oito e meia. Estava mais de trinta minutos atrasado.
Decidi não responder as mensagens e provocar Rupert. Tenho certeza de
que ele estaria me esperando. Ele esperaria a noite toda se fosse preciso.
Atravessei a rua e vi a porta do restaurante ‘LA Boheme’. Era um lugar animado.
Havia algumas pessoas do lado de fora conversando e eu podia ouvir a música que
vinha lá de dentro.
Já tinha ouvido falar desse restaurante. Havia fotos autografadas de
celebridades nas paredes e as refeições erma inspiradas em comidas de filmes e
é claro no cardápio tinha nome de celebridades que tinham provado aquelas
comidas e tinham gostado. Estava nervoso e antes de continuar parei e respirei
fundo. Não seria fácil parecer animado depois da conversa que tive com Gray. Agora
era levantar a cabeça estar pronto para esse encontro.
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Wow... li muitos "eu te amo" por parte de Gray. Tive um pedido atendido, haha'. Mas uma pena terem sido na atmosfera de incertezas que foram.
ResponderExcluirA.