Capítulo 16: Em Meu Sangue | Conto: Paixão Secreta | Temporada: 6ª

EM MEU SANGUE capítulo dezesseis

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A

lgumas semanas se passaram desde o teste. O resultado ainda não tinha sido liberado. O semestre estava terminando e o fim de ano se aproximava. Pouco mais de um mês e meio até as festas de Natal e Ano Novo. O pedido de namoro de Craig fez com que Adam se afastasse de mim. Ele já não ficava me olhando atravessado e não ficava me chamando em sua sala para passar a mão na minha bunda e colocar bilhetinhos em meu bolso. Bilhetes que para mim não passava de uma desculpa para pegar em mim. Adam estava enganado se achou que ia casar por dinheiro e que eu seria o amante dele. Cansei do posto de amante. Agora eu namorava o bem sucedido advogado e empresário dono de uma das maiores advocacias do país.

No começo eu me importei com o que todos achavam. Tinha medo de que meu professor me punisse por estar namorando com Craig. Pensei que ele fosse pegar no meu pé, mas foi o contrário. Ele pareceu até um pouco mais gentil. Ally por outro lado não conversava comigo. Senti que ela mudou comigo. Não sei exatamente o motivo de ela ter feito isso se foi medo de eu falar algo para Craig que a prejudicasse ou se ela pensava que eu estava fazendo aquilo para subir na empresa. Por fim decidi deixar Ally de lado. Ela tinha todo o direito de se afastar de mim.

Craig teve um pouco de trabalho com Jason que relutantemente não queria aceitar a condição do pai. Acho que ele não queria acreditar. Ele foi um garoto mimado e achava que a vida do pai e da mãe eram perfeitas como em um conto de fadas. Depois que ele decidiu aceitar a sexualidade do pai ele implicou com o fato de o amante ser eu. O que fazia de mim – tecnicamente – seu padrasto. Pensei em me afastar de Craig para ele se resolver com o filho, mas Craig insistiu em me ter ao seu lado. E quando eu digo isso eu digo que tinha abandonado a minha fraternidade. Agora eu estava morando com meu chefe e ia para o trabalho com ele. Jason não aceitou e continua não aceitando a minha relação com o seu pai, mas garantiu que iria respeitar a nossa privacidade e que não iria armar escândalos quando nos visse juntos. Ele prometeu nos respeitar da mesma forma que eu respeitava a relação dele e de Adam.

Na sexta a noite depois do trabalho nós viemos direto para a casa para podermos fazer sexo. Nós entramos na banheira e passamos a noite toda conversando e trocando carícias. Craig e eu combinávamos muito sexualmente. Ele era o exato oposto de mim o que fazia com que nos atraíssemos. Ele era quase tão safado quanto eu. Com ele não tinha frescuras e ele queria fazer sexo em todos os lugares da casa. No sábado saímos para jantar e no domingo recebemos Zoey para o almoço. Nós demos um mergulho na piscina e Craig foi muito gentil com ela. Ele é um homem bom e faz de tudo por mim.

No sábado a noite fiz um comentário bobo sobre não roupas novas a muito tempo e ele me levou para fazer comprar. Eu insisti muito, mas com ele não tinha conversa. Ele gostava de me tratar bem e de fazer tudo o que eu pedia. Steve estava completamente errado sobre Craig. Ele é um homem bom e muito paciente. As vezes começo a falar de assuntos que um homem de cinquenta anos não se interessa, mas ele fingi estar entendo tudo o que eu falo e no fim nós dois damos risada. Estávamos passando muito tempo juntos. Pouco a pouco fui me sentindo bem outra vez, capaz de confiar em um homem. Eu sempre tive o pé atrás. Achei que com Craig eu teria apenas sexo, mas ele claramente mostrou que está disposto a fazer qualquer coisa para que fiquemos juntos.

Era segunda feira de manhã. Metade do mês de novembro. Craig estava tomando e eu estava no quarto em frente ao espelho terminando de abotoar a camisa e em seguida peguei um dos perfumes de Craig e borrifei em meu pescoço. Coloquei de volta em cima da Cômoda e Craig saiu de toalha no banheiro.

- deixa eu ver se esse perfume é bom – ele me abraçou por trás e cheirou meu pescoço – que gostoso.

- você está me molhando – falei sentindo ele dar um beijo em meu pescoço.

- você sabe que eu gosto de você molhadinho.

- sei sim – falei me virando se dando um selo em sua boca.

Craig tirou a toalha e vestiu a cueca e em seguida colocou a calça. Ele se sentou na cama para calçar as meias e os sapatos e eu voltei a olher para o espelho.

- esse perfume é uma delicia, mas… - eu lambi os lábios e coloquei minha corrente e minha pulseira – deixa pra lá.

- fala – falou Craig – o que você ia dizer.

- não é nada importante.

- Mickey Fabray não em obrigue a te dar uma cacetadas – falou ele ficando de pé e vestindo a camisa e abotoando os botões.

- não é nada é que eu tenho medo de fazer alguns comentários perto de você.

- como assim?

- um dia eu disse que meu guarda roupas era mais velho do que a idade média e você em comprou quase mil dólares em roupas. Eu disse que gostava de correntinhas e você me comprou uma de ouro – falei mostrando a ele a que estava no meu pescoço – e ela veio acompanhada desse – falei mostrando  o braço. Outro dia disse que tinha o sonho de conhecer Paris e você comprou duas passagens para passarmos o ano novo lá.

- é que eu quero que você tenha o bom e o melhor da vida – falou ele com um sorriso colocando a gravata. Me aproximei e dei o nó na gravata dele.

- é que eu tenho medo do que os outros vão pensar, sabe. As vezes eu me pego olhando pelo lado de fora e fica parecendo que eu sou um interesseiro querendo seu dinheiro.

- Mike você nem sabia que eu era seu chefe quando me conheceu e pelo o que me lembre antes de te trazer pra minha casa você não perguntou quanto eu tenho na conta bancária.

- eu sei, mas é que mesmo assim…

- pare de ficar se preocupando com isso. Eu vou te encher de presentes, sim. O dinheiro é meu e eu gato como eu quero – Craig segurou meu rosto e deu um selo em minha boca – eu te amo Mike – ele lambeu minha boca e então sua língua entrou em minha boca e eu a chupei por alguns segundos antes dele deixar minha boca melada e dar um beijo em meu nariz.

- me desculpa – falei respirando fundo.

- não precisa dizer se você não quiser, se você não sentir. Eu não me importo – falou ele animado penteando os cabelos – quando você chega em uma certa idade você percebe que a vida é passageira. Que ela passa tão rápido – ele olhou pra mim – não precisa dizer se não quiser, mas eu sei como você se sente – falou ele com um sorriso – quando você me beija e a forma que geme quando senta no meu pau.

- não é justo – falei me sentando na cama – você tem um pau de vinte e dois centímetros. É difícil não gemer de uma forma ruim.

- é bom saber que gosta – falou ele com um sorriso.

- tem outra coisa…

- o que? – perguntou Craig percebendo minha aflição.

- se eu te contar promete não fazer nenhum mal ao Steve?

- o que o Steve fez?

- ele me falou algumas coisas sobre você ser um tubarão no mundo dos negócios. Sobre fazer coisas erradas…

- deixa eu te interromper bem ai – Craig se sentou ao meu lado na cama – Steve estava falando sobre o Rufus McCormick. Advogado que ganhou 96% dos casos que já pegou. O homem que você vai pra cama toda noite é Craig. Ele tem um pouco de Rufus também. Especialmente quando te faz engasgar – ele disse isso rindo – mas brincadeiras a parte… fica tranquilo. Eu gosto de você – ele tocou meu queixo – pra caralho, Mike. Você não tem ideia. Não tem noção do quanto eu gosto de você. Todo os dias eu agradeço por você ter entrado na minha vida. Você é a minha pessoa favorita na terra nesse momento. Estamos juntos a quase dois meses e esses tem sido os melhores meses da minha vida.

- quando você fala essas coisas faz eu me sentir tão importante – falei sem graça.

- Mas você é. O centro do meu universo – Craig tocou meus lábios com os dedos e então eu me aproximei abraçando-o e dando um beijo gostoso e molhado em sua boca.

Nós saímos de casa poucos antes das oito da manhã e quando chegamos ao estacionamento nós vimos Drake e Arthur que haviam acabado de chegar.

- bom dia – falou Arthur apertando minha mão e depois a de Drake e a de Craig.

- bom dia, Drake – apertei a mão dele.

Nós seguimos para o elevador e foi quando eu vi o professor Patrick correndo para o elevador. Craig o segurou para que Patrick entrasse.

- bom dia, Mike – falou o professor quando a porta do elevador se fechou.

- bom dia professor.

- eu tenho uma coisinha aqui pra te entregar.

Meu professor abriu a mala e tirou de pá um papel com marcações em cor vermelho. Ele me entregou e eu vi a letra ‘A+’ ao lado havia a nota ‘96’.

- meus parabéns.

- esse é meu teste?

- sim. você tirou noventa e seis.

- sério?

- sim.

- meus parabéns – falou Craig e Drake e Arthur disseram o mesmo.

Quando saímos do elevador eu fui direto para a minha mesa. Antes de ir para a sua sala Craig deu um selo em minha boca e me desejou um ótimo dia. Eu me sentei em minha cadeira e fiquei analisando meu teste. Eu havia acertado todas as questões. Algumas ficaram incompletas, mas mesmo assim eu me senti feliz por ter tirado essa nota. Sinal de que estava indo bem na matéria.

Depois de ir em todas as salas e fazer o que fazia todo o santo dia eu voltei para minha mesa e percebi que Ally ainda não tinha chegado. Decidi fazer o trabalho dela até que chegasse. Fui até a sala de Steve, Xavier, Drake e Molly. Ao entrar na sala de Patrick ele estava lá sentado lendo um livro.

- com licença. O senhor precisa de algo?

- não Mike.

- qualquer coisa é só ligar no meu ramal.

- a nova assistente ainda não chegou? – perguntou Patrick.

- nova assistente? Como assim?

- eu não devia ter contar isso Mike. É antiético.

- eu prometo guardar segredo professor.

- Ally tirou setenta e quatro no teste. Ela está fora do estágio – falou o professor.

- por causa de seus pontos?

- o estágio é coisa séria Mike. Eu não posso salvá-la se ela não está demonstrando que está absorvendo pelo menos 80% do conhecimento que está sendo passado á ela.

- não á nada que o senhor possa fazer?

- não. sinto muito Mike.

Sai da sala de Patrick com o coração partido por Ally. O estágio era tudo para ela. A caminho da minha mesa eu vi a nova assistente chegar. Não era uma estudante e sim uma contratada qualquer.

- bom dia, eu estou procurando o Sr. Patrick Casey – falou a garota de cabelos ruivos.

- eu sinto muito, mas ele teve que viajar – falei olhando para ela.

- mas hoje é meu primeiro dia de emprego.

- ele não te avisou? A vaga ao qual você estava concorrendo foi liquidada.

- isso é sério?

- sim. sinto muito. Se você me deixar sue nome eu ficarei feliz em te indicar para os nossos parceiros.

- obrigada – falou a garota escrevendo o nome e os telefones. Ela agradeceu a cortesia e entrou no elevador. Eu peguei o papel e bati na porta de Craig.

- pode entrar.

Ao me ver entrar e fechar a porta Craig abriu um sorriso.

- a que devo a honra?

- eu preciso que me faça um favor Craig – falei me sentando – dois, na verdade.

- o que foi meu anjo?

- Ally foi cortada do estágio por causa da notas dela. Ela tirou setenta e quatro.

- eu não posso fazer nada Mike. Isso fica a critério de Patrick.

- essa é literalmente a primeira coisa que eu te peço e você não fará nada por mim? Okay – falei me levantando – continue me enchendo de joias e perfumes e vamos ver até quando você vai me segurar. Dinheiro nunca me segurou antes.

- espera – falou Craig se levantando e caminhando rapidamente e segurando no meu braço pouco antes de eu pegar na maçaneta da porta. ele me virou e com a expressão séria moveu os lábios – considere feito. Ally estará de volta amanhã.

- obrigado – dei um selo na boca de Craig e o abracei – você não sabe o quanto isso significa pra mim.

- qual era o segundo favor?

- arranje um emprego pra essa garota. Passe para algum dos seus parceiros.

- okay – falou levando até meu rosto e acariciando-o – considere tudo feito – ele deu um sorriso.

- Obrigado meu amor – dei um selo na boca de Craig e a porta se abriu atrás de nós. Era Adam. Craig estava abraçado comigo e seus braços me mantinham junto a ele.

- Mil perdões – falou Adam – não queria atrapalhar.

- não tem problema – Craig me soltou e estendeu a mão para pegar algum papel de Adam e eu sai da sala.

Fui até a minha mesa e me sentei finalmente começando a trabalhar. Adam saiu da sala de Craig e caminhou em direção a sala dele. No meio do caminho ele se desviou para minha mesa e colocou um papel no balcão e pegou uma caneta. Ele começou a procurar por algo.

- como foi seu fim de semana?

- foi bom – respondi sem olhar para ele.

- não vai perguntar como foi o meu?

- o seu foi bom?

- não muito. Eu estou com saudades dos meus filhos. Faz um tempo que não o vejo. Você sabe que sou um pai coruja e que não fico muito tempo sem eles – falou Adam com um sorriso ao se lembrar dos filhos.

- verdade. Você via seus filhos toda semana. Porque está a tanto tempo sem vê-los? – olhei para Adam.

- Megan viajou e os levou.

- entendo. Aposto que eles estão com saudades de vocês.

- sim. os três devem estar.

Adam terminou de escrever o que escrevi no papel e então foi embora. Depois de um tempo eu me levantei para poder ir até a impressora e quando voltei percebi que Adam tinha deixado um dos papéis em cima do balcão. Eu o peguei para levar até a sala dele, mas ao virar o papel vi uma frase escrita.

‘Tenha cuidado com Ele’

Mais uma frase enigmática de Adam. Não entendia muito bem o que ele quis dizer com aquilo, mas mais uma vez soou como ciúmes. Agora Adam tinha motivos de sobra para inventar um monte de coisas, mas eu não vu cair na dele outra vez. Mais uma vez peguei o papel de Adam e embolei jogando no lixo. Estava começando a parecer patético essa tentativa de Adam de me ter como seu amante.

Pela primeira vez em muito tempo não almocei com Craig. Ele tinha negócios a tratar no centro e eu decidi ir até o campus para almoçar com Zoe. Nós fomos ao refeitório da universidade e ficamos lá sentados olhando para o enorme lago Furman.

- como vai o trabalho? – perguntou Zoey.

- melhor do que nunca.

- claro, tem a sorte de foder com o chefe.

- sim – falei rindo – e você? Anda fodendo com alguém?

- não – falou Zoey – eu fiquei realmente chateada por Meadow não ser lésbica – falou ela rindo.

- com ela você não tem chance. Ela gosta do Professor Patrick.

- eu acho que estou ficando gamado em um cara da sua fraternidade?

- sério? Quem?

- Joe. Você o conhece?

- sim.

- ele é um cara legal.

- olha eu devo te dizer que toda festa da fraternidade ele vai até meu quarto e implora por um boquete.

- ele me contou. Ele acha que rótulos são para latas e não para pessoas.

- okay – falei rindo – se você não tem problema com isso eu espero que vocês deem certo.

- Mike! – falou uma voz conhecida de pé do meu lado esquerdo. Olhei para a pessoa e vi que era Ally.

- Ally? Como você está?

- estava péssima – falou ela lambendo os lábios – com muita raiva.

- eu não sei o que dizer.

- eu acabei de receber uma ligação do Rufus. Ele me ofereceu o estágio de volta. Eu te odiei tanto Mike. Eu pensei tantas coisas sobre você e agora eu tenho que agradece-lo.

- não precisa agradecer.

- tenho sim. Tenho certeza de que foi você quem pediu para ele ligar.

Ally fez um gesto e eu me levantei e ela me abraçou. Ela parecia realmente feliz por ter o estágio de volta.

- se você precisar de qualquer coisa, qualquer dia eu farei por você.

- okay – falei rindo.

Ally se foi e eu voltei a me sentar e a saborear o meu almoço.

- o que você fez por ela foi maneiro – falou Zoey.

- era o certo a se fazer. Ela queria muito o estágio. Ela parece querer mesmo trabalhar na Royalty Group.

Depois que nós almoçamos Zoe e eu decidimos dar uma volta no lago. Além da paisagem seria bom fazer exercícios ao ar livre. Os meus exercícios estavam sendo bem aeróbicos e envolviam várias posições ultimamente. Enquanto caminhávamos o meu celular vibrou. Era um e-mail de Craig. Ele enviou um e-mail para todos os funcionários. Estava intimando a todos para uma reunião/jantar na sexta-feira no Nightowl. Um dos restaurantes mais extravagantes da cidade. Provavelmente ele receberia investidores. Ele exigia uma resposta positiva de todos. Apesar de ele ter deixado claro a todos que a presença era obrigatória.

- o que foi?

- uma mensagem de Craig. Ele marcou uma reunião na sexta feira para todos os funcionários e sócios. Ele reservou o Nightowl.

- é lá que eu vou toda vez que minha mãe resolve me visitar. Lá é bem chique.

- eu sei.

Voltei para o trabalho ás uma da tarde como todos os dias. Registrei o ponto meu professor Patrick saiu da sala de Craig e passou por mim olhando para mim com cara feia. Craig provavelmente falou para ele sobre trazer Ally de volta ao estágio. Ele deve se sentir humilhado por Craig passar por cima da ordem que ele deu, mas eu não me importo com o orgulho dele. Eu queria Ally de volta e eu consegui.

Estava conversando online com um cliente que queria marcar uma reunião com Drake e eu vi Adam sair do elevador ao lado de Phil. Os dois vieram até minha mesa.

- boa tarde, Mike – falou Phil.

- boa tarde Sr. Wheeler.

- Mike, tem alguma ligação para mim? – perguntou Adam.

- não senhor.

- obrigado – falou Adam.

- e para mim?

- também não Sr. Wheeler – olhei para Adam – a propósito, eu recebi o seu recado.

Adam lambeu os lábios ou ouvir ele dizer aquilo.

- que recado? – perguntou Phil.

- eu não sei do que você está falando – falou Adam franzindo a testa e caminhando para a sala dele.

- eu não estou recebendo ligações – falou Phil antes de ir para sua sala – segure o máximo que puder.

- sim senhor.

Voltei ao trabalho e o próximo a voltar do almoço foi Craig. Ele saiu do elevador ao lado de um homem que tinha uma grande mala preta em sua mão.

- boa tarde Sr. McCormick – fui formal.

- boa tarde meu amor – falou Craig se inclinando no balcão e me dando um selo – Mike será que você pode vir até a minha sala por gentileza.

- okay

Segui Craig e o homem até a sala e ao entrarmos Craig apontou para a cadeira e eu me sentei.

- o que aconteceu? Você está me assustando.

- Mike esse daqui é o Dr. Garland Caskey. Ele é médico e trabalha no Laboratório ACM Blood Lead.

- muito prazer – apertei a mão do médico.

- o Dr. Caskey vai tirar uma pequena amostra de sangue sua para fazer alguns exames.

- pra que?

- é uma surpresa – falou Craig com um sorriso.

- surpresa? – perguntei desconfiado.

- sim. Você confia em mim?

- claro que confio.

- será rápido – falou o médico abrindo a maleta – uma pequena picadinha – o médico pegou a seringa e a agulha e tirou três tubinhos de sangue. Em seguida ele fez o mesmo com Craig.

- o procedimento é o mesmo? – perguntou o médico para Craig.

- sim. você sabe onde eles estão. O procedimento é o mesmo – falou Craig apertando a mão do médico que saiu da sala.

- o que foi isso? – perguntou olhando para o adesivo de porquinho que foi colocado em mim.

- é uma surpresa Mike. Não confia em mim? – Craig me abraçou.

- confio. Só estou ansioso para saber o que é?

- na quarta feira você saberá – Craig deu um selo em meus lábios e segurou forte na minha bunda – volta pro seu posto de trabalho garoto ou eu vou ser obrigado a te descer o cacete.

- isso é uma ameaça ou oferta? – falei apertando o pau dele que estava duro na calça.

- uma oferta – Craig deu outro selinho na minha boca acariciando meu rosto. Minha mão esquerda foi até o rosto dele e eu senti sua barba curtinha em meus dedos.

- eu gosto muito de você – falei sentindo a respiração dele em meu nariz – não é um ‘eu te amo’, mas é o melhor que eu posso oferecer.

- é o suficiente pra mim – Craig me deu um último selinho em minha boca – me deixa voltar ao trabalho antes que eu arranque sua roupa e te coma na mesa como fiz na sexta.

- e na quarta, e na terça, e como fez em todas as últimas semanas três vezes por semana – falei brincado – eu apelidei a sua mesa de ‘cama do trabalho’.

- gostei do nome – falou Craig rindo e se sentando.

Sai da sala de Craig e voltei para minha mesa intrigado com o que tinha acabado de acontecer. Porque o meu sangue? Que surpresa é essa? Só sei que estou curioso e torcendo para que quarta cheguei logo.


Obrigado a todos pelos comentários. Obrigado pelos votos também e espero que tenham gostado. Título do capítulo é da canção 'In My Blood' da The Veronicas.