Capítulo 11: Wilbur Holmes | Conto: Amor, Estranho Amor

CAPITULO  

ONZE

Wilbur Holmes

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R

espirei fundo recuperando o meu ar e me espreguicei na cama. Não sei exatamente que horas aram até porque ainda estava de olhos fechados. Respirei fundo porque era bom estar vivo. Tudo o que me lembro é de dormir agarrado ao meu titio Cody, mas ele já não estava mais na cama pelo o que eu senti. A noite foi cansativa e maravilhosa. Sentia que minha bunda estava dolorida e acho que é resultado de todo o prazer que senti na noite passada. Ainda de olhos fechados me estiquei na cama e respirei fundo. Era manhã de domingo. Eu conseguia sentir o cheiro do domingo no ar junto ao cheiro de bebida e cigarro. Tio Cody deve ter fumado no quarto antes de ir embora de manhã.

- dormiu bem? – falou uma voz masculina me assustando. Eu abrir os olhos e cair sentado na cama vi que era meu pai. Ele estava sentado em uma cadeira que ele tinha colocado ao lado da minha cama a uma certa distância. Ele estava fumando um cigarro e pelas latas de cerveja parecia que ele estava lá a um bom tempo. Eu contei oito.

- pai? – falei assustado puxando o cobertor – o senhor… a quanto…

- quando eu cheguei seu tio Gordon… ou melhor dizendo… - falou ele rindo – seu titio Cody já não estava mais aqui. Ele e sua amiguinha de cabelos verdes já tinham pego a estrada.

- que horas o senhor chegou? A quanto tempo está aqui no meu quarto?

- não sei – falou ele apagando o cigarro no cinzeiro e olhando para a tela do celular – eu cheguei pouco antes das sete e agora são quase onze da manhã então faz quatro horas que estou aqui bebendo, fumando e te vendo dormir.

- o que? O senhor não estava em ‘Camp David’?

- não. Na verdade nós voltamos ontem à noite devido a uma emergência. Eu estive trabalhando até as seis da manhã e quando terminou eu vim pra casa. A minha vontade foi de vir na hora que você mandou aquelas mensagens, mas a segurança da pátria vale mais do que a sua.

- viu só? – falei respirando fundo – é por isso que eu fiquei com meu tio. Ele estava aqui e me colocou em primeiro lugar.

- então você não se arrepende? – perguntou ele se levantando.

- não. não me arrependo. Ele foi maravilhoso e eu senti muito prazer com ele.

- que bom – falou meu pai parecendo cansado. Ele foi até a minha TV e a ligou.

- o que é isso?

- o que eu estive fazendo a noite toda – falou ele aumentando o volume.

Estava na CNN e estava mostrando uma reportagem de uma família americana que estava de férias no Iraque e que havia sido sequestrada por rebeldes. Era um pai, uma mãe, um tio e cinco filhos sendo três meninas de 16, 11, 2 anos e dois meninos de 14 e 8 anos de idade.

- essa família foi sequestrada ontem no Iraque – falou meu pai – nós recebemos uma ligação da nossa embaixada no Iraque e eles disseram que receberam um vídeo onde os terroristas disseram que pretendiam executar a família ao vivo na Dark Web. Nós pegamos um jatinho de volta aqui para Washington. Nós temos agentes da CIA infiltrados naquele país e depois de muito esforço, pesquisa, ajuda da NSA e do governo do Iraque nós conseguimos localizar e resgatar a família em total segurança – falou ele coçando o olho – foi uma missão bem sucedida com duas baixas do lado deles.

- mas ali diz que foram os militares que fizeram o resgate – falei olhando pra TV – está escrito bem ali.

- Nós somos a CIA – falou meu pai – ninguém pode saber que existem agentes infiltrados. Nenhum país quer agentes americanos infiltrados então nós somos os mocinhos, mas quem recebe os créditos por nossos trabalhos são os militares. É o trabalho do seu pai Logan. Vilão de dia e mocinho a noite. E o que eu ganho com isso? Um dossiê com vídeos e fotos de vocês fodendo com meu irmão.

- mas e a foto falsa? O senhor mandou uma foto como se tivesse tirado na hora, mas era uma foto totalmente editada

- eu estava nas instalações da CIA Logan. Trabalhando. Você queria que eu tirasse o celular e fizesse uma selfie na frente das maiores autoridades desse país? Na frente de militares e na frente do presidente? Enquanto tentávamos resgatar uma família?

- okay – falei respirando fundo – talvez eu tenha errado…

- errado? – perguntou ele rindo sarcástico – Eu estou trabalhando e recebo aqueles vídeos. Você sentiu prazer? Ótimo. Fico feliz por você. Tudo o que eu tenho feito desde que cheguei aqui em casa foi assistir você dormir, assistir aqueles vídeos que você me mandou e chorar. Sem acreditar que o garoto que eu criei estava fazendo aquilo comigo.

- a não pai! O senhor chorou? – falei curtindo com a cara dele – toma vergonha pai.

- sim. Chorei! Por quê? Tem alguma coisa contra isso?

- pelo amor de Deus. Chorando por causa dessa briga boba com meu tio? Essa era uma competição? Está chorando só porque foi ele que tirou minha virgindade?

- não – falou ele coçando a cabeça – eu chorei porque eu te amo. Chorei porque eu sou seu pai e me dói ver você com outro homem. Quando eu digo ‘eu te amo’ eu estou dizendo que te amo como pai e como homem. Como pai eu estou decepcionado e como homem eu estou mais do que decepcionado. Estou devastado. Pra mim você não é mais meu filho. Não é mais o meu Logan Royale.

- para de falar isso pai. Eu sou seu filho. O senhor é dramático quando quer.

- sabe qual o nome que sua mãe queria te dar? Wilbur – falou ele rindo – Wilbur Holmes. Eu disse ‘Não! O meu filho vai se chamar Logan e terá o meu sobrenome’. Esse é meu filho: Logan Royale, mas foi Wilbur Holmes que mandou aqueles vídeos e aquelas fotos pra mim. Esse garoto que eu não criei e não conheço.

Meu pai parecia mesmo chateado por ter recebido os vídeos e as fotos. Ele não parecia muito chateado pelo sexo, mas pela atitude que tomei ao enviar os arquivos como vingança.

- mas e sexta feira? – falei me sentando na cama e vestindo minha cueca e minha bermuda – o senhor trabalhou até mais tarde ou estava com sua amante?

- eu já disse que não tenho mais amante Logan. Eu terminei com elas faz mais de dois anos. Foi só um caso passageiro e eu me arrependo muito disso. Eu sou um homem que comete erros e admite os erros que cometeu. Foi um erro e eu jamais cometeria esse erro novamente. Eu não faria isso com…

- …minha mãe? – completei ficando de pé

- não – falou ele respirando fundo – com você. Eu jamais faria isso com você.

- o senhor quer que eu me sinta mal por ter feito sexo com meu tio Cody e então não sinto pai. Foi ótimo, maravilhoso e pela primeira vez eu senti o que era gozar de verdade.

- eu não te criei assim Logan. Pra mandar vídeos e fotos pra alguém por vingança – falou ele pegando a cadeira e o cinzeiro – estou decepcionado com você.

Meu pai saiu do quarto e eu fiquei lá sentindo que devia me sentir mal, mas alguma coisa em mim não deixava. Apesar de que talvez enviar fotos e vídeos tenha sido longe demais. Ele não está traindo minha mãe, não estava com a amante: estava apenas trabalhando. O que aconteceu entre meu tio e eu não foi errado. Foi ótimo e acho que minha primeira vez não seria melhor do que foi, mas eu estou triste pelo o que fiz. Pelas fotos. Meu pai não fez nada de errado e o que aconteceu foi um monte de coincidências que foram má interpretadas por mim. Entrei para o banheiro e tomei um longo banho lavando todo o meu corpo. Escovei os dentes e quanto voltei para o quarto as latas de cerveja jogadas não estavam mais lá.

Quando desci as escadas meu pai estava sem camisa sentado em uma das cadeiras a beira da piscina fumando um charuto. Em uma das mãos ele tinha uma latinha de corona ao qual ele dava alguns goles. Ele estava com seus óculos escuros tomando banho de sol e eu senti que precisava conversar com ele. Depois de fazer suco de laranja e sala de frutas eu preparei dois de cada e levei até a mesa da área externa. Meu velho não olhou para trás nenhuma vez para ver o que eu fazia. Depois de ajeitar tudo colocando um do lado do outro na mesa eu fui até ele.

- pai… - falei me aproximando.

- sabe Logan… - falou ele tirando o charuto da boca – se você quiser morar naquele apartamento que o Justin te deu você pode ir – falou ele olhando pro charuto – tanto faz pra mim.

- pensei que tivesse vendido.

- eu vendi, mas ainda posso voltar atrás. Nenhum pagamento foi oficialmente feito.

- não pai. Eu não quero ir. Eu gosto de morar aqui.

- eu não quero você na minha casa se você for estar com outros homens. Eu cansei de me masturbar pra você no banheiro ou me esgueirar no seu quarto durante a noite. Acho que essa parte da minha vida acabou. Eu disse o que eu sinto e você fez essa sacanagem comigo… eu quero você fora da minha casa.

- olha… - falei me sentando aos pés de sua cadeira – eu sei que o senhor está irritado agora papai então vamos tomar da café da manhã e conversar.

- não adianta vir com essa de ‘papai’ Logan – falou ele se levantando – você é grande demais pra me chamar assim.

Nós dois fomos até a mesa só que ao invés de meu pai se sentar onde eu tinha colocado nossos pratos ele puxou para o outro lado da mesa ficando longe de mim.

- senta aqui perto de mim pai – falei me sentando e puxando a cadeira ao meu lado.

- não – falou ele tirando os óculos e tomando um gole do suco.

- está vendo? Foi por isso que tudo começou o senhor não passa tempo comigo. O senhor fica ai chorando por não ser meu homem, mas o senhor nunca foi meu pai em primeiro lugar e eu quero o meu pai e não um homem – eu estava irritado e aquilo saiu exatamente como eu previ.

Meu pai colocou algumas frutas na boca e olhou pra mim.

- me perdoa, okay? Eu sei que não fui um pai muito presente pra você e eu já te expliquei que desde sua adolescência é difícil ficar perto de você e não poder te tocar – eu fui um pai relapso e quero compensar isso.

- eu deixo o senhor me tocar se quiser – falei respirando fundo – o senhor não foi o meu primeiro, mas isso é realmente importante pro senhor? Ser o meu segundo ou terceiro influencia em algo?

- na verdade não – falou ele engolindo em seco – eu tenho ciúmes de vocês Logan. Não é que eu queria ser o seu primeiro. Eu queria ser o seu único. Te imaginar tendo prazer com outro homem acaba comigo e graças a tecnologia eu só não pude imaginar como pude assistir.

- me perdoa pai. Essa é a única coisa ao qual eu me arrependo de toda a noite passada. Foi desrespeitoso e não tem desculpas para o que eu fiz.

- não tem mesmo – falou ele olhando pra mim – você merece palmadas por ter feito  oque fez.

- então me dá! – falei ficando de pé.

- o que está fazendo? – perguntou ele confuso me vendo aproximar dele.

- chega à cadeira para trás.

Meu pai fez o que eu pedi e em seguida eu abaixei a minha bermuda e minha cueca e me deitei no colo do meu pai. No inicio ele ficou sem saber o que fazer, mas ele sabia o que deveria fazer como pai: educar o seu filho.

- me bate! O senhor tem direito. É meu pai.

Meu pai acariciou minhas nadegas com a mão e então a levantou e deu um tapa doido. Em seguida ele repetiu o movimento na outra nádega. Doía muito, mas meu pai sabe o que está fazendo.

- se você fizer algo parecido de novo eu te mato Logan – falou meu pai dando outro tapa dolorido deixando minha bunda ardendo.

- não se preocupe pai. Eu não vou fazer.

- me chama de papai! – falou ele dando outro tapa e a cada tapa ele segurava em minhas nádegas e apertava forte.

- o senhor disse que sou velho demais.

- eu menti! – falou ele acariciando minhas nádegas – toda vez que você me chama de ‘papai’ eu melo a cueca um pouquinho filho – ele levantou a mão novamente e estapeou minha bunda – me chama de papai, chama!

- tá bom papai! – falei isso apertando os lábios enquanto ele dava dois tapas na minha bunda. Cada um em uma nádega. Elas estava vermelhas – eu te amo papai!

- o que você fez foi levado Loguie! – falou ele dando quatro tapas seguidos nas minhas nádegas – a próxima vez que você fazer algo parecido essa surra será na cara! Entendeu?

- sim senhor.

- levanta moleque – falou ele me vendo levantar. Minhas nádegas estavam doloridas – eu deixo você me dar um tapa na cara por eu ser um pai relapso e por todos esses anos eu ter te negligenciado.

- eu não posso fazer isso – falei subindo a cueca e a bermuda sentindo minhas nádegas muito doloridas.

- pode bater Logan.

- não – falei me sentando no colo dele de lado – o senhor disse que chorou enquanto eu dormia?

- sim – falou ele está vendo? – ele apontou para os olhos que estavam um pouco inchados.

- papai me perdoa – falei acariciando o rosto dele e dando um selinho me seus lábios.

- a culpa é minha também – falou ele respirando fundo – não posso te culpar por não confiar em mim.

- mas eu confio. Cem por cento. Eu juro nunca mais duvidar ou supor nada.

- ótimo – falou ele pela primeira vez sorrindo – se quiser saber de algo me pergunte. Não fique remoendo e fazendo coisas estúpidas.

- okay – falei me aproximando para beijá-lo, mas meu pai virou o rosto – o que foi?

- foi bom? – perguntou meu pai – Cody te tratou bem?

- sim – falei me lembrando de cada um dos detalhes da noite passada – foi maravilhoso. Ele não se apressou e foi carinhoso.

- pelo menos pra isso ele presta – falou meu pai se levantando e me fazendo levantar. Nós voltamos a nos sentar á mesa para o café da manhã e dessa vez ele veio e se sentou ao meu lodo – sabe… - falou ele tomando um gole do suco – de certa forma eu fico feliz por você ter ficado em família. Melhor perder sua virgindade pro Cody do que pro Leo ou outro de seus amigos imbecis.

- eu também fico feliz por ter sido alguém da família – falei colocando algumas frutas na boca – sabe pai… hoje é domingo e minha mãe volta só amanhã ou terça. Existe alguma chance da gente relaxar…

- não – falou meu pai – acho melhor não.

- porque? Está chateado comigo ainda?

- não – falou ele com um sorriso – eu quero que você veja que o seu velho não quer só sexo com você. Eu quero tudo meu filho – falou ele aproximando o rosto e dando um selinho na minha boca – eu quero ser tudo pra você meu filho. Quero ser um amigo, um confidente, entende? Quero ser aquela pessoa que você conversa, que gosta de passar um tempo…

- tipo… um namorado? – perguntei confuso.

- isso! – falou meu pai – eu quero ser seu namorado. Nós podemos namorar.

- namorar meu pai? – aquilo soou estranho.

- sim. Nós podemos sair em encontros, jantares, cinemas, passeios… a toda a coisa. Nós podemos deixar o sexo mais pra frente.

- não acha que seria estranho?

- seu pai é um homem romântico Logan – falou ele com um sorriso – antes de dizer não lembre-se que estamos falando de mim. Seu velho. Posso não ser um bom pai, mas te garanto que sou um excelente amante.

- eu sei pai, mas é que… é estranho. Sabe?

- dar pro seu tio não é estranho? Acordar de madrugada e me encher de beijos não é estranho?

- sim.

- é amor Logan. Um amor estranho, mas é amor. Eu te amo. Você não em ama?

- sim pai. Mais do que tudo.

- e então? Aceita namorar seu velho?

- aceito sim – falei rindo achando aquilo de certa forma engraçado e excitante.

- eu só te peço duas coisas em troca. Pra poder recuperar a confiança em você.

- o que o senhor quiser.

- o primeiro é: quando perguntarem se namora é pra dizer que sim.

- ta doido pai? E se perguntarem com quem estou namorando?

- sei lá diz que está namorando um cara mais velho, gostoso que quer total sigilo porque é casado – falou ele rindo – você só estará dizendo a verdade – meu pai disse isso olhando pra mim com um olhar desafiador.

- okay – falei terminando o meu suco – esse é fácil. E a segunda coisa?

- quero que você faça uma tatuagem.

- tatuagem? O senhor não me deixa fazer tatuagem.

- Talez eu esteja mudando de ideia sobre isso.

- então eu posso fazer o que eu quiser? – perguntei animado.

- Não! – falou ele rapidamente – sou eu quem vou escolher o que será.

- e onde será? – perguntei curioso.

- logo acima da sua bunda – falou ele mastigando as últimas frutas – se levanta pra mim – falou ele fazendo um movimento com a mão.

Me levantei e fiquei de costas pra ele e ele abaixou um pouco minhas bermuda e minha cueca e levantou um pouco minha camisa – falei aqui – falou ele circulando o fim das minhas costas bem acima das nádegas.

- e o que vai ser? – senti um arrepio enquanto ele passava os dedos logo acima da minha bunda.

- segredo. Você só vai ver depois que estiver pronta – falou e soltando a camisa e ajeitando a bermuda.

- mas e se eu não gostar?

- não confia no seu velho?

- confio.

- é só uma tatuagem pra eu poder me sentir um pouco mais tranquilo quanto as suas ‘possíveis traições’.

- tá doido pai?

- você não é obrigado a fazer, mas papai ficaria feliz se você deixasse.

- okay – falei respirando fundo e voltando a me sentar.

- e nós vamos fazer hoje! – falou ele se levantando.

- hoje?

- sim. seu tio e a amiga de cabelos verdes não estão em uma convenção? É uma chance de ser tatuados pelos melhores e o seu tio disse que aquela garota de cabelos verdes é a melhor.

- é Lia! O nome dela é Lia pai – falei seguindo-o.

- ótimo! melhor ainda! – falou meu pai colocando a louça na pia – já que você sabe o nome dela será mais fácil encontra-la.

- sim pai – falei começando a lavar a louça – ou podemos perguntar onde estão os tatuadores da ‘Blaze † Cross Tattoo’ e eu tenho certeza que todo mundo vai saber onde fica – falei lavando os copos.

- pode ser – falou meu pai me abraçando por trás e dando um beijo no meu pescoço.

- cuidado com minha bunda pai! Está dolorida.

- desculpa meu filho. Não devia ter te dado essas palmadas.

- não tem problema pai. Eu mereci – falei respirando fundo – eu fui um idiota e o senhor estava na calada da noite sendo um herói. E o pior é que ninguém nunca vai saber.

- você sabe – falou ele subindo as mãos na minha cintura e levando até meu ombro – e é isso que importa.

- poucos podem dizer que o pai é um herói e eu posso! – falei terminando de lavar as louças e secando minhas mãos.

- sabe… a culpa foi minha – falou ele me virando de frente pra ele – eu tentei te seduzir e conquistar com sexo e eu devia ter te pedido em namoro desde o começo – falou ele segurando meu rosto entre suas mãos. Ele aproximou sua boca da minha e nós demos um selinho.

- ainda soa estranho pra mim dizer que ‘namoramos’.

- você não quer? Se não quiser pode dizer.

- não posso não. Se eu disser o senhor vai começar a chorar – fale rindo e ele me soltou.

- beleza – falou ele se virando e eu segurei no braço dele.

- brincadeira pai! Desculpa.

- você fica rindo de mim, mas eu não tenho vergonha de dizer que estou apaixonado por você filho – falou ele olhando pra mim – perdidamente apaixonado pelo meu filho – ele me puxou e me envolveu em seus braços.

- eu também te amo pai – falei sorrindo e sentindo a respiração dele em meu rosto – eu também estou apaixonado por você meu pai. É doentio, é estranho, mas é nos seus braços que eu me sinto seguro. Me sinto da forma que nenhum dos meus namorados fez eu me sentir.

- diz que está namorando comigo, diz! – falou ele rindo.

- eu estou namorando com o senhor pai – falei rindo – é tão estranho!

- porque você fica dizendo que é estranho e doentio?

- não sei… quer dizer… parece que enquanto está apenas no sexo parece algo natural já que pessoas se excitam e meu pai ou não o senhor é um homem gostoso, mas quando começamos a falar de amor e paixão eu sinto que é errado.

- se for errado estar apaixonado pelo meu filho eu não quero estar certo – falou ele se escorando no balcão e me puxando para me colar junto ao seu corpo – se você não sente o mesmo não precisa dizer filho. Não se sinta obrigado a nada.

- na verdade pai eu sinto. E sabe como eu sei? Mesmo sabendo que é errado eu quero estar exatamente onde estou nos seus braços, coladinho com  o senhor. Nós somos atores em frente a família interpretando esse papel de pai e filho, mas quando estamos sozinhos o senhor é meu namorado – falei com um sorriso.

- viu só? Não é tão ruim – falou ele levando a mão até meu rosto e tocando seus lábios juntos aos meus. Pela primeira vez em muito tempo senti sua língua entrar em minha boca e eu chupei sua língua para em seguida sentir meu pai me pressionar junto a ele. Quando ele levou a mão até minha bunda eu gemi um pouco de dar, mas papai era carinhoso e enfiou a mão dentro da cueca e acariciou a bunda que ele mesmo surrou para me ensinar uma lição.

Enquanto meu pai tomava seu banho e se arrumava eu mandei uma mensagem para meu tio Cody perguntando onde era a convenção. Disse que ia visita-lo Ele me mandou a localização e tio Cody pareceu feliz por eu ir até lá. É claro que eu não disse a ele que meu pai iria comigo porque se não ele ia achar que meu pai estava indo para lhe acertar um murro no olho. Subi até meu quarto e me arrumei e quando desci meu pai estava pronto já com seus óculos escuros e uma long nekc na mão a qual ele terminou de beber.

- ele te pasosu a localização?

- sim pai. Fica a doze quilômetros daqui.

- ótimo! – falou ele pegando a chave.

- o senhor esteve bebendo. Tem certeza que deve dirigir?

- claro que sim garoto. Vamos!

- vou colocar comida pro Sr. Harvey e já vou – falei indo até a vasilha do gato e abrindo uma lata de comida para gato e colocando na casinha dele. Não demorou para o gatinho chegar faminto e começar a comer.

Já na estrada eu fui dizendo para meu pai onde ir. Meu pai era a pessoa mais perdida do mundo e muitas vezes quando saia ele tinha motoristas então podemos dizer que o GPS ajudou bastante na nossa caminhada porque se dependesse do meu pai nós chegaríamos a Ohio, mas não chegaríamos ao centro de convenções. Assim que chegamos percebi que o lugar estava lotado. Havia pessoas de todos os tipos: tatuadas, com piercing, cabelos coloridos, lentes de contatos… resumindo: vários tipos de pessoas que usavam formas diferentes de se expressar e serem únicas.

Ao caminharmos em direção ao entrada recebemos alguns panfletos e um cara que tinha os olhos tatuados disse que meus olhos eram lindos e que se eu os tatuasse ficaria divino. Nós entramos no centro de convenções e haviam vários estúdio de tatuagens e alguns famosos como Chris Nuñez, Oliver Peck, Luke Wessman e outros tatuadores que estavam ali para dar autógrafos, fazer tatuagens e tirar fotos.

- boa tarde – falou para uma garota de cabelos platinados e o rosto tatuado.

- boa tarde – falou ela sorrindo. Percebi que ela tinha os caninos afinados – no que posso ajuda-los?

- eu gostaria e saber onde está o estúdio ‘Blaze † Cross Tattoo’.

- no ‘HumanCanvas Tattoo’ você vira a direita e você verá do lado esquerdo.

- obrigado – vem pai – falei olhando para trás.

Nós seguimos até o fim daquele corredor e viramos à direita e a alguns metros vi o estúdio do lado direito. Uma grande cruz em chamas com os dizeres Blaze Cross e logo abaixo Tattoo. Vi de longe meu tio sorrindo e tirando fotos com alguns adolescentes que pareciam ser faz dele. Ele agradeceu os visitantes e ao olhar na nossa direção o sorriso dele desapareceu. Ao ver meu pai percebi que ele ficou sem saber o que fazer: se corria ou ia logo pra cima dele.

- Logan? Thad? – falou meu tio.

- relaxa – falou meu pai estendendo a mão – eu não vim aqui te matar apesar de vontade não me faltar.

- okay – falou meu tio sorrindo e olhando pra mim – como você está Logan?

- estou bem tio – falei indo até ele e dando um beijo em seu rosto. Meu tio me abraçou e deu um beijo de volta – onde está Lia?

- está ali finalizando uma tatuagem.

- oi Logan! – falou Lia lá dentro do estúdio acenando. Ela estava tatuando um braço.

- como está irmão? – perguntou meu pai estendendo a mão e tio Cody apertou e meu pai o puxou e deu um abraço nele – obrigado por ter cuidado do Logan ontem.

- o que está acontecendo? – perguntou tio Cody – ele teve um derrame?

- não – falei rindo – ele só está sendo legal.

- bom – falou meu tio batendo as mãos e esfregando-as juntas – fico feliz por terem vindo.

- nós não viemos atoa – falou meu pai – eu o trouxe pra garota de cabelos verdes chamada Lia faça uma tatuagem no Logan.

- sério? – perguntou tio Cody surpreso – e o que será?

- é surpresa – falou meu pai me virando – mas eu quero que você faça aqui – falou meu pai me virando e abaixando minha bermuda mostrando minhas nadegas – bem aqui acima das nádegas.

- você concorda com isso Logan? – perguntou meu tio.

- concordo sim.

- eu não costumo fazer esse tipo de coisa. Tatuar pessoas que não sabem qual será a tatuagem.

- você não costuma comer os sobrinhos, mas ontem a noite abriu uma exceção e comeu. Faça o mesmo hoje – falou meu pai com um sorriso mostrando as palmas das mãos.

- okay – falou tio Cody – assim que Lia terminar você será o próximo.

- ótimo – falou meu pai – porque você fará a minha Cody.

- o senhor fará uma tatuagem pai? – perguntei surpreso.

- mas é claro. E não adianta perguntar o que será porque eu não vou dizer.

- e você quer que eu faça? – perguntou tio Cody.

- sim Cody – falou meu pai – eu quero acabar com essa briga entre nós dois. Eu estou confiando o corpo do meu filho e o meu aos seus cuidados. Isso é mais do que prova de que eu estou disposto a perdoar e ser perdoado pelas ofensas do passado. Okay?

- okay – falou meu irmão apertando a mão dele com um sorriso – então? Você quer fazer a sua agora? Eu estou livre.

- não. Vamos esperar Logan começar a dele. Assim ele não tenta espiar a minha tatuagem.

- eu não vou espiar pai.

- eu te conheço filho – falou ele com um sorriso colocando a mão no meu ombro.

O sexo com meu tio foi maravilhoso e não me arrependia disso. Me arrependi da atitude que tomei, mas para minha sorte meu pai me perdoou e agora éramos ‘namorados’. Ainda era estranho defini-lo assim então até que eu me acostume vou dizer que nós somos ‘pai e filho’. Acho que define bem nossa relação. Não sei que tatuagem meu pai fará em mim ou nele, mas estou ansioso e nervoso para descobrir. Perdi a virgindade do ânus e doeu, mas o prazer compensou. Será que vai ser assim ao perder a virgindade da tatuagem? Vou me viciar e querer sempre mais? Até descobrir eu fico apenas imaginando.

Espero que tenham gostado. Estava um pouco doente e decidi tirar uma folguinha até eu melhorar e já estou melhor :) Será que terá uma maratona hoje? Vamos ver rsrs. Não esqueçam de deixar um comentário e um voto. Um grande abraço a todos.