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Capítula Quinze
CANALHA URSÃO
proveitei
cada gota de água que saiu daquele chuveiro. Não pelo cansaço. Não estava tão
cansado porque até que tinha dormido bem na noite passada, mas pelo estresse
que essa noite me proporcionou. A água que caia no meu corpo não era quente e
sim gelada. Estava acostumado a tomar banho na água gelada na verdade. Até
preferia. Tanto em casa como na época do lar adotivo eram raras as vezes em que
tínhamos água quente e sempre que tínhamos ao sempre ficava por último e as
garotos mais velhos usavam a água quente toda e eu deixava os mais novos
tomaram banho na minha frente para que eles não precisassem enfrentar a água
fria. Como eu já estava acostumado de casa eu não ia brigar por algo que nunca
tive.
Acho que esse foi o banho mais longo que tomei na vida. Estava nervoso
com toda aquela coisa de ter que dormir com Cory a partir de agora e era a
primeira noite. Tinha dito todas aquelas coisas e meio que me declarado a Cory e
ele não tinha dito nada de volta e confesso que era meio frustrante. Até porque
eu o interrompi quando ele abriu a boca para dizer algo. Talvez no fundo
tivesse medo do que ele tivesse a dizer. Cory não tem um currículo muito bom
quando se trata de dizer algo especialmente quando é direcionado a mim.
- Kai! – falou Cory bravo dando murros na porta do banheiro.
- o que foi? – perguntei saindo do meu tranze.
- cai fora do banheiro, Porra! Você está ai faz trinta minutos. Só
porque o FBI está pagando todas as nossas contas não significa que você deva
abusar.
- será que você não consegue ser legal por um longo período de tempo sem
ter que agir como um perfeito idiota logo em seguida? – falei desligando o
chuveiro e pegando a toalha comecei a me secar.
- só estou dizendo isso porque essa é a nossa primeira noite juntos e
estou ansioso e tudo o que você tem feito é me fazer esperar – falou ele se
afastando a porta. Cory é um idiota, mas um idiota que sabe como me manipular.
Depois que vesti a roupa sai do banheiro secando os cabelos e ao entrar no
quarto vi Cory sentado na cama na cama só com a parte de baixo do pijama
escorado na cabeceira assistindo ao um filme.
- olha só… não sei o que você quis dizer com ‘essa é nossa primeira
noite juntos’, mas acho que você está confundindo as coisas.
- será? – falou ele batendo a mão na cama ao lado dele – vem logo. O
filme começou faz vinte minutos e eu cansei de esperar por você – falou Cory
jogando as cinzas do cigarro no cinzeiro e olhando para mim – espero que não se
importe que eu fume.
- não me importo – falei fechando a porta e me sentando na cama olhei
para o celular – porque meu celular está desligado?
- Bruce te enviou uma mensagem de boa noite e eu respondi e desliguei –
falou Cory levando o cigarro a boca e assoprou a fumaça -
- você é um intrometido, sabia? – falei olhando para ele – e se ele
souber que foi você?
- como ele saberia? Eu só escrevi ‘boa noite babaca’ – falou Cory com um
meio sorriso olhando para a TV.
- você o que?
- tudo bem… admito que o babaca eu apaguei antes de enviar. Não tem como
ele saber que foi você.
- tá bom… - falei respirando fundo e deixando o celular no criado mudo
olhei de volta para Cory – você é um intrometido, sabia?
- olha Kai… - falou Cory se esticando um pouco e colocando a mão no meu
ombro ele começou a me acariciar – você sabe que quando duas pessoas que se
gostam muito dividem a mesma cama elas acabam fazendo amor, né? Se você tem
tanto medo de que seu ‘namoradinho’ descubra sobre isso porque não pega suas
coisas e vai pro seu quarto?
- porque não – falei tirando a mão dele do meu ombro e me levantando eu
tirei o robe e fui de pijama até a cama. Cory estava com aquela cara de
convencido olhando para mim.
- tira a parte de cima do pijama. Fica confortável.
- pra que? Nós só vamos conversar – falei me sentando na cama e me
escorando na cabeceira da cama ao lado dele.
- sobre o que você quer conversar? – perguntou Cory olhando para mim,
mas eu me recusava olhar para ele e preferia olhar para a TV.
- sei lá – falei envergonhado dando os ombros – apesar de eu ter lido a
sua ficha a verdade é que você sabe mais sobre mim, do que eu sei sobre você.
Nada mais justo que você seja a pessoa a me contar um pouco sobre o seu passado
– olhei para Cory para ver a sua reação e ele pegou o cinzeiro e apagou o
cigarro e respirou fundo e se ajeitou na cama ficando de frente para mim – o
que você quer saber.
- porque você tem tanto medo assim de se apaixonar? – perguntei olhando
para ele enquanto me sentava em posição de lótus de frente para ele.
- nossa… - falou ele coçando o rosto e rindo – pensei que você ia me
perguntar sobre minha cor favorita ou algo assim antes de char a esse assunto.
- acho que eu já enrolei de mais por uma noite só – falei rindo.
- okay – falou Cory – a primeira pessoa que eu me apaixonei de verdade
foi minha primeira esposa, mas as coisas ficaram feias quando meu filho
faleceu. Ela me culpava e eu também. O divórcio foi inevitável.
- sinto muito.
- depois disso eu meio que não amei ninguém por muito tempo – falou Cory
respirando fundo – foi então que eu me mudei para uma cidade nova, Orlando na
Flórida, e conheci esse carinha bacana e todo cheio de si chamado Stan. Gostei
muito dele. Demais – falou Cory rindo – ele também gostou muito de mim.
- e porque vocês não ficaram juntos?
- ele gostou mais do meu melhor amigo.
- porra…
- pois é – falou Cory rindo – tomei um toco e com isso decidi tocar o
foda-se pro amor, paixão e essas porras todas – falou ele rindo. Jurei para mim
mesmo que nunca mais iria sentir mais nada por ninguém. Como a dor não passava
decidi me mudar para uma nova cidade e dessa vez foi Washington, Capital e lá
eu estava vivendo um dia de cada vez combatendo o crime durante o dia e fodendo
durante a noite. Homem, mulher… sexo a três… ia a festas de orgia, as vezes
levava pro meu apartamento ou ia pra motéis e fodia na banheira… passava noites
acordado metendo…
- acho que você pode pular essas partes – falei interrompendo ele com
raiva.
- o que foi? Com ciúmes? – perguntou Cory com um meio sorriso.
- quer a verdade? – falei olhando para baixo sem graça.
- não. quero que minta pra mim – falou Cory sarcástico.
- imbecil – falei empurrando ele.
- diz logo.
- você me fez lembrar da Cordelia e daquela noite que cheguei em casa e
você estava… você sabe.
- você sabe que sinto muito por aquilo né? – falou Cory olhando para mim
com pena.
- foi golpe baixo, sabia? Esfregar na minha cara e ainda deixar os
preservativos pra eu encontrar no dia seguinte?
- eu só estava fazendo o que sempre faço. Agindo como um canalha. É um
mecanismo de defesa. Dessa forma você nunca ia gostar de mim. Nem se
apaixonaria.
- poxa Cory – falei respirando fundo e levando minha mão até o rosto
dele eu acariciei sua bochecha – sinto te informar, mas acho que você é um
convencido – falei empurrando-o – seu convencido! – Cory começou a dar risada e
claro que comecei a rir também – termina logo de contar essa história seu
idiota.
- tá bom – falou ele rindo – resumindo… - falou ele fazendo um gesto com
a mão – eu acabei conhecendo um outro rapaz em Washington chamado Logan e eu me
liguei a ele muito rápido sabe. Me joguei de cabeça sem olhar para trás e
estava disposto a assumir um relacionamento sério om ele. De verdade. Já tinha
até planejado um convite para ele ir morar comigo.
- e o que aconteceu?
- fui obrigado a entrar nessa droga de proteção a testemunhas – falou
ele olhando em volta e respirando fundo – passei 4 meses enfiado em um hotel
sem nenhum contato com o mundo exterior e fui obrigado a engolir a dor de um
mais um coração partido – ele respirou fundo e coçou os olhos.
- então… - falei respirando fundo – depois de quatro meses você se muda
para outra cidade, Phoenix no Arizona, para um pequeno subúrbio em Albafross
para uma calorosa vizinhança conhecida como Moracea Lane e conhece esse outro
rapaz de 26 anos e quando você achou que nunca mais se apaixonaria outra vez:
Bum!
- olha só – falou Cory com um meio sorriso – quem é o convencido agora?
- convencido não, você mesmo disse que gosta de mim e depois de ouvir
essa história é a conclusão mais óbvia.
- acho que já deu – falou Cory respirando fundo parecendo aborrecido.
- porque está chateado.
- não é nada – falou ele fazendo menção de se deitar, mas eu me segurei
no braço dele – o que vai fazer?
- já conversamos. Agora vou dormir.
- não Cory. Ainda precisamos conversar sobre outra coisa.
- sobre o que?
- sobre o motivo de você estar tão deprimido – ao ouvir aquelas palavras
Cory pareceu aterrorizado e não conseguiu esconder em sua expressão que ele não
queria falar sobre aquilo.
- deixa isso pra lá Kai – falou ele passando a mão entre os cabelos.
- por favor, Cory. Conversa comigo. Nós falamos sobre seu passado e
demos algumas risadas e agora vamos falar sobre o lado ruim disso tudo. Quero
saber o motivo de você ter tentado se matar. Não estou falando da gota que fez
seu copo transbordar. Estou falando da primeira gota que caiu em seu copo.
- eu não posso – falou Cory respirando fundo e enchendo os olhos de
lágrimas.
- por quê?
- porque se você souber o motivo vai embora… e não posso te perder –
falou ele levando a mão até meu braço e me acariciando – por favor. Não me faça
te perder.
- mas eu já sei sobre seu filho.
- o motivo vai além da morte do Peter – falou ele respirando fundo.
- me conta Cory. Eu prometo que não vou embora. Pode me contar. Desabafa
comigo.
- não faça isso comigo Kai – falou ele passando a mão nos olhos
limpando-os e deixando as lágrimas escorrerem.
- para de bobeira – falei me ajoelhando e me aproximando limpei as
lágrimas de suas bochechas – pode falar Cory, por favor – voltei a me sentar,
mas dessa vez em cima das minhas pernas e Cory olhou para mim com aquela
expressão triste que nunca tinha visto antes – confia em mim.
- ok – falou ele respirando fundo – o que você sabe sobre a morte do
Peter?
- tudo o que sei é que ele foi atropelado por um homem que estava bêbado
e que não cumpriu pena. Foi o que li na sua ficha.
- isso é mentira – falou Cory. Não foi um homem que atropelou Peter.
Eles colocaram isso no sistema porque foram adolescentes bêbados que mataram
Peter e como eles eram menores o juiz que os julgou os considerou menores
infratores e além de dar penas leves manteve todo o caso sob sigilo.
- isso é sério?
- sim – falou Cory suspirando e lambendo os lábios sentiu o gosto de
suas próprias lágrimas – foram quatro adolescentes idiotas voltando de uma
festa. Estavam bêbados e não tinham licença para dirigir.
- puxa Cory… sinto muito – falei segurando na mão dele e trazendo a
minha boca dei um beijo – deve ser horrível saber que eles estão impunes.
- eu os perdoei – falou Cory chorando. Aquelas palavras me
surpreenderam.
- o que?
- sim – falou ele chorando e passando a mão nos olhos – eu os perdoei,
mas foi tarde demais. O que eu não consigo é me perdoar pelo o que eu fiz.
- do que você está falando? – soltei a mão de Cory na mesma hora e senti
um frio na barriga ao ouvir aquelas palavras.
Cory continuava chorando atrás de mim na cama e eu estava de costas para
ele; Estava sentado com o celular dele na mão lendo uma noticia do The New York
Times. Ele não me deu nenhuma explicação e eu não sei bem como ele se encaixava
naquilo tudo, mas ler aquelas palavras me fez ter um arrepio na espinha.
‘Culto de palhaços ataca novamente’
O culto
de palhaços fez mais vítimas nessa noite. O corpo de 4 adolescentes foram
encontrados esquartejados aos redores do Parque da Disney em Orlando na Flórida.
Os nomes das vítimas foram confirmadas pela policia local: Terry Holt, Martha
Drake, Bobby Baldwin e Sharon Boyd. Os adolescentes estavam de viagem á Orlando
em uma excursão chamada ‘Viagem a Colmeia’. Orlando acabou se tornando um ponto
turístico atraindo fãs de assassinos e crimes famosos depois de ser palco de
inúmeras mortes de um culto que vem sendo comparado aos crimes praticados pela Família
Manson: culto famoso liderado pelo assassino em série Charles Manson. Famoso
por assassinar a atriz Sharon Tate grávida de oito meses que foi esfaqueada na
barriga dezenas de vezes.
Não conseguia acreditar naquilo. Claro que eu me lembro da época em que
viralizou um monte de vídeos no Youtube de palhaços aparecendo em todos os
lugares e eu me lembro dos crimes desse culto maluco em Orlando, mas eu não
posso acreditar que Cory tenha matado e esquartejado aqueles quatro
adolescentes e tenha feito parecer que foi aquele culto. Levantei-me da cama e
olhei para Cory que estava com os olhos vermelhos.
- você fez isso? – perguntei a ele.
- Eu sinto tanto… - falou ele chorando – acabei com a vida daqueles
quatro jovens por nada. O meu erro foi não ter aprendido a perdoar e quando o
fiz foi tarde demais.
- não é tarde Cory – falei jogando o celular na cama e indo até ele
fiquei de joelhos segurando seu rosto ente minhas mãos – é hora de se perdoar.
Não é tarde de mais – falei respirando ansioso e sentindo as lágrimas
escorrerem de meu rosto. Cory pareceu surpreso ao ouvir aquelas palavras de mim
– você precisa se perdoar antes que você também se torne mais uma vítima dessa
tragédia.
- como eu faço isso? – falou ele olhando para mim.
- não sei. Apenas faça – passei a palma da mão em seus olhos limpando
meus olhos e depois fiz o mesmo comigo – agora para de chorar, okay?
- você não se importa? Não me odeia? Não me acha um monstro? – perguntou
Cory me vendo levantar da cama.
- não Cory – falei me ajeitando e olhando para ele – as pessoas que me
sequestraram naquela noite e arrancaram os órgãos do meu amigo para venderem
são monstros. Você era só um pai de luto pelo filho.
- e os pais dos quatro adolescentes que eu matei? – perguntou Cory se
levantando – O que acontece com eles?
- não sei. É nessas horas que eu gosto de pensar que Deus existe. Vamos
orar para eles aprendam a perdoar antes que seja tarde demais – falei me
aproximando de Cory e dando um abraço nele. Apertei forte Cory e dessa vez foi
ele que afundou o rosto em meu pescoço e terminou de chorar enquanto eu afagava
seus cabelos.
- você não é convencido, sabia? – falou Cory ainda abraçado comigo.
- o que? – perguntei confuso.
- sobre a conclusão que você tirou a história – falou ele olhando para
mim com aquela cara manhosa – eu não gosto de você. Estou apaixonado.
Perdidamente.
- fofo – falei sentindo a respiração dele em meu rosto e passando meus
dedos entre seus cabelos eu sorri para ele. Cory é peludinho e sentir seu corpo
tão perto do meu de certa forma me fez perceber que nós nunca tínhamos nos
beijado. Não de verdade. O máximo que nossos lábios tinham se encontrado foi
naquela vez durante o churrasco de boas vindas onde eu dei um selinho a contra
gosto e com muita raiva – você continua convencido – falei soltando-o.
- onde você vai? – perguntou Cory.
- te pegar uma cerveja. Você merece.
- obrigado – falou Cory se deitando.
Desci as escadas para ir até a cozinha pegar uma cerveja e pensei no que
Cory tinha feito pelo filho. De certa forma sabia o que ele sentia. Ele era um
homem melhor do que eu. Ele estava arrependido. Algo que eu não estava. Abri a
geladeira e me lembrei daquele dia no necrotério quando fui reconhecer o corpo
do meu amigo Willie. O frio que veio até mim era o mesmo que senti naquele dia.
Lembro também de nunca esquecer o carro que o homem dirigia naquele dia que
levou Willie na porta da escola. Willie era só um órfão e não demorou para que
o seu estupro e assassinato caísse no esquecimento e quando isso aconteceu o
homem se sentiu confortável para voltar e procurar sua próxima vítima.
Lembro-me exatamente do dia em que o homem voltou a porta da minha
escola meses depois de todos esquecerem Willie. Ele tentou levar outro aluno da
mesma forma que fez com o Willie, mas eu o impedi e na verdade me ofereci.
Disse que precisava de uma carona. Só tinha treze anos na época. Contei onde
morava e o homem pareceu gostar de saber que era só outro órfão sem família e
não hesitou em desviar do caminho. Ohio
tem vários pântanos e foi pra lá que fui levado. Ele estacionou o carro longe e
nós tivemos que continuar o caminho a pé. Vi de longe a velha cabana e no caminho
vi um monte de crocodilos que pareciam não se importar conosco. O homem jogava
carcaças de animais mortos para distraí-los até que chegássemos em segurança na
cabana.
Quando entramos percebi que o local era tão feio quanto o dono. Cheio de
tralhas, com um velho televisor e latas de cerveja espalhadas por todo o chão. Ele
me fez sentir a vontade e quando me sentei naquele sofá velho ele sorriu e me
mostrou os dentes amarelos e saiu da cabana provavelmente para mijar. Olhei em
volta e vi naquele lugar o único lugar organizado daquela velha cabana: uma
parede. Foi lá que vi o boné que Willie usava naquele dia que desapareceu.
Estava pendurado junto com outras dezenas de coisas. Coisas de todas as
crianças que aquele homem guardou.
Lembro-me de me levantar e pegar uma faca que ele tinha deixado em cima
do velho criado mudo ao lado do sofá. Coitado. Como eu fui uma presa fácil ele
não imaginou que o cordeirinho que ele tinha levado para casa seria justamente
o lobo que ele tanto temia. Quando o homem voltou com sua roupa rasgada, cheiro
de bebida, suor e sua barba por fazer eu sorri com a faca escondida atrás de
mim. Ele se sentou do meu lado no sofá e me puxou para junto dele me fazendo um
carinho. Era disso que ele gostava: Da minha inocência. Era isso que ele
pretendia tirar de mim, mas foi isso que a minha faca tirou dele.
Admito que me assustei ao ver o sangue escorrendo de sua boca quando
enfiei a faca em sua barriga. Levantei-me com a faca na mão e o sangue escorreu
em meus dedos. O homem começou a gemer engasgando com o próprio sangue eu me
aproximei e enfiei a faca em seu pescoço usando toda a minha força e dessa vez
deixei a faca lá. Olhando para trás vi que o sol ia se por logo então precisava
ir embora já que teria um longo caminho até conseguir uma carona até a
civilização. Antes de ir fui até a parede de troféus e peguei o boné de Willie
e coloquei na minha cabeça. O boné de Willie (que foi o meu primeiro acúmulo)
está até hoje comigo e é a única lembrança que tenho do meu primeiro e único
amigo daquela época. Peguei o balde cheio de carcaças de animais podres e
joguei na porta da cabana para atrair os crocodilos até lá. Tenho certeza que
eles se deliciaram com corpo daquele homem nojento
Ao fechar a porta da geladeira com a cerveja de Cory na mão eu respirei
fundo tentando sentir aquilo que Cory sentia: arrependimento. Sentimento de
perdão, mas não conseguia e isso só faz com que eu o admire mais ainda. Subi as
escadas e ao chegar Cory estava novamente escorado na cabeceira da cama
assistindo ao filme.
- olha só quem parou de chorar – falei fechando a porta do quarto e
entregando a cerveja a ele.
- você não sabe como eu estou me sentindo leve – falou Cory sorrindo
para mim e pegando a cerveja.
- é sério? – perguntei me sentando ao lado dele na cama.
- sim – falou ele tomando um gole da cerveja – estou me sentindo mais
leve sabe… feliz por ter contado para alguém.
- fico feliz por você – falei olhando para ele – de verdade.
- o que a gente faz agora? – perguntou ele olhando para mim.
- não sei. Você tem alguma ideia? – perguntei olhando para ele.
- tenho.
- sério?
- sim – falou ele pegando o celular – quando eu namorava aquele carinha
de Washington a gente costumava jogar ‘Verdade ou Desafio’ usando um aplicativo
pago de celular. Se você quiser a gente pode jogar. Só nós dois.
- não sei não Cory… - falei respirando fundo.
- toma um gole e aproveita – falou ele me entregando a cerveja e eu
tomei um gole e observei enquanto ele fazia o download do aplicativo. Eu
mentiria se dissesse que não estava com tesão. Admito que antes de tomar o meu
gole ‘passei a língua na garrafa tentando sentir o gosto da sua boca. Eu podia
simplesmente beijá-lo, deitá-lo na cama, beijar todo aquele corpo, passar a
língua por aquele peito peludo e tê-lo para mim a noite toda, mas eu queria que
significasse algo não fosse apenas uma noite qualquer.
- prontinho – falou Cory me mostrando o celular – olha só – falou ele
mostrando – existe vários baralhos dentro do jogo e alguns deles são picantes.
- ótimo. A gente vai jogar o infantil – falei selecionando.
- não Kai. Por favor – falou Pegando de volta o celular – vamos jogar o b
baralho picante.
- não Cory – falei pegando o celular de volta – vamos jogar esse baralho
chamado ‘Universitários Loucos’.
- não! – falou Cory pegando de volta o celular – eu já dei uma olhada
nesse baralho e só tem perguntas e consequências idiotas – falou ele olhando
sério para mim – porque você está agindo assim? Porque não pode simplesmente se
deixar levar?
- olha Cory – falei entregando a cerveja de volta pra ele – eu não
queria te dizer isso pra você não ficar convencido, mas eu também estou
apaixonado por você – Cory pareceu surpreso a ouvir aquelas palavras.
- sério? – perguntou ele tomando outro gole da cerveja.
- claro – falei fazendo carinho em suas pernas – se a ente jogar esse
baralho picante chamado ‘Terra das Putas’ a gente vai acabar tranzando a noite
toda e eu nunca me senti assim por ninguém. Nunca me senti tão apaixonado por
uma pessoa da mesma forma que estou por você. Quero que a nossa primeira vez
signifique algo. Não precisa ser algo grande, mas eu preciso de um sinal, sabe.
Não precisa ser um jantar ou uma ocasião especial, pode ser beeeeem pequeninho,
sabe – fiz o gesto com dois dedos mostrando – mas eu preciso de algo. Okay?
Você acha que pode esperar até que eu tenha esse sinal?
- acho que sim – falou ele olhando para o celular procurando outra coisa
– tem esse baralho chamado ‘Apenas Casais’. É um baralho menos picante e feito
para casais se provocarem. Será que podemos jogar com esse pelo menos?
- pode ser – falei respirando fundo e me ajeitando.
- okay – falou Cory colocando o celular entre nós dois.
- mas antes… – falei tirando o celular e colocando de lado – você está
querendo me levar pra cama e a gente nem deu um beijo decente ainda.
- é verdade – falou Cory com um meio sorriso.
- eu preciso admitir que sua boca é um pedaço de mal caminho – falei de
joelhos me aproximando de Cory e então me sentei bem pertinho sentindo Cory tocar
meu rosto e me abraçando junto dele.
- acha que eu não sei? Vi o jeito que chupou a garrafa de cerveja antes
de tomar um gole?
- seu idiota! – falei empurrando ele com vergonha – eu não chupei a
garrafa.
- se faz aquilo com um objeto de vidro fico imaginando o que vai fazer
comigo – falou Cory rindo e me dando um selinho. Ele me deixou chupar sua
língua e eu fechei os olhos e o fiz com vontade sentindo sua barba por fazer
entre meus dedos.
- hoje à noite você vai só imaginar – falei rindo e retribuindo o deixei
sugar minha língua e quando o fez ele a sugou faminto me fazendo melar a cueca
de tanto tesão. Após terminar ele lambeu meus lábios e nem meu chance de fazer
algo e foi logo me puxando e tirando o meu fôlego.
Não houve mais palavras por vários minutos porque Cory me abraçou forte
junto a ele e nossas línguas se tocavam hora em sua boca hora na minha. Pela primeira vez gostei da brutalidade Cory.
Ele apertou minha nádega esquerda com a mão e eu afundei meus dedos em seus
cabelos com vontade de repreendê-lo, mas me faltou coragem. O sabor de sua boca
era tão gostoso e eu estava melado por finalmente estar sentindo o gosto da sua
boca. Como um cara tão babaca e idiota pode ser ao mesmo tempo tão gostoso e
irresistível? Acho que tenho uma queda por canalhas.
Cory parou o beijo e começou a me dar selinhos e nós dois começamos a
rir enquanto nos enchíamos de selinhos. Foi então que bruto ele puxou meus
cabelos me fazendo olhar para o alto e deu um beijo no meu pescoço.
- o que acha? – perguntou Cory?
- vamos nos beijar só mais um pouquinho. Sua boca é gostosa demais –
falei me deitando na cama – vem aqui – falei segurando em seu forte braço
puxando-o. Cory deitou-se de lado e jogou seu corpo em cima do meu. Nós
voltamos nos beijar e agora podia acariciar seu peito sentindo os pelos do meu
ursão bruto e irresistível por entre meus dedos
- você é todo gostosinho – falou Cory enfiando a mão dentro a minha
camisa e subindo ele deu um beijo no meu peito. Ele deu dois selinhos e passou
a língua.
- para seu porra – deu risada sentindo cócegas.
- tira a camisa Kai. Anda logo!
- tá bom – falei tirando a camisa e jogando no chão – está bom pra você?
- está sim – falou ele sorrindo – agora tira o resto da roupa e eu tiro
a minha.
- boa tentativa – falei fazendo carinho na bochecha dele e dando um
selinho em sua boca – podemos jogar agora meu gostoso?
- olha só você? – falou Cory com um sorriso – todo carinhoso comigo.
- claro. Você é meu marido – falei rindo.
- é verdade – falou Cory rindo e saindo de cima de mim ele se deitou ao
meu lado – é bom você tocar nesse assunto porque já que sou o seu marido eu
gostaria de te pedir uma coisa.
- o que?
- eu gostaria que você não conversasse mais com o Bruce – falou ele
sério.
- eu sabia – falei me sentando na cama – era questão de tempo até a
gente chegar nesse assunto.
- por favor, Kai. A gente se declarou um para o outro – Cory ficou de pé
com os braços cruzados – Se você gosta de mim o suficiente para querer uma
primeira vez especial comigo isso significa que gosta o bastante para dispensar
o Bruce. Afinal como você mesmo disse foi só uma tranza.
- okay, okay – falei respirando fundo – eu prometo que vou terminar tudo
com o Bruce. Será que podemos jogar agora?
- obrigado – falou Cory se sentando e pegando a cerveja ele deu um gole
e então se inclinou de deu um beijo no meu rosto. Estávamos sentados de frente
um para o outro e Cory colocou o celular no meio de nós dois.
- e então… quem começa?
- eu – falou Cory ansioso.
- verdade ou desafio?
- desafio! – falou Cory esfregando as duas mãos ansioso.
- porque eu perguntei? – falei rindo e apertando no botão ‘desafio’.
- e então? – perguntou Cory ansioso – o que eu tirei?
- acho que você foi com sede demais ao pote… - falei rindo.
- diz logo Kai! – Cory estava ansioso.
- tire uma foto da parte mais sexy do seu corpo e mande para o meu
celular!
- me dá isso aqui! – falou Cory pegando o celular da minha mão começando
a apertar o botão ‘desafio’ escolhendo o que ele queria.
- para com isso Cory! Não Vale – falei indo pra cima dele.
- você tem o dedo podre Kai! Deixa que eu aperto – falou ele apertando o
botão um monte de vezes tentando me impedir de pegar o celular da mão dele. –
pronto! Esse daqui – falou ele me entregando o celular. É só ler que eu faço.
- seu sem graça – falei olhando pro celular – ‘Faça um chupão em um
lugar que ninguém consiga ver?’ nem pensar!
- é o jogo Kai! – falou Cory rindo.
- você é trapaceiro.
- caras bonzinhos sempre terminam em último – falou ele pensativo – onde
será que posso deixar uma marca que ninguém verá. Justamente hoje? Um dia antes
de sermos convidados para uma festa na piscina onde você vai tomar banho só de
sunga…
- boa tentativa Cory. Você não vai deixar um chupão na minha bunda. Eu tenho
calção de banho.
- e você acha que vou deixar um chupão na sua perna? É broxante! – falou
ele rindo.
- já sei – falei me virando de costas – deixa um chupão no meu pescoço
mesmo. As meninas vão adorar ver que estamos nos dando bem afinal se não fosse
por elas nós não estaríamos aqui e agora.
- okay – falou Cory vindo por trás de mim na cama e me abraçando ele
começou a beijar meu pescoço ele passou os braços por trás de mim ele começou a
deixar a sua marca logo abaixo da minha nuca. Comecei a acaricias sua perna que
infelizmente estava coberta pela calça do pijama. Começou a ficar dolorido e Cory
parou e passou a língua e começou a dar beijou – já já para de doer.
- tá bom – falei me virando e dando um selinho na boca dele. Me virei de
frente para Cory e ele pegou o celular.
- sua vez! – falou Cory com o celular na mão – desafio ou desafio?
- o que? – perguntei rindo.
- são as regras. Eu não te disse? Desculpa – falou ele coçando a cabeça –
Essa versão que eu jogo é diferente. Toda vez que alguém escolhe ‘desafio’ a próxima
pessoa tem que perguntar ‘Desafio ou Desafio’ ao invés de ‘Verdade ou Desafio’.
- mas que porra? dessa forma vai ser desafio ou desafio ou desafio até o
fim! – falei empurrando ele – seu idiota – peguei o travesseiro e joguei na
cara dele.
- para de agressão e responde logo – falou Cory tentado manter a
seriedade
- desafio! – falei rindo.
- ‘Geme como se estivesse gozando… durante 15 segundos’.
- tem certeza que essa é a versão menos picante do jogo?
- tenho – falou ele com um sorriso no jogo – pode começar.
- você se acha esperto né? – falei me ajeitando – tive uma ideia.
- qual?
Cory estava sentado no centro da cama e eu fiquei de pé na cama e Cory olhou
para mim de baixo. Eu me ajoelhei por cima de Cory e ele se ajeitou me sentindo
sentar em seu colo. Ele ficou bob ao me ver fazer aquilo. Já que era pra gemer
por 15 segundos achei que seria legal fazer todo o teatro.
- segura em minha cintura – coloquei as mãos de Cory em minha cintura e
agora eu sentia a respiração dele bem próxima ao meu rosto. Em seguida eu levei
minhas mãos ao seu rosto e comecei a me movimentar como se Cory estivesse me
comendo – começa a contar o tempo.
- okay – falou Cory fechando os olhos enquanto eu o beijava. Movimentava
meu corpo lentamente enquanto nos beijávamos com calma. Comecei a gemer e levei
minha mão esquerda para trás e cravei as unhas na perna dele e comecei a gemer.
Cory estava de boca aberta sentindo minha respiração enquanto eu gemia – que delicia!
Haaaaa! – comecei a aumentar velocidade com que me movimentava e levei as duas
mãos para trás e continuei a me movimentar, mas dessa vez rebolando. Cory segurava
em minha cintura e me observava com cara de bobo – isso! Que delicia! Você é tão
grande! – falei mordendo a bochecha dele e gemendo mais alto ainda – deu 15
segundos – falou Cory.
- ótimo – falei parando e saindo de cima de Cory já me deitei na cama e
me virei de lado – chega de jogos. Estou com sono. Cory ficou lá na mesma posição
olhando para mim e engoliu em seco.
- porra Kai, você me deixou de pau duro! – Cory levou a mão até o meio
das pernas e apertou sem saber o que fazer.
- azar o seu! – falei me virando para ele e batendo a mão na cama – vem dormir
– é quase quatro horas da manhã. Precisamos dormir para ir a festa da piscina.
- você fez isso porque eu trapaceei no jogo, não foi? – perguntou Cory rindo.
- sim. pense duas vezes antes de trapacear comigo – falei rindo.
Cory se levantou e foi até o guarda roupas e jogou o cobertor por cima
de mim. Em seguida ele veio até a cama e se deitou ao meu lado. Ele olhou para
mim e ficou me encarando por alguns segundos.
- foi golpe baixo – falou Cory rindo.
- se serve de consolo: quando eu disse ‘você é grande’ foi quando eu
percebi que você começou a ficar duro.
- quer deitar juntinho comigo? – perguntou ele passando a mão no peito.
- quero – falei me aproximando. Cory passou o braço por mim e eu me
aconcheguei a ele e deitando a cabeça em seu ombro repousei a mão em seu peito
e o acariciei respirando fundo.
- acho que pela primeira vez em muito tempo eu vou ter uma boa noite de
sono, sabia?
- eu também – falei fechando os olhos e entrelaçando minhas pernas com
as dele – boa noite brutamontes.
- boa noite empregadinha – falou Cory rindo.
- quer saber? Vou dormir no meu quarto – fiz menção de me levantar, mas Cory
me segurou junto dele e começou a rir afundando o rosto nos meus cabelos.
- desculpa, só estou brincando.
- depois de tudo o que passamos esse é o apelido que você conseguiu
criar pra mim meu bruto irresistível? – dei um beijo no peito dele e o
acariciei.
- não sou muito bom em apelidos, mas depois de hoje acho que posso te
chamar de meu Kairubim?
- pelo amor de deus, me chama de Kai.
- o que foi? É uma mistura de Kai e querubim.
- me chama de empregadinha que é menos humilhante. Olha aqui – falei levantando
a cabeça – Se você me chamar de Kairubim na frente dos vizinhos eu me divorcio
de você.
- tudo bem – falou ele rindo e acariciando meu braço. Fechei os olhos e
ouvi o coração de Cory batendo e junto a sincronia de sua respiração – Kai…
- o que é? – falei arrastado com sono.
- nós resolvemos quase tudo e a noite foi perfeita, mas você não me
explicou porque você tem a mania de limpar as coisas compulsivamente.
- não é nada de mais – falei ainda de olhos fechados – Quando eu tinha
treze anos e fui tirado dos meus pais e fui pro lar adotivo e você já sabe
disso. Uma das nossas gestoras era muito carrasca e quando nós fazíamos bagunça
ou não arrumávamos os nossos quartos nós ficávamos sem jantar.
- então você limpava tudo certinho pra não ficar sem comer? – perguntou Cory.
- não seu bobo – falei rindo – as crianças menores nunca limpavam os
quartos afinal crianças de 5 e 6 anos só querem saber de brincar e sendo assim
elas sempre dormiam sem jantar. Elas dormiam com fome e chorando então toda
noite eu sempre roubava algo da cozinha e dava pra elas comerem. Claro que eu
sempre fazia isso de madrugada depois que todos iam dormir, mas uma noite eu
fui pego por essa ‘gestora malvada’ e como punição eu fui colocado em um
banheiro interditado e fui obrigado a passar a noite lá. Um banheiro todo sujo que
fedia a fezes. A privada estava toda entupida e estava cheio da baratas, larvas
e ratos mortos. Claro que as outras gestoras não sabiam que essa bruxa fazia
isso conosco então esse banheiro ficava no lugar mais isolado da casa onde
quase ninguém ia e por isso havia a pouca preocupação para dar um jeito nesse
banheiro em questão.
- nossa… - falou Cory – quem faz isso com crianças?
- sabe qual é a pior parte? – perguntei sentindo as lágrimas escorrendo
no peito de Cory.
- qual? – perguntou ele percebendo e passando os dedos nos meus olhos.
– ela resolveu ter um enfarte enquanto dormia naquela noite. Como ninguém
sabia que eu estava lá só me encontraram cinco dias depois quando o Faz-Tudo
apareceu para consertar a privada.
- como você sobreviveu? – perguntou Cory surpreso e chocado.
- você não vai querer saber – falei chorando. Cory me abraçou forte me
consolando. Queria que ele não tivesse feito àquela pergunta. Foi à única coisa
que eu tentei evitar a noite toda e ele me pegou desprevenido.
- eu te amo – falou Cory limpando meu rosto e me dando um beijo sentindo
o gosto de minhas lágrimas – eu posso não ter um apelido fofo pra você, mas eu
tenho muito amor pra te dar, okay?
- tá bom – falei soluçando tentando engolir o choro – eu preciso desse
amor.
- é por isso que você foi feito pra mim e eu fui feito pra você – falou Cory
me dando outro beijo me fazendo carinho. Foi aconchegado nos braços daquele
canalha carinhoso, recebendo seus carinhos sentindo sua respiração em meu rosto que eu chorei até dormir.
Pessoal espero que tenham gostado desse capítulo porque eu gostei muito de escrevê-lo. Não esqueçam de comentar e reagir, pois me anima a continuar a postar mais e mais para vocês :) Um grande abraço a todos e até o próximo capítulo.
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Amei muito! Acho que o Bruce esconde alguma coisa. Não deixa esses 2 sofretem, por favor!
ResponderExcluirPrometooo <3
ExcluirOwnnntt, tirando as partes ruins, eu achei super fofa essa conversa deles...
ResponderExcluirValeu Dan :) Feliz que gostou :))
Excluirmeu deus, finalmente os dois esclareceram tudo e jogaram limpo.
ResponderExcluirquero ver agora como essa conversa vai afetar o futuro da relação deles.
e o Cory há tempos com esse aplicativo conseguindo tudo o que quer... última vez foi um threesome maravilhoso.
adoro que o Kai é afrontoso e deixa ele querendo... mas confesso que já to doido pra transa dos dois.
Obrigado Charlie. Senti falta do seu comentário. A transa ta chegando rrsrrs
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