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CAPITULO 30
Tínhamos chegado finalmente em 23 semanas e esperávamos o resultado do
exame de DNA. Jay e eu tínhamos comprado uma nova casa mesmo sem saber se
teríamos 1 bebê ou dois no mesmo condomínio em que eu morava. A única coisa que
faltava era comprar as coisas para o novo quarto do bebê.
O bebê já chutava e a barriga de Lara estava enorme já que ela carregava
duas pessoinhas dentro dela. Eu estava no quarto dos bebês que tínhamos pintado
de lilás já que não sabíamos o sexo do bebê.
- o que você está fazendo? – perguntou Jay.
- não sei – falei olhando para a janela do quarto vendo que já era
noite.
- eu fico imaginando se teremos 1 ou 2 bebês dormindo nesse quarto.
- eu também. – falei olhando para o quarto vazio esperando as coisas
serem apenas compradas.
- vamos nos deitar, amanhã vamos acabar com essa aflição.
No dia seguinte na parte da tarde todos novamente voltamos até a clínica
para ver Dra. Maddison.
- boa tarde – disse ela nos acompanhado até sua sala.
- então doutora temos os resultados dos exames? – perguntei.
- sim – falou ela sorrindo. – eu fiz o exames de DNA e o primeiro feto a
nascer que é o garotinho é filho de Jay.
- graças! – falou Jay me dando um selinho. – vamos ter um garotinho.
- e o outro bebê? – perguntei.
- bom o outro bebê tem 3 semanas de diferença e é do sexo feminino os
exames confirmaram que o pai da garotinha é você Jack.
- obrigado doutora – falei me levantando e dando um abraço nela – você
não sabe o quão feliz eu estou.
- fico feliz por vocês. – ela disse isso e eu e Jay nos abraçamos e nos
sentamos outra vez.
- ainda bem – falou meu pai – não estou pronto pra ser pai outra vez.
Dr. Scott entrou na sala.
- boa tarde – falou ele nos cumprimentando. – eu só queria dizer a vocês
que eu serei o responsável assim que os bebês nascerem, só quero que fiquem
tranquilos porque seus filhos vão estar em boas mãos.
- obrigado – falou Jay. – nós podemos ir? – perguntou Jay.
Neste momento a Dr. Jessye psicóloga entrou na sala.
- vocês podem ficar só mais um pouco? – falou Maddison – eu gostaria que
vocês conversassem com a nossa psicóloga.
- o que? porque? – perguntou Jay.
- eu fiquei sabendo da situação de vocês – falou Jessye colocando para
trás da orelha seus cabelos encaracolados.
- situação? – perguntei.
- eu decidi falar com nossa psicóloga sobre a situação de vocês, sobre
Jack. – falou Maddison.
- e a confidencialidade de paciente-médico? – falou Jay.
- me perdoem, mas nós somos uma clínica cooperativa e partilhamos
informações entre os médicos da clínica quando julgamos necessário e no momento
eu gostaria que vocês dois falassem com nossa psicóloga.
- não, obrigado – falou Jay se levantando.
- por favor – falou Jessye – eu sei que tudo está confuso, devido ao que
vocês estão passando.
- não tem nada de confuso – falou Jay – Jack vamos embora.
Nós saímos da sala e Lara e meu pai vieram atrás. Durante todo o caminho
de volta Jay não disse nenhuma palavra, assim que chegamos em casa Marisol
apareceu.
- olá Jack – falou ela me dando um abraço antes mesmo que abrirmos a
porta.
Jay saiu do carro e não respondeu Marisol quando ela o cumprimentou.
- me perdoe – falei – Jay está um pouco nervoso.
- tudo bem com o resultado dos exames?
- os dois bebês são nossos – falei sorrindo.
- Jack, estou tão feliz – falou ela abraçando de novo.
- vocês já decidiram os nomes.
- Jay e eu concordamos que cada um vai escolher o nome de um bebê. Eu
vou escolher o do menino.
- já escolheu? – perguntou Marisol.
Eu olhei para trás e logo olhei para Marisol cochichando no ouvido dela.
- muito bonito.
- onde está Sky?
- ele está em seu curso de música.
- ele toca que instrumento?
- piano.
- como eu não sabia disso?
- ele acha que toca mal.
- quero ouvir qualquer dia desses.
De repente ouvimos algo quebrando dentro de casa.
- é melhor você entrar – falou Marisol.
- eu falo com você mais tarde – falei me despedindo e entrando.
Eu entrei pela porta e procurei a cozinha e ví Jay pegando algo no chão.
- você está bem Jay?
- estou sim – falou ele pegando cacos de vidro e colocando em uma
lixeira na cozinha. A casa era enorme a cozinha tinha janelas panorâmicas que
tinha vista para uma piscina. A cozinha era bem iluminada graças essas janelas
enormes. Na verdade a casa era toda iluminada diferente da do meu pai que era
feita toda de madeira nós compramos em outra parte do condomínio onde havia
casas maiores e um pouco mais caras, mas tínhamos que gastar um pouco mais para
dar o melhor para nossos filhos.
- você não está bem Jay, você está nervoso desde que a médica nos
ofereceu apoio psicológico.
Ele se escorou no balcão da cozinha e cruzou os braços.
- sabe porque eu estou com raiva?
- não – respondi.
- porque até hoje eu não tinha me dado conta de que você está indo
embora, nós estávamos indo bem sem precisar pensar em você partindo. Aquela
médica agora me disse que “estou passando por uma situação difícil”. É claro
que é difícil o amor da minha vida vai morrer.
- Jay... – falei abaixando a cabeça.
Ele limpou os olhos vermelhos e continuou se apoiando na mesa. Eu tive
impressão de que se ele se movesse ele caísse. Eu fui andando até ele e o
abracei.
- eu não sei o que dizer Jay, você tem o direito... não não... o dever
de ficar triste como se fosse o fim do mundo porque se você não ficar assim
agora você ficará com ódio dos nossos filhos pois eles serão a lembrança mais
próxima de mim. Eu não quero que eles tenham um pai que não superou a morte do
outro pai e acabe caindo em depressão abandonando os filhos.
Eu fechei os olhos abraçando ele.
- Jay não precisa se preocupar comigo Jay, eu aceitei minha morte e
agora você não precisa se preocupar comigo você precisa se preocupar com nossos
filhos.
Ele me deu um beijo no rosto e me abraçou forte.
- acho que vou aceitar o acompanhamento psicológico da dra. Jessye.
- obrigado. – falei abraçando ele.
- agora nós podemos comprar as coisas dos nossos bebês.
- ainda bem que compramos uma casa grande.
- temos que decorar o quarto e colocar os nomes deles na parede e nos
berços. – falou Jay – qual o nome que você escolheu?
- não vou te contar Jay, para de tentar arrancar de mim. – falei dando
um beijo no rosto dele e limpando os olhos que agora já não choravam. – e você
escolheu? Qual o nome da nossa garotinha?
- quer saber? Não vou te falar. Vou escolher o nome mais feio do mundo e
você só vai ficar sabendo depois de registrado.
- você vai registrar nossa filha com um nome horrível apenas por uma
brincadeira? Vou ter que viver um pouco para poder mudar o nome dela na justiça
enquanto nos divorciamos – falei rindo deitando a cabeça no seu ombro sentindo
seu perfume.
- por favor – falou Jay me dando um beijo na boca – se isso for fazer
você viver mais.
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