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CAPITULO 31
Havia se passado quatro dias que descobrimos que teríamos gêmeos, meu
aniversário era daqui a dois dias, e também nesse dia fazia 23 anos que minha
mãe tinha falecido ao me dar a luz. 14 de novembro 1990 foi um dia que marcou
minha vida de tantas maneiras. A morte da minha mãe e o dia em que Kenny abusou
de mim. Na verdade eu não tinha motivos para comemorar essa data tão sombria.
Era uma segunda feira de manhã depois que acordamos e tomamos café da
manhã eu e Jay nos levantamos para fazer uma caminhada juntos até a casa do meu
pai que era longe. Levamos 30 minutos para chegar a pé.
- bom dia – falei entrando e dando um abraço no meu pai.
- caminhada tão cedo? – perguntou meu pai.
- sim – calei me impedindo de dizer que tinha que aproveitar o tempo.
- bom dia – falou Lara com sua barriga enorme.
- bom dia – como você está Lara?
- ótima – falou ela sorrindo se sentando na poltrona – vocês vieram
conversar mais um pouco com os gêmeos?
- sim - falou Jay vindo da cozinha.
Eu me ajoelhei e coloquei a orelha na barriga dela e fiquei ouvindo os
bebês.
- bom dia bebê 1, bom dia bebê 2 – falei para eles.
- vocês ainda não escolheram os nomes? – perguntou Lara
- sim, mas nós combinamos de dizer apenas no dia do nascimento e pra
variar cada um escolheu o nome de um bebê e não contou pro outro.
- Jack deixe eu te contar a história de como eu e sua mãe escolhemos seu
nome...
- você queria me chamar de Benson e minha mãe Zack e você juntou os dois
nomes e criou Jackson. – falei interrompendo ele tentando sentir o bebê chutar.
- isso mesmo – falou meu pai – mas Jack... como você sabe? Eu nunca te
contei essa história.
Eu olhei pra ele e fiquei pensando.
- não sei pai... eu apenas sei.
Jay se ajoelhou ao meu lado.
- olá bebês aquí quem fala é o papai legal.
- muito engraçado – falei olhando pra Jay e dando um leve empurrão – e
aquí quem fala é o pai que vai impedir vocês de se chamarem João e Maria.
- eu nunca disse que chamaria eles disso. – falou Jay.
- tem certeza? – falei olhando pra ele.
-ok, eu disse isso uma vez.
Eu olhei pra barriga e dei um beijo
- de nada.
Eu me levantei e fui até a cozinha pegar um copo de água.
- nós compramos as coisas do bebê, vocês tem que irem lá em casa ver.
- nós vamos, eu prometo – falou meu pai.
- onde está Jake? – perguntei
- ele ainda está dormindo.
- faz tempo que eu não o vejo. – comentei. – hoje mais tarde talvez eu
venha o ver.
Depois de algum tempo conversando nós resolvemos ir embora. Nós
estávamos quase chegando em casa quando ví dois homens conversando em frente a
casa ao lado da nossa.
- quem é aquele homem? – falei parando um pouco pra descansar.
- qual deles?
- aquele alto que está fumando.
- ele é nosso vizinho – falou Jay – o nome dele é Ted,
- Ted? Igual o urso Ted?
- sim. – falou Jay
- bem que ele poderia ser meu ursinho Ted. – pensei na minha cabeça.
- você nunca o tinha visto? – perguntou Jay.
- não – respondi – ele mora sozinho?
- não, ele mora com a esposa e um filho pequeno, ele nós deu ás boas
vindas no dia da mudança, você não estava aquí.
Eu fiquei olhando pra ele e ví que ele era um rapaz muito simpático,
alto, cabelos pretos, usava cavanhaque e tinha tatuagens pelos braços.
- bonito ele não? – falou Jay enquanto demos o primeiro passo para
chegar em casa.
- sabia que nem tinha reparado.
- sério? – perguntou Jay – Se ele quisesse eu pegava – falou Jay.
- muito bonito senhor Rodriguez.
- brincadeira – falou Jay quando passamos em frente a eles. – se um dia
você quiser experimentar o sexo com outra pessoa que não seja eu, fica
tranquilo eu não me importo.
- só porque estou morrendo eu ganho um passe livre? – falei sorrindo.
- foi mal – falou Jay.
- bom dia – falou Ted apagando o cigarro e acenando.
- bom dia – respondemos.
Ele veio até a gente e nos cumprimentou.
- Ted esse aquí é o Jack meu parceiro.
- tudo bem? – falou ele apertando minha mão dando um sorriso.
- tudo. – respondi.
- seja bem vindo a vizinhança.
- obrigado – respondi.
Logo depois nós entramos em casa eu lavei a minha mão. Quase não se
percebia que eu tinha TOC, o melhor tratamento do mundo era o amor. Depois do
almoço Jay saiu para trabalhar.
- te vejo a noite – falou ele me dando um beijo na porta.
Assim que ele entrou no carro e saiu eu olhei para o lado antes de
fechar a porta e Ted estava molhando algumas plantas no jardim e me viu dando
um sorriso e acenando com a cabeça.
- boa tarde – falou ele.
- boa tarde – respondi dando um sorriso e fechando a porta.
Eu decidi não assistir TV e fiquei sentado em uma cadeira de balanço que
tinha na frente de casa. De lá eu ví Ted se despedindo da esposa e do filho e
entrando no carro. Depois de algum tempo a esposa também saiu com o carro e o
bebê atrás.
Por volta dás 15h30min eu resolvi entrar em casa e parar de vigiar os
vizinhos. Eu tomei um banho e resolvi arrumar algumas coisas no quarto do bebê
que tinha ficado fora do lugar.
Depois que acabei me deitei para dormir um pouco eu andava muito cansado
nos últimos dias e um pouco enjoado também.
Eu acordei assustado na cama. eu estava suado. Eu olhei para o relógio e
já era 17:00. Eu tomei outro banho e desci ás escadas e fui até a cozinha comer
algo. Depois de mais ou menos 30 minutos eu fui até a TV assistir a um filme e
fui interrompido pela campainha.
Eu abri a porta e era Ted.
- olá – falou ele.
- olá – respondi.
- não queria incomodar, mas minha mulher saiu e eu esqueci minhas chaves
então estou preso do lado de fora de casa, será que eu poderia esperar por ela?
- porque você não arromba a porta?
- você não conhece minha esposa, ela me mataria – falou ele.
Eu tinha ficado meio receoso de deixar as pessoas entrarem dentro de
minha casa depois do ataque de Amy.
- não tem problema se você não se sentir confortável com isso.
Eu fiquei pensando em tudo e decidi que por fim deixaria ele entrar.
- tudo bem – falei forçando um sorriso.
Eu abri a porta e ele entrou.
- aceita algo? água? Ou algo de comer?
- não obrigado.
Ele entrou e se sentou. Ele usava uma camiseta preta que tampava boa
parte de suas tatuagens.
- então – falou ele – está gostando daqui?
- sim – respondi me sentando em uma poltrona – meu pai mora nesse
condomínio então já estou acostumado, mas confesso que nunca tinha vindo até
essa parte.
- esse lugar é enorme tem partes que também não fui até hoje.
- verdade – respondi.
Nós assistimos o filme com Ted saindo algumas vezes para fumar. Quando o
relógio marcou 18:30 ele se levantou e foi até de fora para ver se a esposa
tinha chegado.
- ela chegou? – perguntei quando ele voltou.
- ainda não, eu liguei pra ela e ela disse que já está voltando e chega
daqui uns 30 minutos.
- tudo bem, não se preocupa – respondi tentando ser gentil.
- será que eu posso tomar água? – perguntou ele.
- claro – falei me levantando – eu pego pra você.
Ele foi até a cozinha e se sentou em um banco alto que tinha na cozinha
ficando apoiado apenas em uma perna.
Eu peguei o copo e enchi de água entregando pra ele.
Ele tomou a água e me entregou o copo e eu fui até a pia e lavei o copo
secando e colocando ele no armário.
- nossa, você é bem organizado – comentou ele.
- sim, me desculpa se te ofendi lavando o copo na hora é que eu tenho
certa mania por limpeza.
- não me senti ofendido não, queria que minha esposa tivesse mania por
limpeza. Geralmente é o homem que bagunça a casa no meu caso é ela.
Eu me aproximei do balcão e escorei.
- acho que Jay aproveita que eu tenho mania por limpeza e suja essa
casa, o banheiro o quarto, eu fico só limpando.
- puxa quer dizer então que você não faz nada sujo?
Eu me aproximei dele e fiquei entre as pernas dele e nós ficamos com o
rosto na mesma altura.
- depende – falei chegando o rosto perto do dele e demos um beijo.
- é? – falou ele – e o Jay não vai se importar?
- não. – falei dando outro beijo na boca dele. Seu cavanhaque me
arranhava me deixando com mais tesão do que eu já estava.
Eu alisava a nuca dele e ele apertava minha bunda me apertando com ele.
- delicia – falou ele apalpando minha bunda forte.
Ele se levantou da cadeira e foi até o sofá da sala se deitando. Ele
levantei sua camisa deixando sua barriga e peitos a mostra.
Eu me ajoelhei no sofá e lambi o peito dele alisando sua barriga. Eu
chupava o peito dele e fui descendo com minha língua desenhando em sua barriga.
Eu colo que a mão no volume que se formou em seu shorts cinza e apalpei.
- gostoso – falei dando um beijo na boca dele e devi abrindo o zíper da
bermuda e tirando o pau dele pra fora. Eu chupei a cabecinha e lambi o corpo do
pau até a ponta e enfiei tudo na boca. ele apertava minha cabeça contra sua
rola que enfiava até minha garganta.
Ele então se levantou e ficou com o pau pra fora da braguilha.
Nós nos beijamos enquanto eu tirei minha camisa ficando apenas de
bermuda e cueca.
- tira sua camisa – falei pra ele.
- ele tirou a camisa e nos abraçamos nos beijando.
Eu alisei os braços dele e resolvi olhar suas tatuagens. Entre tantas
tatuagens uma me chamou a atenção. Ele tinha uma suástica no braço.
Eu fique olhando a tatuagem e olhei pra ele.
- o que foi? – perguntou ele – o viado não quer mais minha rola?
Quando ele disse isso eu me virei e tentei correr, mas ele me derrubou
no chão.
- estou cheio de vocês bichinhas corrompendo o mundo.
- me solta – gritei e ele deitou em cima de mim e tapou minha boca com
suas mãos.
- Shhh – cala a boca sua aberração, você devia se ajoelhar para adorar
ao senhor. Você acha mesmo que deus te ama? – falou ele me virando de barriga
pra cima.
Eu tentei lutar e ele deu um soco na minha cara me desmaiando por alguns
segundos.
Ele tirou minhas bermuda e cueca e tirou a roupa dele também. Quando
acordei ele tinha levantando minhas pernas e enfiado o pênis na minha bunda.
Ele me fodia e dava tapas na minha cara. eu sentia gosto de sangue na boca e
senti sangue em minha mão. Sangue que tinha saído do meu ânus.
- por favor – falei sem conseguir gritar. Da cintura pra baixo eu sentia
tudo doer, um ardor que só piorava a medida que ele me estuprava.
- ele tirou o pau da minha bunda e veio por cima de mim. Eu fiquei com o
pescoço entre suas pernas. Ele começou a se masturbar. Seu pênis estava sujo de
sangue e ele gozou na minha cara.
- você não gosta de rola? – falou ele batendo o pau na minha cara.
Eu não respirava direito e sua goza entrava na minha boca e nariz.
- calma que eu vou acabar com seu sofrimento – falou ele se levantando e
indo até a cozinha.
Eu fiquei deitado sem conseguir me mexer.
- vou acabar com seu sofrimento, vocês sempre dizem que nasceram assim,
então já que querem tanto ser mulheres vou fazer um favor a você.
Ele estava com uma faca na mão ele pegou meu pênis e saco e esticou com
suas mãos.
- não, por favor – falei aterrorizado.
Ele colocou a faca e começou a cortar.
Eu gritei alto e não consegui distinguir a dor que estava sentindo, era
incomparável. Ele então levantou o meu pênis cortado e me mostrou jogando no
chão ao meu lado. Uma poça de sangue se formava abaixo de mim. Isso foi a
última coisa que ví antes de desmaiar.
- Jack! – gritou uma voz.
Eu abri um pouco meus olhos vendo meio embaçado Jay na porta de casa
correndo até mim e escorregando na poça de sangue que se formou perto de mim.
- não morra – falou Jay segurando minha cabeça em suas pernas.
Foi a última coisa que eu ví antes de desmaiar.
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