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PRÍNCIPE IMPOSSÍVEL capítulo trinta e um
orque ele
teve que morrer? Tudo aconteceu tão rápido. Em um instante estávamos na cama
fazendo amor e no outro ele estava caído no chão. Sem vida. Foi como se o
universo estivesse pregando uma peça em mim. Parece que ele só tinha deixado
Gray viver para que eu tivesse alguns poucos momentos com ele e depois ele foi
novamente tirado dos meus braços. Todos em volta usavam ternos pretos e todos
pareciam bem tristes. Meus olhos estavam inchados e eu não conseguia mais
chorar porque não tinha mais lágrimas.
A vida parece um presente. Parece um jogo divertido, mas isso só é
verdade que até que nós nos apaixonamos. A partir desse momento a sua vida não
é mais só sua. Não estou falando de namorados e nem de sexo, estou falando de
paixão, de amor. Aquele amor que te faz sentir uma dor forte no estômago.
Aquela paixão que te deixa acordado. é como se duas pessoas usufruíssem de um
corpo só. A dor que um sente o outro também sente dentro de si.
Se eu soubesse que Gray iria embora
tão cedo eu gostaria de não ter conhecido ele porque agora tudo o que sinto é
uma dor dentro de mim. Nossa primeira noite juntos foi perfeita, mas foi única.
Nunca mais vou poder cocá-lo ou sentir sua respiração em mim. Ele teve uma
recuperação tão rápida do coma. Não imaginei que ele fosse ir de dez a zero tão
rápido quanto.
- você está bem? – perguntou Eve próxima de mim. Eu não saia de perto do
caixão dele.
- estou bem – falei olhando para ela – um pouco cansado, mas estou bem.
- o que aconteceu? – perguntou Eve curiosa – como ele morreu?
Olhei para Gray e vi a serenidade em seu rosto. As pessoas dizem que
quando um ente querido morre ele parece estar dormindo, mas isso é mentira. Eu
dormi muitas vezes ao lado de Gray e não se parece nada com ele dormindo.
- eu tive que atirar nele – falei olhando para Eve – na cabeça.
- sei que foi difícil, mas foi a coisa certa a se fazer – falou Eve
tocando meu ombro.
A mão gelada de Eve me fez despertar. Estava suado e meu coração batia
rápido. Abri os olhos e o quarto estava escuro. Por alguns instantes achei que
estava sozinho e foi quando apalpe a cama a minha frente e não encontrei Gray.
Por alguns instantes eu lembrei do pesadelo e tive medo. Continuei apalpando o
lençol, mas não encontrei Gray e foi quando senti ele se mover atrás de mim.
Ele me envolvia em seus braços – Ufa! – pensei comigo mesmo. Foi só um
pesadelo.
Gray estava abraçado comigo de conchinha. Sentia seu corpo quente
esquentando o meu. Ambos estávamos de cueca e tínhamos feito amor pela primeira
vez a poucas horas. O relógio na cabeceira marcava pouco mais das três da
manhã. A respiração de Gray em minha nuca fez eu me acalmar. Eu ainda estava
tremendo pelo pesadelo, senti um arrepio percorrer meu corpo ao me lembrar do
que tinha sonhado.
Minha boca estava seca e precisava de um copo de água. Deslizei pelos
braços de Gray e me sentei na cama. Acendi a luz do abajur e olhei para trás.
Gray dormia profundamente. É péssimo sonhar que uma pessoa que você ama morreu.
Levei minha mão até os cabelos grisalhos de Gray e alisei-os de leve para que
ele não acordasse.
Fui até a cozinha e peguei um copo de água. Tinha tanta sede que bebi
quase três copos inteiros. Joguei o restante do terceiro copo dentro da pia e
em seguida o lavei colocando no escorredor. Voltei até o quarto e fui até o
banheiro. Coloquei me em frente a privada e mijei. Minha bexiga estava cheia.
Lavei minhas mãos e voltei até a cama e me sentei. Estava gelado e Gray tinha
chutado o cobertor para o lado. Era apenas ele de cueca branca deitado na cama.
Desliguei a luz do abajur, joguei o cobertor em cima de Gray e me deitei
ao lado dele puxando o cobertor até mim. Me cobri até a cintura e por alguns
instantes me vi sem sono. Porque isso acontecia tanto comigo? Se tinha uma
coisa que odiava era a insônia. Os únicos momentos de paz que tinha na vida
aconteciam quando eu estava dormindo.
- sem sono? – perguntou Gray me assustando. A voz dele era quase um
cochicho. Gray virou-se de lado e colocou a mão em minha barriga se aproximando
de mim. A respiração dele pairou em meu ombro quebrando o frio. A barba dele me
fez cócegas.
- sim – falei olhando para o lado.
- algum problema? – perguntou ele dando um selinho no meu ombro.
- não… nem sei porque perdi o sono. Geralmente eu perco o sono quando
fico pensando demais na vida. No passado ou no futuro.
- você está pensando nisso agora?
- na verdade eu tive um pesadelo. Talvez seja por isso.
- com o que sonhou?
- com você – falei dando uma pausa – você tinha morrido no sonho… foi eu
quem te matei.
- eu estou aqui do seu lado bem vivo.
- eu sei – falei acariciando o rosto dele com minha mão esquerda.
- sabe o que te faz ter muito sono?
- o que? – perguntei para Gray.
- sexo.
- aparentemente não funciona já que estou acordado ás três da manhã.
- essa é a melhor parte – falou Gray dando outro selinho no meu ombro.
- qual?
- sexo de madrugada – falou Gray subindo em cima de mim colocando seu
corpo em cima do meu.
- mas nós já fizemos sexo – falei sentindo os lábios de Gray beijando
meu pescoço.
- e dai? – Gray deu um selinho em meus lábios.
- OK – falei abraçando Gray. Mesmo no escuro conseguíamos ver o brilho
nos olhos um do outro. Um pequeno feixe de luz passava pela janela. Mesmo
durante a noite Los Angeles era uma cidade bem iluminada.
- te amo sabia? – falou Gray dando um selinho em meus lábios.
- eu sei, eu sei – falei sentindo novamente os lábios dele junto dos
meus. Seu beijo era quente e seu corpo trazia o mesmo calor. Passei os dedos
carinhosamente por suas costas sentindo o cobertor que ainda cobria nossos
corpos.
- tira sua cueca pra mim – falou Gray com os lábios na minha orelha.
Usei minhas mãos para tirar minha cueca. Vagarosamente deslizei a cueca
pelas minhas pernas até que a tirei por completo e joguei ela chão. Gray deu um
selinho na minha orelha e passou a língua quente umedecendo-a.
Gray beiju meu pescoço e passou a língua traiçoeira em minha orelha me
deixando arrepiado. Sentia seu cheiro em meu nariz enquanto ele me explorava
com sua língua.
- agora a minha – falou Gray pressionando seu corpo contra o meu. Seu
membro me tocou ainda coberto pela cueca. Levei minhas mãos até a cintura de
Gray e tirei a cueca até onde consegui. Gray se apoiou com uma mão na cama e
tirou a cueca por completo jogando-a no chão junto com a minha. Enquanto ele
tirava a cueca eu apalpei seu membro com minha mão esquerda e deslizei minha
mão vagarosamente sentindo-o quente, volumoso e melado entre meus dedos.
- está duro de novo! – falei surpreso apesar de já ter sentindo em mim
que ele estava excitado.
- você parece surpreso – falou Gray com um meio sorriso no rosto.
- só um pouco – falei envolvendo a mão na cabeça do seu membro. Estava
melada. Tirei a mão e deslizei pela cintura dele até suas costas.
- você também está duro – falou Gray pressionando o corpo dele para
baixo fazendo nossos membros se tocarem.
Ele balançou a cintura de um lado para o outro fazendo nossos paus se
tocarem e roçarem um no outro. Gray levou a mão direita até meu rosto e o virou
de lado. Em seguida senti ele lambendo meu rosto de baixo até em cima. Ele deu
um selinho no meu rosto e virou novamente usando sua mão deu um selinho na minha boca.
- sabe eu nunca imaginei que você tivesse um membro tão grande – falei
dando um selinho na boca de Gray.
- Eu te machuquei noite passada?
- não. pelo contrário – falei rindo – nunca imaginei que se pudesse ter
prazer anal. Sempre achei que fosse mito.
- quando o homem sabe o que você prazer é a única coisa que vai sentir –
falou Gray dando uma mordidinha no meu queixo – e para sua sorte você tem a mim
– falou ele dando um beijo no meu pescoço – você é o primeiro homem que eu
fico, mas eu fiz minha pesquisa – falou Gray rindo – quando comecei a te
namorar eu passei horas e horas na internet lendo sobre o sexo entre homens.
- você fez isso?
- claro. Quando você me disse que é virgem… era virgem – falou ele com
um meio sorriso – eu achei que devia te dar a melhor experiência o possível
então eu li bastante. Fiz bastante pesquisa.
- não sabia que tinha se esforçando tanto só para que eu tivesse uma
primeira vez maravilhosa.
- tudo pelo meu amor – falou Gray começando a me beijar. Um beijo
apaixonado e molhado.
Abri as pernas e abracei Gray em cima de mim. Sentia cada centímetro do
seu corpo junto ao meu. Deslizei minhas mãos pelas costas de Gray e senti duas
nádegas peludas. Deslizei os dedos entre os cabelos e senti Gray abrir as
pernas um pouco. Com isso minhas pernas se levantaram um pouco e ele pode
posicionar seu membro na entrada do meu ânus. Senti ele deslizando seu membro
para dentro de mim e eu gemi baixinho enquanto ele pressionava sua barriga no
meu membro que também estava duro.
Gray segurou no membro e colocou ele na entrada do meu ânus e esfregou
de leve melecando com seu líquido pré-ejaculatório usando-o para lubrificar a
sua entrada.
- te amo – falou Gray rebolando vagarosamente enquanto seu membro
entrava em mim timidamente abrindo novamente caminho para dentro de mim.
- também te amo – falei aproximando minha boca da dele. Nossas língua
dançavam um tango ardente. Hora dentro da minha boca, hora dentro da boca dele
– Haaa! – gemi sentindo Gray enfiar seu membro para dentro de mim. Deslizou
vagarosamente.
Abracei Gray e senti ele repousar seu corpo em cima do meu. Ele
descansou a cabeça em meu ombro e começou a se movimentar. Seu quadril dançava
para frente e para trás fazendo com que seu membro deslizasse para dentro e
para fora de mim. Fechei os olhos e mergulhei meus dedos em seus cabelos e
senti o êxtase dentro de mim enquanto o ardor me preenchia. Percebi que o
sentimento era mutuo porque Gray gemia baixinho em meus ouvidos. A respiração
dele estava ofegante como a minha.
- isso! – falou Gray se apoiando com os cotovelos segurando meu rosto
entre duas mãos. Ele colocou seu nariz junto ao meu enquanto sua respiração
ofegante preenchia minha boca. Ele me deflorava novamente.
Seus movimentos era regulares e ele movimentava vagarosamente
aproveitando cada segundo enquanto eu aproveitava cada centímetro.
Carinhosamente Gray levantou seu corpo e
eu pude segurar meu membro. Comecei a me masturbar sentindo ele se deliciando
em meu corpo e é claro enquanto eu me deliciava no seu.
Deslizava minha mão vagarosamente por meu membro com a mão esquerda
enquanto segurava firme no braço esquerdo de Gray. Deslizei a minha mãos por
seu braço deslizando meus dedos pela tatuagem que ele tinha. Um corvo em preto
e cinza. Gemia cada vez mais alto tentando me controlar sentindo o corpo dele
tocar tão profundamente meu. Por alguns
segundos Gray manteve seu membro enfiado bem fundo em mim.
- caralho! – exclamou Gray respirando fundo. Pude sentir seu membro de contrair
dentro de mim mais uma vez depositado todo seu néctar dentro de mim. Ao
perceber que ele tinha gozado deslizei a mão mais rapidamente por meu membro
que estava melado. Gray continuava ofegante e me observou gozar. Meu ânus se
contraiu em seu pau abraçando-o forte quando gozei. O meu esperma caiu quente
em minha barriga e em meu peito. Não disse nenhuma palavra e apenas gozei
ofegante como se tivesse corrido uma maratona.
Gray se inclinou até o chão e pegou uma das cuecas Não sei se foi a
minha ou a dele e ele a usou para limpar minha barriga e em seguida ele fez o
mesmo com seu membro. Sem coragem e forças para se levantar ele simplesmente
jogou novamente a cueca no chão e caiu deitado ao meu lado.
Me virei de lado e Gray me abraçou por trás. Novamente senti seu corpo
juntinho do meu e aquilo me deu sono. Bocejei e meus olhos lacrimejaram de
sono.
- será que vai conseguir dormir agora? – perguntou ele tocando minha
nuca com seu queixo. A barba pinicou e me fez cócegas.
- acho que sim – falei fechando os olhos sentindo o sono chegar enquanto
Gray colocava sua perna entre as minhas me mantendo o mais perto o possível
dele. Envolto em seus braços senti que não precisava ter medo de dormir então
apenas fechei os olhos.
Mais uma vez adormeci, mas dessa vez não fui assombrado por meus
pesadelos. Ao invés disso tive um sonho sem sentido ao qual eu nem me lembrava.
Pouco a pouco fui recuperando a consciência. Fui recuperando os sentidos e
senti a cama logo abaixo de mim e o cobertor logo acima. Abri os olhos devagar
e vi que o relógio que uma vez marcou três horas da manhã agora marcava pouco
mais das dez e meia da manhã.
Meu corpo estava relaxado, mas eu estava sozinho na cama. Virei meu
corpo para olhar e vi que não tinha ninguém atrás de mim foi quando a porta do
quarto se abriu.
- que droga – falou Gray caminhando até a cama com uma bandeja de café
da manhã – você é um estraga prazer sabia?
- o que é isso? – perguntei limpando meus olhos me sentando na cama
- eu queria te acordar com o café da manhã na cama, mas você acordou
primeiro – falou Gray colocando a bandeja na minha frente. Ele se sentou na
beirada da cama.
- obrigado e desculpa por ter acordado – falei vendo um copo com suco de
laranja e uma salada de frutas.
- não tem problema – falou Gray se inclinando para um beijo. Dois
selinhos e em seguida senti a língua dele vagarosamente entrar em minha boca
enquanto o beijo se prolongava. Um beijo apaixonante que me fez ficar sem
folego.
- você tirou a barba? – perguntei finalizando o beijo chupando a língua
dele.
- espero que não se importe.
- não. fica mais bonito assim – falei alisando o rosto dele – fica mais
parecido com o homem ao qual eu me apaixonei. Foi por esse rostinho que eu
fiquei caidinho. Alisei o rosto dele e ao olhar para baixo percebi que ele
tinha aparado os cabelos do peito e da barriga.
Gray deu um sorriso e pegou um pedaço de morando e levou até a boca
dele. Ele mordeu o morango e aproximou o rosto do meu e eu mordi o morango nos
lábios dele e em seguida nós demos um selinho.
- está gosto? – perguntou Gray mastigando.
- uma delicia – falei pegando o garfo e levando um pedaço de mamão até
minha boca.
- são frutas frescas. Comprei hoje na feira de alimentos orgânicos. Não
tem conservantes e nem agrotóxicos.
- está tudo uma delicia – falei tomando um gole do suco olhando para a
mão de Gray. Ele percebeu que eu olhava e fez o mesmo.
- ela te incomoda? – perguntou Gray olhando para a aliança no dedo.
- só um pouco – falei respirando fundo – porque você ainda usa ela?
- só um hábito – falou ele olhando para a mão e virando ela de um lado
para o outro.
- quando você estava em coma a Morgan disse que você não tinha tirado a
aliança porque não tinha superado ela e que você ainda achava que vocês
voltariam. Isso é verdade?
- no começo sim, mas no fim das contas eu percebi que não tinha chance
de nós voltarmos porque eu não queria – falou Gray tirando a aliança.
- não precisa tirar se não quiser.
- preciso sim – falou Gray se levantando e indo até o guarda-roupas. Ele
abriu umas das gavetas que usava para guardar suas meias e tirou de lá uma
caixinha.
- o que é isso?
- eu comprei pouco antes do incidente – falou Gray voltando a se sentar
na cama – são anéis de compromisso – falou ele abrindo-a e me mostrando duas
alianças prateadas – quando nós inteiramos um mês de namoro eu vi que nós
éramos sérios e eu decidi compra-las para oficializar – falou ele com um meio
sirrso – falou ele pegando umas das alianças e me entregando.
Peguei uma das alianças e vi que tinha algo gravado nelas.
- você escreveu nossos nomes?
- não – falou Gray pegando a outra aliança.
- “Príncipe” – falei lendo o que estava escrito na minha aliança –
príncipe? – perguntei curioso para Gray – o que significa isso?
- é do que você me chama – falou Gray envergonhado – você me disse pouco
depois que começamos a namorar que eu era seu ‘príncipe encantado’.
- e é mesmo – falei olhando curioso para a aliança dele – o que está
escrito na sua?
- “Impossível” – falou Gray me mostrando.
- o que significa isso?
- Depois que me separei de Morgan eu achei que eu fosse me apaixonar
outra vez e quando eu comecei a ter sentimentos por você eu achei que seria
impossível que você me amasse da mesma forma.
- então significa a possibilidade de você me amar de novo?
- não – falou Gray rindo.
- então o que é?
- “Impossível” remete a sua teimosia. Você é teimoso e as vezes toma
decisões duvidosas com resultados desastrosos, mas é isso que fez eu me
apaixonar por você e é seu modo impossível de ser que me faz continuar te
amando.
- então você me perdoa por ter prescrevido a receita pra mim mesmo? –
perguntei me sentindo mal olhando para baixo envergonhado.
- perdoo sim – falou Gray levando a mão até meu rosto levantando-o –
Olhe sempre para frente. Você cometeu um erro, supere e siga em frente.
- eu sei é que eu estou muito envergonhado, se o farmacêutico tivesse
percebi a fraude você podia ter sua licença caçada por causa disso. Tudo pelo o
que você batalhou a vida toda podia ter se perdido no vento por minha causa.
- esquece isso – falou Gray aproximando o rosto do meu dando um selinho
na minha boca – você vale muito mais do que minha carreira. Eu ficaria puto se
eu perdesse minha licença? Sim, mas eu ficaria mais puto ainda se perdesse
você. Como nenhuma das duas coisas aconteceu não tem razão para ficarmos
pensando nisso.
- OK – falei tentando me animar.
Gray pegou a aliança escrito “Príncipe” e em seguida pegou minha mão
direita e colocou a aliança no meu dedo anular. Gray pegou a outra aliança e
colocou no dedo anular da mão direita dele.
- um dia nós vamos substituir essas alianças de compromisso por alianças
de noivado – falou Gray segurando minha mão direita entre suas duas mãos.
- eu não te mereço sabia?
- merece sim – falou Gray aproximando seu rosto para um beijo – cada
centímetro de mim.
Nós demos um selinho demorado e em seguida Gray pegou o garfo e nós
tomamos café da manhã juntos. Ele dividia as frutas então nós dois enquanto
dávamos gole do suco que ele tinha feito.
- eu gostei muito da sua técnica para dormir – falei mordendo um pedaço
de maça – funcionou bem até demais afinal dormi até quase onze horas.
- vai acontecer sempre – falou Gray comendo o último pedaço de fruta que
tinha na vasilha de porcelana – você fez sexo pela primeira vez agora e vai
acordar sempre no meio da noite querendo tranzar.
- posso te fazer uma pergunta?
- pode – falou Gray.
- eu achei que nós íamos usar preservativo sabe… já que era nossa
primeira vez.
- nós podemos usar se você quiser, mas não precisamos. Nosso
relacionamento está em um nível muito grande confiança. Amanhã eu vou pegar um
pouco do nosso sangue para fazer alguns exames só para confirmar que estamos
realmente limpos e faremos exames periodicamente por segurança. Eu sei que
estou limpo afinal Scott fez todo tipo de exames em mim e eu fiz exame de
sangue em você quando você foi roubado por Hugo lembra?
- OK.
- Mas se você se sentir mais confortável eu posso usar camisinha.
- Não precisa. Eu confio em você. Eu gosto de estar nesse nível de
confiança.
- ótimo – falou Gray dando um selinho na minha boca e pegando a bandeja
e indo até a cozinha.
Levantei-me da cama e depois de pegar uma toalha limpa fui até o
banheiro e tomei um longo banho. Estava bem descansado e sentindo a água cair
em meu corpo eu dei um sorriso. Nem acreditava em quão feliz estava. Olhei para
minha mão e vi novamente o anel prateado sem acreditar que estava mesmo
acontecendo. Como uma pessoa que veio de uma família disfuncional o meu maior
medo foi nunca fazer parte de uma família de verdade e agora eu tinha Gray que
queria construir uma vida comigo.
Depois de tomar meu banho e vestir uma roupa bem confortável fui até a
sala. Gray estava na cozinha de pé próximo ao balcão.
- o que está fazendo?
- encontrei esse livro – falou ele mostrando um livro de culinário –
estou aqui procurando algo para fazer para nós almoçarmos.
- antes de continuar eu preciso de contar uma coisa – falei indo até o
armário da sala pegando a garrafa de bebida de The Last Drop que Hugo tinha
roubado de mim.
- o que é? – perguntou Gray curioso.
- essa é a garrafa de bebida que Hugo… Roger!! Preciso parar de chamar
ele de Hugo – falei respirando fundo – enfim… essa é a garrafa que Roger roubou
de mim.
- se ele roubou como você a tem?
- ele deixou na minha porta com um bilhete.
- ele esteve aqui?
- sim, mas eu não o vi. Quando eu acordei eu vi essa embalagem na
portado meu apartamento e tinha a garrafa com um bilhete de Roger.
- o que ele dizia no bilhete?
- ele basicamente me ameaçou de morte.
- OK – falou Gray pensativo. Por alguns instantes ele olhou para o nada
e seus olhos azuis brilhavam enquanto ele pensava em algo – você vai vir morar
comigo.
- o que? – perguntei confuso.
- você realmente acha que vou te deixar morar aqui depois de disso?
- mas você mora comigo.
- e quando eu estiver no hospital? E se eu fizer plantão a noite? Não
vou deixar você aqui sozinho. Se ele deixou esse bilhete e a garrafa na sua
porta ele quis te assustar. Ele quis te mostrar que pode entrar e sair desse
prédio a hora que bem entender.
- eu sei – falei pensativo.
- você vai vir morar comigo.
- e o que eu faço com esse apartamento?
- ele não faz mais parte de você Griffin. É o seu passado. Muita coisa
ruim aconteceu aqui.
- me responde uma coisa.
- sim?
- quando você e Morgan se separaram quem foi que saiu de casa?
- ela – respondeu Gray rindo. Ele sabia onde eu queria chegar.
- então você mora na casa que viveu com sua ex esposa por onze anos e
agora quer que eu me mude para lá? Sem chance.
- vamos fazer um trato?
- qual?
- Eu vendo minha casa, você vende seu apartamento e nós compramos uma
casa juntos. O que acha?
- combinado – falei pegando a garrafa e guardando ela no armário.
- você vai mesmo beber dessa garrafa mesmo depois dele ter ficado com
ela por todos esses meses?
- claro. Ela continua lacrada, a caixa não foi violada e a pessoa que me
deu essa garrafa disse que eu devia abri-la e beber com meu marido na minha lua
de mel no dia do meu casamento então vai se acostumando com a ideia porque você
vai beber dela também – falei colocando novamente a bebida no armário fechando
a porta transparente.
Gray voltou seu olhar ao livro e eu me sentei no sofá. Não tinha
acabado. Tinha mais uma coisa que precisava contar a ele.
- eu preciso te contar outra coisa Gray.
- o que é dessa vez? – perguntou Gray voltando sua atenção até mim.
- lembra daquele ex namorado que encontrei no aeroporto?
- sei. Aquele que eu disse que se você o visse nós iriamos a policia?
- eu o vi.
- amanhã cedo nós vamos a delegacia.
- não podemos Gray.
- porque não?
- porque ele está namorando a Eve.
- a Eve?
- sim. A Eve.
- mas ele não é gay?
- sim e ela acha que ele é outra pessoa. Ela acha que ele se chama
George e é claro que ela nem sabe que eu o conheço.
- isso não nos impede de ir a delegacia.
- Ele insistiu que eu o ajudasse a pegar Roger.
- você prometeu que não faria isso.
- eu sei. Eu também prometi a ele que o ajudaria, mas eu Não ligo para
as promessas que eu fiz a ele e sim a promessa que fiz a você e é por isso que
estou te contando.
- quer saber? Vamos marcar um jantar nós três. Convide esse cara para um
jantar.
- tem certeza? Ele pode parecer inofensivo, mas é um homem
desequilibrado. Estamos falando de quarenta e seis milhões. Ele mataria por
esse dinheiro.
- nós só vamos conversar Griffin – falou Gray pegando algumas panelas no
armário e abrindo ao geladeira pegando algumas verduras e legumes – de homem
para homem. Ele precisa te deixar em paz e esquecer esse dinheiro.
- tudo bem. Amanhã mesmo eu vou ligar para ele e marco esse jantar o
quanto antes.
- e amanhã mesmo nós dois vamos anunciar nossos imóveis e essa semana
vamos começar a procurar por um lugar só nosso.
- tudo bem – falei me levantando do sofá para
ficar mais perto de Gray. Sentei-me próximo ao balcão e Gray voltou sua atenção
ao livro de receitas. Estava feliz por ele querer resolver esse assunto com
Phill. Não quero esse dinheiro de volta. Não preciso desse dinheiro. O meu bem
mais precioso está de pé bem da minha frente cozinhando para mim. Gray me deu
um meio sorriso e do outro lado do balcão se inclinando até mim e deu um
selinho nos meus lábios antes de voltar a cozinhar.Seguidores
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Acordei hoje e por hábito vim ao site ver se tinha atualizações. E que surpresa mais do que agradável! Capítulo muito bom, leve, apesar do início nebuloso. Ainda bem que era apenas um sonho, mas que resultou em um final "mágico". Rsrs'
ResponderExcluirBem vindo de volta, moço!
A.