hil não
tinha gostado nada da armação que Gray fez com ele, mas não há nada que ele
pudesse fazer quanto a isso. Admito que vê-lo ser arrastado para fora do
restaurante foi uma das melhores coisa que me aconteceu. Por muito tempo toda
aquela história com Phil e aquele dinheiro tinha me dado pesadelos e agora já
não tem importância. Gray tinha limpado meu nome. Fugi de Washington como um
ladrão e agora não precisava mais ter medo de todo o estranho que se aproximava
de mim porque no passado todo estranho parecia ser um assassino em potencial.
|
PEGASUS capítulo trinta e três
Ainda era cedo, mas o nosso jantar estava meio que cancelado devido a
tudo o que tinha acontecido.
- para onde nos vamos? – perguntei enquanto Gray dirigia através da rua
iluminada pelas luzes da cidade.
- onde você quer ir? Ainda precisamos comemorar nossos dois meses de
namoro – falou Gray sarcástico.
- você está curtindo com a minha cara né?
- só um pouco – falou Gray rindo.
- vamos pra casa. Só quero ir pra debaixo das cobertas e ficar junto de
você.
- só isso? – perguntou Gray.
- muitas coisas acontecem quanto estamos debaixo dos cobertores.
- pra minha sorte – falou Gray rindo.
Assim que chegamos ao nosso prédio Gray estacionou o carro e nós
caminhamos lentamente até o elevador. Assim que a porta do elevador se fechou
Gray me empurrou de leve pressionando meu corpo na parede do elevador e beijou
meu pescoço.
- te amo – falei sentindo ele passar a língua no meu pescoço de um lado
para o outro.
Gray pressionou seu corpo bem forte junto do meu e enfiou as mãos por
debaixo da minha camisa e tirou de dentro da calça social. Era gostoso sentir
suas mãos quentes especialmente quando a noite estava fria. Era como se suas
mãos fosse uma fogueira que me aquece quando estou perdido e sozinho. Seus
beijos me dão vida e seu toque me dão calor.
Quando a porta do elevador se abriu no nosso andar Gray me largou e nó
caminhamos pelo corredor tentando chegar a porta do meu apartamento, mas no
meio do caminho fomos surpreendidos por Oliver que abriu a porta do apartamento
assim que passamos em frente a ela.
- boa noite – falou Oliver com um sorriso.
- boa noite – Gray e eu respondemos e voltamos até ele.
- voltando de um jantar? – perguntou Oliver caminhando com um saco de
lixo até a lixeira de coleta. Ele jogou o saco e voltou até nós.
- bem… nós estamos voltando de um jantar, mas nós não comemos – falou
Gray.
- algo deu errado? – perguntou Oliver curioso.
- na verdade a culpa foi minha. Eu fiz as reservas, mas ao chegar lá não
tinha nada.
- uma pena – falou Oliver – vocês estavam comemorando algo?
- dois meses de namoro – falou Gray.
- parabéns – falou Oliver rindo.
- você também vai curtir comigo?
- não – falou ele rindo – eu posso fazer algo para vocês se quiserem. Eu
não quero me gabar, mas sou um ótimo cozinheiro.
- não queremos atrapalhar – falou Gray.
- não vão atrapalhar em nada. Faz um bom tempo que estamos tentando
marcar um jantar juntos.
- se não for atrapalhar – falou Gray.
- nenhum pouco – falou Oliver abrindo a porta por completo – sintam-se
em casa.
- obrigado – falei entrando ao lado de Gray.
- amor nós temos visitas – falou Oliver fechando a porta e Rachel
apareceu vindo do quarto.
- vocês? – falou Rachel sorrindo – a quanto tempo – falou ela vindo até
nós e dando um abraço em Gray e um abraço em mim.
- hoje eles saíram para jantar, mas o encontro não saiu muito bem então
eu os convidei para jantar conosco – falou Oliver indo até a cozinha.
- finalmente – falou Rachel sorridente – vocês querem beber alguma coisa
até o jantar ficar pronto?
- pode ser uma cerveja – falou Gray se sentando no sofá e eu me sentei
ao lado dele.
Rachel abriu quatro long neck e entregou uma para cada um e se sentou no
sofá ao meu lado tomando um gole da cerveja.
- alguma ocasião especial esse jantar?
- eles estão comemorando dois meses de namoro.
- isso é fofo – falou Rachel – os primeiros anos de namoro são os
melhores. Vai por mim. não estou dizendo que a vida de casados é ruim, mas pelo
menos eu sempre preferi o namoro.
- eu concordo – falou Gray – e não importa quantas vezes você se
relacione os primeiros meses são os melhores.
- eu já não posso dizer isso porque os meus relacionamentos passados são
terríveis – falei tomando um gole da minha cerveja.
- você nunca namorou sério? – perguntou Oliver da cozinha começando a
preparar algo no fogão.
- na verdade não. Já namorei, mas os namoros nunca duraram mais do que
algumas semanas.
- porque? – perguntou Rachel.
- sinceramente? Eu era virgem e os meus antigos namorados são queriam esperar
o momento certo.
- e você perdeu a virgindade com Gray?
- sim. Ele quis esperar.
- você tem quantos anos? – perguntou Oliver.
- vinte e três.
- nossa! – exclamou Oliver – nos dias que hoje eu não cheguei a conhecer
um homem que esperou tanto.
- você tinha vinte e três quando perdeu sua virgindade não foi? – perguntou
Rachel para Oliver.
- foi sim. Também tinha vinte e três, mas no passado era normal, mas
hoje em dia não. Qualquer garoto que tenha dezesseis anos que não tenha feito
sexo é motivo de chacota. Hoje em dia eles estão tirando o valor que a primeira
vez tem.
- eu era virgem quando me casei com Oliver – falou Rachel.
- é verdade – falou Oliver.
- eu tinha vinte e sete anos quando nos casamos. Sempre quis esperar
pelo homem certo e valeu a pena – falou Rachel rindo para Oliver que de longe
mandou um beijo para ela.
- eu também achei que valeu a pena esperar.
- e você Gray? Quando perdeu sua virgindade? – perguntou Oliver.
- eu tinha dezessete anos. Foi com uma namorada que tinha no colegial.
- você nunca tinha ficado com homem antes de Griffin? – perguntou
Rachel.
- não. ele foi meu primeiro. Nós perdemos nossa virgindade juntos.
- eu já disse a ele que não vale já que ele é bi – falei tomando outro
gole da minha cerveja.
- nós temos uma noticia ruim para dar a vocês.
- o que é? – perguntou Oliver.
- nós vamos nos mudar ainda esse mês.
- mentira. Não fala isso – falou Rachel.
- sim. Nós decidimos comprar uma casa para nós dois – falei segurando na
mão de Rachel tentando consolá-la
- nós vamos sentir falta de vocês.
- vocês podem nos visitar sempre que quiserem. Nós não estaremos a uma
porta de distância, mas a nossa porta estará sempre aberta para vocês.
- nem pensar – falou Rachel – fecha essa porta. Vocês não ouviram que
tem um estuprador em série aqui em Los Angeles?
- ficamos sabendo sim. Uma história horrível – falou Gray.
- é cada louco que aparece.
- pois é – falei confirmando.
- e os seus filhos? – perguntou Oliver – eles estão sabem sobre o seu
relacionamento?
- eles sabem que o pai deles está namorando o tio Griffin – falou Gray –
e eles não se importam. Eles são crianças e ainda não tem malicia e nem
preconceitos.
- eu não quero que o meu bebê cresça – falou Rachel – eu amo tanto ele.
Ele é tão fofinho – falou Rachel apontando para a babá eletrônica em cima da
mesa.
- essa é a melhor fase deles – falou Gray.
- você quer ter filhos Griff? – perguntou Oliver jogando óleo em uma
panela.
- não. meu deus, não – falei rindo.
- você não quer ter filhos? – perguntou Gray.
- não. Eu nunca quis ser pai. Não é um desejo que eu tenha. Porque? Você
quer ter mais filhos além dos que tem?
- não – falou Gray – é que é estranho conhecer alguém que não quer ter
filhos.
- sabe eu gosto de crianças, mas eu não tenho vontade de ser pai. Eu
fico feliz em ser apenas o tio Griffin.
- isso é bom porque eu quero fazer um pedido a vocês dois – falou Rachel
olhando para Oliver – em breve nós iremos batizar o Samuel e nós gostaria que
vocês fossem os padrinhos dele.
- o que vocês dizem? – perguntou Oliver.
- seria uma honra – falou Gray.
- com certeza – falei tomando um gole da cerveja.
Enquanto Oliver faia o jantar ada um tomou duas long neck. O papo estava com e conversa vai e conversa
vem Oliver acabou fazendo o jantar totalmente sozinho. Ele não aceitou ajuda.
Ele não mentiu quando nos convidou para o jantar. Ele era um cozinheiro de mão
cheia. Nunca comi um estrogonofe com cogumelos tão saboroso. Acompanhado de
vinho a refeição ficou mais saborosa ainda. Depois do jantar nós ficamos mais
um pouco e conversamos até por volta da meia noite que foi quando decidimos ir
embora. Agradecemos a hospitalidade e o maravilhoso jantar.
Quando voltamos ao nosso apartamento naquela noite Gray e eu fizemos
amor. Fizemos muito amor por várias horas na madrugada gelada. Para a sorte de
Gray ele só tinha plantão na parte da tarde. Minha entrevista era ás oito da
manhã, mas não me importava nenhum pouco de acordar cedo. Acordei pouco antes
das seis e meia da manhã. Nunca acordei em uma manhã tão gelada. Fui até a
janela do apartamento e olhei para fora. Estava nublado. Era estranho estar
nublado em Los Angeles que era um lugar tão ensolarado. Parecia até que ia
chover. Depois de tomar um banho e tomar o meu café da manhã fui até o quarto
me despedir de Gray antes de ir para a minha entrevista.
- Gray estou indo para minha entrevista – falei me inclinando até ele.
- quer que eu te leve? – perguntou ele ainda de olhos fechados.
- não precisa vou de taxi.
- tudo bem então. Boa sorte – falou Gray fazendo bico. Me abaixei um
pouco mais e dei um selinho na boca dele.
Ao sair do meu apartamento peguei um taxi e ao caminho da editora recebi
uma ligação. Faltava quarenta minutos para as oito horas. Na hora pensei que a
ligação era de Gray, mas quando peguei o telefone me surpreendi. Era Morgan.
- alô?
- bom dia Griffin.
- bom dia Morgan.
- onde você está Griffin?
- estou indo para um compromisso.
- por acaso esse compromisso é uma entrevista de emprego?
- sim, como você sabe?
- Gray comentou comigo ontem que você estaria fazendo uma entrevista de
emprego hoje cedo.
- pois é. Casei de ficar em casa se fazer nada. Agora que Gray voltou ao
trabalho e está melhor já é hora de eu também voltar.
- porque você não dá uma passada aqui antes de ir pra entrevista?
- na Pegasus?
- posso ir depois? Não dá tempo de ir agora.
- vou ser sincera com você Griffin. Eu sinto falta de você. Sinto falta
do meu amigo. Tantas coisas maravilhosas têm acontecido comigo nessas últimas
semanas e é pra você que eu quero contar então eu estou oficialmente cansada de
ficar com raiva de você por motivos que nem eu entendo. Eve estava certa ontem
a noite. Nós somos amigos.
- você está oferecendo meu emprego de volta?
- sim. Ele é seu se você quiser.
- espera só um pouco – motorista me leva até o prédio da Pegasus. Sabe
onde fica?
O motorista sinalizou positivamente com a cabeça
- obrigado – falei agradecendo o motorista.
- você aceita ou não? – perguntou Morgan
- aceito.
- eu só quero dizer uma coisa.
- o que?
- não precisa ficar com vergonha de ser intimo com Gray na minha frente.
Eu já superei ele. Agora estou com Jake.
- o cara que conhecemos naquele bar a muito tempo?
- sim. Nós estamos namorando sério.
- fico feliz por você Morgan de verdade, mas eu fico com vergonha por
você saber que Gray tirou minha virgindade. Deve ser estranho pra você.
- não. Nós não estamos mais juntos. Eu estou sendo sincera quando digo
que não sinto mais nada por Gray e não ser admiração por ele ser um grande pai
para nossos filhos. Nada mais do que isso.
- nossa eu quero conhecer esse Jake. Deve ser um partidão.
- e é – falou Morgan rindo.
- eu estou chegando na Pegasus daqui a pouco a gente se fala.
- até daqui a pouco – falou Morgan.
Desliguei o celular e depois que paguei a corrida sai de dentro do taxi
e caminhei até o prédio da Pegasus. Caminhando até a fonte não ei muita importância
as pessoas que lá estavam. Algumas passavam por mim sorrindo e outras não
pareciam estar muito felizes com o clima frio.
Estava dando passo atrás de passo e eu o vi logo a minha esquerda. Ele
estava caminhando á minha frente e passou no meu lado. Meu coração disparou e
eu torci para que ele não tivesse me reconhecido.
- oi – falou ele atrás de mim. Fingi que não tinha sido comigo e
continuei andando – desculpa te incomodar, mas eu não acredito que estou te
vendo de novo – falou Rupert correndo até mim e segurando no meu ombro. Parei e
me virei até ele.
- eu te conheço? – falei fingindo que não me lembrava dele.
- vai me dizer que já se esqueceu de mim? – perguntou ele com um sorriso
no rosto.
Não tinha como dizer que não o conhecia. Tinha beijado aquela boca e
sentindo aquelas mãos em meu corpo a muito tempo, mas eu não podia levar aquilo
adianta afinal Rupert é irmão de Roger e ele deixou bem claro que se eu o
procurasse ele me mataria.
- acho que me lembrei.
- que bom porque eu nunca me esqueci de você.
- porque?
- nunca beijei alguém com tanta vontade na vida. Admito que fiquei
chateado quando desci as escadas e você não estava mais lá.
- eu sei. Você achou que me levaria pra cama e eu te decepcionei indo
embora – falei me virando para seguir meu caminho, mas ele pulou na minha
frente.
- não! – falou ele me parando – eu fiquei com raiva na hora, mas você
meio que entrou na minha cabeça. Eu não conseguia parar de pensar em você.
- Acho que eu sou um desafio né? Acho que você nunca tinha levado um
fora antes.
- você está certo – falou Rupert – Você foi o primeiro homem que me deu
um fora. Você não sabe quantos gays tem fantasia de ficar com um homem casado e
supostamente hétero. Ninguém nunca me recusou antes. Sem querer parecer
arrogante, mas eu sou um cara bonito, boa pinta, charmoso e educado… porque
você foi embora?
- bom parece que eu não faço parte do grupo que tem fetiche por homem
casado que trai a esposa. Não sei o que você considera como charme e educação,
mas acho que isso não inclui me beijar sem aviso prévio e em seguida querer me
levar pra mesma cama em que dorme com sua esposa.
- nossa eu fiquei imaginando como seria caso eu te encontrasse novamente
e você é exatamente como imaginei.
- como você me imaginou?
- diferente dos outros caras. Pela primeira vez na vida eu desejei não
ser casado. Desejei ter coragem de ter me assumido.
- me poupe Rupert.
- você lembra meu nome? – perguntou ele com um meio sorriso.
- o que?
- você lembra meu nome! Você disse que não se lembrava de mim quando te
abordei, mas você lembra do meu nome então significa que você mentiu. Você se
lembra de mim da mesma maneira que eu me lembro de você.
- olha eu estou atrasado…
- você ainda trabalha com minha esposa?
- não. desde aquela época eu parei de trabalhar com ela e agora trabalho
em uma imobiliária que tem nesse prédio – falei apontando para o prédio da
Pegasus. Havia uma imobiliária que ocupavam os andar dez e onze – como eu
disse… estou atrasado e…
- não quero te atrapalhar.
- tudo bem então… tenha um bom dia.
- calma – falou ele pegando o celular – me passa o seu número.
- eu não. Nem te conheço. Foi você que me agarrou na sua casa e eu nunca
mais te vi.
- por favor.
- cara eu não vou pra cama com você.
- eu não quero te levar pra cama
quero te levar para um jantar – falou ele com um sorriso – em público. Nunca
fiz isso antes, mas estou disposto a fazer por você porque eu acho que estou
apaixonado por você – ele – continuou a sorrir – é estranho dizer isso em voz
alta – eu estou apaixonado por você desde que te beijei e nunca mais te vi.
- não posso fazer isso.
- é porque eu sou um escritor? Eu quase não sou reconhecido nas ruas. Eu
escrevi alguns livros que venderam muito bem, mas não sou uma celebridade. Sei
que em Loa Angeles é normal encontrar uma celebridade em cada esquina e tem
fotógrafos em todas as partes, mas eu
não sou tão famoso assim. Se você quiser se manter anônimo não terá problemas.
Ninguém liga para um psiquiatra que escreve livros de auto ajuda.
- desculpa, mas eu tenho namorado – falei mostrando a mão com a aliança
e compromisso que Gray me deu.
- não faça isso comigo – falou Rupert parecendo chateado – me dá uma
chance. Tudo o que estou pedindo é uma chance de te conhecer.
- você parece mais obcecado por mim Rupert. Pra um psiquiatra você
parece meio louco.
- tudo o que estou pedindo é uma chance. Não precisa me beijar e nem
dormir comigo, mas me dê uma chance de eu te mostrar o homem que sou.
- seria traição de qualquer jeito. Diferente de você eu não gosto de
trair.
- eu mereço isso –falou Rupert pensando em outros argumentos para me
convencer.
- não existe nada que você diga quem e fará pensar em ficar com você –
falei sendo sincero – Eu nunca trairia meu namorado e traição é uma coisa
imperdoável para mim. Eu perdoaria qualquer coisa nessa vida exceto traição. Eu
me entrego de verdade em um relacionamento e eu amo o meu namorado e sair com
você em um encontro está fora de cogitação.
- só um encontro. Por favor – falou Rupert insistindo – nunca pensou em
como seria estar com um homem como eu? Sou escritor, sou médico e tenho certeza
de que posso dar tudo o que seu namorado não pode.
Rupert era muito convencido. Só dele tentar usar a profissão para me
conquistar ele já perdeu pontos comigo. Mesmo que eu fosse solteiro. Gray nunca
usou a profissão ou dinheiro para tentar me conquistar. Tudo o que ele precioso
fazer para que eu me apaixonasse por ele foi me beijar e Rupert já tinha feito
isso. Não senti nada além de pena da esposa dele.
Estava cansado de discutir e debater. No fim das contas Percebi que não
precisava ficar discutindo afinal não sairia com ele de qualquer jeito. Era só
aceitar de uma vez o pedido estúpido dele para que essa conversa constrangedor
acabasse de uma vez.
- quer saber? Me passa seu número que eu te ligo.
- OK – falou Rupert tirando do terno um cartão de visitas e me
entregando. DR. RUPERT ROFFMAN ROTHLO, PSIQUIATRA. Logo abaixo tinha três
números de telefone.
Esse telefone aqui atrás escrito
de caneta é o meu número particular. Liga pra gente marcar um encontro.
- OK.
- liga em breve.
- tudo bem.
- até mais Griffin – falou Rupert com um sorriso mostrando que também
não tinha esquecido meu nome.
- Droga! – falei colocando o cartão de Rupert no bolso entrando no
prédio – maldita a hora em que eu disse o meu nome verdadeiro durante aquele
trabalho.
Subi até o sétimo andar e ao sair do elevador vi que Holly que estava na
copa veio até mim.
- Griffin? o que está fazendo aqui?
- Morgan ofereceu meu antigo cargo aqui na Pegasus.
- sério? – perguntou ela sorridente.
- sério! – falei abraçando ela feliz por estar de volta – eu preciso
falar com ela agora, mas depois nos falamos mais.
- OK – falou ela entrando no elevador. Ela tinha um copo de café em suas
mãos.
Ainda era cedo e nem todos os funcionários haviam chegado. Se tivessem
três em todo andar era muito.
- licença – falei batendo na porta de Morgan. As paredes eram de vidro e
ela sabia que era eu. Ela se levantou com um sorriso e abriu a porta animada.
- bem vindo de volta – falou Morgan me abraçando.
- obrigado – falei abraçando ela de volta – e então? Quando vou conhecer
o seu príncipe encantando?
- nós podemos sair para jantar qualquer dia desses. Nós quatro.
- tudo bem então.
Morgan voltou a se sentar em sua cadeira e eu me sentei de frente para
ela.
- olha Griffin eu preciso pedir perdão a você pelas coisas que eu fiz e
pelas coisas que eu disse quando Gray estava em coma.
- esquece isso.
- não posso esquecer. Eu não consigo esquecer. O que eu fiz com você foi
horrível O que eu fiz com Gray foi horrível. Não consigo deixar de pensar que
se eu tivesse seguido em rente com Gray e tivesse desligado os aparelhos antes
do corpo dele ter se curado ele talvez não estivesse aqui hoje.
- Eu aceito as suas desculpas. Eu também disse algumas coisas maldosas
as quais gostaria de me desculpa.
- não tem problema. Você só estava respondendo ao modo que eu agi
naquela época. Você realmente não precisa se desculpar.
- mas já me desculpei então agora vamos esquecer isso.
- então… ontem eu transferi o seu substituto para a contabilidade. Você
tem o seu cargo de contador forense de volta – falou ela me entregando um monte
de pastas – você tem muito trabalho pela frente.
- mas eu volto hoje?
- não. coloquei essas pastas na sua sala e vá embora. Você começa na
segunda.
- OK – falei me levantando e indo até a minha sala.
Antes de entrar vi que na porta da minha sala tinha novamente um adesivo
com o meu nome. Ao entrar coloquei as pastas em cima da mesa e vi que o porta
retrato com uma foto minha e de Gray estava em cima da mesa. Foi a foto que nós
tiramos assim que entrei na Pegasus e fui a uma festa na casa de Eve.
Achei legal da parte dela ter guardado a foto e de ter preparado a minha
sala pra mim. No fim das contas acho que Morgan nunca ficou com raiva de mim no
fundo. Ela tentou, mas verdadeiros amigos não conseguem carregar ódio um do
outro por muito tempo. Logo faz falta a companhia do verdadeiro amigo.
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"...e traição é uma coisa imperdoável para mim. Eu perdoaria qualquer coisa nessa vida exceto traição."
ResponderExcluirEeeiiiita! Prenúncio de alguma coisa por vir? Fiquei tenso agora.
A.