E
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GRAY OU RUPERT? capítulo quarenta
stava no
hospital esperando por atendimento. Morgan estava em silêncio ao meu lado. Ela
estava estranha e não deu opinião sobre o que tinha acontecido entre Gray e eu.
Se ela achou certo ou errado eu não sei porque ela guardou o que pensava para
si mesmo. Estávamos aguardando atendimento fazia uns vinte minutos. Parece que
estavam com faltas de médicos e haviam pessoas em estado mais grave do que o
meu então eu realmente não me importo de esperar.
- fica tranquilo, você não vai precisar de pontos – falou Morgan
tentando me acalmar.
- boa tarde – falou o médico chegado até o box 3 que é onde estava. Era
Gordon.
- boa tarde – falei sem acreditar que era ele. Uma das últimas pessoas
que queria ver.
- você? – perguntou Gordon olhando para mim.
- sou eu – falei respirando fundo – e de todos os médicos do hospital
tinha que ser você.
- não se preocupe – falou Gordon pegando meu braço – eu já te
superei -falou ele com um sorriso – o
que aconteceu com você?
- um pequeno acidente com uma agulha.
- você pode ser mais especifico? Porque se você tiver sido atacado de
alguma forma eu sou obrigado a informar a policia.
- eu não fui atacado. Foi um acidente.
- olha… - falou Gordon – se o seu namorado tiver te agredido…
- eu não agredi ele Dr. English – falou Gray chegando.
- só estou fazendo o meu trabalho Dr. Forbes.
- obrigado Dr. English, mas eu assumo daqui.
- se o paciente não se importar… - falou Gordon olhando para mim.
- tudo bem.
Gordon olhou para mim e em seguida se afastou. Gray puxou uma cadeira e
se sentou logo a minha frente pegando o meu braço.
- o que está fazendo aqui Gray? você não disse que ia até o meu
apartamento tirar suas coisas de lá?
- eu mudei de ideia – falou Gray pegando um algodão com álcool tentando
limpar o sangue para ver a ferida.
- o que quer dizer com isso?
- quero dizer que não vou desistir de nós dois assim tão fácil.
- eu já disse tudo o que tinha a dizer Gray.
- por favor Griffin. Cresça – falou Gray – eu tomei uma decisão errada,
você tomou uma decisão errada e é isso o que acontece quando duas pessoas se
relacionam. Elas brigam e se perdoam. Nós estamos em um relacionamento e você
não me dá nem uma segunda chance? O nosso relacionamento não vale nada pra
você? Porque toda vez que eu disse eu te amo eu estava dizendo a verdade. Você
estava mentindo?
- Não.
- mas o que você fez foi…
- eu já pedi perdão – falou Gray olhando para meu braço vendo que não
precisaria de pontos. Tinha sido um rasgo pequeno.
- vou precisar levar ponto?
- não, mas a agulha quebrou no seu braço. Vou ter que tirar.
- OK – falei assustado. Gray pegou uma espécie de pinça e levou até meu
braço.
- vai ficar tudo bem – falou Gray – eu seguraria sua mão, mas preciso
delas para tirar a agulha.
- eu estou aqui – falou Morgan segurando minha mão enquanto Gray cavava
no meu braço tentando tirar a agulha. Queimava um pouco. Fechei os olhos e
torci para acabar.
- já tirou?
- estou tirando – falou Gray puxando a agulha para fora do meu braço.
Quase metade da agulha tinha se quebrado. Ele colocou a agulha em uma bandeja e
esfregou álcool no meu braço limpando-o e fazendo um curativo.
- obrigado – falei respirando fundo.
- olha Griffin – falou Gray olhando para mim – você abriu meus olhos. Na
verdade eu gostei de você ter dito tudo o que disse. Abriu meus olhos. Não
percebia o quanto minhas palavras te machucavam ou minhas ações te afetavam. Eu
estou profundamente arrependido por ter te jogado nos braços de outro homem.
Estou arrependido de ter feito uma proposta tão idiota. Fiz isso pelos meus
filhos e não me arrependo afinal meus filhos sempre estarão em primeiro lugar
na minha vida, mas eu esqueci que você também tem sentimentos. Em nenhum
momento parei para pensar em como você se sentia, mas eu fiz isso porque confio
em você. Eu realmente não achei que uma proposta dessas te afetaria tanto
afinal você é um profissional e essa não é a primeira vez que você sai em um
trabalho de campo e precisa interpretar o papel de namorado.
- é claro que os trabalhos me afetam Gray. Esqueceu que foi em um desses
trabalhos que nós nos apaixonamos? Foi naquele aeroporto fingindo sermos
namorados que nós nos beijamos pela primeira vez.
- então? – falou Gray levando sua mão até meu rosto e acariciando minha
bochecha.
- mas eu estou apaixonado por Rupert. Não posso mudar isso.
- isso é normal – falou Morgan – paixões acontecem, mas não duram.
- o que? – perguntei olhando para Morgan – como se atreve a dizer que o
que sinto por Rupert é menor do que o que sinto por Gray? Rupert e eu nos
apaixonamos da mesma forma que eu me apaixonei por Gray. Nós nos beijamos enquanto estava em um
trabalho.
- olha Griffin você se formou em primeiro em Harvard e tem muita
experiência de vida e profissional, mas tem experiência zero em relacionamentos
– falou Morgan sendo sincera – sei que nada disso tem a ver comigo, nada disso
é da minha conta e eu tentei ficar calada e guardar a minha opinião para mim,
mas eu acho que você está se precipitando. Gray fez burrada, OK. Ninguém
negando isso. Você se sentiu negligenciado e maltratado por Gray e então Rupert
aparece e te trata bem, te coloca em primeiro e diz as coisas que você quer ouvir e você começa a
duvidar dos sentimentos de Gray. O que você sente por Rupert é carisma. Não é
nada comparado ao que você sente por Gray.
Era estranho ouvir da boca de outra pessoa o que eu sinto. Como ela pode
saber o que eu sinto se não está na minha pele?
- eu não entendo o que quer dizer Morgan. Talvez para vocês que estão de
fora o que eu tenho com Gray seja mais precioso, mas eu me sinto da mesma forma
com Rupert e no momento eu não sinto nada de especial por Gray.
- olha, Rupert te tratou bem, mas ele não é homem que você tem um
relacionamento. Você não pode simplesmente chegar e dizer “pegue suas coisas da
minha casa porque eu arranjei outro alguém”. Não é assim que um relacionamento
funciona.
- Morgan eu não quero perder nenhum minuto da minha vida esperando por
um homem que diz que me ama, mas me joga nos braços de outro e espera que eu
volte.
- Morgan está certa Griffin. Eu fiquei possesso quando vi o chupão no
seu pescoço. A coisa mais estúpida que fiz na vida foi ter mandado você dormir
com outro homem. A ideia de te perder está me matando.
- O que está te matando de verdade Gray? O fato de você ter me jogado
nos braços de outro homem ou fato de que eu não querer mais voltar para os seus?
- olha… nós podemos dar um tempo no nosso relacionamento se você quiser.
Vou fazer de tudo para te reconquistar. Vou mostrar pra você que o homem pelo
qual você se apaixonou ainda está aqui, mas não diga que estamos acabados. Você
está confuso agora porque está chateado comigo e acha que não temos salvação,
mas nós temos esperança. Eu não te trai, você não me traiu. Vou me arrepender
até o fim dos dias pelo o que disse a você. Sei que durante a briga eu te falei
da minha masculinidade, mas a verdade é que você não me faz menos homem. Você faz
de mim um homem completo – falou Gray se levantando da cadeira e tocando meu
rosto com sua mão.
- eu vou precisar de um tempo – falei me levantando. Gray já tinha feito
o curativo no meu braço.
- o tempo que você precisar – falou Gray se afastando – só não desista
de mim porque eu não desisti de você.
- não estou te dando outra chance Gray. Tudo o que estou dizendo é que
eu vou pensar. Você e Morgan tem razão. Eu não devo tomar uma decisão durante
uma briga. Eu vou pensar agora que estou com a cabeça fria, mas não significa
que eu vou te dar outra chance. Ainda estou muito machucado pelo o que você fez. É difícil abrir a mão daquilo
que a gente tem, mas talvez se o nosso romance terminar aqui seja melhor. Não
estou dizendo que o que nós tivemos foi mentira, foi real, mas nada dura pra
sempre. Vamos os dois seguir em frente.
- Se você não me escolher eu vou ser adulto quanto a isso – falou Gray –
tudo o que estou pedindo é que pense no assunto.
- eu vou pensar.
- isso era o que eu queria ouvir – falou Gray com um sorriso – se
virando e pegando uma seringa – vou coletar seu sangue para fazer o exame.
- tira do outro braço – falei esticando o braço esquerdo.
Me sentei novamente na maca e Gray coletou o meu sangue em dois
recipientes e então me entregou um algodão.
- vou pedir agilidade nesses exames – falou Gray escrevendo meu nome dos
frascos.
- obrigado por tudo Dr. Forbes, mas acho que já vou indo pra minha casa.
- foi um prazer – falou Gray com um
sorriso.
- posso te dar um beijo de despedida? – perguntou Gray.
- nós estamos dando um tempo Gray. Beijo não é dar um tempo.
- eu sei, mas eu preciso de um beijo.
- OK – falei me aproximando dele. Gray me deu um selinho e depois outro e
ele segurou em minha cintura para um beijo mais quente. Permiti por alguns
segundos enquanto sua língua estava em minha boca, mas de leve eu o empurrei –
só um beijo – falei me afastando.
- vamos indo – falou Morgan caminhando até a saída.
- até mais Gray – falei me virando e indo com ela.
- você fez a coisa certa Griffin – falou Morgan quando entramos no carro
dela – essa foi só a primeira briga de muitas. A cada briga vocês vão ficar
mais fortes.
- se isso é verdade porque você e Gray não estão juntos? – perguntei
colocando o cinto de segurança.
- Quando nos separamos Gray e eu não brigávamos a anos. Vocês brigam
porque se importam. Quando nos separamos nós não estávamos nem ai um para o
outro. Ele me traiu, mas não significa que ele seja um traidor. Tem diferença.
Ele é um ótimo pai e foi um bom marido – falou Morgan.
Durante toda aquela tarde sábado fiquei na cama assistindo televisão
esperando a hora em que Rupert fosse aparecer. Estava nervoso e não sabia o que
diria. Gray estava certo. Apesar de tudo o que ele tinha feito eu ainda o amava
ele. Quando pensava nele o meu coração disparava. Nada tinha mudado, mas isso
não significa que eu não esteja puto com o que ele fez.
Estava ansioso pela vinda de Rupert e por volta das seis horas da noite
ouvi batidas na porta do meu apartamento. Levantei da minha cama e fui até a
porta vi Rupert.
- olá – falou ele com um sorriso.
- bem vindo ao meu humilde apartamento – falei saindo da frente.
Rupert deu m passo para entrar e levou suas mãos até minha cintura e
aproximou-se para um beijo.
- que bom que veio – falei abraçando-o e correspondendo ao beijo. Um selinho
e sua língua estava na minha boca – fique a vontade – falei soltando-o.
- sabe eu preciso confessar que quando você me deu o endereço eu achei
que era um endereço falso – falou Rupert rindo.
- eu nunca faria isso com você.
- fiquei feliz quando cheguei ao prédio e disse seu nome e o porteiro
confirmou – falou Rupert e sentando no sofá.
- e então? – perguntei ainda de pé – o que você fez?
- pedi o divórcio – falou Rupert não se contendo e dando um enorme
sorriso.
- como se sente? – perguntei me sentando ao lado dele jogando minhas
pernas por cima das dele.
- ótimo – falou Rupert me abraçando e dando um beijo na minha boca –
finalmente estou livre pra ficar com você – falou ele entre um beijo e outro.
- eu preciso falar com você Rupert – falei olhando para ele e afastando
meu rosto.
- o que foi? – perguntou Rupert.
- eu preciso ser sincero com você sobre uma coisa – falei me afastando
um pouco dele. Rupert olhou em meus olhos curioso e atento.
- o que é?
- Eu podia sentar aqui e falar pra você que eu ainda tenho sentimentos
pelo meu ex namorado. Podia sentar aqui e dizer que a noite que tivemos ontem
foi maravilhosa – falei segurando a mão dele, mas não vou fazer isso.
- o que aconteceu? – perguntou Rupert – eu fiz algo que te machucou?
- não. Eu fiz.
- o que está dizendo?
- Eu menti pra você.
- sobre o que?
- meu trabalho. Eu não trabalho em uma imobiliária eu trabalho em uma
empresa de investigação particular.
- o que tem isso? Não me importo onde você trabalha – falou ele
segurando minha mão com um sorriso.
- eu não te conheci por acaso Rupert. Sua esposa contratou a minha
empresa para te investigar e conseguir provas de que você estava traindo ela
para que durante a separação ela conseguisse o dinheiro e a guarda dos filhos.
Ela achou que você a traia com a babá dos seus filhos.
Rupert olhou para baixo pensativo tentando absorver as palavras que eu
tinha dito. Ele parecia perplexo. Ele soltou minha mão e ficou pensativo.
- você está dizendo isso só para me magoar?
- não. é a verdade. Nós não nos conhecemos por acaso. Você era só um
alvo para nossa empresa.
- então é isso o que está acontecendo agora? Sou novamente um alvo? Você
está me investigando? Foi por isso que quando eu contei pra minha esposa que eu
sou gay e queria o divórcio ela disse que já sabia?
- o que? Não. Na época a minha empresa decidiu não dizer nada a sua
esposa. Você em beijou e nós tínhamos as provas, mas respeitamos a sua privacidade. Ela
provavelmente já desconfiava que você é gay. Quando você fica casado com uma
pessoa por muito tempo essa pessoa te conhece profundamente. Ela provavelmente
sabia que você é gay antes mesmo de você saber.
- então porque aceitou sair comigo?
- porque eu… não sei… - falei mentindo. Queria contar a ele sobre o
irmão e tudo o que tinha acontecido, mas não tive coragem.
- então está dizendo que o que aconteceu entre nós foi real? O encontro
e a tranza?
- talvez no começo eu não botasse muita fé em nós, mas quando eu foi
para a cama com você eu me senti bem. Eu me senti apaixonado por você Rupert –
falei tocando o rosto dele – mas é só uma paixão. Eu ainda amo o meu ex e o meu
coração vai ser sempre dele. Não importa com quem eu esteja.
- o que eu faço agora? Eu já me assumi e perdi o divórcio.
- isso é bom. Eu não sou o único homem no mundo. Tem muitos homens que
teria muita sorte te ter você. Você é um homem maravilhoso e agora você está
livre para começar a namorar. Não se limite a mim.
- mas eu estou apaixonado pro você.
- você vai se apaixonar de novo. Quando essa paixão se tornar amor você
saberá que está com o escolhido.
- mas eu gostei tanto de estar com você. Nunca fiz amor tão gosto com
uma pessoa antes. Nunca me senti tão livre e tão bem com outro alguém antes. O
que sinto com você é paixão, mas essa paixão pode se tornar amor. Todo
relacionamento começa assim. Todo mundo se apaixona e depois ama. É ingenuidade
achar que só existe uma amor no mundo para cada um. Temos várias algumas gêmeas
por esse mundo e você pode achar que esse seu ex namorado é a sua, mas talvez
eu também seja.
- eu estou apaixonado pro você – falei olhando para ele – e se for só
paixão?
Rupert aproximou o rosto do meu e me puxou para junto dele. Foi só um
selinho. Mal encostamos nossos lábios. Depois outro selinho e então eu me
ajoelhei no sofá e beijei sua boca de verdade. Ele se recostou no sofá e eu
beijei com mais vontade sentindo ele acariciar meus braços com suas fortes mãos.
- você tem camisinha?
- tenho –falou Rupert – tirando a carteira do bolso.
Eu me levantei e arranquei a minha calça e minhas cueca ficando só de
camisa. Rupert continuou sentado e desabotoou a braguilha e tirou seu membro
para fora. Ele colocou o preservativo e me ajoelhei de frente para ele me
sentando em seu membro.
- haaaa! – gemeu Rupert ao sentir meu cu engolir sua vara.
- que gostoso – falei segurando o rosto de Rupert entre minhas mãos
enquanto eu subia e descia em seu pau.
Rupert segurava em minha cintura de olhos fechados respirando ofegante
enquanto nossos corpos mais uma vez estavam unidos em um só. Seu membro era
grande e tocava bem fundo em mim. Me inclinei para trás e segurei meu membro
enquanto me masturbava.
- caralho! – exclamou Rupert relaxando. Senti seu membro inchar dentro
de mim enquanto gozava. Quase que no mesmo instante eu senti meu esperma sair em
uma explosão sujando a camiseta de Rupert.
Senti meu corpo relaxado e Rupert puxou minha cabeça pressionando minha
nuca enquanto dava um beijo na minha boca. Sua barba me espetava e me fazia
cócegas. Eu dei uma risada quando ele deu um beijo no meu pescoço.
- vai me dizer que isso é só paixão? – perguntou Rupert com sua
respiração quente no meu rosto.
Não respondi e sai de cima dele. Tirei a camisinha do pau dele e dei um
nó. Fui até o banheiro e a joguei no lixo. Voltei para a sala e peguei minha
roupa e coloquei em cima do sofá. Vesti a cueca e depois a minha bermuda.
Rupert se levantou do sofá e guardou seu membro fechando em seguida a braguilha.
- posso fumar? – perguntou Rupert voltando a se sentar no sofá.
- pode – falei terminado de vestir minha roupa.
Rupert acendeu o cigarro.
- você disse que o seu namorado te magoou, porque quer voltar com ele?
- essa é a parte engraçada do amor. Ele é capaz de perdoar. Ainda estou
chateado com ele, mas acho que ele vale a pena. Ainda não sei se vou dar uma
segunda chance a ele, mas estou pensando seriamente nisso.
- e eu não valho nem uma chance?
- vale – falei pegando um cinzeiro que ficava guardado em um armário na
sala. Coloquei o cinzeiro em cima da mesa de centro. Peguei em lenço humedecido
e fui até Rupert e limpei a camiseta dele que ainda estava suja com meu
esperma.
Depois de algumas esfregadas e quatro lenços tudo o que restou foi uma
mancha molhada que era quase imperceptível na camiseta azul marinho. Joguei os
papéis no lixo e voltei até a sala. Me sentei ao lado de Rupert no sofá e em seguida
deitei minha cabeça no colo dele.
- então porque não me dá uma chance? você pode me amar também – falou
ele acariciando meus cabelos.
- eu não sei. Estou tão confuso sabe. De um lado eu tenho um ex
namorado. Nós temos uma história juntos e os meus amigos dizem que eu deveria
dar outra chance a ele. Dizem que eu estou tomando uma decisão burra ao
deixa-lo. Pensei que estava tomando a decisão certa, mas todo mundo a minha
volta está dizendo que eu deveria voltar pra ele. Do outro lado dessa história eu
tenho esse homem maravilhoso que quer uma chance comigo. Com esse homem eu
penso que existem mil possibilidades, nós poderíamos ter um futuro juntos
porque eu sinto que ele está sendo sincero quando diz que tem sentimentos por
mim e eu estaria mentindo se dissesse que não sinto nada por ele – falei
puxando o braço dele e dando um beijo em sua mão.
- eu não me importo da forma que nós nos conhecemos – falou Rupert – podemos
ter nos conhecido durante um trabalho, mas aquele beijo foi real. Isso só prova
que nós devemos ficar juntos. Desde aquele beijo eu penso em você. Você não
pode negar que aquele beijo teve química e que essa mesma química existe ainda
hoje. Sei que você diz que ama ele, mas se eu posso me apaixonar por outro você
também pode amar outro. Eu estou aqui pedindo oque me dê uma chance. Dê uma
chance a nós dois. Não tome uma decisão sem antes pensar em mim. Você já tem
uma história com esse cara, mas nós também podemos ter uma. Não vou desistir de
você tão fácil. O que nós temos é muito bom e eu não estou pronto para abrir mão.
- eu não sei o que eu faço – falei limpando meus olhos. Deixei algumas
lágrimas caírem – eu nunca pensei que estaria em uma situação como essa. Tenho
dois homens pedindo uma chance, mas não sei qual escolher.
- tudo o que peço é que me considere uma opção. Não desista de mim só
porque sou novo na sua vida – falou Rupert colocando o cigarro na boca e em
seguida assoprando a fumaça para o alto. Ele usou a outra mãos para limpar as
lágrimas que escorrem do meu rosto.
- uma amiga disse que o que sinto por você não é nada.
- esse é o seu problema Griffin. Você deixa os outros dizerem o que você
sente. Não deixe os outros dizerem o que você sente ou o que você deveria
escolher. Sinta por você mesmo, escolha por você mesmo. Não deixe que as
pessoas te influenciem em suas decisões. Decida aquilo que é melhor para você e
não para os outros. Sei que você tem um relacionamento com esse cara e que as
pessoas estão torcendo para que vocês fiquem juntos. Sei que do lado de fora
tem dezenas de pessoas dizendo que você devia ficar com ele porque vocês
passaram por muita coisa e que o amor de vocês não devia acabar, mas eu estou
pedindo que você me dê uma chance. Eu também posso fazer você feliz. Você pode
voltar pra esse ex namorado e se conformar porque já tinha um relacionamento com
ele, mas e se ele te magoar de novo? – falou Rupert apagando o cigarro no
cinzeiro – você não precisa de alguém que te faz se sentir mal. Você precisa de
alguém que faça você se sentir especial. Você precisa de alguém com uma mão grande
e um braço forte que te ajude a se levantar quando cair, que te tire do chão
quando quiser voar. Eu também preciso de alguém assim e você é o meu porto
seguro. Você deu até coragem para contar para o meu irmão.
- você contou pra ele?
- contei – falou Rupert – quando eu contei para minha esposa eu estava
em um frenesi de felicidade e coragem então aproveitei e liguei para ele
contando tudo.
- o que ele disse?
- que me ama. Disse que sempre me admirou como irmão mais velho e que
não importa com quem eu gosto de estar. Homem ou mulher ele disse que vai
sempre me amar.
- você contou a ele sobre mim?
- não. Deixei para contar sobre você pessoalmente – falou ele rindo – Vejo
que tomei a decisão certa afinal no fim do dia eu nunca te tive de verdade. Foi
só uma noite.
- eu não tomei nenhuma decisão Rupert – falei puxando a mão dele
mantendo-a no meu peito.
- não quero te pressionar, mas meu irmão chega em duas horas. Eu devo ou
não contar sobre você?
- o que? – falei me sentando no sofá – pensei que ele só viesse em três
semanas.
- ele decidiu vir mais cedo.
Meu coração disparou ao ouvir ele dizer aquilo.
- você quer mesmo ter uma chance comigo?
- quero – falou Rupert.
- envie uma mensagem para seu irmão e diga para ele para nos encontrar
no restaurante “LA Boheme” assim que ele chegar.
- eu digo sobre você?
- não. Não fale nada sobre mim. Marque um encontro com ele e eu vou com
você. Vamos jantar nós três e ver como esse jantar se desenrola.
- OK – falou Rupert com um sorriso no rosto se levantando – vou marcar o
encontro para ás nove horas. Você quer que eu te busque?
- não. Pode deixar que eu encontro vocês lá.
- OK – falou Rupert levando as mãos até minha cintura e se aproximando o
suficiente para um beijo. Segurei seu rosto entre minhas mãos de nós demos dois
selinhos e um último mais demorado – não importa quem você escolha saiba que
você sempre terá um lugar aqui – falou Rupert pegando minha mão e colocando no
coração dele. Eu quero que você seja feliz. Só isso. A maioria das pessoas que
marcam uma consulta com um psiquiatra tem questão não respondida e eu as ajudo
a tomar uma decisão. Eu não escolho por elas. Eu mostro as alternativas e as
dou perspectiva para que tomem sua própria decisão. Com você não é diferente.
Tem ele e tem eu. Escolha um e lide com isso da melhor forma – falou ele dando
um último selinho na minha boca – te vejo mais tarde.
Abri a porta do apartamento e Rupert se foi. Fechei a porta e voltei
para o sofá e me sentei colocando a mão na cabeça. Se na noite anterior eu
estava confuso com meus próprios sentimentos hoje estava pior. O meu primeiro
beijo com Rupert foi durante um trabalho. Com Gray também. Contei a Rupert a
forma que eu o conheci e ele não se importou. Ainda sim quer que eu o escolha.
Não sei se devo escolher o homem que me jogou nos braços de Rupert ou devo
escolher Rupert que me pegou com tanta força e agora não quer mais me soltar.
Estou falando da minha vida. Não é sobre a vida de Gray e nem a vida de
Rupert. Minha mãe morreu em decorrência de um câncer. Meu irmão foi morto pela
mão do meu pai que agora tem Alzheimer. Depois disso tudo eu mereço ser feliz. Tenho
que tomar uma decisão pensando em mim. Não em Gray, não em Rupert e nem em
Morgan. Cansei de ouvir as pessoas a minha volta dizerem que estou confuso e
que não estou tomando a decisão certa. Vou tomar a decisão que for certa para
mim e conviver com isso.
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Wooooooow! Nem lembro mais a quanto tempo fiquei tão ansioso por um próximo capítulo! Se não sair ainda hoje creio que nem durmo. Ficar dando F5 o tempo todo na página! Rsrsrsrs'
ResponderExcluirA.