Capítulo 11: Prepare-se Para o Fim de Semana | Conto: Paixão Secreta | Temporada: 6ª

PREPARE-SE PARA O FIM DE SEMANA capítulo onze

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E

ra o meu quinto dia de trabalho. A semana estava terminando e eu nunca desejei que um fim de semana chegasse logo. Eu precisava de paz. Ficar longo daqueles advogados. A minha sorte é que Rufus McCormick – pai de Jason – ainda não tinha voltado de Nova Yorque e pelo o que fiquei sabendo ele só volta daqui a duas semanas. Isso me deixou com apenas quatro advogados. Era muito corrido e meu tempo estava curto. Estava dividindo meu tempo entre o trabalho e as aulas. Geralmente três vezes por semana eu tinha aulas de manhã ou a atarde. Nos outros dias eu ficava apenas na empresa. Ally e eu ficávamos no décimo segundo andar. Era onde os sócios ficavam. Ally ficava do lado esquerdo em uma enorme mesa e eu do lado direito.

Adam não me enchia muito o saco e ele realmente encarnou o personagem. Ele estava sendo apenas profissional. Eu não fui nem digno de uma explicação. Do porque ele se casou com Jason. É claro que eu já sabia a resposta, mas eu queria ouvir dele. Esse não é um prazer que eu teria. Estava em minha mesa sentado digitando alguns arquivos que Adam tinha pedido e Phil saiu da sala dele com o celular na mão.

- Mike, me passa o seu número. Vou sair e quando estiver no tribunal talvez eu precise que você pesquise algo pra mim nos arquivos da empresa.

- eu… eu não tenho celular, senhor.

- está falando sério?

- sim senhor. O meu celular quebrou no fim de semana passado.

- você já levou ele para o conserto?

- eu não acho que eles consigam arrumá-lo.

- mas foi uma queda tão feia assim?

- ele meio que caiu no chão… dez vezes… imagine um quebra cabeças de celular onde as peças foram queimadas e pisoteadas. Ele ficou mais ou menos assim.

- tudo bem – falou ele olhando no relógio e rindo – qualquer coisa eu ligo no seu ramal. Fique atento

- sim senhor.

O elevador que Phil entrou Jason saiu e para o meu desgosto ele veio caminhando até mim.

- Adam está?

- está sim, senhor – falei pegando o telefone para ligar para Adam, mas ele acenou com mão.

- não precisa avisar – falou ele indiferente.

- tudo bem, babaca – falei baixinho.

- Mike, eu vou lanchar – falou Ally – ou você quer ir primeiro?

- pode ir. Depois eu vou.

Ally se foi e eu fiquei sozinho. Sentia falta de conversar com alguém e resolvi chamar Zoe no Skype. Ele começou a chamar até que Zoey finalmente atendeu. Ela parecia estar no parque do campus debaixo de uma árvore.

- Mike! – falou ela com um largo sorriso acenando – o que você manda?

- nada de especial – falei rindo – só queria conversar com alguém. Está tão chato aqui sem você.

- você sabe que eu estaria ai se pudesse.

- e eu queria que estivesse. Eu sinto como um intruso nesse lugar. Sinto oque ninguém vai com minha cara.

- nossa, mesmo com a Ally ai? Ela não é uma boa companhia? – perguntou Ela ajeitando os cabelos verdes.

- ela é, mas ela não gosta de ficar conversando comigo a não ser que seja sobre o trabalho. Eu estou extremamente entediado aqui.

- e sua solução é usar o Skype no trabalho? – falou Jason me assustando. Ele estava ao lado de Adam – aqui não é lugar disso.

- falo com você mais tarde, Zoe – desliguei o Skype e Adam olhou com cara feia para Jason.

- não começa Jason – falou ele parecendo com raiva.

- não. ele está certo. Me desculpa.

- não precisa se desculpar Mike – falou Adam – Jason não é seu chefe. Eu sou e eu permito que você use o Skype.

- eu estou indo para a academia – falou Jason se aproximando de Adam e dando um selo na boca dele. Percebi que Adam ficou sem graça ao fazer isso na minha frente.

Jason se foi e Adam ficou parado perto da recepção olhando enquanto o marido ia embora. Eu por outro lado voltei ao meu trabalho e continuei a digitar a montanha de papel que tinha comigo. Era pouco mais das três da tarde Adam continuou lá na recepção mexendo no celular. Disfarçando. Ele não me engana.

- o senhor precisa de alguma coisa?

- não, eu só…

- então dá para o senhor ir para a sua sala? Está me incomodando. Obrigado – falei olhando novamente para o computador.

- eu parei de fumar – falou Adam puxando assunto.

- bom pra você.

- acho que eu acabaria cumprindo a promessa que fiz.

- fique sabendo que eu vou não cumprir a minha. Não que você se importe já que está casado.

- se a situação fosse diferente, Mike…

- eu não quero ouvir suas desculpas, Adam. Eu só queria meter o tapa na sua cara de cachorro e eu já fiz isso.

- você tem todo o direito de estar com raiva de mim, Mike. Eu sei que o que fiz foi errado, foi pura sacanagem, mas tem toda uma história por trás disso. Uma história que eu adoraria contar para você, mas não aqui.

- é humilhante – falei olhando para ele – estar aqui outra vez sendo o seu assistente enquanto você está casado com outra pessoa.

- eu sei e eu sinto muito. Sei como você se sente.

- Não. Você não sabe. Você me humilhou Adam. Você me humilhou na frente de nossos amigos. Na frente do meu pai. Você não sabe como é revoltante.

- se você me desse uma chance de explicar…

- sabe o que é pior? – falei respirando fundo interrompendo-o.

- o que? – perguntou Adam curioso.

- eu gostaria de ouvir o que você tem a dizer. Ouvir toda história que há por trás disso.

- sério? – perguntou Adam.

- sim – falei me levantando – nós podemos ir pra sua sala e você me conta lá.

- eu adoraria – falou Adam lambendo os lábios ao me ouvir dizer aquilo. Vi os pelo de sua barba se arrepiarem – eu achei que não teria mais chance com você.

- Achou certo. Não tem – voltei a me sentar – se der pra você e sua história irem para a sua sala eu agradeceria e muito. O Sr. Wheeler vai me ligar daqui a pouco e quando ele fizer isso não quero perder a ligação por estar ouvindo as suas ‘estórias’ de todo o seu bla bla bla.

Adam engoliu em seco caminhou lentamente de volta para a sua sala.

- Se eu fosse você tomava cuidado. Não existe nada mais perigoso do que um homem humilhado.

- o que você disse? – perguntou Adam voltando. Ele parecia bem mais agressivo.

- o que você ouviu.

- sei que você se sente mal por tudo o que aconteceu, mas você não tem o direito de me tratar dessa forma – falou Adam se aproximando irritado – especialmente aqui no trabalho.

- ele tem todo o direito! – falou Drake aparecendo. Adam olhou para ele

- o que você disse?

- o que você fez tão tem perdão. Você brincou com o garoto, Adam. Eu tenho muito respeito por você, mas deixe-o em paz. Ele só está tentando passar por tudo isso. Imagine como deve ser difícil ter que sentar aqui e ver você ir de um lado para o outro com Jason.

- okay – falou Adam tentando se acalmar – sinto muito – falou ele olhando para mim. Ele voltou a caminhar e entrou na sua sala.

- como você está? – perguntou Drake.

- estou bem – falei olhando para ele – obrigado pelas palavras.

- sem problema. Eu te entendo – falou ele colocando a mão dele em cima da minha.

- obrigado – falei olhando para o telefone que começou a tocar – deve ser o Phil.

Atendi a ligação e era Phil. Drake se foi e eu procurei o arquivo que ele pediu e passei todos os dados. Ally voltou e depois que finalizei a ligação com Phillip eu desliguei meu computador e sai para o meu lanche.

Assim que entrei na lanchonete eu ouvi alguém chamando meu nome. Olhei para trás e vi Andrea e Molly sentadas em uma mesa. Eu não pretendia me enturmar com ninguém, mas para não fazer feio tive que ir e me sentar com elas.

- como está indo a primeira semana? – perguntou Andrea.

- está indo tudo bem. O trabalho no geral é fácil eu já trabalhei nessa mesma posição á alguns anos então estou gostando.

- e como está sendo a tensão de trabalhar para o Adam depois do que aconteceu? – perguntou Molly.

- eu contei pra ela, me desculpe – falou Andrea – sobre a festa de casamento.

- eu sinto muito – falou Molly – não quero me intrometer, mas é que eu tenho trabalhado com Adam e mais de um ano e eu nunca o vi com ninguém. Eu admito que até eu tive interesse nele por um tempo – com todo o respeito – falou ela olhando pra mim.

- não precisa falar isso. Ele não é meu – falei brincando – fala isso pro Jason.

- eu não sei se conseguiria – falou Andrea tomando seu Latte.

- obrigado – falei pegando meu café e tomando um gole – sei lá eu estou morrendo de ódio dele, mas eu sinto que isso está me fazendo mal.

- não fica sentindo ódio dele. É como beber veneno e esperar que ele morra – falou Andrea.

- você precisa é transformar esse ódio em amor e encontrar outra pessoa – Molly tomou um gole do seu suco.

- na verdade eu estava pensando em ficar na minha.

- você mesmo disse que ficou na sua por dois anos e foi só ver o Adam que correu pros braços dele – falou Andrea – e olha no que deu?

- eu não sei…

- não estamos dizendo pra você sair pegando geral. Só estamos dizendo pra sair. Esquece Adam. Esquece Jason. Pense no Mike. Só isso que estamos dizendo. Você não precisa amar o Adam, mas também não precisa odiá-lo. Ele está casado. Tanto faz como tanto fez.

- acho que vocês estão certas. Eu estava louco pra chegar o fim de semana pra passar ele trancado dentro do meu quarto, mas acho que vou sair hoje pra beber.

- exato. Não se rebaixe – falou Andrea com pulso firme – e cá entre nós: o tapa que você deu nele foi magnifico.

- eu teria feito o mesmo – falou Molly rindo.

Depois que acabou o horário do lanche eu voltei para a minha mesa e continuei o meu trabalho. Naquela manhã eu tinha ido as aulas com Ally então a tarde toda eu teria que ficar na empresa. O pagamento era semanal então tinha tudo pra poder sair naquela noite. Resolvi ligar novamente para Zoe no Skype.

- finalmente! – falou ela atendendo. Estava no mesmo lugar.

- Zoe, o que você acha que sairmos para beber hoje?

- você está falando sério? Essa é a primeira vez que você me chama pra sair.

- é que hoje tem festa na KAO e se eu ficar lá vou acabar chupando dois ou três e acordar todo vomitado. Cansei de ficar satisfazendo aqueles caras só por diversão. Quero sair e conhecer alguém de verdade.

- Mike você sabe que eu sou a primeira pessoa a dizer ‘sim’, mas hoje eu não posso. Minha mãe me ligou e disse que vamos jantar hoje a noite com minhas irmãs.

- que saco.

- sim. é um saco, mas você sabe que é ela que me fornece a grana. Se eu não for ela vai cortar o meu cartão de crédito.

- tudo bem, eu entendo.

- podemos deixar pra próxima semana.

- não. Eu vou sozinho mesmo.

- estou gostando de ver amigo.

- é que recebi alguns conselhos hoje. Conselhos parecidos com os seus. São três contra um. Decidi sair.

- você vai no bar do campus?

- pra aquele tal de Larry ficar se gabando do pau de vinte e três centímetros? Nem pensar. Vou pesquisar aqui os melhores e mais sofisticados bares gays da cidade. Vou escolher um deles.

- na verdade eu conheço – falou ela mexendo no notebook – ele se chama… Cavalo Branco  -falou ela me enviando o link para o site do bar.

- tem certeza que é um lugar para mim? Esse é um daqueles bares underground como o The Firm? Porque eu não tenho nada contra o que eles fazem lá dentro, mas aquilo não me excita nem um pouco.

- claro que não. seu chato. O ‘White Horse’ é um bar mais sofisticado, pra pessoas mais discretas. Muitos casais gostam de ir beber por lá.

- esse é meu lugar. Um lugar civilizado – cliquei no link e vi as fotos do bar. Um lugar agradável e muito bem decorado com mesas reservadas para aqueles que querem ficar um pouco mais a vontade, mas ainda sim estar em um bar. Bancos em forma de ‘U’ acolchoados de vermelho. Não dava para ver o que se passava nas mesas ao lado.

- você vai mesmo?

- vou sim.

- me liga qualquer coisa.

- nem que eu quisesse. Esqueceu que meu celular foi quebrado em milhares de pedaços?

- compra um descartável só para poder me ligar caso algo aconteça.

- vou comprar sim – falei olhando em volta – vou desligar antes que alguém desagradável retorne.

- um abraço e um beijão. Me conte tudo depois.

- conto sim – falei desligando o Skype e voltando ao trabalho. Phil voltou do tribunal e agradeceu pela ajuda. Por volta das cinco e quarenta quase todos já tinham ido embora. Menos Drake e Adam. Sentei-me e fiquei lá encarando a tela do computador vendo o bar já que não tinha mais trabalho.

Pouco antes das seis o meu telefone tocou.

- Posso ajudar em algo Sr. White?

- venha até minha sala, por favor.

- sim senhor.

Desliguei o telefone e fui até a sala de Adam. Abri a porta e vi que não havia ninguém dentro da sala.

- Adam?

- estou aqui – falou ele do lado esquerdo. Estava escondido pela porta.

- o que você precisa?

- de nada especifico – falou ele terminando de colocar uísque em um copo. Ele levou até a boa e tomou um gole – eu só queria te ver antes de ir pra casa.

- você pode me ver quando passa lá pela recepção. Não precisava me chamar aqui pra isso.

- você sabe que eu te amo e sempre vou te amar, não é?

- você tem um jeito engraçado de demonstrar isso.

- meus filhos perguntam por você – falou ele tomando outro gole da bebida – talvez você posse ir vê-los algum dia desses.

- e sua ex esposa, Megan? Como ela está? Você conversa muito com ela?

- não. Faz tempo que eu não a vejo. Anos.

- e seus filhos ficam com quem?

- com ela. Eu os tenho no fim de semana – falou Adam tomando o restante da bebida. Ele colocou o copo de volta e olhou para mim caminhando na minha direção – se eu te pedir um beijo você me dá? Nem que seja só um selo?

- claro que não, Adam. Eu não te entendo. Você diz ‘A’, mas age como ‘B’. Você acabou com o estoque de amor que eu tenho por você com suas ações.

- presta atenção nas minhas palavras, Mike. Por favor. Eu te amo – falou ele pausando – eu-te-amo.

Adam parecia um homem de meia idade passando por problemas psicológicos. Ele não falava nada com nada. Será que ele tem Alzheimer ou algo sério? É a punica coisa que consigo pensar.

- posso ir?

- pode – falou ele esfregando a mão na barba.

Eu voltei para minha mesa e pouco depois que eu me sentei Drake saiu de sua sala se despedindo de Ally e veio até a minha mesa.

- preparado pro fim de semana? – perguntou ele com a mala das mãos.

- sim. Bom fim de semana pra você – falei forçando um sorriso e me despedindo.

- você tem planos pra hoje a noite? – insistiu Drake.

- na verdade tenho e inclui muito estudo – falei rindo – vou ter que passar o fim de semana todo com a cara enfiada nos livros.

- se por acaso você quiser descansar um pouco a mente é só me avisar.

- aviso sim – falei apertando os lábios torcendo para que ele saísse de lá antes que Adam o visse, mas o destino me odiava. Adam saiu da sala com sua mala na mão e viu Drake apoiado na minha mesa e tenho certeza de que ele percebeu.

- até segundo – falou Drake para Adam que apenas respondeu movendo a cabeça lentamente.

- acho que também já vou – falou Drake estendendo a mão e eu apertei a mão dele – bom fim de semana.

- pra você também – falei me sentindo aliviado quando ele entrou no elevador.

- aqui está um clima estranho – falou Ally desligando seu computador.

- você acha? – falei me levantando e empurrando minha cadeira. Peguei a minha mochila. Ally e eu pegamos um Uber de volta para o campus e assim que chegamos eu me despedi dela e desejei um ótimo fim de semana. Ao chegar na fraternidade percebi que eles já estavam preparando tudo para a festa do fim de semana.

Fui para meu quarto e escolhi a minha melhor roupa e tomei um longo banho. Coloquei Zoe no Skype para ela opinar e dizer o que achava da minha roupa. Ela me fez trocar três vezes até que finalmente gostou de uma. Uma calça jeans preta, camisa branca de botões e um sapatênis castanho.

- como estou? – perguntei dando uma volta.

- o que aconteceu com o curativo?

- eu mesmo arranquei os pontos com o alicate de unha.

- você é maluco.

- eu não queria ir com um curativo repelente na testa.

- imagina o quão repelente você será quando perguntarem o porque da cicatriz – Zoe deu risada.

- eu vou dizer que escorreguei e bati a cabeça na piscina. Já está tudo ensaiado. Você acha que eu vou dizer a verdade?

- devia. Começar um relacionamento da maneira certa – Zoe moveu o notebook e então se levantou – como eu estou? – falou Zoe se levantando e virando. Ela estava com um vestido bem comportado e sem os piercing. A mãe odiava que ela usava isso e ela fazia o papel de boa filha pra continuar sendo bancada afinal ela só tem direito a herança quando completar vinte e oito anos. Obra da mãe.

- Essa roupa está uma anti-Zoe.

- perfeito – falou ela voltando a se sentar – só preciso aguentar algumas horas.

- nós nos vemos amanhã de manhã.

- boa sorte.

- pra você também – desliguei o notebook e o coloquei em cima da mesa de estudos.

Estava pronto para poder ir e quando sai do meu quarto eu vi Joe. Ele estava com um sorriso no rosto e apertou a minha mão.

- Vai ficar para a festa de hoje, Mike?

- não. vou sair.

- fico feliz por você – falou ele com um sorriso – encontrou alguém especial? Seguiu meu conselho?

- eu meio que estou seguindo. Vou a um bar hoje.

- espero que você tenha sorte.

- eu também – falei animado.

Antes de sair pedi para um dos irmãos chamar um Uber para mim. Eu agradecido e fiquei do lado de fora da fraternidade esperando. Estava escuro e a música tocava alta na casa. A festa já tinha começado e eu não via a hora de sair dali pois tinha certeza que se ficasse ali eu acabaria como no fim de semana passado. Estava aguardando o Uber e vi um homem de boné se aproximando da casa. Quando ele chegou mais perto vi que era o professor Patrick.

- boa noite, Mike – falou ele olhando para mim.

- boa noite professor. Veio para uma festa?

- claro. A KAO dá a melhor festa do Campus.

- é o que dizem  -falei respirando fundo.

- Xavier e Steve me contaram o que aconteceu – falou o professor pausando – sinto muito.

- não precisa sentir. Eu já senti e desempenhei bem o meu papel de otário.

- como Professor e Chefe eu digo que o que você fez com Adam naquele primeiro dia de trabalho foi errado em muitos níveis.

- todo mundo disse isso. Especialmente a Ally.

- Só que como amigo eu digo que ele merecia mais – falou o professor rindo – muito mais.

- Não adianta me vingar dele. Nem bater nem xingar. Adam é um homem infeliz que faz escolhas infelizes. Ele sempre escolhe poder e dinheiro. Foi assim desde que eu o conheci.

- então você tem sorte por nunca ser escolhido, não acha?

- talvez.

- você não vai entrar?

- não. na verdade estou saindo.

- bom pra você – falou Patrick dando um tapa nas minhas costas. Um tapa amigável – bom passeio pra você.

- boa festa pra você.

Meu professor se foi e eu aguardei mais alguns minutos na porta da fraternidade até que o meu Uber chegou.

- prontos ou não, lá vou eu – desci as escadas da casa e passei pelo gramado entrando no Uber.

Não esqueçam de deixar aquele voto e aquele comentário. Obrigado a todos por lerem e por votares e comentarem. hoje ainda está mais um capítulo pra vocês. O título desse capítulo veio da música 'Ready For The Weekend' da Icona Pop. Um abraço e um beijão para vocês.