Capítulo 10: Olha o Que Você Me Fez Fazer | Conto: Paixão Secreta | Temporada: 6ª

OLHA O QUE VOCÊ ME FEZ FAZER capítulo dez

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E

stava em um cômodo escuro. Não conseguia ver nada do que estava á minha frente. Tudo o que sabia é que estava sentado em uma cadeira de metal. Havia algemas em minhas mãos e algemas em minhas pernas. Estava usando uma máscara negra de látex que cobria meu rosto por completo. Eu não conseguia me mover, não conseguia ouvir. A parte estranha é que não estava sentado em uma cadeira. Estava pendurado pelo tato ganchos estavam enfiados em minha carne. Eu era um escravo sexual em um cômodo de alguém. Havia cerca de 20 ganchos enfiados no meu corpo que me seguravam. Eu estava suspenso. Meu corpo coberto com uma roupa de látex preta. O coro da minha barriga, do meu peito e das minhas pernas estavam sendo puxados sustentando o peso do meu corpo. Havia sangue

- Boa noite, Gimp – falou a voz rouca abrindo a porta do cômodo. Olhei para o lado e vi que era Adam. Ele tinha um sorriso em seu corpo. Ele estava usando uma roupa de látex preta como a minha.

- o jantar está pronto, amor – falou Jason parado atrás de Adam – você não vem?

- vou sim – falou Adam com um sorriso dando um selo na boca de Jason. Adam estava colocando um par de luvas pretas e segurava a máscara de sua roupa – eu só vou alimentar o Gimp e já vou.

- não demore – falou Jason.

Adam fechou a porta atrás de si e veio caminhando ainda sem a máscara. Eu tinha uma bola vermelha colocada em minha boca que me impedia de dizer algo. Adam passou a mão levemente em meu rosto com um sorriso malicioso e então pegou um vidro e Álcool e começou a esterilizar os ganchos enfiados em mim. Eu comecei a me mover com a dor, mas eu não conseguia mover os dedos na minha mão.

- Shhhhh! Vai passar logo – falou Adam com um sorriso continuando a passar o álcool. Em certo ponto ele apenas virou o vidro em cima dos ganchos enquanto ele escorria junto com o sangue fazendo eu me contorcer. Eu estava babando com a dor tentando dizer algo – fica quieto, Gimp.

Adam então colocou a máscara de látex e agora eu conseguia apenas ver os seus olhos. Ele foi até um pequeno refrigerador e pegou de lá de dentro uma vasilha de plástico com pasta dentro. Parecia ser uma papa cor marrom de cheiro horrível.

- eu sei o que é melhor para você – falou Adam tirando a mordaça com a bola da minha boca. Ele pegou a pasta com a colher e levou até a minha boca. Eu não conseguia falar mesmo sem a mordaça. Eu apenas conseguia gemer como um bebê – a melhor coisa que eu fiz foi arrancar seus dentes – falou Adam com um sorriso trazendo a pasta até a minha boca – agora você mama tão gostoso – falou ele rindo – uma pena que Jason arrancou sua língua, mas ele ficou com ciúmes. E você sabe como ele é – falou Adam levando novamente aquela pasta marrom até a minha boca.

Senti vontade de urinar e eu o fiz. A urina começou a escorrer pela minha roupa e a pingar. Adam pareceu irritado ao ver aquela bagunça.

- que droga, Gimp – ele levou a vasilha até minha urina e começou a coletá-la. Ela caiu por cima da pasta marrom – que bagunça é essa?

Eu urrei tão alto pedindo pro ajuda, por estar acorrentado naquele lugar que Adam com raiva pegou a pasta marrom com a urina e jogou na minha cara e na minha boca. Comecei a me mover com força querendo gritar e os ganhos do meu peito rasgaram a minha pele e eu fiquei pendurado pelos ganchos da barriga e da perna. Não demorou para que a carne rasgasse me fazendo cair de vez no chão. Eu estava cheio de lágrimas. Sentindo uma dor tão grande.

- olha só que bagunça você fez – falou Adam tirando a máscara e respirando fundo – agora eu vou ter que te pendurar pelas costas – falou ele ofegante lambendo os lábios – adivinha quem vai ter que comer tudo batido no liquidificador? – falou ele se abaixando.

A minha cabeça estava doendo. Quando abriu os olhos não consegui enxergar de imediato. Tudo estava embasado em meu campo de visão. Tentei me mover e percebi que não estava morto. Sentia minhas pernas, meus braços e tudo o mais.

- eu morri? – falei olhando para o lado – Deus, é você?

- Não. Sou eu – falou Zoey sentada ao meu lado. Olhei para ela e achei que ainda estava dormindo – seu cabelo está verde ou eu perdi a capacidade de ver cores com a pancada na cabeça?

- não – falou Zoey se levantando e balançando a cabeça – eu pintei de verde. Gostou?

- sim – falei sentindo uma dor da cabeça – ficou bem em você.

- o que você fez? – perguntou Zoey – porque você tentou se matar?

- eu não tentei me matar. Só queria pular na piscina.

- do telhado da sua fraternidade? – perguntou Zoey.

- Zoey Carlson? – falou o professor Patrick abrindo a porta – o que está fazendo aqui? Você sabe que não deveria estar aqui.

- desculpa professor eu queria estar aqui na hora que ele acordasse – falou Zoey acenando – vou estar lá fora.

- como você está Sr. Fabray? – meu professor fechou a porta e caminhou na minha direção.

- estou bem – falei respirando fundo – o que aconteceu?

- você levou sete pontos na testa. Nada de pior aconteceu.

- porque o senhor está aqui?

- você não tem nenhum parente próximo. Na verdade os números de contato para emergências que você deixou são todos falsos. Sendo assim eu tive que vir aqui e fazer esse papel.

- eu sinto muito.

- não sinta – falou ele lambendo os lábios – o psiquiatra do hospital deve vir falar com você em breve.

- eu não estou maluco – falei tentando me sentar na cama – eu não tem tentei me matar.

- o primeiro passo é admitir.

- mas eu não tentei me matar. Eu só… estava com raiva. Possesso.

- o que seus colegas da fraternidade descreveram parece muito com um surto psicótico.

- sim, mas já passou. Eu tive um pesadelo horrível antes de acordar e eu só quero ir embora.

- eu não recomendo isso.

- não precisa professor – falei me sentando na cama e jogando o cobertor para o lado – eu já passei por muita coisa na vida e esse foi só mais um tropeço. Eu vou me levantar como todas as merdas de vezes.

A porta do quarto se abriu e dois médicos entraram. Era o psiquiatra e o médico que tinha me atendido.

- onde você está indo? – perguntou o psiquiatra.

- embora.

- você não recebeu alta e decido a tudo o que aconteceu eu não recomendo que vá embora.

- eu não tentei me matar. Será que alguém pode me escutar? Eu tive um surto psicótico? Talvez, mas eu não tentei me matar. Se eu quisesse morrer eu teria feito isso de uma maneira que fosse mais eficaz.

O médico olhou para o psiquiatra e depois para o professor Patrick

- eu não recomendo que ele vá embora.

- eu me responsabilizo por ele – falou o professor estendendo a mão e assinando os papéis dizendo que eu estava indo embora contra a recomendação médica. Ele se responsabilizava por isso.

Os médicos saíram e então o professor pegou a mochila e me entregou.

- obrigado professor.

- de nada – falou ele caminhando até a porta – vou estar te esperando aqui de fora.

Peguei a minha roupa e a vesti com a maior rapidez. Fui até o espelho do quarto e tirei o curativo dando uma olhada no machucado. A última coisa que me lembro é de pular do segundo andar para dentro da piscina e acertar a cabeça na beirada e cair dentro da água.

Quando sai do quarto com a mochila nas costas vi professor Patrick e Zoey com os cabelos verdes se levantando. Zoe segurou na minha mão e e nós caminhamos para fora do hospital.

- o que achou dos meus cabelos?

- ficou bonita – falei rindo.

- sério?

- sim. de verdade. Combinou com você.

- obrigada – falou Zoe.

- posso saber quando é que você pintou esse cabelo?

- ontem a noite depois que voltei a festa. Sei lá. Quis mudar um pouco o visual.

No carro do professor eu me sentei no banco de trás e nós seguimos em silêncio para o campus da universidade. Em minha mente um monte de coisas se passavam. Eu simplesmente odiava Adam. Nunca odiei ele com tanta força. Se eu o visse na minha frente eu acho que o esfaquearia por ser um canalha mentiroso.

De volta a fraternidade ninguém perguntou o que tinha acontecido comigo. A minha janela já havia sido trocada e meu quarto estava arrumado novamente. A única coisa boa de estar em uma fraternidade é que os irmãos levam a sério a palavra ‘irmão’. Eles cuidam de você quando você precisa, não fazem perguntas e apenas ajudam.

O fim de semana foi tenso. Eu passei a noite assistindo a comédias românticas e tomando sorvete chorando toda vez que o filme chegava ao ponto romântico. Netflix estava cheio de filmes LGBT e eu tive inveja dos filmes de romances. Adam era um canalha sem coração e estava arruinando a minha vida. Arruinou a minha vida desde que eu o conheci. Porque eu amo um cara tão canalha? Era a pergunta que eu me fazia. Algumas músicas dizem que o amor machuca, mas o amor não machuca. Pessoas machucam usando o amor como desculpa. O amor que tenho por Adam dói em mim. Dói tanto. Arde tanto. É como um veneno. Uma droga.

Todo o sábado e domingo eu só sai do quarto para poder pegar sorvete, refrigerante e salgados na geladeira. No domingo a noite os irmãos estavam assistindo ao jogo na enorme televisão da sala. Eu passei por eles tentando não ser notado e quando cheguei a cozinha para  pegar mais refrigerante e salgadinhos Joe me assustou ao chegar na cozinha.

- oi, Mike?! – falou ele se apoiando no balcão – como você está?

- estou bem – falei colocando o refrigerante em cima do balcão.

- não parece – falou ele me observando – você está parecendo a Britney Spears em 2007.

- tem certeza que você não é gay? – falei tomando o refrigerante na boca e colocando alguns salgados enquanto em sentava na cadeira próximo ao balcão.

- o que eu quero dizer é que você não parece bem. Passou o fim de semana todo no quarto.

- é que estou triste.

- posso fazer uma pergunta pessoal? – ele veio até os salgados e pegou alguns.

- você me comeu. Pode perguntar o que quiser.

- você fez aquilo tudo por causa de um cara?

- mais ou menos.

- ele vale a pena todo esse sofrimento?

- não – falei respirando fundo e pegando um monte de salgados e jogando na boca – é por isso que estou me sentindo péssimo todo o fim de semana. Estou comendo muito sorvete, muito chocolate, chorando muito e sofrendo muito. Eu jurei a mim mesmo que esse fim de semana era o último em que minha vida giraria em torno dele. Eu disse a mim mesmo:

‘Mike, esse fim de semana você vai sofrer tudo o que tem que sofrer. Esse é o seu fim de semana. O fim de semana de ser otário e sofrer por quem não te merece.’

- A partir de amanhã eu não quero nem lembrar o nome dele, não quero ouvir a voz dele. O meu estágio começa amanhã e tudo o que eu quero é estudar. Só isso e nada mais.

- você está certo. Deixa esse otário pra lá – falou ele indo até a geladeira e pegando uma cerveja – você merece coisa melhor.

- um brinde a isso – falei levantando a lata de refrigerante.

- um dia você vai encontrar alguém que vai te fazer feliz e esse cara vai vir atrás de você. Escreve o que eu estou dizendo.

- espero que sim – falei forçando um sorriso e terminando o refrigerante.

Não imaginei que seria uma conversa com Joe que iria me levantar e me tirar daquela deprê, mas devo admitir que devo isso a ele. Naquela manhã de segunda feira vesti o meu terno e fui preparado para o meu primeiro dia de  trabalho. Ally e eu combinamos de encontrar o professor Patrick no estacionamento para podermos ir até a Horizon Associates. A advocacia que iriamos trabalhar.

- bom dia Ally – falei me aproximando dela e apertando a sua mão.

- bom dia Mike. Animado? Eu estou animada – falou ela ansiosa e nervosa.

- eu também – falei sentindo uma dor no estômago – fez um longo tempo que não trabalho.

- mas eu tenho certeza que vai ficar tudo bem desde que nós fiquemos em silêncio e prestando atenção em tudo o que eles falarem.

- sim – falei vendo o professor Patrick de óculos escuros se aproximando do carro. Ele destravou o carro.

- bom dia – falou ele apertando minha mão e a mão de Ally.

Ally e eu nos sentamos no banco de trás e Patrick ligou o carro e seguiu viagem para o nosso novo emprego.

- vocês estão animados? – perguntou Patrick parando no semáforo.

- sim – falou Ally – um pouco nervosa.

- e você Mike?

- também – falei respirando fundo.

- ótimo. é bom estar nervosos significa que estão ansioso para aprender. Todo o ano escolho dois alunos ara fazer o estágio conosco e eu nunca errei. Sempre escolhi os melhores. Preciso que vocês deem o melhor de si do contrário eu vou sair com cara de trouxa. Tudo bem?

- sim senhor – Ally e eu respondemos ao mesmo tempo.

- ótimo. você irão trabalhar com advogados de verdade, pais de família. Mãe de família. Não sã o colegas adolescentes. vocês tem que respeitá-los. Entendido?

- sim. entendido – falei olhando para fora. Havia um enorme prédio. Vi a faixada da Horizon Associates, mas ela estava sendo desmontada. Estava faltando algumas letras.

- Porque estão desmontando a fachada? – perguntou Ally.

- nós estamos mudando de novo – falou ele parando o carro no estacionamento e nós três descemos – nós estamos em processo de fusão com uma outra empresa.

- e qual será o nome de vocês? – perguntei enquanto caminhávamos para dentro do hotel.

- Royalty Group – falou ele tirando os óculos escuros enquanto entravamos no térreo do prédio.

Ele passou o seu crachá e liberou a entrada de Ally e a minha. Em seguida ele disse ao segurança que nós estaríamos vindo fazer nossas credenciais. Nós entramos no elevador e chegamos ao décimo primeiro andar. O andar estava cheio de pessoas trabalhando.

- aqui estão os advogados que não são sócios da empresa – falou Patrick – vocês dois não irão trabalhar aqui. você irão trabalhar no décimo segundo andar. Serão assistente de todos os sócios.

- sim senhor – respondi parado ao lado de Ally.

- esperem aqui. Eu vou chamar o pessoa para apresentar eles para vocês.

Patrick se foi por entre as paredes de vidro e desapareceu. Ally e eu olhamos em volta fascinados para a quantidade de advogados que trabalhavam lá. Eu estava nervoso.

- você sabia sobre essa fusão? – perguntei para Ally.

- sim. Eu pesquisei sobre a empresa e ela está se juntando a uma outra empresa.

- legal – falei olhando em volta – e você sabe que empresa é esse?

- sim. A Focal Law Firm – falou ela.

- eu já ouvi falar dela em algum lugar, mas não estou me lembrando.

Nós ficamos lá parados e então vimos os advogados chegando. Patrick foi o primeiro. Logo atrás dele veio Drake. Para a minha surpresa. Em seguida eu vi Arthur e Andrea. Eles estavam no casamento de Roman. Junto a eles estava um outro advogado com camisa de botões vermelhas e calça jeans. O que me surpreendeu foi o que vi depois. Eu vi Xavier. Em seguida eu vi Steve e então eu vi uma assombração. Adam. Ao lado dele estar uma outra mulher. Focal Law Firm é a empresa de Adam.

Eu senti uma pontada no coração e comecei a andar. Como se eu estivesse sendo esfaqueado.

- Mi-Mike? – falou Ally atrás de mim – onde você vai? Mike?! – falou ela não sabendo se me segurava, andava ou voltar para sue lugar.

Eu caminhei calmamente em direção aos advogados e o primeiro a me ver foi Drake. Em seguida foi Xavier. Patrick olhou para mim e franziu a testa achando estranho eu estar lá. Adam estava rindo e conversando com a garota ao lado dele. Eu me aproxime ide Adam e quando fiquei na frente dele eu levantei a mão esquerda e com toda a força eu dei um tapa na cara dele. O som do tapa foi alto e Adam se assustou ao sentir seu rosto ardendo.

- Sr. Mickey Fabray! – falou Patrick alto.

O som do tapa foi tão alto que todos os advogados estavam olhando para mim e o lugar ficou em completo silêncio.

- ‘Vencer e Conquistar. Acima de tudo’ não é? – falei olhando para Adam que ficou me encarando sem qualquer expressão – é só isso que importa pra você, não é? A empresa e o dinheiro. Desde que você consiga o que quer o restante não importa. Somos só peões no seu jogo de poder e riqueza.

Me virei e Ally estava parada com a mão na boca sem saber o que tinha acontecido.

- vem aqui – falou Patrick segurando no meu braço e me puxando pelo corredor.

- espera! Patrick! – falou Xavier acalmando o sócio – nós conhecemos o Mike.

Patrick soltou meu braço e olhou para mim e depois olhou para Xavier e Steve. Ele parecia confuso e com raiva.

- o que está acontecendo aqui? – perguntou Patrick.

- precisamos conversar – falou Xavier.

- Ally e você ficam ali sentados – falou Patrick – sentados – reforçou ele.

Eu me sentei em uma cadeira e Ally se sentou ao meu lado. Ela parecia eufórica como se não acreditasse no que tinha visto. Ela não disse nada, mas sua língua corporal dizia tudo o que eu precisava saber.

- será que eles vão te mandar embora?

- talvez. Eu não quero trabalhar aqui mesmo.

- você é maluco, Mike? Esse é o emprego dos sonhos. Duas grandes empresas estão se unindo para formar uma grande firma de advocacia. Qualquer um com um pingo se senso não iria perder essa oportunidade.

- eu já perdi meu ‘senso’ a muito tempo.

Depois de uns vinte minutos eu vi Patrick aparecer e acenas com a mão dizendo que Ally e eu deveríamos ir até eles. Nós caminhamos seguindo Patrick pelo corredor. Passamos por algumas salas e chegamos até a sala de reuniões. Á mesa todos os sócios estavam sentados. A cadeira na ponta estava vazia. Do outro lado haviam algumas cadeiras e Ally e eu nos sentamos.

- pessoal esses são os dois alunos que escolhi para trabalhar conosco esse ano essa é Alison Savanna Ferrara e esse rapaz aqui é Mickey Fox Fabray como alguns de vocês já conhecem.

Todos eles acenaram para nós. Eu conhecia todos a não ser um homem e uma mulher. Conhecia Drake, Arthur, Andrea, Patrick, Xavier, Steve e Adam.

- Ally e Mike esse daqui é Philip Wheeler – ele apontou para o homem de camisa vermelha –e essa daqui é Molly Harrison – falou ele apontando para a garota que estava conversando com Adam.

Olhei para Drake e ele me encrava como se estivesse feliz em me ver. Eu não sentia nada em vê-lo a não ser vontade de ir embora daquele lugar.

- infelizmente o nosso fundador – Rufus McCormick – está em uma viagem para Nova York, mas deve chegar ainda essa semana.

- okay – falou Ally.

- antes de tudo eu gostaria de pedir que Mike pedisse desculpas pelo o que lee fez – falou Patrick.

- não precisa – falou Adam.

- okay, eu peço – falei olhando para Adam – me desculpa – falei respirando fundo – por ter dito a verdade. Eu sei que a verdade dói, mas precisa ser dita as vezes.

- Mike, por favor – falou Patrick – não me faça repensar a minha escolha.

- acho que os ânimos ainda estão um pouco exaltados – falou Drake.

Nesse momento olhei para o lado e vi Jason passando pelo corredor. Ao me ver Jason ficou me encarando, mas passou pela sala e virou no corredor. Eu sabia. Jason tem algo a ver com essa empresa. Por isso Adam se casou com ele. Vi que o celular de Adam vibrou. Era Jason perguntando o que eu estava fazendo lá.

- quem é aquele rapa que acabou de passar? – perguntei curioso.

- é Jason McCormick. Ele é filho do dono da empresa – falou Phillip.

- eu sabia – falei tentando cochichar, mas eu dei uma risada irônica – quer saber? Me desculpa pelo o que eu fiz – falei olhando para Adam – espero que o que eu fiz não atrapalhe a nossa relação interpessoal. Estou ansioso para trabalhar com vocês e espero que um erro honesto não atrapalhe isso.

- tenho certeza de que não terá nenhum problema – falou Patrick.

- concordo – falou Adam – o que passou, passou.

- cada um de vocês será assistente de cinco de nós. Vocês passarão um bom tempo aqui na empresa, mas algumas vezes vocês precisarão nos acompanhar em julgamentos, viagens e entre outras coisas.

Patrick foi até uma armário e tirou de lá uma caixa preta. Ele pediu que todos escrevessem o nome e colocassem dentro da caixa. Patrick escreveu o nome dele e o de Rufus McCormick. Em seguida ele balançou a caixa e a colocou na frente de Ally. Ela colocou a mão dentro e tirou um papel.

- Molly Harrison – falou ela colocando o papel em cima da mesa.

- sua vez, Mike – falou Patrick sentado.

Peguei a caixa e enfiei a mão dentro e tirei de lá um papel.

- Philip Wheeler – falei mostrando o papel. Ele levantou a mão mostrando que era ele.

- Patrick Casey – falou Ally tirando o segundo papel.

Coloquei a mão na caixa e tirei meu segundo nome.

- Adam White – falei com raiva por ter tirado o nome dele.

- isso vai ser interessante – falou Phil.

- Arthur Fields – falou Ally.

- Xavier White – falei mostrando o papel e colocando em cima da mesa.

- Steven King – falou Ally com um sorriso para Steve que piscou para ela.

- Andrea Spencer – falei mostrando papel.

- é isso ai! – falou Andrea feliz por eu ter ficado com ela.

- restam apenas dois papeis – falou Patrick enquanto Ally colocava a mão lá dentro. Olhei para Drake e ele me encrava. Acho que ele torcia para que eu tirasse o seu nome.

- Drake Haywood – falou Ally lendo o papel. Drake sorriu para ela.

Coloquei a mão dentro da caixa apenas por formalidade.

- Rufus McCormick – falei mostrando o papel e colocando-o em cima da mesa junto aos outros.

- retiro o que disse – falou Phil rindo – isso será mais interessante ainda.

Ele estava se referindo ao fato de eu ser assistente do pai de Jason – que por sua vez – deve fazer da minha vida um inferno ao descobrir o que Adam e eu fizemos. Isso se ele não em mandar embora na mesma hora. Talvez seja uma boa hora para pedir transferência para outro estado e sumir por dois anos mais uma vez.


Obrigado pelos comentários e votos. Espero que estejam gostando. O título de hoje é  da canção 'Look What You Make Me Do' da Taylor Swift Um abração a todos.