Capítulo 13: DIA 12 — 05h57min ás 23h18min | Conto: Crônicas de Perpetua: Homem Proibido — Livro Um

 Capítulo 13

DIA 12 — 05h57min ás 23h18min

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N

ão havia nenhum som. O relógio na cabeceira marcava em cores amarelas a hora. Pouco antes das seis da manhã. O sol estava para nascer. Estava deitado na cama com o rosto sob o ombro de Teddy e minha mão levemente repousada sob o seu peito. Ele dormia profundamente e seu rosto tinha uma expressão raivosa. Talvez ele estivesse tendo um pesadelo. Estava um pouco frio, mas Mike estava atrás de mim e seus braços estavam em minha barriga. Ele pressionava seu corpo contra o meu. Desde que nos deitamos as posições foram várias, mas parece que no fim das contas essa era a posição que nós amanhecíamos.

Mike tinha planos de explorar as Colinas da Ganância – era como ele as chamava – mas parece que ele adiou por uma semana. Acho que uma maneira de ficar mais perto de Ted e eu. Ele é um cara legal e eu aprendi a gostar da companhia dele. Ted não se importava e eu me sentia bem assim. Na minha vida inteira não tive nenhum homem em minha vida que gostasse de mim e que projetasse essa proteção oque eu tanto preciso. Agora eu tenho dois e não pretendo abrir mão de nenhum deles. Passei a mão pelo peito de Ted e senti os pelos roçarem meus dedos. Atrás de mim Mike se moveu na cama e respirou fundo. Percebi que ele tinha acordado. Virei meu corpo e Mike olhou para mim.

- bom dia! – falei colocando minha mão em seu peito.

- eu te acordei? – ele olhou para mim e pressionou os lábios.

- não. eu já estava acordado – Mike se aproximou e deu um selo em meus lábios. Ele respirou fundo e olhou para o alto encarando o teto.

- no que está pensando?

- nós vamos ter que explorar as colinas hoje. É um trabalho exaustivo.

- é só não ir. Fica aqui comigo. Nós três podemos curtir um pouco a companhia um do outro.

- eu adoraria, mas não posso adiar mais. Eu quero saber o que existe além dessas colinas.

- sabe… Clint e Melly me contaram sobre o seu passado.

Mike olhou para mim com um olhar enigmático. Ele engoliu em seco e me olhou com uma expressão triste.

- não precisa dizer nada – me aproximei e dei um beijo em seu peito – só queria que soubesse que eu sei.

- okay – falou ele com a voz grave que falhou. Ele forçou um sorriso e eu fui por cima dele. Segurei seu rosto entre minhas mãos e dei um beijo no seu pescoço e senti seu cheiro. Dei um beijo em seu rosto e um selo em sua boca.

- você está triste?

- não – falou ele me abraçando fazendo eu deitar em seu peito. Ele entrelaçou suas pernas ás minhas – só estou pensando em algo.

- no que?

- nada. Bobeira minha.

- fala amor.

- eu só estava aqui pensando que… se Teddy conseguir penetrar em você o que nós temos vai acabar? – ele disse cochichando para não acordar Ted.

- claro que não. Deixa de ser bobo.

Mike então se sentei na cama e se escorou na cabeceira. Ele me puxou e me fez deitar e sua perna. Ele afundou a mão em meus cabelos e começou a me fazer carinho. Ele estava pensativo.

- porque está perguntando isso?

- não é nada concreto, mas eu estive pensando sobre essa situação. Sobre Ted não poder te penetrar. Eu queria muito que ele tivesse o prazer que sentir o que eu sinto quando te como – falou ele com um sorriso.

- eu também queria – falei levantando a mão e acariciando seu rosto.

- acho que nós deveríamos experimentar.

- sério? Você não disse que eu morreria?

- essa é minha teoria, mas a verdade é que não sabemos o que pode acontecer. Talvez devêssemos tentar e dessa forma eu possa tentar descobrir o que causa isso.

- não sei se Ted vai concordar com isso.

- sabe o sangue que saiu de você quando Ted te penetrou? O sangue que saiu dos seus olhos, nariz, boca e ouvido?

- Sim. o que tem?

- o sangue não é seu. Eu fiz o teste de DNA com a amostra que guardei e usei o sangue que tirei de você e não é o mesmo. O sangue que sai de você é de outra pessoa.

- como isso é possível?

- não sei, mas isso quer dizer que se o sangue não é seu não existe risco de vida já que não está perdendo seu sangue.

- isso é uma coisa boa, não é? Quer dizer que pode ter cura.

- sim. talvez a teoria de que o motivo disso acontecer seja que o seu sangue e o de Ted sejam o mesmo esteja errada. Pode ser outro motivo. O nosso corpo aprendeu a se proteger. Talvez seu corpo esteja repelindo Ted por algum motivo.

- bom dia – falou Ted olhando para mim abrindo os olhos e espreguiçando na cama – bom dia meu amor – Ted se aproximou e deu um selinho na minha boca e então nossas línguas úmidas e quentes se roçaram antes de um carinhoso beijo no nariz terminar com tudo.

- bom dia Ted – falou Mike.

- bom dia – falou Ted olhando para Mike.

- preparado para explorarmos as cavernas hoje?

- claro.

- eu vou – falei olhando para Ted – e não quem me faça mudar de ideia.

- tudo bem – falou Ted – mas você precisa prometer que vai tomar cuidado.

- eu prometo – falei cruzando os dedos.

- sabe Ted… - falou Mike respirando fundo – eu estava aqui conversando com Kyle e nós falávamos sobre as coisas que acontecem com ele quando você o penetra.

- o que tem isso? – Ted pareceu curioso, mas um pouco bravo por estar falando sobre aquilo

- eu estava aqui dizendo ao Kyle que fiz uma analise do sangue que saiu dele e a verdade é que o sangue não é de Kyle. É de outra pessoa.

- sério? – perguntou Ted confuso – e o que isso quer  dizer?

- que Kyle não corre risco de vida quando você o penetra.

- eu já sei onde isso vai dar e a resposta é não – falou Ted se sentando na cama.

- escuta Ted, por favor – falei me sentando.

- não. eu não quero saber.

- espera – falei dando a volta na cama e segurando Ted – eu quero muito, muito, muito fazer amor com você. Eu quero sentir você dentro de mim. Eu quero que você me sinta da forma que eu sinto Mike.

- eu não quero te machucar.

- nós precisamos tentar. Mike vai observar e tentar descobrir o que causa isso. Talvez tenha uma cura ou um jeito.

- eu prometo que ficará tudo bem – falou Mike respirando fundo.

Ted olhou para mim e depois para Mike. Ele coçou a cabeça e olhou para baixo. Levou a mão até a cueca e coçou o membro mole e em seguida olhou para mim.

- tudo bem – falou Ted respirando fundo – eu concordo.

- faremos hoje a noite.

- combinado – falei com um sorriso dando um selinho em Ted.

- eu vou tomar um banho para podermos sair – falou Ted indo em direção ao banheiro, mas eu segurei em sua mão.

- vamos nós três – falei estendendo a mão e Mike a segurou e nós entramos no banheiro. nós tiramos nossas cuecas e entramos no box. Eu o fechei sentindo Mike acariciar minha bunda.

Ted estava já debaixo do chuveiro molhando os cabelos. Eu me aproximei dele e o abracei por trás acariciando sua barriga peluda e descendo até embaixo segurando seu pau com uma das mãos. Ted se virou e me empurrou contra a parede e começou a beijar a minha boca. Eu o abracei sentindo ele ferozmente mordiscar meu rosto e beijar meu pescoço.

- vai ser maravilhoso finalmente poder te comer – falou Ted com um meio sorriso.

- eu sou muito sortudo – falei levando uma das mãos até o pau de Mike que se aproximou de nós. Com a outra eu segurei o pau de Ted – tenho dois paus só pra mim. Um caralho mais gostoso do que o outro.

Ted se afastou um pouco e pressionou meus ombros para que me abaixasse. Segurei seu pau em minha mão e o coloquei na boca. De olhos fechados senti Mike esfregar a cabeça do seu enorme cacete na minha bochecha. Eu o segurei e o coloquei na minha boca batendo punheta para Ted.

- isso! Mama gostoso! – falou Mike ficando ao lado de Ted.

Juntei a cabeça dos dois paus e passei a língua entre eles sentindo o sabor das suas pirocas que estavam meladas. Parece que não importava quantas vezes fazíamos sexo eles sempre estavam com os paus melados.

- chupa meu saco! – ordenou Ted levantando o pau deixando seu saco peludo a mostra

Mike por sua vez se sentou no chão do banheiro e como eu estava agachado ele se aproximou e me levantou um pouquinho colocando a cabeça do pau na entrada do meu cuzinho e me soltou. Eu fui descendo devagarinho no seu pau e com o pau de Ted na boca usei a flexão das pernas para subir e descer no pau de Mike.

- shhhhh que caralho gostoso – falei de olhos fechados gemendo sugando o pau de Ted.

Ted segurou minha cabeça e a manteve parada enquanto ele movia a cintura para frente e para trás fodendo minha boca enquanto Mike me fazia cavalgar em seu pau.

- engasga com meu caralho – Ted pressionou seu pau fundo na minha garganta e o manteve pelo tempo que quis. Quando ele tirou uma grossa babas escorreu da minha b oca. Eu a usei para deixar seu pau lubrificado. Ted cuspiu na cabeça do pau e levou até minha boca me fazendo limpá-lo. Seu pau tinha um cheiro gostoso e viciante.

- meu cuzinho tá ardendo – falei olhando param eu pau que estava duro eu o segurei e enquanto cavalgava bati uma punheta sentindo meus buracos preenchidos.

Mike me fez ficar de pé e ele também ficou. Ele me colocou contra a parede de costas e abriu minha bunda.

- Ted, vem aqui lubrificar pra mim – falou Mike.

Ted veio até a minha bunda e cuspiu e passou a língua deixando ela bem molhada. O pau de Mike estava duro e balançando perto da minha bunda. Ted passou a língua no meu cuzinho e segurou o pau de Mike e levou até a boca dando uma chupada na cabeça deixando ela bem molhada. Mike deu um meio sorriso ao ver Ted fazer aquilo Ted veio até mim e começou a beijar a minha boca enquanto Mike metia o grosso caralho em mim m e fazendo gemer. Eu estava babando.

Ted se abaixou e foi até o meu pau e o colocou na boca. Eu fechei os olhos sentindo Mike aumentar as estocadas. Ele dava tapas na minha bunda enquanto Ted sugava meu pau dando um carinho especial a cabeça.

- caralho que gostoso! – falei abrindo os olhos sentindo Mike mordiscar minha orelha.

- gosta do meu cacetão?

- adoro – falei sentindo Mike tirá-lo por completo do meu cuzinho e guiando-o até a entrada e metendo com força – mete com mais força.

- você que manda! – falou Mike aumentando a força enquanto Ted me fazia delirar. Ele encostava o bigode nos meus pentelhos quando engolia meu pau.

- vou gozar Ted – falei sem fôlego – vou gozar.

Ted pareceu não se importar. Ele continuou a chupar meu pau e quando o primeiro jato saiu ele o engoliu continuando com a mamada até engolir cada gota da minha porra. Ao mesmo tempo senti quando Mike gozou. O pau dele sempre inchava dentro de mim esporrando sua porra quente em mim.

Quando Mike tirou o pau de mim eu me ajoelhei e Ted se levantou. Eu segurei o pau dele com força e comecei a bater uma punheta bem forte pra ele com movimentos rápidos. Ted levantou o rosto e começou a gemer e logo senti em meu rosto sua porra quente. Continuei a bater a punheta e sua porra caiu nos meus olhos, cabelos, bochecha. No final apertei seu pau e passei a língua na ponta do caralho provando seu sabor. Fiquei de pé e subi passando a língua por sua barriga. Ao chegar na sua boca nós demos um selinho. Meu rosto ainda estava melado. Olhei para Mike e ele se aproximou passando a língua meu rosto três vezes. Em seguida ele me deu um selinho e um beijo de língua. Me virei para Ted novamente e dei um beijo de língua. Mike me abraçou por trás e quando Ted e eu paramos de nos beijar Mike se aproximou e ele deram um selinho. Mike em seguida lambeu o rosto de Ted e eles deram um curto mas quente beijo de língua.

Enquanto tomávamos café da manhã Mark e Rodolfo apareceram prontos para irem explorar as cavernas que haviam nas colinas. Eu estava sentado entre Ted e Mike. O restante estava tomando banho de piscina.

- você também vai, Kyle? – perguntou Rodolfo se sentando.

- sim.

- eu também vou – falou Rose aparecendo com uma mochila nas costas – e não tentem me impedir só porque sou mulher.

- seja bem vinda – falou Mark apertando ao mão dela – será um prazer ter você conosco.

- quanto mais gente melhor – falou Mike.

Quando deixávamos a casa nós seguimos por uma trilha e damos a volta na mansão. As colinas iam até onde a vista alcançava, mas havia uma outra que era enorme e de alguma forma ela nos impedia de continuar. Nós caminhamos por longos minutos até que conseguimos chegar na colina inexplorada.

- todas as colinas – falou Mike apontando para atrás de nós – nós já mapeamos. A maioria leva a nada, tem buracos e armadilhas.

- aqui tem lanternas – falou Mark entregando uma para cada um – e Walkie-Talkie para podermos nos comunicarmos.

- nós vamos nos dividir em duplas? – perguntou Ted.

- não. Acho melhor cada um escolher uma. Dessa maneira vamos conseguir cobrir mais terreno em menos tempo. Tudo bem para vocês?

- tudo bem – falei olhando para Ted.

- okay.

- só um aviso – falou Mark – dentro das cavernas o tempo passa diferente.

- como assim? – perguntou Rose.

- trinta minutos dentro da caverna equivale á doze horas aqui de fora então sejam rápidos. Se vocês ficarem tempo demais podem acabar se perdendo e voltando daqui a um mês ou dois. Dependendo da quantidade de tempo que ficarem lá.

Todos concordaram e cada um pegou uma lanterna, um Walkie-Talkie e uma mochila com corda, uma faca e suprimentos como água e comida.

- te amo, tome cuidado – falou Mike se aproximando e dando um selo na minha boca.

Fui até Ted e dei um selinho em sua boca

- vai ficar tudo bem.

- te amo! – falou Ted dando outro selinho.

Nós nos dividimos e cada um entrou dentro de uma caverna. Foi engraçado. Era como se o clima e o ar dentro da caverna fosse diferente. Como se o ar fosse mais leve e a brisa sempre soprasse para dentro dela como se estivesse me puxando. Com a lanterna ligada e olhos bem abertos eu segui. A brisa as vezes parecia conversar comigo como se sussurrasse coisas em meus ouvidos. Parecia loucura, mas eu podia jurar que ela falava comigo.

- você parece frustrado – falou uma voz estranha em meus ouvidos. Não parecia ser feminina nem masculina. Era apenas uma voz que não consegui distinguir.

- tem alguém ai?

- sim – respondeu a voz.

- eu estou ficando maluco ou você está realmente falando comigo?

- você não tem medo de mim?

- estou acostumado a vozes em minha cabeça.

- eu não sou apenas uma voz. Eu estou aqui – falou a pequena criatura.

Eu parei e apontei a lanterna para trás e em seguida dei uma volta para frente. Foi quando eu levei um susto. Havia uma criatura de cabelos longos e brancos com olhos brancos e orelhas pontudas. Era uma figura feminina que estava nua.

- não tenha medo – falou ela sorrindo e dando um passo na minha direção.

- você é um fantasma? – dei um passo para trás assustado. Olhei para o relógio que Mike me deu e já estava lá a quatorze minutos.

- uma ninfa – falou ela vindo até mim e dando a volta me fazendo girar – como você se chama?

- Kyle..

- não vai perguntar como me chamo? – perguntou ela alisando os cabelos.

- você tem nome?

- claro bobinho. Meu nome é Calíope a Musa. Filha de Urano e Gaia.

- eu sou Kyle Columbus Bouchard. Não lembro o nome do meu pai e da minha mãe.

- você é engraçado – falou ela olhando para mim – o que você procura aqui?

- o fim dessa caverna. Na verdade você pode me ajudar e dizer se essa caverna tem fim. Ela leva para o outro lado da colina? Tem algo de interessante aqui?

- você faz muitas perguntas Kyle. A caverna não tem fim, ela não leva para o outro lado, mas tem algo interessante aqui. você quer ver?

- acho que não – falei me virando para ir embora, mas Calíope já estava atrás de mim.

- acho que  você vai querer ver isso.

- eu acho que não.

- essa cavernas não estão aqui por acaso Kyle. Elas servem para te mostrar o passado e o futuro – falou ela tocando meu rosto. Seu toque tinha um gosto doce. Era estranho, mas eu podia sentir o sabor.

- eu não quero saber o futuro.

- mas você quer saber o passado. Eu senti quando você entrou aqui. Você quer saber sobre o passado. Você não se lembra dele.

- eu não quero saber sobre o passado. Eu sei que meu pai e minha mãe me odiavam por ser gay. A minha irmã não ligava para mim.

- o mundo é diferente agora Kyle. Você não vai conseguir fazer sexo com seu amado enquanto não espiar o passado.

- como você sabe disso?

- eu sou a musa da fertilidade. Eu sei tudo relacionado a sexo – ela deu uma risadinha e passou correndo por mim – me siga e eu te mostro.

Calíope saiu correndo e eu parei olhando para trás. Tinha vontade de sair correndo dali, mas olhei para o relógio e vi que ainda faltavam nove minutos. Eu corri atrás de Calíope sacudindo a lanterna de um lado para o outro. Seus longos cabelos pareceram crescer e tudo o que via era eles balançando de um lado para o outro me mostrando onde deveria ir.

- chegamos! – falou ela me assustando quando chegamos a uma enorme parte da caverna. Tudo o que havia lá era um enorme baú.

- ali – falou ela apontando para o baú.

Eu me aproximei e me ajoelhei próximo ao baú. Eu passei a mão sentindo toda a poeira em minha mão. Eu assoprei o baú fazendo a poeira voar e usei as duas mãos para abri-lo. Não havia nada. Sabia que ela estava me enganando.

- não tem nada aqui.

Antes que pudesse olhar para trás senti as mãos da ninfa tapar meus olhos e um grito horroroso tomou conta da minha mente. Seus cabelos me envolveram e eu senti como se estivesse caindo em um precipício. Quando atingi o chão abri os olhos em minha cama. Estava em meu quarto. O quarto onde cresci. Estava suado e o cobertor estava jogado no chão. Eu senti uma forte dor no meu corpo e em meu rosto tinha algo melado. Grudento. Olhei para a porta do meu quarto e ela estava se fechando. Era meu pai que estava saindo.

Me levantei e fui até o banheiro do meu quarto e lavei meu rosto. Era estranho. Sentia como se todo esse tempo tivesse estado em um pesadelo em um mundo maluco. Olhei no relógio e ele marcava ás 23:18. Amanhã eu tinha aula, mas mão tinha feito o dever. Hoje era meu aniversário de dezesseis anos e em cima da minha cômoda estava o presente que meu pai me deu.

Me aproximei e peguei o embrulho. Assim que o rasguei eu tive uma surpresa. Havia uma embalagem com sete calcinhas fio dental. Uma para cada semana. Um pequeno bilhete trazia a frase ‘Use-as’. Peguei o presente e coloquei na gaveta do meu quarto e voltei a me sentar na cama. Eu respirei fundo e me levantei para ir lá embaixo tomar um copo de água. Abri a porta do quarto e caminhei pelo corredor. Ao passar pelo quarto da minha irmã ouvi alguns sons estranhos. A porta estava entre aberta e tudo o que vi foram vultos. Minha irmã tem treze anos.

Continuei caminhando e passei em frente ao quarto dos meus pais. Minha mãe estava de costas.

- onde está meu pai? – perguntei olhando para minha mãe.

Ela se virou para mim e eu levei um susto ao ver que ela tinha olhos negros e sua boca estava aberta como se alguém a tivesse rasgado. Ela estava dobrando as roupas. Sabia que meu pai não estava lá. Estava chovendo lá fora e estava escuro. A única coisa que iluminava o caminho eram os raios e trovões lá fora. Ao descer as escadas e chegar na cozinha eu olhei para o calendário: dezoito de setembro de dois mil e quatorze.

Fui até a geladeira e peguei um copo de água. Caminhei até a geladeira para ver as fotos de família e todas elas estavam com as cabeças recortadas. Minha conseguia ver o rosto do meu pai, da minha mãe nem da minha irmã. Em outra foto estavam os meus tios. Peguei a jarra de água e levei até a geladeira. O bolo estava lá dentro. Cheio de larvas. Passei o dedo no chantili e levei até a boca.

- Kyle? – falou uma voz feminina chegando a cozinha.

Fechei a porta da geladeira assustado, mas não vi ninguém.

- tem alguém ai? – falei assustado.

- Kyle! – falou uma voz feminina e masculina gritando muito alto. Vi um ser de dois metros com olhos negros e a boca aberta correndo da minha direção. Ele me empurrou no chão com todas as forças e quando abri os olhos estava deitado no chão da caverna.

- o que? Onde? – estava ofegante e suado. Olhei em volta e percebi que estava na caverna. Me lembrei da Ninfa que havia encontrado. O baú estava fechado. Eu peguei a lanterna e olhei para o relógio. Já havia se passado trinta e oito minutos.

Eu sai correndo com todas as minhas forças tentando sair daquele lugar antes que conseguisse chegar ao final bati meu rosto em algo. Ao abrir os olhos eu vi que era Ted. Ao me ver Ted não disse nada e apenas segurou no meu braço e me puxou para fora. O céu estava escuro e estava bem mais frio de quando eu entrei. Mark, Rose, Mike, Anita, Misty e Rodolfo estavam lá fora.

- você está bem? – perguntou Ted segurando em meu rosto.

- o que aconteceu? – perguntou Mike se aproximando – você se perdeu?

- não. eu estou bem – falei me lembrando da Ninfa e da visão que tive. Eu me lembrei um pouco do meu passado.

- tem certeza? – perguntou Ted.

- sim. eu só perdi a noção do tempo.

- que bom – falou Mike com um sorriso aliviado.

- você nos deu um susto garoto – falou Rodolfo segurando no meu ombro.

- eu sei – falei forçando um sorriso e seguindo Ted e Mike junto com o restante de volta á mansão.

- você não volta para essa caverna nem pensar – falou Ted.

-  concordo – falou Mike – e vamos deixar aquele outro assunto para amanhã.

- eu concordo – falei com um sorriso – quantas horas?

Ted olhou no relógio e olhou para mim.

- vinte e três horas e dezoito minutos.

Espero que estejam gostando. Estou adorando escrever pra você. Muitos mistérios chegando hehehe. Um abração a todos e obrigado pelos votos e comentários ;)