Capítulo 15: Clyde Holloway | Conto: Amor, Estranho Amor

CAPITULO  

QUINZE

Clyde Holloway

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D

epois de fazer sexo com Jesse eu tomei um banho e fui para o trabalho. Cheguei atrasado, mas o dono é meu tio e eu mandei um grande foda-se. Uma vez que o contrato estava assinado às regras estavam valendo. Eu precisava obedecer às regras e eu não tinha intenção de quebra-las. Meu irmão Jesse foi o primeiro. Não estava nos meus planos que ele fosse o primeiro, mas aconteceu e por fim ele se saiu tão gostoso quanto eu pensei que seria. No começou ele ficou um pouco retraído e mesmo depois de termos feito na cama dos nossos pais ele ainda estava um pouco envergonhado. Quando cheguei no trabalho eu fui ajudar Mary a organizar uma festa de formatura de um colégio e eu vi meu tio Noah e tio Jay saindo do elevador.

- bom dia pessoal! – falou meu tio Noah vindo até mim e dando um beijo no meu rosto. Ele então foi conversar com Mary.

Todos nós respondemos o bom dia e tio Jay ficou parado a uma certa distância mexendo no celular.

- bom dia Logan – falou tio Jay olhando pra mim e forçando um sorriso.

- bom dia Jay. Quer me dar um beijo no rosto? Eu deixo!

- estou bem – falou ele respirando fundo.

- é sério? – falei me aproximando dele – está com raiva de mim?

- o que você acha? – perguntando ele olhando pra mim – o que você fez comigo não se faz com ninguém.

- só porque eu não quis te dar? Eu te chupei e você gozou na minha boca.

- eu queria te comer Logan.

- você pode se quiser.

- A não! – falou ele rindo – eu não caio nessa de novo.

- é sério. Me desculpa pelo o que fiz naquele dia é que eu estava inseguro. Se você quiser mesmo apareça lá em casa no sábado. Com certeza a minha família vai aparecer pra um churrasco. Se você aparecer eu prometo que eu deixo você me comer.

- tem certeza? Porque seria sacanagem fazer aquilo comigo de novo.

- prometo tio Jay – falei cruzando os dedos.

- okay – falou ele finalmente dando um beijo no meu rosto.

Jay e tio Noah se foram e eu voltei ao trabalho. Nós estávamos escolhendo amostras de tecidos e cores para poder fazer a decoração e a roupa dos formandos.

- Jay ainda está no seu pé? – perguntou Lizzie.

- mais ou menos – falei rindo.

- porque você não cede logo? – perguntou Sharon reclamando – assim que você perder essa virgindade nós finalmente vamos poder sair pra uma noitada na sexta. O porre do sue pai não te deixa sair.

- meu pai e eu tivemos uma conversa. Agora ele me deixa sair.

- sério? – perguntou Sharon – então nós precisamos sair na essa sexta. O que você acha Lizzie?

- bem que eu queria. Minha irmã está passando a semana comigo e… eu juro que quando ela dormir vou ligar as trombas dela. Acredita que ela está grávida de novo? – falou Lizzie indignada. Tem trigêmeos pestinhas e engravidou de novo. Se vier trigêmeos eu juro me mudar pra Coreia do Norte. É o único lugar que ela não vai me encontrar quando ela brigar com o imbecil do marido e quiser ‘fugir’ pra passar um medo nele.

- deixa de ser mal Lizzie – falei rindo.

- eu vou mandar eles pra sua casa. Ai você vai ver o que estou falando.

- não mudem de assunto – falou Sharon – você topa Logan? Mesmo que Lizzie não vá?

- claro! Topo! Estou precisando sair mesmo.

- beleza então. Eu vou procurar um lugar bacana pra gente ir – falou Sharon com um sorriso. Eu acenei com a cabeça também animado para poder sair.

Quando a noite chegou meu velho veio jantar em casa o que era raro de acontecer. Ele havia colocando carne na churrasqueira para assar e colocado música para tocar. O maior milagre não era ele estar em casa e sim a família inteira não ter vindo pra aproveitar desse churrasco. Esse era o verdadeiro milagre. Desci as escadas e vi que meu pai estava lá fora na churrasqueira mexendo na carne com um charuto na boca sem camisa e apenas uma bermuda branca até o joelho. Minha mãe estava na piscina. ‘Meow’ fez o meu gatinho esfregando na minha perna.

- o que foi Sr. Harvey? Está com fome? – o gatinho olhou pra mim e depois de outro miado ele pulou nos meus braços e eu o peguei. Ele ficou lambendo meu rosto – quer comida?

- acho que ele quer carinho – falou meu pai olhando na minha direção.

- oi pai – falei me aproximando.

- oi filho – falou ele tragando o charuto e assoprando a fumaça – acho que ele quer carinho – falou meu pai outra vez – todo mundo merece um pouco de carinho as vezes.

- oi Logan! – gritou minha mãe na piscina e eu acenei.

- isso é uma indireta – falei fazendo carinho no gato que começou a ronronar.

- não – falou meu pai inclinando a cabeça e eu levei minha mão até os cabelos dele e comecei a acaricia-los. Meu pai sorriu com o charuto na boca.

- não vai ronronar? – perguntei ainda acari ciando seus cabelos.

- eu sou um tigre campeão. Não ronrono. Eu mordo – falou ele rindo. Ele veio até mim deu uma mordida na minha bochecha. Sr. Harvey pulou no chão e saiu calmamente até o gramado.

- fazendo churrasco?

- não. lavando o carro.

- hahaha – falei fingindo que estava rindo – vou voltar pro quarto.

- espera Logan – falou ele segurando no meu braço – é brincadeira – falou ele pegando um prato com carne e me entregando – coma. Sei que você adora picanha – falou ele pegando uma e levando até a boca.

- obrigado – falei pegando uma.

- quer refrigerante ou cerveja? – perguntou meu velho colocando o prato em cima da mesa e eu me sentei.

- Mountain Dew. Por favor.

Meu pai se foi e voltou uma com uma lata de Mountain Dew pra mim e uma lata da Corona Extra para ele. Meu pai se sentou a ponta da mesa e ficou me vendo pegar a carne e colocar na boca. Ele tinha um sorriso no rosto e colocou o charuto no cinzeiro.

- o que foi pai?

- não é nada – falou ele apertando os lábios – só estou feliz por ter um filho como você?

- e eu por ter um pai como você – falei tomando um gole do refrigerante.

- e então? Quem será o primeiro? – perguntou meu pai.

- na verdade… quem será o segundo né?

- o segundo? – perguntou ele surpreso.

- sim. o primeiro aconteceu hoje mais cedo.

- sério? Quem?

- meu maninho o Jesse… - falei apertando os lábios quase que sussurrando.

- o que? Seu irmão? – perguntou meu pai bravo.

- mas o senhor ta bravo?

- não – falou ele pegando o charuto – só… surpreso.

- eu não planejei. Ele veio aqui e acabou acontecendo.

- e como foi?

- foi bom – falei rindo – queria que o senhor estivesse aqui pra ver a cara dele quando eu mostrei a tatuagem que fiz em homenagem ao senhor.

- a que eu não posso ver?

- sim.

- até o Jesse viu e eu não posso?  Falou ele colocando o charuto na boca

- não senhor – falei lambendo os lábios – seis homens verão pela esquerda, seis pela direita, mas o senhor só verá depois que todos verem.

- muito engraçado – falou ele tomando um gole de sua cerveja – e quem será o próximo?

- sabe que eu não sei – falei pensativo – eu não sei como chegar nas pessoas e tal… com o Jesse acabou acontecendo.

- eu já sei com quem pode ser – falou meu pai pegando o celular – anota o número do detetive.

- aquele que veio da Flórida?

- sim. esse mesmo – falou meu pai  - posso falar?

- pode. Fala logo.

- (407) 555-9382.

- okay – falei anotando o número e salvando o contato como Detetive – eu vou conversar com ele.

- papai pode te dar uns conselhos se você quiser. Jesse é um cara bobão e é fácil agradá-lo. O detetive que DeLarosa tem quase cinquenta nãos igual seu pai aqui e homens como eu gostam de alguns coisas.

- como assim?

- não há nada que um homem goste mais do que um carinho.

- para pai. Esquece o gato.

- é sério Logan – falou ele assoprando a fumaça do charuto – homens gostam de muito carinho. Quanto mais carinho você der mais eles gostam. Especialmente depois de gozar.

- mas depois de gozar? Qual o sentido? – perguntei confuso – já gozou então não precisa.

- você é tão inocente – falou meu pai rindo – adoro isso! – falou ele apertando minha bochecha.

- diz logo Thad.

- me respeita garoto – falou ele respirando fundo e tomando sua cerveja – depois que vocês gozarem enche ele de beijos, carinho, vai lá na piroca dele e da uns beijos, faz um carinho… entende? Não tem nada melhor do que um carinho depois do sexo. Na verdade tem sim – falou meu pai pegando um charuto – fumar e receber carinho depois do sexo.

- o senhor e seus conselhos.

- ouça meus conselhos filhos. Eles são valiosos – falou ele acariciando meus cabelos com o charuto na boca – e um dia você vai usar esses conselhos comigo, não vai?

- vou sim pai – falei terminando o meu refrigerante – sabe… o contrato diz que o senhor precisa dormir pelo menos uma noite por semana comigo. Será que pode ser hoje?

- hoje não moleque. Vamos deixar mais pro fim de semana, pode ser? Geralmente mais no fim da semana eu estou puto e estressado e vou adorar dormir recebendo um carinho seu.

- pode ser – falei apertando os lábios – a carne está uma delicia – falei me levantando e lambendo os lábios. Tinha gosto de refrigerante. Coloquei o prato na pia externa e olhei pra piscina. Minha mãe dava piruetas lá dentro.

Lembrei da conversa que tivemos hoje cedo e fiquei imaginando se eu deveria contar ao meu pai o que minha mãe disse. Quer dizer, ele não poderia falar nada pra ela afinal ele já havia traído com uma tal de Mônica e tecnicamente meu pai a estava traindo comigo: seu filho que também é filho dela. Traição dupla na verdade. No fim nenhum de nós éramos santos e pelo bem da família decidi ocultar esse detalhe do meu pai. Por enquanto.

- quer dar uns beijinhos no pai? – perguntou ele se levantando e deixando o charuto no cinzeiro – aproveita que a mamãe ta na piscina.

- quero sim – falei respirando fundo.

- Vem! – falou meu pai indo para a cozinha e eu chegar lá ele se escorou em um dos balcões e assim que me aproximei ele segurou em minha cintura e eu já fui levando minhas duas mãos até seu peito e os alisei subindo até o ombro e descendo voltando ao peito.

- essa é a melhor parte do dia pai.

- também acho – falou ele rindo e fazendo com que a respiração viesse até meu nariz.

Aproximei meu rosto do dele e nossos lábios se tocaram em um selinho. Meu pai tirou um pouco a língua pra fora ante do próximo beijo e eu a senti na minha boca. Pressionei meu corpo contra o do meu pau e ele me puxou contra ele e nós nos beijamos apaixonados. Eu tocava seu corpo enquanto nos beijávamos e sentia meu pai excitado enquanto nós nos tocávamos. Devo admitir que eu estava excitado também.

- eu sou seu pai… - falou ele acariciando minhas costas – e eu exijo ver sua tatuagem.

- eu sou seu filho – falei rindo – e eu só mostro se o senhor me deixar mamar.

- não filho! – falou ele respirando fundo – entende o papai. Eu quero muito te dar de mamar. Te fazer chupar meu pau por horas e horas, mas quando você for meu, você será só meu. Eu consigo esperar – falou ele sorrindo e se inclinando ele olhou pela janela e minha mãe estava lá nadando.

- onde o senhor está enfiando todo seu ciúme?

- no seu cu – falou ele rindo – literalmente.

- o senhor tá duro – falei me esfregando no pau dele.

- se continuar esfregando assim vou gozar na cueca – falou ele rindo.

- o senhor é grandão papai?

- camisinha extra grande filho! – falou ele parecendo orgulhoso – papai vai te deixar sem andar uma semana – falou ele rindo.

- eu sou seu filho. Tem coragem de fazer isso comigo?

- sim. desde que você tinha dezesseis – falou ele tocando meu rosto e nós voltamos a nos aproximar e a nos beijar. Eu apertava meu corpo contra o do meu pai e comecei a rebolar me esfregando nele enquanto nos beijávamos. Senti o pau duro do meu pai e com a intensidade que me esfregava percebi que ele estava gostando e ele desceu as mãos e agarrou minhas nádegas e apertou enquanto eu me esfregava. A boca dele é tão gostosa e ele é tão safado ao me tocar.

- Loguie… - falou meu pai tentando interromper o beijo, mas eu continuei. Me esfreguei sentindo o pauzão duro dele contra o meu e então ele me empurrou, mas ficou segurando nos meus ombros.

- o que foi pai?

- eu… - falou ele respirando fundo – você me fez gozar filho da puta – falou ele respirando fundo – eu gozei…

- sério?

- sim – falou ele dando um tapa de leve no meu rosto ainda ofegante – você é bom – falou ele ofegante – vou trocar de roupa. Estou todo melado.

- eu posso ficar com essa cueca? Por favor! – falei juntando as mãos.

- pode – falou ele enfiando dois dedos na bermuda e trazendo até meu nariz ele esfregou eu senti o melado e o cheiro – tá sentindo?

- sim papai – falei respirando fundo. Senti água na boca – que cheiro gostoso.

- você veio daqui – falou ele rindo – abre a boca!

Abri a boca e ele passou os dedos na minha língua e eu fechei a boca e chupei seu dedo enquanto ele tirava da minha boca.

- porra que delicia pai – falei respirando fundo.

- você é bom filho – falou ele rindo – pensa no tesão que eu tenho de você? Só de se esfregar eu jorro na cueca imagina o que vou fazer quando meter o pau em você. Vou ter que tomar Viagra porque acho que não vou dar conta.

- sério pai?

- que nada… - falou ele agarrando o pacote – você é que vai pedir arrego.

- quer apostar?

- quero – falou ele se aproximando – o que você quer apostar?

- se o Senhor pedir arrego primeiro eu me mudo daqui. Se eu pedir arrego eu prometo que vou morar com o Senhor pra sempre.

- fechado – falou ele apertando minha mão – Estou louco pra encher essa boquinha e esse cuzinho de porra. Vou te fazer engasgar de tanto leite – ele passou os dedos no meu lábios ao dizer aquilo.

- cala a boca pai. O senhor fica me passando vontade.

- pensa pelo lado positivo. Hoje você vai ter uma cueca recheada.

Meu pai subiu as escadas e eu fui até geladeira e peguei outra Mountain Dew e voltei até o lado de fora e me sentei em uma das cadeiras próximo da piscina. Coloquei minha lata na mesa e peguei o meu celular e decidi ligar para o detetive. O telefone chamou algumas vezes, mas logo foi atendido.

- quem fala? – uma voz grave de um homem aparentemente grosso atendeu.

- eu falo com o Detetive Cory DeLarosa?

- sim. quem fala?

- eu sou Logan Royale. Meu pai te passou seu número.

- Royale? – perguntou ele confuso – você é filho do Thad?

- sim. Filho do Thad.

- como vai garoto?

- vou bem e o Senhor?

- bom pra caralho – parece que ele tomou alguma coisa do outro lado. Talvez um gole de cerveja – como está seu pai? Não vejo o canalha a um bom tempo.

- está bem. Ele tem trabalhado muito.

- enfim… qual a finalidade da sua ligação? Porque o Thad te passou meu número?

- meu pai estava me falando sobre você ser novo na cidade e ainda estar se adaptando. Disse que talvez nos dois pudéssemos sair pra nos conhecer ou algo assim.

- seu pai? – perguntou ele surpreso.

- sim.

- Acho que Thad não entendeu muito bem quando eu disse que não estou procurando alguém pra me relacionar ou algo assim. Na verdade não estou procurando ninguém. Eu saio e se vejo alguém que deixa meu pau melado e duro eu prago pro meu apartamento e como.

- acho que o meu pai entendeu. Nós temos um relacionamento… diferente. Ele quer que eu me divirta e eu adoro homens mais velhos. Digamos que eu adoro um Bear e um Daddy.

- eu não sei o que é isso. Só sei que sou um detetive de quarenta e nove anos com um pau grosso e cabeçudo que adora curtir. Desde que seja só por uma noite.

- qual o tamanho? Você sabe?

- nunca medi, mas deve ter uns vinte, vinte e um centímetros.

- pela sua voz você parece ser um cara bonito. Se você for metade do que está dizendo eu estou muito interessado em curtir com você.

- podemos marcar se você quiser. Você bebe?

- sim. cerveja, refrigerante.

- tem uma taberna que eu e os rapazes do departamento costumamos ir depois do trabalho. Aparece por lá.

- como se chama?

- ‘Mushroom Curry Violet’ – falou ele respirando fundo – ele é todo iluminado em violeta. Você verá de longe quando estiver chegando.

- tudo bem então.

- vou desligar… - falou o detetive.

- você parece ser um cara rabugento Cory. Não sei se quero me encontrar com um cara assim.

- o que eu tenho de rabugento eu tenho de performance na cama. Vai por mim. Eu não quero me gabar, mas até hoje ninguém reclamou.

- então porque você é assim? Parece meio rabugento, fugindo de compromissos… qual a sua história.

- porque eu me abriria pra você? Eu estou em casa, deitado na cama aproveitando uma cerveja. Porque eu ia querer completar essa noite com a minha história?

- porque por mais rabugento que você pareça eu notei que isso é só uma defesa. Meu pai é assim. Paga de durão no trabalho, mas em casa é um amor de pessoa. O que ele puder fazer pra ajudar alguém ele faz. Acho que no fundo você também é assim.

- okay – falou ele respirando fundo e tomando outro gole de sua cerveja – eu fui casado por anos. Com uma mulher. Nosso casamento acabou depois que meu filho de quatro anos foi atropelado.

- sinto muito.

- obrigado – falou ele parecendo triste – ele se chamava Peter. Era um garotinho lindo. Você precisava ver – falou ele rindo.

- devia ser mesmo – falei respirando fundo e tomando um gole da minha bebida – mas me conta… você nunca mais se relacionou com ninguém?

- pra que? Eu estou velho demais pra essas coisas. Estou velho demais pra bancar o romântico, ficar de ‘mimimi’ e paparicando alguém.

- nunca é tarde pra se apaixonar Cory.

- na verdade eu me apaixonei. Aconteceu ano passado. Um rapaz bacana  e eu era extremamente apaixonado nele.

- e o que aconteceu? Porque não está com ele?

- acontece que ele se apaixonou pelo meu melhor amigo Clyde.

 - e ele também era detetive?

- Não. Policial Holloway. Trabalhava no mesmo departamento que eu. Na verdade foi um dos motivos de ter me mudado pra Washington. Pra começar de novo e deixar isso pra trás.

- vocês chegaram a conversar sobre os sentimentos?

- sim. Nós inclusive fomos pra cama. Eu tirei a virgindade dele.

- E porque você não lutou por ele? – perguntei indignado.

- nah… - falou ele rindo – estou velho demais pra ficar lutando pro alguém.

- talvez seja por isso que está sozinho. Se você lutasse talvez ele estivesse com você.

- olha Logan… - falou ele pausando – talvez um dia alguém escreva uma história de amor e sexo contando como alguém se apaixonou perdidamente por mim e isso fez com que eu visse a vida de uma forma diferente, mas até lá eu tenho testosterona pra dar e amamentar. Você quer se amamentado por mim ou não?

- quero sim Detetive Cory.

- eu gostei de você Logan. Apareça no ‘Mushroom Curry Violet’ na sexta após as dez. Vou estar esperando por você.

- e como eu vou saber quem é você?

- não se preocupe. Eu encontro você.

- como você vai saber quem sou eu? – perguntei rindo.

- seu pai me mostrou umas duzentas fotos suas quando nos conhecemos e toda vez que saímos pra beber ele fala de você e me mostra mais e mais fotos e fala como tem orgulho de você. Eu vou conhecer você quando te ver – falou ele rindo.

- meu pai é assim – falei rindo.

- te vejo na sexta Logan?

- sim policial.

- Detetive garoto! – falou ele sério – não me obrigue a te surrar quando vier aqui.

- é o que eu mais quero policial – falei rindo.

- boa noite pra você.

- boa noite Cory.

Desliguei o celular e fiquei pensando na conversa que tive com o Detetive Cory. Ele parecia ser um cara legal. Claro que tinha algumas feridas que não foram curadas, mas acho que ele ainda vai se apaixonar por alguém. Talvez mulher, talvez homem e essa pessoa vai fazer com que essa ferida finalmente cicatrizes. Meu pai estava de pé em frente a churrasqueira cuidando da carne e em seguida ele cortou alguns pedaços e levou o prato até a minha mãe junto com uma lata de cerveja. Em seguida ele trouxe um outro prato e puxou uma cadeira se sentando ao meu lado.

- me troquei – falou ele pegando uma carne e colocando na boca – coloquei a cueca embaixo do seu travesseiro.

- obrigado – falei inclinando até ele e dando um beijo no seu rosto.

- vocês vão tomar banho ou não? – gritou minha mãe na piscina.

- a visão de você tomando banho está linda demais pra entrar ai – falou meu pai rindo para ela.

- te amo! – gritou minha mãe.

- seu falso! – falei tomando um gole.

- não acha que a visão está linda?

- só se eu estiver olhando pra você. Ela fica maravilhosa pai – meu pai sorriu e fez um bico mandando um beijo pra mim.

- como quem você estava falando? – perguntou ele curioso.

- com o detetive Cory. Nós estávamos batendo um papo e marcamos de nos encontrar em uma taberna na sexta.

- bacana filho. Você vai se divertir com ele. Cory é um cara legal. Um pouco ranzinza, mas depois que você atravessa as grossas camadas você encontra um homem bacana.

- eu também percebi isso pai. No fim da conversa ele disse que vai me surrar.

- você não tem vergonha de falar isso pra mim? – perguntou meu pai com um meio sorriso – ainda estou puto por você me ter feito gozar.

- estou louco pra chegar a hora de dormir pra poder cheirar aquela cueca.

- eu deixei outra surpresinha pra você junto com a cueca – falou ele rindo.

- eu vou lá ver – falei me levantando e meu pai segurou meu braço e me puxou me fazendo sentar no colo dele.

- Fica aqui campeão. Na hora de dormir você olha.

- eu vou lá bem rápido só dar uma espiada e volto pai – falei me levantando – prometo!

- estou marcando dois minutos no relógio – falou ele apertando o botão do cronometro no relógio dele.

Subi as escadas rapidamente e fui até o meu quarto. Fechei a porta e fui até a minha cama e levantei o travesseiro jogando de lado. Vi que a cueca do meu pai estava lá ainda úmida e levei ao nariz e senti o cheiro forte. Estava uma delicia. Dei um beijo e vi o presente que meu pai deixou pra mim. Estava logo abaixo da cueca. Era um charuto ainda na embalagem e um recado.

‘Hoje a noite enquanto estiver batendo punheta pro papai cheirando a minha cueca use o charuto para receber prazer. Enfie no cuzinho e use-o como você quiser. Amanhã de manhã o primeiro charuto do dia será esse.’

- o senhor é doido! – falei alto virando o charuto de um lado para o outro. Em seguida eu vi que havia uma mensagem mais abaixo.

‘Não esqueça de tirar da embalagem.’

- eu não sou idiota pai – falei rindo e colocando a cueca e o charuto embaixo do travesseiro. Desci as escadas e ao chegar lá fora meu pai estava novamente na churrasqueira com uma lata de cerveja. Ao me ver ele deu um sorriso.

- o que achou do presente?

- gostei – falei cruzando os braços – eu quero assistir o senhor fumar esse charuto pai.

- será um prazer – falou meu pai fazendo um bico e eu dei um selinho na boca dele.

- adoro ver meus garotos se dando bem! – gritou minha mãe na piscina.

Meu pai é um homem maluco e filho de peixe, peixinho é. Acho que sou tão doido quanto ele. Estava ansioso pela hora de dormir, mas estava mais ansioso ainda por sexta feira. Gostei de conversar com o Detetive Cory e admito que a voz dele conseguiu me deixar maluco. Esse jeitão todo largado dele também fez atiçar em mim algo que até agora desconhecia. Se ele for metade do que disse sei que estarei satisfeito.

Mais um capítulo para vocês :) Espero que estejam gostando. Não deixem de opinar nos comentários e de deixar um voto. Eu agradeceria muito. Agradeço também pela interação e o voto de vocês. Um grande abraço a todos e até o próximo ;)