Capítulo 15: (Você Está) Tendo Um Filho Meu | Conto: Paixão Secreta | Temporada: 7ª

(VOCÊ ESTÁ) TENDO UM FILHO MEU capítulo quinze

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A

inda era cedo quando acordei e senti que continuava deitado na mesma posição de quando Adam e eu acordamos na noite passada. Adam respirou funcho e acariciou meu braço. Percebi que nós dois acabamos acordando juntos. Ele coçou a barba e respirou fundo. Eu acariciei seu peito e me senti aconchegado a ele. Adam tocou os lábios na minha cabeça careca e deu um beijo. Eu virei meu rosto e nós demos um selinho. Ele pegou o celular e viu que era pouco mais das oito da manhã. Nós precisávamos estar no hospital as nove então teríamos que correr para não se atrasar. Apesar de estarmos perto do hospital teríamos que nos arrumar e tomar café da manhã ou pelo um de nós precisava.

Adam levantou primeiro do que eu e como um grande viciado eu peguei o celular para ver se haviam mensagens e a verdade é que tinha uma ligação perdida de Zoey. Ela tinha me ligado a vinte minutos e eu decidi retornar. O telefone chamou algumas vezes e ela finalmente atendeu.

- acorda dorminhoco! – falou Zoey atendendo o celular.

- ainda é cedo sua maluca – falei bocejando.

- como você está amigo?

- estou bem. Hoje é a última rodada da quimo branca e hoje saem os resultados dos exames que fiz semana passada.

- eu tenho certeza que tudo dará certo.

- Zoey você não me ligou essa hora pra perguntar como vai ser meu dia né? Desembucha piranha!

- eu precisava te ligar Mike. Preciso conversar com alguém – falou ela mudando o tom de voz. Ela agora parecia bem mais preocupada.

- porque? O que aconteceu?

- eu acho que o filho da puta do Steve me engravidou.

- o que?! – falei dando um pulo e finalmente me despertando – você está grávida?

- eu não sei… acho que sim. Estou dez dias atrasada.

- você fez o teste?

- não – falou ela apreensiva – eu tenho medo do resultado.

- você não usaram camisinha?

- você usou camisinha com os cinco homens?

- não, mas eu sou homem e não engravido.

- sério? – perguntou ela sarcástica – é bom saber disso Mike. Quando for te visitar vou te apresentar ao horrível mundo das DST.

- você também não pareceu se preocupar com esse ‘mundo horrível’.

- pare de me julgar Mike. Te liguei porque eu não sei o que fazer.

- desculpa – falei respirando fundo – você quer ter um filho?

- eu não sei… eu nunca pensei nisso.

- tem clinicas de aborto Zoey. Você está na América. Se você achar que não quer ter um filho você tem até o terceiro trimestre pra tomar essa decisão.

- mesmo assim eu estou com medo. Eu tenho medo do que Steve vai dizer quando eu contar.

- acho que Steve gostaria de ser pai.

- mas eu não sei se estou pronta pra ser mãe! A minha mãe vai me matar se descobrir que estou grávida.

- calma Zoey. Talvez você esteja se preocupando atoa. Faça o teste primeiro antes de sair contando pra todo mundo que está grávida. Talvez você nem esteja.

- você tem razão. Hoje na hora do almoço vou passar na farmácia e comprar todos os testes de gravidez disponíveis. Vou comprar umas doze marcas diferente. Pra falar a verdade acho que vou começar a tomar água agora…

Pelo som que ouvi ela estava na cozinha e ela encheu um copo com água

- Zoey? Está ai?

- estou – falou ela respirando fundo – acabei de tomar um copo enorme com água.

- quando você tiver o resultado você me liga avisando.

- ligo sim – falou ela respirando – e por favor Mike… não conte pro Adam, okay?

- eu não conto. Pode confiar em mim.

- okay. Eu preciso ir.

- boa aula pra você e boa sorte com os testes.

- pra você também.

Assim que terminei a ligação com Zoey corri pro banheiro para tomar o meu banho com Adam. Depois de alguns minutos ele saiu primeiro para poder fazer o café da manhã. Depois do banho fiquei lá no banheiro me olhando no espelho imaginando o que as pessoas pensariam ao me ver sem os cabelos e pálido. Talvez se eu colocar alguma coisa na cabeça eu disfarce. Assim que sai do banheiro e vesti a roupa senti o cheiro da comida que Adam preparou. Ao chegar na cozinha vi que ele tinha preparado a mesa.

- você que fez?

- não temos tempo de fazer a comida. Eu liguei e pedi na recepção – falou ele se sentando – eu pedi pra você também.

- eu estou sem fome Adam. Pra que você prepara comida pra mim? Precisamos passar por isso todos os dias? – falei me sentando.

- é pra você comer – falou ele pegando uma das frutas com garfo e levando na boca – e não me faz falar de novo – falou ele ignorante.

- mas eu não quero e vomito.

- come logo Mike – falou ele olhando pra mim com aquele olhar de ‘come ou eu te obrigo’.

- okay – falei pegando as frutas metendo na boca e mastigando sem vontade nenhuma. Eu mastigava e engolia uma atrás da outra e em seguida completei tomando o suco de caju.

- viu só? Não é tão ruim – falou Adam lambendo os lábios e se levantando – você faz eu parecer um cara mal, mas se eu não te obrigar a comer você não come nada.

- eu não disse nada Adam – falei indo para o quarto e ficando de frente ao espelho.

- vamos? – perguntou ele pegando a chave.

- vamos – falei respirando fundo.

- o que foi? – perguntou Adam ficando atrás de mim.

- eu não queria ir sem algo na cabeça. Eu estou tão feio.

- você não está feio Mike. Está bonito. Continua bonito – falou ele tocando em meus ombros – aquele Brad que você conheceu na quimo também não tem cabelos e ele continua um cara bonito.

- eu sei Adam, mas eu sempre gostei do meu cabelo. Ser careca não combina comigo. Eu não nasci pra fazer cosplay de Professor Xavier. Eu nasci pra fazer ‘cabelografia’ ao som de Beyoncé e Mariah.

- acho que tenho uma coisa que pode te ajudar – falou ele apertando os lábios.

Adam saiu de trás de mim e foi até o guarda roupas e por trás de mim ele colocou um boné vermelho da minha cabeça.

- prontinho – falou ele com um sorriso – acha que ele te ajuda um pouco?

- ajuda sim – falei movendo a cabeça de um lado para o outro com um sorriso. Eu olhei para o boné com um sorriso e ele desapareceu assim que percebi que estava escrito ‘Faça A América Grande Outra Vez’ – o que é isso? – falei apontando pro boné.

- o que? – perguntou Adam confuso.

- onde você arrumou esse boné?

- ele é meu – falou Adam porque?

- você votou no Donald Trump?

- votei. Porque?

- você não tem vergonha?

- em quem você votou? – perguntou Adam com um olhar curioso.

- em ninguém. Eu estava ocupado demais com a universidade pra votar, quem dirá pra fazer campanha e pegar um boné do meu candidato favorito.

- você nem votou e está brigando comigo?

- a questão não é essa, a questão é que você votou nele.

- eu sou republicano Mike. Desculpa.

- é sério? – falei quase que gritando.

- chega Mike. Vamos logo pro hospital – falou ele segurando no meu braço e me puxando.

- eu não acredito que me apaixonei por um republicano – falei saindo da frente de Adam e ele saiu atrás de mim tentando esconder uma risada, mas eu percebi que ele queria rir – e não pensa que isso acabou – falei vendo Adam fechar a porta do apartamento – você vai ter que me explicar como é republicano namorando um gay.

- Shhhh! – falou Adam apertando o botão do elevador para o térreo – para de falar senão eu tiro o seu boné no meio da rua.

- você é um monstro sabia? – falei quando a porta do elevador se abriu e nós atravessamos o térreo – fazendo piadas com seu namorado com câncer.

- sou mesmo – falou Adam acenando para alguns funcionários que eram mais como nossos vizinhos – sou um monstro de muitas maneiras – falou ele com um meio sorriso.

- ai credo… típico de um republicano. Não consegue dizer uma sentença sem que esteja falando do tamanho do pênis.

- não adianta ficar reclamando Mike – falou Adam entregando a chave para o manobrista – no fim das contas nosso relacionamento é sobre um democrata gemendo e chorando pelo cacete de um republicano e eu não vejo você reclamando.

- eu não reclamo mesmo – falei passando a mão pela cintura dele e dando um beijo em sua boca – eu te amo.

- eu também te amo meu amor. Demais! – falou ele com um sorriso acariciando meu rosto e me dando outro selinho.

Quando Adam e eu chegamos ao hospital nós preenchemos uma enorme ficha como sempre fazíamos e uma enfermeira apareceu e tirou algumas amostras de sangue. Depois disso Adam e eu fomos até o lado de fora e tomamos um suco e jogamos conversa fora. Mais ou menos duas horas depois disso nós pegamos o elevador e fomos até o consultório da doutora Alma. Aguardamos do lado de fora sentados em algumas cadeiras macias e não demorou para a porta do consultório abrisse. Não era apenas doutora Alma que estava lá. O doutor Cody também estava.

- Mike! Adam! – falou Dra. Alma com um sorriso – que bom ver vocês.

- eu digo o mesmo – falei dando abraço nela – só pra constar – falei apontando pro boné – pertence a esse cara bem aqui – falei apontando pra Adam. Dra. Alma deu risada

Nós nos cumprimentamos e uma vez que estávamos sentados Dra. Alma e Dr. Cody ficaram em silêncio lendo os resultados do meu exame de sangue. Eles tinham também o resultado da última biópsia que eu tinha feito na última semana. Eu estava um pouco nervoso afinal não sabia o que o resultado poderia revelar.

- e então… - falou Adam quebrando o silêncio – quais são as boas noticias?

Ao dizer isso Dra. Alma e Dr. Cody se entreolharam e então pareceram apreensivo.

- o que foi? – perguntei respirando fundo – eu estou curado? – aquela pergunta não saiu como eu queria e na verdade eu nem pretendia perguntar aquilo, mas eu queria que tudo acabasse.

- não – falou Dr. Cody – na verdade os resultados mostraram que o tratamento está funcionando. Lentamente, mas está funcionando.

- então porque essas caras? – perguntou Adam.

- apesar de estar funcionando comparando os resultados percebemos que o câncer está crescendo bem mais rápido. É como se fosse um passo pra frente e dois para trás.

- e o que isso significa? Eu ainda vou tomar a quimo branca?

- não – falou Dr. Cody – decidimos começar com a vermelha de uma vez. Na próxima semana você também começa a receber a radioterapia. Nós precisamos ser bem mais agressivos porque o câncer chegou ao estágio três e está a caminho do quarto.

- mas hoje? – perguntei olhando para Adam e ele segurou em minha mão.

- sim, nós podemos começar hoje – falou Adam sério olhando para os médicos – e pensei que estávamos fazendo progresso.

- o câncer progride de formas estranhas – falou Dra. Alma – nem sempre eles seguem o planejamento que fizemos pra ele.

- é como uma guerra – falou Dr. Cody – esperamos o melhor, mas nos preparamos para o pior. E é por isso que vamos deixar a quimo de lado e vamos atacar com força total.

- se eu parar o tratamento agora quanto tempo eu tenho?

- cala a boca Mike! – falou Adam olhando pra mim.

- eu quero saber Adam.

- não! – falou ele irado – você não precisa saber. Você vai continuar com o tratamento.

- é a minha vida. Eu quero saber – falei puxando a minha e olhando pra Adam.

- então foda-se – falou Adam se levantando e saindo da sala ele bateu a porta com toda a força e eu pulei na cadeira com o barulho. Coloquei a mão no meu rosto e lambi os lábios. Em seguida eu tirei o boné que estava usando e joguei na cadeira onde Adam estava sentado.

- quanto tempo eu tenho se parar agora?

- de oito a onze meses – falou Dra. Alma.

- mas desses doze meses quantos meses eu terei qualidade de vida?

- quatro meses – falou Dr. Cody – se o câncer continuar progredindo nessa velocidade você terá quatro meses de vida como se nada estivesse acontecendo, mas você vai começar a piorar e se tornará difícil continuar respirando. Você pode vir ao hospital e nós podemos começar o paliativo. Faremos com que até o dia da sua morte você sinta o mínimo de dor.

- a escolha é sua – falou Dra. Alma – não cabe a mim ou ao Dr. Cody ou ao seu namorado dizer o que você deve escolher.

- okay – falei respirando fundo – achoo que eu vou tentar. Eu prometi a ele que tentaria e eu não quero morrer. Eu não suportaria perde-lo e eu sei como ele está se sentindo.

- okay – falou Dra. Alma – nós nos vemos em uma hora.

- okay.

Eu me levantei e deixei o boné que Adam em deu em cima da cadeira. Eu não o queria mais. Ao sair da sala vi que Adam não estava lá e também não estava no saguão do hospital. Caminhei até o lado de fora e vi um homem com a cabeça abaixada com uma posição estranha como se estivesse preocupado com algo. Era Adam. Caminhei até ele e percebi que ele estava chorando. Me sentei ao lado dele.

- vem aqui – falei puxando-o, mas ele resistiu.

- me deixa – falou ele soluçando.

- vem aqui logo seu troglodita – falei puxando-o e ele me abraçou e deixou algumas lágrimas caírem em meu ombro.

- eu vou fazer o tratamento seu imbecil. Eu posso perguntar? Será que posso saber qual a minha outra opção?

- eu não quero te perder – falou ele olhando para mim e grudando seus lábios junto aos meus – eu achei que você estava melhorando e você está piorando.

- eu sei me amor – falei acariciando seu rosto – também estou assustado, mas você é meu porto seguro e minha rocha.

- me desculpa – falou ele limpando o rosto e respirando fundo – é que eu não esperava por essa noticia.

- também fiquei um pouco abalado, mas fazer o que – falei respirando fundo.

- prometo que não faço mais isso.

- na verdade eu estou orgulho de você Senhor Adam White.

- porque? – perguntou ele olhando pra mim.

- o senhor conseguiu não quebrar a porta do consultório com uma pesada. A porta vai ver o sol nascer mais um dia – falei rindo e Adam riu comigo.

- eu preciso parar com isso né? – falou ele passando o braço por trás de mim me mantendo junto dele.

- precisa sim – falei rindo – do contrário a justiça vai te dar uma ordem de restrição e você vai precisar ficar a quinhentos metros de qualquer porta.

- desde que eu não precisa ficar longe de você – falou ele me puxando e dando um beijo no meu rosto.

Adam e eu ficamos lá sentados sentindo o sol na pele e depois de uma hora voltamos ao hospital e mais uma vez eu estava sentado naquela cadeira e pela primeira vez a quimo vermelha tomava conta do meu corpo. Adam estava sentado ao meu lado lendo uma revista. Depois de mais ou menos vinte minutos que comecei a receber o remédio Maxine chegou com sua pequena irmã Carrie.

- oi Maxine – falei com um sorriso.

- Mike? Quase não te reconheci – falou ela forçando um sorriso.

- o cabelo começou a cair então o jeito foi cortar – falei rindo e olhando para Carrie – oi Carrie como você está?

- oi Mike, estou bem – falou ela parecendo triste.

- o que foi? – perguntei confuso – você parece triste.

- você não ficou sabendo? – perguntou Maxine parecendo perturbada.

- sabendo de que? – perguntei confuso.

- o Brad – falou ela olhando para a cadeira onde Brad costumava se sentar – ele morreu no sábado. Ele não resistiu.

- o Brad! – falei assustado – mas ele… ele parecia tão bem.

 Adam percebeu sobre o que conversávamos e olhou para mim. Ele segurou minha mão e eu engoli em seco. Eu vi Brad na sexta feira durante a reunião e ele não parecia tão ruim.

- é assim mesmo – falou Maxine com uma expressão triste, mas de aceitação – eu sou grata por Carrie estar respondendo bem ao tratamento. Brad é o quarto a passar por aquela cadeira – falou Maxine olhando para a cadeira que agora estava vazia e representava a falta que ele faria. Olhei para Adam e ele apertou os lábios e segurou em minha mão.

- olha – falou Carrie apontando para o meu remédio. Maxine olhou e eu também.

- você está tomando a vermelha? – perguntou Maxine.

- sim. eles vão tentar algo mais agressivo. O câncer está crescendo muito rápido.

- sinto muito – falou Maxine.

- obrigado – falei sorrindo para ela – e Carrie? Como ela vai?

- hoje é o último ciclo antes de refazermos os exames.

- espero que os resultados sejam bons.

- espero que o seu também seja – falou Carrie estendendo a mão e eu segurei na mão dela e nós ficamos de mãos dadas alguns segundos antes de soltarmos – gostei do novo visual.

- obrigado – falei rindo – no começo eu não gostei, mas acabei me acostumando.

- ele está sexy – falou Adam rindo.

- pare de falar essas coisas – falei empurrando Adam de leve – Ela só tem treze anos.

- relaxa – falou Maxine rindo – ela tem até um namorado.

- sério? – perguntou Adam – quem?

- um garoto que ela conheceu na fila do Raio X.

- o nome dele é Chris e ele tem leucemia – falou Carrie rindo envergonhada – é um gato!

- eu quero conhecê-lo – falei rindo.

A sessão de quimioterapia vermelha demorava mais e durante um bom tempo Carrie, Maxine, Adam e eu conversamos. A sessão de Carrie terminou primeiro do que a minha e elas foram embora. Ali perdido nos meus pensamentos eu me peguei olhando para a cadeira onde Brad sentava. Era triste pensar que ele não tinha se recuperado. Aquilo fez com que eu caísse na realidade. Em algumas semanas ou meses a minha cadeira poderia estar vazia e eu seria só mais um que passou. Me tornaria estatística.

- prontinho Mike! – falou a enfermeira com um sorriso removendo a agulha do meu braço – como está se sentando?

- estou bem – falei sorrindo para ela e me levantando.

- que bom – falou ela me dando um abraço – te vejo daqui um mês?

- vê sim – falei respirando fundo.

- tchau Adam – falou a enfermeira com um sorriso dando um abraço em Adam e ele correspondeu ao abraço dando um beijo no rosto dela

- tchau Melissa – falou ele segurando em minha mão e nós caminhamos para fora do hospital.

- você é bem intimo da Melissa né? – falei olhando pra el.

- vai bancar o ciumento agora?

- não. Na verdade eu estava pensando em te arranjar pra ela. Quando eu morrer não quero que você fique sozinho.

- se você não parar de falar nisso não é o câncer que vai te matar – falou ele sério enquanto saiamos do hospital. Eu adorava deixa-lo nervoso e ele ficava um daddy muito gostoso quando estava bravo. Dava vontade de deixar ele me bater porque eu sei que depois ele me encheria de carinho. No caminho de volta nós vimos o sol se por e eu acabei tirando uma foto para guardar aquela imagem.

- o que acha de um McDonald’s? – perguntou ele entrando no Drive Thru.

- boa ideia – falei olhando pra ele – eu só quero batatas fritas e Milk-shake. Eu adoro mergulhar a batata no milk-shake e comer.

- que porra é essa Mike?! – falou Adam rindo – está com desejo? Estou achando que te engravidei.

- acho difícil engravidar pela boca – falei me inclinando por cima de Adam para fazer o pedido.

- Boa Noite! Sejam bem vindos ao McDonald’s, qual o seu pedido?

- Boa noite! – falei me inclinando por cima de Adam para que eu mesmo fizesse o pedido – nós gostaríamos de um Big Mac Gigante Especial, duas fritas grandes, uma Coca grande e um Milk-shake de Alpino extra grande.

- mais alguma coisa? – perguntou a voz do outro lado – se você quiser nós podemos fritar a embalagem.

- haha, muito engraçado – falei voltando ao meu lugar.

- obrigado pelo pedido e voltem sempre – falou a voz do outro lado.

- ótimo – falei respirando fundo.

- estou gostando de ver – falou Adam com um sorriso – está com fome?

- e não é que estou? Acho que você me engravidou mesmo. Me deu vontade de comer McDonald’s. Fritas om Milk-shake – senti minha boca encher de baba.

Adam pegou o nosso pedido e pagou pela compra. Nós estacionamentos o carro próximo a uma praça e observamos a uma enorme fonte jorrar água para o alto em várias cores. Adam comia seu Big Mac e eu mergulhava as minhas batatas e as dele no Milk-shake e comia.

- isso é gostoso? – perguntou ele tomando um gole do refrigerante.

- é sim – falei pegando uma batata e mergulhando no Milk-shake – prova.

 Adam abriu a boca e mordeu e fez cara feia.

- deixa de ser chato Adam.

- estou brincando – falou ele rindo – é até gostoso. Menos pior do que eu pensei que seria.

- é uma delicia – falei pegando minha última babata – você deu bobeira e agora eu vou comer as suas – falei pegando as batatas dele.

- pode comer tudo se quiser – falou ele segurando em meu rosto e lambendo meus lábios que estavam sujos com Milk-shake. Em seguida nós demos um selinho – eu te amo.

- também te amo – dei outro selinho na boca dele e nós voltamos a comer.

Depois que comemos seguimos de volta para o hotel. Saímos do carro e Adam deu gorjeta para o Manobrista. De mãos dadas nós caminhamos para dentro do hotel e quando estávamos no meio do saguão o gerente do hotel veio na nossa direção.

- Senhores… Sr. White desculpa incomodar – falou o gerente olhando ara Adam.

- não é incomodo. Algum problema? – perguntou Adam.

- sim e não – falou o gerente parecendo preocupado – a umas três horas uma mulher veio visita-los e quando eu disse que não estavam ela começou a chorar e está chorando até agora. O homem olhou em direção a algumas poltronas e lá estava a mulher que ele estava falando. Era Vanessa.

Adam e eu corremos em direção a Vanessa e ela estava com o rosto inchado e tinha uma caixa de lenços e em cima da mesa um monte de papéis embolados.

- Vanessa? – falou Adam preocupado – o que foi? O que está fazendo aqui?

- aconteceu alguma coisa com Rachel? – perguntei pela minha irmã.

Vanessa não parava de chorar e ela tentava falar, mas não conseguia.

- ela está bem? – perguntou o gerente.

- nós vamos cuidar dela. Obrigado pro tudo – falou Adam agradecendo.

Eu ajudei Vanessa a se levantar e nós fomos para o elevador. Ao chegarmos no nosso apartamento nós colocamos Vanessa no sofá e Adam pegou um como com água gelado e entregou a Vanessa. Eu me sentei ao lado dela e Adam sentou do outro lado.

- você está mais calma? – perguntou Adam.

- sim – falou Vanessa.

Nesse momento meu celular vibrou e eu vi que era Zoey me ligando. Eu não podia atende-la então eu recusei a chamada.

- o que aconteceu Vanessa? – perguntei olhando pra ela.

- é que… desculpa não ter avisado que viria – falou ela com os olhos inchados.

- não tem problema – falou Adam – aconteceu alguma coisa com Rachel?  Com você?

- não. Rachel está bem – falou ela respirando fundo – é que… eu estou grávida.

- sério? – perguntei feliz pela noticia, mas ainda perturbado pela choradeira – eu não sabia que você estava com alguém. A última vez que você estava aqui disse que estava sozinha.

- eu não estou com ninguém – falou ela chorando – eu não posso criar esse filho. Não estou reclamando de Rachel, eu a amo, mas ela dá muito trabalho e agora que Larry se foi eu tenho que dedicar todo meu tempo a ela.

Mais uma vez meu celular vibrou e era Zoey me ligando. Eu recusei a ligação e olhei pra Vanessa.

- eu sei que deve ser difícil pra você Vanessa – falei respirando fundo – conversa com o pai. Talvez ele esteja disposto a te ajudar.

Vanessa olhou pra mim com uma expressão estranha. Era uma mistura de raiva e ironia. Ela ficou me olhando sem dizer nada.

- o que foi Vanessa? Porque está me olhando com essa cara? – olhei para Adam e ela lambeu os lábios e respirou fundo. Ele também parecia assustado.

- o Adam é o pai Mike – falou ela olhando para Adam – você me engravidou naquela noite – Vanessa empurrou Adam e olhou para mim – Adam é o pai Mike. Eu fiz e refiz os testes um monte de vezes – falou ela respirando fundo e limpando os olhos – Meus parabéns! – falou ela irônica – Parece que vocês dois vão ter um filho porque eu é que não vou ter.

Temos um pequeno White-Fabray a caminho. Será menino ou menina? Mais um capítulo para vocês. Espero que tenham gostado. Não esqueçam de deixar um voto e um comentário. O título do capítulo de hoje veio da canção '(You're) Having My Baby' de Paul Anka & Odia Coates. Até o próximo e um abração.