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Capitulo Treze
a mUdanÇA
E
|
u tinha arrumado todas as minhas coisas e estava
pronto para minha mudança. Eu me mudaria no dia seguinte. Eu estava ansioso, eu
já tinha feito minha matricula e alugado um flat em Nova York. Meu tio estava
pronto para morar com minha mãe.
- bom dia – falou Charles
entrando pela porta.
- bom dia – falei sentado a mesa
tomando café da manhã com a minha mãe.
- está pronto para mudança? –
perguntou meu irmão estendendo a mão e apertando.
- estou sim – respondi – estou
nervoso e ansioso, mas estou pronto.
Meu irmão se sentou a mesa.
- estou tão feliz que meus dois
garotos estão se dando bem outra vez. – falou minha mãe.
- também estou feliz por Fry ter
me perdoado – falou meu irmão. – você não vai mais trabalhar no Bar &
Restaurante?
- não eu já fiz o acerto e eles
já depositaram em minha conta.
- você trabalhou quantos anos lá?
– perguntou meu irmão.
- 3 anos.
- você deve ter juntado um bom
dinheiro – falou meu irmão.
- o bastante para muito tempo –
respondi.
- vocês ficam ai conversando que
eu vou cuidar das minhas coisas – falou minha mãe subindo as escadas.
- como você está se sentindo? –
perguntei para meu irmão.
- estranho – falou meu irmão –
estranho, mas bem. É estranho finalmente me sentir bem com o que eu sentia.
- fico feliz por você.
- eu fico triste por ter feito
você sofrer tanto.
- não tem problema. – falei me
levantando e lavando o copo e me sentando de frente para ele – posso te
perguntar uma coisa?
- eu sei que hoje faz exatamente
dois meses que aconteceu o que aconteceu naquela noite e talvez seja cedo
demais para perguntar, mas... você é gay? Ou sei lá, bi curioso?
- o que é isso bi curioso? –
perguntou meu irmão rindo.
- sei lá, eu ví isso em South
Park – falei rindo de volta.
- eu andei pensando muito nisso,
lembrando daquela noite, pensando em minha esposa e o que eu sinto por ela e eu
conclui que gosto tanto de homens quanto de mulheres – falou ele cruzando os
dedos sobre a mesa.
- então você ama sua esposa?
- sim, eu amo ela do mesmo jeito
e sempre me senti confuso por alguns sentimentos que eu tinha, mas eu amo ela e
sinto atração por ela... então é isso.
- fico feliz por você, eu não
queria que você fosse um homossexual preso em um casamento sem amor.
- não se preocupe – falou meu
irmão.
- você ainda acredita em deus?
- sim – falou meu irmão – mas não
tenho mais religião. Eu andei pensando em tudo o que está escrito na bíblia e
eu não posso acreditar em um livro que diz que sou uma abominação.
- fico feliz por você.
- é incrível como uma experiência
muda toda a sua forma de pensar e agir, eu me sinto mais livre sabendo que você
e meu tio sabem como eu sou e entendem isso.
- o que você achou de fazer sexo
com duas pessoas da família? Não achou estranho.
- um pouco – falou ele – mas tudo
vale entre quatro paredes desde que todos concordem pra mim é algo saudável.
- o que a Michele falou quando
você disse que não iria mais á igreja?
- ficou feliz. Eu não sabia como
as pessoas ao meu redor eram infeliz porque eu tentava empurrar garganta abaixo
minhas crenças que agora me parecem muito tolas.
- não eram tolas era só o que você acreditava
na época, você deve se orgulhar por ter evoluído, pois se não tivesse passado
por aquilo você talvez nunca mudasse de pensamento.
- talvez quem sabe no futuro eu
também não acredite em deus.
- você não precisa parar de
acreditar em deus, não é porque você é gay que não deve acreditar em deus,
mesmo se eu fosse hétero eu também não acreditaria – falei.
- entendo é que é tudo novo pra
mim.
- as pessoas acham que nós que
não acreditamos em deus somos pessoas tristes e descrentes, mas isso não é
verdade. Eu sou uma pessoa de muita fé. Fé em mim mesmo, fé nas pessoas que
fazem acontecer. Eu acredito em Karma. Eu acho que tudo o que fazemos tem volta
aquí mesmo na terra. Não acredito em destino eu acredito que todos nós traçamos
nosso próprio caminho.
Meu irmão ouvia atentamente o que
eu dizia.
- em outra época eu ofereceria um
exorcismo – falou meu irmão.
- obrigado por ter acordado
Charles – falei segurando as mãos dele. – deus une as pessoas a religião
separa.
- obrigado por ter me acordado –
falou ele se levantando.
Eu me levantei e dei um abraço
nele.
- eu vou te visitar em Nova York
assim que puder – falou ele batendo em minhas costas.
- posso te dar um conselho?
- pode – falou ele.
- Charles se você sentir vontade
de fazer sexo com homens, por favor use camisinha ok?
- tudo bem – falou ele me
abraçando.
- não vou dizer para você não
trair, eu vou te aconselhar a fazer o que você quiser, mas com responsabilidade
com seu corpo e com a Michele. Me promete?
- prometo – falou ele dando um
beijo no meu rosto.
Meu irmão então foi saindo pela
porta e eu subi ás escadas e minha mãe estava saindo do quarto dela.
- seu irmão já se foi? –
perguntou ela.
- foi sim.
- ok – falou ela descendo ás escadas.
Eu entrei no meu quarto e me
deitei na cama e olhei pra meu notebook. Eu estava com saudades de Howard. Eu
queria muito falar com ele, mas eu não podia e não devia.
Eu andava pensando em tudo o que
eu tinha sofrido em todo esse tempo e tudo o que eu fiz por dinheiro. Eu tinha
arrependimentos, tolo é aquele que diz não se arrepender de nada.
- será que agora eu teria uma
vida normal? – falei para mim mesmo – conhecendo pessoas, tendo
relacionamentos, amando e sofrendo?
Essa era uma das minhas centenas de
perguntas que eu tinha para a nova fase da minha vida.
- Warren! – falei alto. Eu tinha
me esquecido dele. Eu procurei pela minha camisa de uniforme e olhei dentro do
bolso. Tinha um bolo de papel todo molhado. Não dava mais para ver o número.
- que droga – falei me sentando
na cama. – que merda – falei jogando o papel longe.
E se aquele cara fosse o home
quem fosse mudar minha vida?
Eu fiquei aflito lembrando
daquele homem, tinha acontecido tantas coisas na minha vida que eu acabei
esquecendo totalmente dele.
- será que eu perdi uma chance na
minha vida? – falei me deitando outra vez na cama.
Meu celular tocou nesse momento.
Eu olhei para o lado e ví que era um número desconhecido.
- que droga deve ser algum
programa.
Eu atendi o celular e realmente
era alguém procurando por um programa.
- olá – falei atendendo.
- bom dia – falou a voz masculina
– gostaria de falar com Fry.
- é eu mesmo.
- eu gostaria de um programa.
- foi mal cara eu não estou mais
atendendo.
- mas eu ví seu anuncio na
internet.
- me desculpa é que eu anunciava
em vários lugares e tem alguns que eu esqueci de tirar o anuncio.
- você não está mais atendendo
então?
- não, sinto muito.
- sério cara? Eu gostei tanto da
sua descrição.
- eu sei, mas é que realmente eu
não estou podendo mais atender.
- eu entendo, mas é que eu
realmente não gostei de nenhum dos outros anúncios e o seu foi o único que
realmente me chamou a atenção eu já fiquei até imaginando, eu ví suas fotos em
um site e não consegui parar de pensar.
- poxa, agora eu me sinto mal,
mas é que não estou mesmo fazendo mais isso.
- você não cobra mais por sexo
então?
- não.
- então me dá de graça, eu não me
importo.
- muito engraçado – falei rindo.
- poxa cara eu te fiz até rir,
não custa nada.
- pra mim não vai custar não, pra
você vai.
Ele deu uma risada
- quer dizer que via topar? –
falou ele.
- poxa, faz dois meses que estou
recusando programa eu estou até virgem outra vez eu nem sei se vou dar conta.
- não se preocupa eu vou fazer
com bastante carinho.
- quer saber? Eu topo. Cara você
é muito engraçado, se você for tão bom na cama como é na lábia talvez eu nem
cobre. Talvez. – falei enfatizando a palavra.
- ok – falou ele rindo – você
está livre o dia todo?
- sim, você quer que hora?
- se possível ainda de manhã.
- daqui uma hora mais ou menos eu
posso te encontrar no lugar que você quiser.
- tive uma idéia melhor, eu moro
sozinho, você pode pegar um taxi e vir até meu apartamento, eu pago o taxi.
- ok então.
- olha, eu fico te esperando,
quando você chegar é só me ligar e eu desço para pagar o taxi.
- tudo bem – falei. – como é seu
nome?
- é Justin.
- ok Justin quando eu chegar aí
eu te ligo, agora só me passa o endereço.
Justin me passou o endereço e eu
tomei um banho me arrumando. Eu iria me mudar no dia seguinte e merecia um dia
bem relaxado.
Eu chamei um taxi e entreguei o
endereço e em 25 minutos eu cheguei a porta de um condomínio
- o senhor aguarda só um
minutinho que meu amigo vai pagar a corrida – falei pegando o celular e
ligando.
- Justin é o Fry, eu já estou
aquí na entrada.
- já estou indo – falou ele
desligando o celular.
Eu esperei alguns minutos e
apareceu um homem mascando chiclete de bermuda e chinelos. Ele tinha o cabelo
bem curtinho e uma barba cerrada. Seu corpo não tinha nada de especial, mas
estava em forma.
- olá – falou ele tirando a
carteira do bolso e entregando o dinheiro para o taxista. Eu saí do carro e ele
se foi.
- bom dia – falou ele guardando a
carteira e apertando minha mão.
- bom dia – falei devolvendo o
aperto.
- vamos entrando.
Nós passamos pela portaria e
fomos até o prédio e entramos no elevador.
- fiquei com medo de você não vir
– falou ele.
- que nada – falei – você ficou
foi com medo de não dar conta de mim – falei olhando pra ele e esperando uma
resposta.
- você acha que não dou conta? –
falou ele quando o elevador parou no andar e abriu a porta.
- sei lá, você me pareceu meio
atordoado quando falei que viria.
Nós fomos andando e ele abriu a
porta do apartamento e nós entramos.
- eu fiquei atordoado porque você
aceitou vir.
- nossa você gostou mesmo do meu
anuncio.
- muito – falou ele se
aproximando e me dando um beijo de língua bem gostoso e molhado.
- vamos pro quarto – falou ele.
Agora o chiclete de Justin estava
na minha boca. Ele foi andando até o quarto e deu um pulo na cama e se deitou.
- quer que eu tire a roupa? –
perguntei.
- não, deita aqui comigo falou
ele abrindo os braços, eu tirei meu all star e me deitei no braço dele pousando
minha mão sobre seu peito.
- você parece ser tão novo –
falei.
- quantos anos você acha que eu
tenho?
- uns 25 no máximo.
- tenho 33.
- sério? Nossa você parece mais
novo, tanto no corpo quanto no seu jeito.
- é que eu tenho esse jeito de
moleque, todo mundo fala que eu nunca cresci.
- nunca cresça é sério, se eu
pudesse voltar no passado seria muito bom. Eu queria minha inocência de volta.
- não faz isso não, ou então eu
não vou poder ser seu homem essa noite.
Eu levantei a cabeça e dei um
selinho na boca dele.
- devolve meu chiclete – falou
ele me dando um beijo de língua bem gostoso e quente tirando o chiclete na
minha boca.
- joga o chiclete fora se não ele
vai atrapalhar a gente se beijar.
- não precisa, você não vai
colocar sua boca aquí agora.
Eu então dei um beijo no pescoço
dele e fui descendo alisando a barriga dele e assim que cheguei na bermuda eu
desci ela e a cueca deixando o pau mole dele pra fora.
- você falou tanto que faria
gostoso que seria meu homem e ainda nem está duro – falei lambendo a barriga
dele
- faz ele ficou duro que nem uma
rocha com sua boca aí você vai ver – falou ele deitando em cima do braço
esquerdo e alisando minha orelha direita com a outra mão.
Eu peguei o pau mole dele na mão
e coloquei na boca. Eu lambia e chupava e olhava para ele e sentia sua rola
ficando rígida em minha boca.
- que delicia – falou ele
mordendo o lábio inferior. – gostou do meu pauzão? – perguntou ele.
- até que é bem grande – falei
chupando a cabecinha.
Ele segurou minha cabeça e forçou
o pau no fundo da minha garganta.
- engasga com minha rola.
- delicia – falei masturbando ele
e lambendo seu saco e chupando seus ovos.
- tira a roupa tesão. – falou ele
se levantando e tirando a roupa.
Eu me levantei e tirei a roupa.
Justin se sentou na cama de pernas abertas.
- chupa meu pau. – falou ele me
fazendo se ajoelhar e abocanhar o pau dele mamando bem gostoso.
Enquanto eu mamava ele esfregava
o pé no meu pau que estava babando e duro.
- nossa você está com tesão
mesmo.
- porque? Você acha que sou um
mal profissional?
- vem me dizer que você sente
prazer com todos caras que fez programa?
- seu eu fosse colocar em uma
estimativa eu diria que 90% dos caras que fiz programa não me deram prazer.
- eu faço parte dos 10%? –
perguntou ele
- o que você acha? – falei
chupando apenas a cabecinha do pau dele.
- abre a boquinha – falou ele
segurando meu rosto pelo queixo.
- que boquinha gostosinha – falou
ele juntando cuspe e cuspiu na minha boca.
Eu masturbava ele enquanto ele
fazia isso.
- toma um tapa na cara – falou
ele dando dois tapas de leve no meu rosto.
- fica de quatro – falou ele.
Eu fiquei de quatro em cima da
cama e ele abriu minha bunda enfiando a língua no meu rabo. Ele me masturbava
enquanto chupava meu cú.
- gostoso – perguntou ele.
- cala a boca e me come – falei.
Ele se levantou e pegou um
preservativo e colocou no pau e veio por trás de mim.
- vai com calma. Faz tempo que
não faço.
- relaxa.
Ele passageou o meu buraquinho
com o polegar e colocava a cabecinha na entrada forçando. Ele forçava e quando
eu gemia ele tirava e se abaixava lambendo meu rabo para me acalmar.
- vai gostoso. me come.
Ele então enfiou a cabecinha e
logo foi enfiando sua rola até a metade e me fodeu gostoso.
- posso enfiar tudo?
- claro – falei.
Ele então enfiou o resto e
rebolou bem devagar.
Ele abriu a minha bunda com a mão
e começou a me foder rápido e bem forte.
- Haaaaa! Justin. Você está me
desvirginando.
- seu rabo está bem apertadinho –
falou ele.
Eu sentia as gotas de suor dele
pingando nas minhas costas.
- vou gozar – falou ele enfiando
tudo no meu rabo e estocando forte.
- que delicia – falou ele dando
dois tapas na minha bunda bem forte.
Eu me masturbei e gozei na cama.
- que delicia – falou ele tirando
o pau do meu rabo e eu sentei na cama e chupei o pau dele meio mole com a
camisinha.
Eu então tirei a camisinha do pau
dele e dei um nó colocando em cima do criado mudo.
Ele se deitou na cama e me puxou
me fazendo deitar no peito dele.
- gostou? Geralmente demoro mais,
mas é que faz tempo que não transo – falou ele puxando meu rosto e deu um
selinho na minha boca.
- você faz parte dos 5% - falei
dando um beijo de língua nele.
- qual grupo é esse?
- o grupo dos homens que são tão
bons de cama que eu nem cobro.
- sério? – falou ele.
- sério – falei lambendo os
peitos dele.
- geralmente as pessoas se sentem
lisonjeadas de serem as primeiras, mas eu estou feliz por ser o seu último.
Finalmente estava na grande maçã!
A maçã que todos queriam um pedaço e agora eu era uma das pessoas que corria
pelo melhor. Eu me mudei para Nova York e tinha começado a faculdade. Já fazia
duas semanas.
Eu nem tinha tido tempo de
conhecer a cidade. Na faculdade eu tinha conhecido algumas pessoas muito
alegres e divertidas, mas eu fiz amizade com uma garota chamada Marley.
Nós dois voltávamos da faculdade
de metrô.
- vamos sair hoje? – perguntou
ela enquanto saíamos da faculdade.
- hoje é quinta amanhã temos aula
– falei para ela.
Marley era uma garota muito
alegre e festeira.
- que tal amanhã?
- sexta-feira da semana que vem a
gente marca alguma coisa.
- ok.
Eu cheguei no meu flat e troquei
de roupa tomando um banho. O relógio marcava 15h00min quando resolvi navegar um
pouco na internet.
- acho que vou conectar no
bate-papo. – falei pra mim mesmo pegando um copo de refrigerante e tomando um
gole.
Eu me sentei na cama e liguei o
notebook e conectei no bate-papo. Tinha um monte de mensagens de Howard pra
mim, perguntando como eu estava, porque eu tinha sumido e até algumas de ira.
- olá – mandei uma mensagem para
ele.
Eu esperei alguns segundos e ele
não respondeu.
- você está aí? – mandei outra
vez.
- como você tem coragem de me
chamar para conversar depois de desaparecer por mais de um mês sem nenhuma
explicação. – respondeu Howard.
- me desculpe. – respondi com uma
cara triste.
- sério? Me desculpe? Você
desaparece por todo esse tempo e é tudo o que tem para me dizer?
Eu poderia dizer a verdade, mas
eu não queria prejudicar o relacionamento dele com o namorado então decidi
inventar uma desculpa.
- me perdoa – digitei. –
aconteceu algumas coisas na minha vida nesses últimos dias.
- não quero papo com você –
digitou ele.
- por favor Howard me perdoa.
Por alguns segundos ele não
digitou nada.
- estou aquí e quero falar com
você.
Passou-se uns dois minutos e ele
não digitou nada. Eu decidi chamar a atenção dele com alguma coisa.
- eu estou morando em Nova York.
– digitei.
Esperei alguns segundos e ele
respondeu.
- é verdade? – digitou.
- sim.
- você conseguiu a bolsa para a
faculdade de medicina?
- sim. – digitei com uma carinha
feliz.
- fico feliz por você, mas eu
ainda estou com muita raiva sua.
- me perdoa, é verdade. Aconteceu
muita coisa na minha vida.
- na minha também e nem por isso
eu deixei de entrar todos os dias te procurando.
- eu estou pedindo desculpas com
sinceridade.
- o que aconteceu de tão grande
na sua vida além de ganhar a bolsa.
- eu, meu irmão, e meu tio
estamos nos relacionando melhor. – digitei.
- só isso? – digitou ele.
- você acha isso um motivo para
me abandonar? Eu nunca te disse isso, mas eu te considerava meu melhor amigo eu
fiquei realmente chateado quando você não entrou mais.
- sinto muito, eu também considero
você muito.
- sabe o que aconteceu nesse
período? Eu sofri um acidente de carro.
- sério? Você está bem?
- estou sim. O acidente não foi
muito grave eu só tive um corte no braço esquerdo.
- quantos pontos?
- 14.
- foi grande – digitei.
- já pensou se eu tivesse
morrido? Você nem ia ficar sabendo.
- sinto muito, você não sabe o
quanto eu sinto.
- obrigado.
- e seu namorado? Ele deve ter
ficado preocupado – digitei querendo saber se ele ainda tinha o namorado.
- sim, coitado ele ficou muito
triste e preocupado, mas ele ficou ao meu lado todo o tempo.
- ainda bem que ele – digitei
- Até meu namorado achou estranho
você ter desaparecido.
- sério? – digitei pensando em
como Nick era hipócrita.
- até ele que não gostava muito
de nós dois conversarmos viu como eu fiquei triste por você ter desaparecido de
uma hora pra outra.
- eu não sei como dizer desculpas
do tamanho que eu quero. – digitei. – você acredita em mim?
- sim. – digitou ele. – mas eu só
vou te perdoar se você se encontrar comigo pessoalmente amanhã.
Eu pensei um pouco de decidi que
era uma boa idéia.
- eu só vou com uma condição.
- qual?
- não conta para seu namorado que
nós dois conversamos!
- porque?
- não é nada, é que eu não quero
que vocês dois briguem, você me promete?
- prometo sim. – digitou ele.
- aonde nós podemos nos
encontrar?
- sabe o restaurante Demolnico’s?
pode ser lá.
- pode sim – respondi – almoço ou
jantar?
- almoço.
- fica combinado então. – digitou
ele – eu vou fazer as reservas.
- tudo bem, mas lembra do nosso
acordo.
- tudo bem, não vou dizer para
ele.
- ok. Mas como eu vou saber quem
é você quando eu chegar?
- eu vou estar com uma camisa de
botão listrada, laranjada.
- tudo bem. Te encontro lá.
- até amanhã.
- até.
Eu fiquei ansioso por aquele
encontro afinal seria a primeira vez que eu veria Howard pessoalmente.
No dia seguinte depois da
faculdade fui até o restaurante na hora marcada.
- boa tarde – falei entrando no
restaurante.
- boa tarde – falou o garçom – o
senhor gostaria de uma mesa?
- na verdade eu estou procurando
ou esperando por um amigo.
Eu disse isso olhando em volta e
procurando por alguém com a camisa laranjada. O garçom foi até a entrada
receber outra pessoa.
- boa tarde – falou a voz atrás
de mim – eu tenho reservas.
Eu olhei para trás e era quem eu
estava procurando. Tinha um homem branco com cabelos, olhos castanhos. Ele
usava uma barba cerrada bem curtinha. Ele usava uma camisa laranjada com dois
botões abertos que o quão peludo ele era. Sua boca era grande e muito bonita.
- Howard? – falei.
O homem olhou para mim e olhou de
cima em baixo, provavelmente do mesmo jeito que eu olhei para ele.
- Fry? – perguntou ele se
aproximando.
- sou eu mesmo – falei estendendo
a mão. – como você está?
- estou bem – falou ele apertando
forte minha mão.
Ele deu um sorriso de lado.
- vamos nos sentar – falou ele
indo na minha frente eu o segui. Nós nos sentamos em uma mesa de frente um para
o outro.
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