I
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Capítulo Quatro
DOCE BRUTO
magine que você tenha sete anos de idade. No
colégio você recebe a melhor noticia de todas. Vocês irão a fábrica de doces no
dia seguinte, mas você, assim como todos os estudantes, precisam que seus pais
autorizem. Você chega em casa conta o que aconteceu e naturalmente seus pais
dão a assinatura.
No dia seguinte você vai á loja
de doces. Você e todas as crianças estão animadas porque vocês sabem que
durante a visita ganharão muitos doces. A maioria ficaria hiperativa, outros já
não gostam tanto e provam apenas um sabor. Isso já é suficiente. Eu sou a
criança que está no meio de todas, loucas para provar as inúmeras guloseimas,
mas não posso.
É assim que me sinto no dia-a-dia
sob o olhar vigilante de meu pai. O mundo é uma enorme fábrica de doces, mas eu
não posso provar nenhum sabor. O único sabor ao qual posso provar é o dele.
Tentar descobrir quem é David Carpenter Maxfield e porque ele se tornou esse
homem amargurado e raivoso que odeia a todos. Meu pai era um osso duro de doce,
um doce bruto.
Claro que eu sei as
consequências. Quem brinca com fogo amanhece queimado. Amanhecerei grudento e
pegajoso porque é isso o que acontece quando você come doces.
Naquela manhã meu pai insistiu
dezenas de vezes para me levar a escola, mas eu decidi contradizê-lo. Disse que
era melhor ir sozinho porque se eles estavam desconfiando de algo, ele ir
comigo seria pior. Prometi que não demoraria mais do que uma hora.
Achei muito estranho ele ter
aceitado. Ele parecia ansioso aquela manhã. Não sei porque, mas por algum
motivo ele havia me deixado ir sozinho.
Sai de casa logo cedo e subi a
minha rua até que chegue ao ponto de ônibus. Estávamos todos agasalhados. Pra
mim era perfeito. Não tinha chances de ninguém ver minhas feridas afinal a
única parte descoberta do meu corpo era meu rosto.
- bom dia – falei ao motorista ao
entrar e me sentar o mais próximo da porta que pude.
Não demorou muito. Vinte minutos
depois, no máximo eu já estava em frente ao colégio. Desci do ônibus e caminhei
até a entrada. Era quase nove, então os alunos já estavam estudando a muito
tempo.
Atravessei o corredor para ir até
a sala da diretoria. Esperei não ser visto por ninguém, especialmente por…
- Ollie?
Reconheceria aquela voz em
qualquer lugar. Parei e olhei para trás.
- oi Amy.
- Oliver? O que está acontecendo?
– perguntou ela vindo até mim.
- Nada.
- o diretor veio me dizer que vou
ter que treinar outra pessoa para estar em seu lugar.
- é verdade. Vou começar a
trabalhar com meu pai na próxima semana.
- me diz o que está acontecendo.
- já disse. Não é nada.
- você disse que nunca
trabalharia com seu pai.
- as coisas mudam.
- te conheço a muito tempo.
- por favor Amy. Já tomei minha
decisão e agradeceria se parasse de mandar a policia até lá em casa.
Continuei andando e deixei ela.
Fiz pelo próprio bem. Quanto antes ela me esquecesse melhor.
Fui até a sala do diretor e bati
na porta.
- pode entrar.
- sou eu – falei me sentando de
frente a ele.
- bom dia Oliver – falou ele com
um sorriso se levantando e pegando algo na gaveta - tudo bem com você?
- estou sim.
- seu pai te contou que fomos até
lá na semana passada?
- contou.
- desculpa se causei algum
transtorno. Ele deve ter mencionado que levei um detetive junto.
- mencionou.
- eu me desculpo, mas você também
me deve desculpas.
- porque?
- porque? Você não veio trabalhar
por duas semanas. Você faz parte do quadro de funcionário dessa escola a quase
dois anos. Somos todos aqui mais do que funcionários. Acho que você devia uma
explicação.
- eu sei.
- sabe oque eu diria se me perguntassem?
- o que?
- que algo está acontecendo com
você.
- porque todo mundo fica dizendo
isso – falei sem graça.
- talvez porque seja verdade.
Ficamos em silêncio por alguns
minutos.
- Ollie, você pode se abrir
comigo ou com qualquer um aqui. Está acontecendo alguma coisa com você?
- não – falei sem olhar para ele.
- você pode ser sincero. Não
precisa ter vergonha. tudo o que disser ficará só entre nós dois.
Respirei fundo e não respondi
nada.
- está com algum problema em
casa?
Por
alguns segundos hesitei. Pensei em abrir a boca, mas senti uma pontada nas
costas. A dor dos machucados me lembrava a quem pertencia. Ao Nosso Senhor.
- eu estou bem diretor Schwartz.
- tudo bem. Se você está dizendo
eu acredito.
Ele imprimiu alguns papéis e
depois de assinar ele me entregou e eu fiz o mesmo.
- então é isso – falei me
levantando.
- foi bom trabalhar com você, se
precisar de indicação futuramente. Eu estou aqui – falou ele apertando minha
mão. Os olhos azuis dele eram do mesmo tom do meu pai. O sorriso dele era
bonito. Mais uma vez as cicatrizes doeram.
- obrigado – falei me virando.
- Oliver… você está indo embora
agora?
- estou sim.
- eu posso te dar uma carona. Vou
passar em frente sua casa. Vou precisar ir até o sul da cidade.
- não precisa.
- deixa de bobeira. Eu te levo.
- pode ir. Eu vou de ônibus.
- vou passar bem frente a sua
casa.
- realmente não…
- chega. É isso. Vamos indo –
falou ele pegando a chave do carro e saindo.
Passamos de volta pelo corredor e
eu passei em frente a sala onde costumava trabalhar. Amy olhou para mim
parecendo decepcionada. Era uma amiga que deixava para trás. A única que tive.
Entrei no carro de Tobias e ele
seguiu caminho. Ele iria até South Burlington. Minha casa ficava no caminho
entre os dois lados da cidade.
O caminho toso ficamos em
silêncio. A minha sorte é que meu pai não estava em casa e muito menos Jake.
Apenas minha mãe.
Finalmente chegamos na porta da
minha casa e ele desligou o carro.
- está entregue.
- obrigado pela carona.
- por nada – falou ele sorrindo.
Sai do carro e ele foi embora.
Andei em direção até em casa e ao entrar chamei por minha mãe, mas ninguém
respondeu.
- tem alguém aqui?
- tem – falou meu pai da janela.
Eu nem o tinha visto.
- o senhor está aqui?
- o que eu te disse sobre pegar
caronas Oliver…
- era o diretor da escola. Ele
passaria por aqui e resolveu me trazer pai.
- isso é carona.
- o que tem demais pai? É apenas
um amigo fazendo um favor.
- começa com um favor. Logo ele
vai querer te sodomizar. É isso o que acontece. Vai enfiar coisas na sua bunda.
O órgão excretor não foi feito para ter prazer, nem pra procriação.
- porque o senhor é obcecado isso
pai? Eu não vou enfiar nada no ânus. Foi só uma carona. Supere.
Me cansei dessas brigas. As
pessoas viviam uma vida aparentemente normal e eu precisava medir minhas
palavras e não desrespeitá-lo a todo o momento. O problema é que me arrependi
do que disse assim que falei.
- de onde tirou tanta petulância?
Foi dele – falou meu pai segurando meu braço forte.
- desculpa pai.
Meu pai me empurrou na parede
fazendo com que as feridas nas costas doessem. Eu gemi de dor.
- vai pro seu quarto.
- não. Por favor.
- pro quarto – falou ele
apertando tão forte meu pulso que começou a doer. Ele me jogou no chão e eu me
levantei rapidamente. Fui para o quarto e retirei o agasalho. Não aguentava
mais tudo aquilo.
Tira a roupa – falou ele tirando
a fivela do cinto. Eu me virei com as calças abaixadas e me debrucei sob a
cama.
Ele começou a me bater. A fivela
era minha amiga mais íntima naquele momento. O barulho ecoou pelo quarto. Dessa
vez não havia durado tanto.
- não saia dai – falou ele saindo
do quarto.
Eu continuei lá debruçado. Com
minhas nádegas ardendo. Por sorte dessa vez não haveria marcas como as das
costas. Ele demorou um pouco, mas eu não me atrevi a levantar. Ouvi meu pai
entrando no quarto outra vez.
- pai nosso que estais no céu…
Quando ele começou a rezar eu
olhei para trás e vi que ele estava com uma vassoura na mão. Ele segurava do
lado das cerdas. Olhei na ponta do cabo que era de plástico e notei que ele
havia derretido no fogo para que se formassem pontas. Eu fechei os olhos na
hora e agarrei o colchão. Pedi forças para que pudesse aguentar minha punição.
O desespero tomou conta de mim ao
ver os pés dele se aproximando de mim. Minhas pernas tremeram.
- abra – falou meu pai.
- por favor.
- FAÇA O QUE EU MANDEI! – gritou
ele.
Eu levei minhas mãos para trás e
abri deixando minha bunda á mostra. Ele colocou a ponta na entrada.
- ore meu filho. Ore pelo perdão
do nosso senhor – falou meu pai segurando firme a vassoura.
Alguém bateu lá em baixo antes
que ele finalmente fizesse o movimento que me destruiria.
- quem será – falou meu pai
largando a vassoura. Eu trouxe minhas mãos de volta para o colchão. Eu respirei
fundo e limpei os olhos que estavam húmidos. Meu coração estava acelerado.
- fique aqui e ore. Volto assim
que terminar lá em baixo.
Assim que meu pai saiu do quarto
e fechou a porta eu me levantei e subi as calças. Fui até a janela e vi o carro
de Tobias.
- bom dia Sr. Maxfield. Desculpem
incomodá-lo é que seu filho deixou a carteira no meu carro. Deve ter caído do
bolso.
- sem problemas eu entrego a ele.
Eu senti vontade de dizer algo.
Vontade de gritar, mas não conseguia me mover. Senti uma forte dor do estômago.
Aquela que sentimos quando queremos fazer algo que não temos coragem. Minhas
mãos tremeram.
- obrigado – falou o diretor Tobias
se afastando e indo até seu carro.
Não sabia o que fazer. Na verdade
acho que sabia. Por isso era tão difícil. Era uma tortura psicológica. Eu
tentavam e mover, mas eu tinha lembranças demais.
Ouvi meu pai subindo as escadas e
resolvi pela primeira vez fazer o que tive vontade. A janela do meu quarto era
emperrada, mas consegui abrir fazendo muita força. Coloquei uma perna para fora
e quando estava prestes a sair meu pai entrou no quarto.
- o que está fazendo?
Não respondi e tentei sair, mas
meu pai agarrou minha perna e me puxou pra dentro.
- você precisa ser reeducado –
falou meu pai dando um chute na minha perna. Na mesma hora ouvi o barulho do
osso se quebrando. A dor foi intensa, mas pelo menos eu consegui passas pela
janela. Eu cai no telhado e escorreguei até cair no chão com um bocado de neve.
Tobias olhou para trás e me viu
caído no chão. Ele veio até mim.
- Oliver, o que aconteceu?
Eu não respondi nada, mas sabia
que agora estava em segurança. Tobias passou o braço por trás de mim e levantou
meu rosto. Com a outra mão ele ligou para a emergência.
Me atrevi a fechar os olhos. Pela
primeira vez na vida eu me senti livre.
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tomara que ele consiga se livra desse carrasco logo
ResponderExcluirCara, você é doente.... Tenho pena de você, bichinha recalcada.
ResponderExcluirLate mais alto que daqui eu não te esculto ;) :*
ExcluirTenho a impressao q esse david e na verdade apaixonado pelo filho mais nao aceita . O jake gosta do oliie oy do david mais esconde. E sente muito ciumes sera q teremod um flagra d incesto ? Adorooooo
ResponderExcluir