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Capítulo Sete
ME BEIJE UMA VEZ
ico tentando imaginar o porque das pessoas usarem
drogas. Existem das mais variadas. E não me refiro as drogas e sim as pessoas.
Ricos, pobres, brancos ou negros. Todos usam drogas. A verdade é que não existe
um motivo. Tédio? Talvez. A hipocrisia das pessoas são muitas. Muitos tomar
comprimidos para curar suas doenças das mais variadas. Acho que a pior de todas
é a depressão.
A verdade é que você pode tomar
quantas pílulas quiser, mas não existe droga nesse mundo que te livre de você
mesmo. O pior mal que pode ser causado a você é feito por você mesmo. É feito
por suas escolhas. É claro que meu pai me causou muita dor, mas a dor a que me
refiro é a que está dentro. Eu senti muita dor no meu coração. A pior dor de
todas é a da alma. Chegou em um momento da minha vida onde eu precisava
escolher entre ficar ou partir.
Para mim a droga mais poderosa do
mundo é o amor. Ela transforma seu corpo de faz você se sentir alto e feliz sem
motivo aparente. Porque será que as pessoas não usam e abusam dessa droga?
Estava nevando lá fora. Tinha
esfriado muito mais desde a tarde, mas isso não impediu que os convidados de
Tobias e Harold viessem para o jantar. Eles haviam insistido para que eu
participasse, mas eu preferi ficar no quarto. Estava entusiasmado com a televisão.
Assisti a tantos filmes e séries naquele dia. Era um mundo novo que se abria
para mim.
O que parecia ser bobeira e
normal para todas as pessoas ao meu redor, era algo inusitado. Até a comida era
diferente. Harold havia feito em excelente almoço e eu comi tudo duas vezes.
Diferente de lá em casa. Geralmente não tinha muito ânimo nem para ir a mesa de
jantar. Quanto mais saborear a comida.
- está tudo bem com você? –
perguntou Tobias entrando no quarto.
- está sim. Obrigado.
- você está com fome?
- eu estou bem, mas me atrevo a
dizer que o que comi aqui hoje estava excelente. De muito bom gosto.
- vou avisar Harold que você
gostou.
- por favor. Diga a ele que ele
tem mãos mágicas.
- espero que você também goste da
minha comida.
- é você que está fazendo o
jantar?
- Harold está me ajudando, mas
hoje eu sou o chef.
- já estou ansioso para poder
comer.
- na verdade eu vim para tentar
mais uma vez te convencer a descer as escadas e ficar na companhia de todos.
Acho de verdade que o contato com pessoas será bom. Você vai se sentir melhor.
- eu realmente não quero ser um
“pé no saco”.
Tobias deu uma risada quando
falei isso.
- desculpa o palavreado. É que eu
vi esse palavrão em um filme que eu assisti.
- Sem problema. Só achei
engraçado.
- posso te fazer uma pergunta
Tobias?
- pode.
- você tem AIDS?
Eu vi que a expressão dele mudou
quando fiz essa pergunta.
- porque está me perguntando
isso?
- meu pai sempre me disse que
apenas os gays e negros pegam AIDS. Ele disse que é a maldição que deus lançou
no mundo pelos atos pecaminosos que eles cometem.
- tudo bem – falou ele se
aproximando – isso é mentira Oliver. Todo mundo está sujeito a contrair o
vírus. E não, eu não tenho. Harold também não.
- tudo bem.
- olha, você não deve perguntar
isso para as pessoas OK? Não me leve a mal, só estou tentando de ensinar.
- sem problema, afinal eu não
tive muito educação em casa.
- então… você não respondeu a
minha pergunta.
- eu prometo que se ouvir uma
próxima vez eu desço para ficar com vocês, mas hoje eu me sinto melhor e mais
confortável aqui em cima. E além do mais eu não quero deixar vocês
constrangidos.
- do que está falando?
- eu tenho medo de vomitar se ver
vocês se beijarem;
- tenho certeza que você não vai
mais vomitar e mesmo que você o faça nós entendemos o porque. Com o tempo você
vai se acostumar e essas lembranças ruins irão desaparecer.
- espero que sim.
- você só precisa associar o
beijo á algo bom. Você precisa associar o beijo a uma lembrança boa. Duvido que
você vai vomitar depois de fazer isso.
- quem sabe no futuro – falei
envergonhado.
- será que agora eu posso te
fazer uma pergunta?
- pode.
- você é gay?
Por alguns instantes eu hesitei.
Realmente não sabia a resposta daquela pergunta. Não sei bem o que sinto dentro
de mim. Na verdade não tive motivos nem razões para me sentir atraído por
nenhum dos sexos. É claro que eu me sentia impressionado por homens, mas eu
acho Amy bonita.
- não precisa responder – falou
Tobias.
- eu não sei. Estou sendo sincero
com você. Não sei se sou gay. Como você sabe que é? Quer dizer, como você
descobre e diz para sí mesmo que é gay ou hétero?
- a maioria das pessoas
responderia essa pergunta dizendo o seguinte: você fica excitado quando vê uma
mulher pelada? Ou quando vê um homem pelado?
- e qual a resposta certa?
- quando você fecha os olhos e
imagina o seu futuro. Você começa a pensar na pessoa com quem quer passar o
resto de sua vida. Deixa eu ser mais claro – falou ele pensando um pouco – Tem
a ver com o que sente no coração não nas partes íntimas. Quando você tem
vontade de beijar uma pessoa e finalmente beija. O que você sente durante o
beijo é a resposta.
- não sei se entendi muito bem,
mas eu prometo que quando eu tiver a resposta eu de digo.
- OK – falou ele se aproximando
da porta – assim que o jantar ficar pronto eu trago pra você.
- obrigado – respondi quando ele
saiu do quarto.
Voltei a assistir um programa na
televisão e logo percebi quando os convidados chegaram. Eles conversavam e riam
bastante. Era bom estar em uma casa onde as pessoas sorriam e conversavam. O
ambiente estava me influenciando e muito. Apenas o fato de estar lá, mesmo não
estando lá em baixo me deixou mais feliz.
Harold trouxe o meu jantar.
- espero que goste – falou ele
trazendo em uma bandeja.
- você bebe cerveja ou prefere
refrigerante?
- refrigerante – falei me
arrumando na cama.
Depois que Harold trouxe algo
para beber eu comi toda a comida. Estava realmente deliciosa. Repeti novamente
apesar de estar envergonhado. Afinal eles tinham visitas, iriam pensar que eu
estava passando fome. O desejo falou mais alto e eu repeti. Depois que terminei
Harold levou tudo para baixo.
Depois que comi, fui até o
banheiro e escovei meus dentes. Ainda bem que havia tomado banho mais cedo,
porque o clima não estava favorável. Uma nevasca se aproximava e o aquecedor
teve que ser colocado no máximo.
Tobias veio até meu quarto com
uma latinha de cerveja na mão.
- o que achou da comida?
- adorei, estava realmente
deliciosa.
- melhor do que a do Harold? –
perguntou ele tomando um gole da cerveja.
- Realmente não tenho resposta
para essa pergunta.
- pode dizer que a minha é mais
gostosa – falou ele brincando.
- mas é sério. Estava muito bom.
Não em lembro a última vez que comi tão bem.
- se você quiser dormir é só
apagar a luz OK? Nós vamos fazer menos barulho lá em baixo.
- não precisa. Não vou dormir.
Não estou com sono.
- sua perna não está doendo? Quer
tomar o remédio que o médico te passou?
- melhor não. Não gosto de tomar
remédio sem precisão.
- você rachou a fíbula. Acho que
você está precisando.
- dói um pouco, mas nada que eu
já não tenha sentido em dosagem bem maior.
- se você está dizendo – falou
ele sorrindo – bom vou lá em baixo.
- obrigado por tudo Tobias.
- por nada – falou ele saindo do
quarto.
Voltei a assistir televisão.
As horas se passaram e pelo o que
eu ouvia, parecia que eles estavam jogando algum tipo de jogo. Talvez
adivinhação. De vez em quando eles
gritavam e riam. Eles pareciam se divertir bastante. Começava a me arrepender
de não ter aceitado o pedido, talvez eu tivesse me divertido, mas eu com
certeza teria outra chance.
Quando deu onze da noite resolvi
me deitar. Me levantei e apaguei a luz. Me deitei e me cobri até o pescoço.
Estava muito frio. Mal tinha me deitado e alguém abriu a porta do quarto e
acendeu a luz do quarto. Levantei a cabeça assustado e vi um homem de olhos
azuis parado na porta.
- me desculpa, pensei que aqui
fosse o banheiro.
- sem problema – falei esperando
ele fechar a porta e sair.
- Ei! Você é Oliver, certo?
- sou eu, porque?
- Tobias me disse que você estava
aqui – falou ele entrando e fechando a porta – desculpa ter te acordado.
- sem problema – falei me
sentando na cama outra vez.
- meu nome é Frank Fitzgerald –
falou ele estendendo a mão e eu a apartei. Ele tinha um aperto de mão forte.
- eu sou Oliver Maxfield.
- sinto muito por tudo o que você
passou. Tobias me contou.
- ele contou pra vocês o que
aconteceu comigo?
- não. Só pra mim.
- eu confiei nele. Ele me disse
que não contaria a ninguém.
- não fique bravo com ele. Nós
nos conhecemos desde pequeno.
- tudo bem. Eu confio em Tobias e
se ele confia em você. Também confio em você.
- que bom – falou ele sorrindo –
quando ele me contou o que seu pai fez com você eu achei tudo tão horrível.
Deve ser difícil ter tido um pai como esse.
- é sim – falei sem muito
assunto.
- posso me sentar com você?
Parece tão aconchegante.
Antes que eu respondesse ele deu
a volta na cama e se meteu debaixo das cobertas comigo.
- assim está melhor – falou ele
olhando para mim e sorrindo. Senti um calafrio e um enjoo no estomago.
- você está bem?
- estou – falei tentando relaxar.
- você trabalha com Tobias né?
- sim e você? Qual o seu
trabalho?
- sou engenheiro. Tenho trabalho
aqui sabe, mas costumo viajar pelo menos uma vez no mês para alguns trabalhos
em outros estados.
- nossa. Você já deve ter o país
inteiro.
- sim. Praticamente todo ele.
- eu nunca sai de Vermont. Quem
dirá andar de avião.
- agora você pode.
- quem me dera.
- porque não? O que te impede?
- não sei. Só não me vejo saindo
daqui.
- não diga isso. Você não pode
ter uma visão limitada de você mesmo. Você precisa se imaginar tendo o melhor e
fazendo o impossível. Você precisa se ver bem melhor do que agora. Não pode ser
pessimista.
- vou tentar – falei rindo – é
tão estranho sabe. Em um dia eu estou preso em casa e no outro estou debaixo de
cobertas… com outro homem.
Fran k olhou para mim e começou a
sorrir.
- você me acha bonito – falou
ele.
- não. Não acho.
- acha sim. Você está ficando
vermelho. É por isso que está tão nervoso desde que entrei no quarto?
- não estou – falei sério. Não
estava gostando do tom dele.
- me desculpa – falou ele
percebendo que já não estava levando na brincadeira – não quis te ofender.
- não se desculpe. Eu é que peço
desculpas – falei sem olhar para ele.
- olhe pra mim – falou ele
levando o braço direito até meu rosto virando-o.
Senti um arrepio quando ele fez
isso.
- não se sinta mal. Estava só
brincando.
Nesse momento eu fechei os olhos
e levei minha mão até a dele e a alisei. Era bom sentir o toque de outra
pessoa. Era a primeira vez que sentia alguém me tocar daquela maneira.
Abri os olhos e Frank estava me
encarando. Pensei em dizer algo, mas ele aproveitou que tocavam eu rosto e usou
essa artimanha para aproximar meu rosto do dele e me dar um beijo. Ele me deu
um selo na boca. No inicio eu me apavorei. Pensei que iria vomitar, mas não foi
isso o que senti. Seus lábios estavam juntos ao meu e senti vontade de não me
afastar.
- me desculpa – falou afastando o
rosto – não devia ter feito isso.
- faça de novo – falei levando
minha mão até o rosto dele. Hesitei muito e abaixei a mão que estava tremendo
duas vezes antes de finalmente tocá-lo.
Nos aproximamos e demos um beijo,
mas dessa vez um beijo mais intimo. Ele enfiou a língua dentro da minha boca.
Não sabia o que fazer, mas parece que lá no fundo meu corpo sabia exatamente o
que fazer. Ele tinha uma barba rala no rosto. Uma barba loira escura assim como
seus cabelos que era curtos. Ele tinha braços fortes e era alto.
Beijamo-nos por um bom tempo.
Nossas bocas já estavam bem húmidas. Ele parou por alguns instantes e nós
respiramos fundo. Pensei que me sentiria mal, mas me senti muito bem. tudo o
que meu pai tinha dito era mentira. Não era nojento e não era errado. Meu corpo
estavam e dizendo que aquilo era certo. Nunca haviam e sentido dessa maneira na
vida.
- você vai embora agora?
- só se você quiser.
- não vou. Só se você quiser.
- não quero. A menos que você
queira ir – falei nervoso. Havia um debate dentro de mim. Estava tremendo.
- se acalme Oliver – falou Frank
parecendo preocupado – vou ficar aqui com você – falou ele se deitando e mandou
que eu fizesse o mesmo.
Ele passou o braço por trás de
mim e me puxou fazendo com que me deitasse em seu braço. Ele pegou minha mão e
colocou em seu peito. Era grande e forte.
- o que seu pai diria se ti visse
agora?
- ele me bateria – falei sentindo
uma pontada nas costas. As cicatrizes ainda doíam quando me lembrava dele.
Respirei fundo.
- o que foi? – perguntou ele
alisando meu rosto com o dedão.
- não é nada, é que minhas
cicatrizes doem quando lembro do meu pai.
- você é igual ao Harry Potter –
falou Frank rindo.
- quem é Harry Potter?
- o que? – perguntou ele
indignado – você não conhece o Harry?
- é uma pessoa?
- um filme. Conta a história de
um garoto que é um bruxo… - ele parou por um instante – quer saber? O que você
acha de marcarmos de assistir os filmes no fim de semana? Dessa maneira eu
tenho motivos para voltar.
- no fim de semana?
- sim. Eu alugo todos os filmes e
nós assistimos comendo pipoca.
- tudo bem – falei fechando os
olhos. Foi a última coisa que lembro de dizer antes de finalmente cair no sono.
Tobias abriu a porta do quarto e
nos viu deitados na cama.
- ele dormiu? – perguntou Tobias.
- parece que sim.
- ele é um garoto carente – falou
Tobias.
- eu também seria se tivesse
sofrido metade do que ele sofreu.
- você vai passar a noite aqui?
- acho que não tenho escolha –
falou Frank rindo – subi as escadas para ir ao banheiro e veja como acabei.
Quando ele acordar vai querer me ter ao seu lado.
- você se acha demais – falou
Tobias rindo.
Frank sorriu também.
- boa noite – falou Tobias
apagando a luz do quarto e saindo.
Pela primeira vez na vida tinha
dormido sem antes fazer minhas orações. Meu pai me obrigava a fazê-la todas as
noites. Pela primeira vez não tive pesadelos.
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que capitulo mais fofo, esse FRANK e o melhor remédio para as feridas do OLIVER
ResponderExcluirObrigado pelo comentário
ExcluirTô adorando, só não estou amando pq estou achando muito calmo... Poderia começar a ter mais emoção
ResponderExcluirSempre fui uum leitor assidua . Mais esse conto nao ta tendo aquele magnetismo q faz com.q a gente tenha vontade d ler sem parar como foi i caso d Paixao secreta q nos cativou e motivou e nos atraiu a ler sempre perdendo noites d sono a espera.dos proximos capitulos . Desculpa mais nao estou gostando desse conto esperava mais fogo . Mais flagras. Brigas . Incesto talves .
ResponderExcluirObs... pense em reescrever o final d paixao secreta d novo . Adam nao merecia morrer . Uma ultima noite d amor bem carinhosa violenta e selvagen ele e mike mereciam .
Obrigado pelo comentário. Bom... Acho que ainda é cedo para dizer que Verão Em Vermont não cativou afinal ainda estamos no capítulo sete. Estou levando as coisas devagar nos primeiros capítulos, mas a partir do capítulo 8 o fogo começa. Pode ter certeza que fogo e brigas é o que não vai faltar eu tenho o enredo e a história em minha mente. Paixão Secreta por exemplo: o "fogo" começou no capítulo 10.
Excluirsobre o final de Paixão Secreta: É impossível agradar todo mundo. Eu amei o final que eu dei ao conto. Emocionante e Trágico. Mike e Adam mereciam ficar juntos, mas as coisas na vida não acontecem como esperamos. Eu achei certo o final que eu dei e você tem o direito de não gostar do final. Eu respeito isso, mas não irie reescrever.
Espero que continue lendo Verão Em Vermont, mas se não continuar... fazer o que?
Obrigado e continue comentando e lendo <3
Porcaria. Sinceramente não sei porque você ainda insiste em continuar. Ninguém gostava de paixão secreta, um personagem que tranza com vários homens é sempre odiado. Em paixão secreta todo era gay. sua cavbeça é de gente doente e precisa de tratamento.
ResponderExcluirEsse conto de verão em vermont tá tão chato. o personagem se faz de vitima o tempo todo. quer meu conselho? pare de escrever. chega dessa bosta, chega dessas histórias flopadas e ruins.
Não sou só eu. Todo mundo aqui do site ta comentando que ta ruim e TODO MUNDO DO SEU GRUPO também. Isso mesmo, eu estou no grupo do whatsapp. Estou lá de olho em tudo. Sinceramente, pare de passar vergonha, pare de escrever e publicar assim todo mundo fica mais feliz. exclui logo esse grupo no whats que tá uma tristeza só. você é patético
Cara amei essa parte! Ele merece isso!
ResponderExcluirE sobre o final de Paixão Secreta eu fiquei mal cara, sinceramente, fiquei com uma vontade de chorar, não sei pq isso acontece comigo. Mas mesmo assim foi ótimo.
Então, agora que me despedi, ainda que a contragosto, de Princípe, estou lendo os outros contos. E confesso que ando empolgado com Verão... E sim, esse capítulo foi fofo! Haha' Harry Potter? Já o vi sendo referenciado em outros textos seus. Acaso és fã do bruxinho? EU SOU DEMAIS DA CONTA!
ResponderExcluirA.
Sou fã de Harry Potter sim. Adoro
Excluir