Capítulo 40: Cruel Elefante | Conto: Cruel Sedutor

XL

Cruel Elefante

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E

stava ansioso. Sentado naquela poltrona esperando que chamassem o meu nome. Minha boca estava seca e meu coração palpitando de nervosismo. Eu não sabia como tudo acabaria, mas aquela era a coisa certa a se fazer. Já tinha cometido erros demais em minha vida. Era hora de começar a consertar todos os meus erros.

- Stanley Illtyd Anthony? – falou a secretária chamando a minha atenção me fazendo levantar.

- sou eu.

- o Conselho irá recebê-lo agora!

- obrigado – falei seguindo pelo corredor até entrar na enorme sala com uma mesa. Todos os membros do conselho estavam sentados com seus ternos e uniformes prontos para me ouvirem.

Ao entrar na sala me sentei em uma das cadeiras de frente para eles e me ajeitei deixando meus papéis em cima da mesa.

- Senhor Anthony Illtyd Anthony – falou um dos membros lendo em um papel – o Conselho de Comissários da Polícia está ciente de que o senhor tem uma denuncia a ser realizada sobre o departamento de polícia do centro de Orlando.

- sem senhor… senhores – falei olhando para todos os cinco membros do Conselho de Comissários da Polícia.

- e do que se trata essa denuncia?

- O Delegado Roderick Dooley Maddox e o detetive Cory Alphonse DeLarosa estão em posse de um vídeo de sexo onde eu apareço. Eles tem me chantageado a alguns dias ameaçando liberar o vídeo na internet caso eu não concorde em fazer sexo com eles.

- Sr. Anthony. Essa é uma denuncia muito grave. O senhor tem provas do que está dizendo?

- tenho sim senhor – falei mostrando o papel e deslizando na mesa. O presidente do conselho olhou para os papéis;

- como o senhor pode ver estão ai todas as mensagens trocadas entre o detetive DeLarosa e o delegado Maddox – respirei fundo e juntei os dedos. Estava nervoso – eu tenho conhecimento de que a situação é ruim.

- Ruim? É péssima! – o presidente do Conselho parecia estarrecido pela situação – o distrito de vocês tem passado por muitos altos e baixos.

- mais baixos do que alto – falou outro membro – o último delegado fazia parte de um culto maluco e agora o novo delegado está envolvido em um escândalo de posse de pornografia ilegal e chantagem.

- tudo o que eu peço é que os senhores tomem providência. Eu vim até os senhores de boa e espontânea vontade porque eu sei que se eu for até um advogado o primeiro passo dele será convocar uma coletiva de impressa para expor a ineficiência da policia em selecionar os membros para a proteção da população. E nisso o prefeito também acaba sendo afetado já que foi ele que indicou o detetive Maddox para o cargo que ele ocupa atualmente.

- nós agradecemos a sua consideração – falou o presidente – nós vamos deliberar e decidiremos qual procedimento iremos seguir.

- e quanto tempo vai levar até vocês decidirem e tomarem a decisão?

- mais rápido do que você pensa – falou o presidente se levantando e estendendo a mão.

- obrigado senhor – falei apertando a mão dele. Quando sai da sala vi Clyde se sentado na poltrona. Ele parecia apreensivo.

- e então? – perguntou Clyde se levantando – o que eles disseram? Precisam que eu testemunhe?

- não. Relaxa. Eles disseram que vão tomar uma decisão e aplicar uma punição aos dois – falei respirando fundo – obrigado por ter vindo comigo.

- não foi nada – falou Clyde colocando a mão em meu ombro – era o mínimo que eu podia fazer.

- e você? – falei caminhando lado a lado com Clyde enquanto entrávamos no elevador – o que vai fazer?

- Roderick me suspendeu por tempo indeterminado e uma investigação será aberta pela agressão. Eu conversei com um advogado e ele disse que talvez a situação se resolva sozinha já que você decidiu denunciá-los ao Conselho de Comissários da Polícia.

- graças a você – falei rindo – porque eu nem sabia que algo assim existia. Pensei que como Roderick era o Chefe de Polícia não havia a quem recorrer.

- sempre tem a quem recorrer – falou ele pressionando os lábios. Ele levou a mão até o rosto e coçou a barba lambendo os lábios e então esbarrou a mão no botão do elevador fazendo com que ele parasse com um baque.

- que isso? – falei olhando me volta.

- acho que precisamos falar sobre o Grande Elefante que existe entre nós.

- que elefante?

- O elefante enorme chamado ‘amor’ que nós dois estamos ignorando que fingindo que não existe – Clyde parecia apreensivo como se estivesse ansioso para me dizer algo que não podia – se eu disser que ainda penso em você, o que você diria? – falou ele vindo para cima de mim e colocando a mão na parede do elevador deixando seu rosto a alguns centímetros do meu. Ele parou e ficou olhando para mim.

- eu diria que você e Lana estão se dando bem.

- esquece isso Stan – falou Clyde balançando a cabeça negativamente – Lana não foi nada. Só uma noite.

- eu pensei que aquela conversa que tivemos na cozinha naquele dia foi esclarecedora.

- dói tanto – falou ele engolindo em seco respirando fundo – estar tão perto de você e mesmo assim estar tão longe. Conseguia sentir a respiração dele em meu rosto. O cheiro do cigarro e da bala de menta que ele sempre chupava em seguida. Conseguia sentir o cheiro do seu perfume.

Lambi os lábios e respirei fundo sentindo seu cheiro. Eu senti água na boca, meu coração bateu rápido e minha respiração se tornou uniforme. Minhas mãos estavam grudadas na gelada parede do elevador atrás de mim. Eu queria tanto abraça-lo e beijá-lo. O meu coração dizia que sim, mas a minha cabeça não me deixava seguir a diante. Toda a dor e frustração que ele me causou… eu não podia fazer aquilo.

- Não faça isso Clyde. Por favor. Não nos machuque.

- cala a sua boca – falou Clyde olhando para o alto.

- o que você fez me machucou muito. Achei que eu significasse algo para você, mas ao tentar tirar Roger se mim você me machucou;

- eu já disse pra calar a porra da boca – falou ele olhando para o alto procurando pela câmera do elevador.

Em seguida ele apertou o botão e liberou o elevador deixando que ele chegasse até o lobby. Ao sairmos na rua Clyde colocou os óculos escuros e destravou o carro.

- acho que vou de Uber – falei parando no meio do caminho e pegando o celular.

- venha comigo, eu te dou uma carona.

- não vou com você Clyde. Não depois do que você fez no elevador. Eu pensei que poderíamos ser amigos, mas claramente não podemos. Você não consegue me esquecer.

- e você por acaso me esqueceu?

- o que você acha? – falei olhando para o celular abrindo o aplicativo.

- entra logo nesse carro – falou Clyde abrindo a porta do passageiro olhando para mim.

- eu não vou entrar ai – falei olhando em volta quando um carro cinza piscou o farol e parou na minha frente – meu Uber chegou.

Clyde fechou a porta do carro e veio andando na minha direção. Ele se aproximou de mim e cruzou os braços.

- vem comigo Stan. Estamos indo pro mesmo lugar.

- definitivamente não estamos no mesmo lugar – falei me referindo ao nosso relacionamento. Em minha cabeça estava tudo acabado.

- você vai entrar ou não? – perguntou o motorista do Uber para mim.

- Sim!

- Não! – respondeu Clyde – cai fora daqui.

- não! Eu vou entrar.

- eu sou policial! – falou Clyde mostrando o distintivo – Cai fora daqui agora!

- fica! – falei olhando para o motorista.

- o cara é policial – falou o motorista de Uber indo embora – boa sorte ai.

- muito obrigado Clyde – falei com raiva olhando em volta – vou pegar um taxi.

- eu preciso que você venha comigo Stan – falou Clyde – você não confia em mim?

- não.

- depois de tudo o que passamos eu não tenho pelo menos a sua confiança?

- claro que não. É exatamente por tudo o que passamos que você não tem minha confiança. Você tentou tirar o meu filho de mim. Você e Anne.

- teve um motivo.

- E qual motivo foi?

- Venha comigo e eu te conto.

Aquilo me intrigou. Perguntei para Clyde outras vezes o motivo dele me fazer passar por tanto sofrimento e ele nunca dizia nada e apenas fechava a cara com a mesma desculpa de ‘você não merece’ e ‘você não consegue criar um filho’. Essa era a primeira vez que ele dizia que me contaria a verdade.

- tudo bem, mas se isso for uma pegadinha eu nunca mais converso com você.

- confie em mim – falou ele andando até seu carro e eu o segui.

Nós entramos no carro e seguimos viagem até minha casa. Nós seguimos em silêncio por um tempo e depois de alguns minutos eu me cansei de esperar.

- fala logo Clyde. Que motivo você tinha pra tirar Roger de mim?

- não vamos falar sobre isso agora.

- eu sabia que era um truque.

- não é um truque! – Clyde parou o carro no sinal vermelho – eu disse que não vamos falar sobre isso agora, mas quando chegarmos á sua casa nós conversamos.

- e porque não pode ser agora?

- porque não.

Comecei a pensar que talvez tivesse sido um erro entrar naquele carro, mas eu estava curioso para saber o que ele ia me dizer. Ele parecia paranoico sempre olhando para os lados e olhando para a câmera do elevador. Como se estivesse fazendo algo errado. Eu o conhecia o suficiente para saber que ele estava metido em algo. A barba grisalha estava arrepiada e ele coçava ela toda hora.

Quando chegamos em casa ele estacionou o carro em frente a minha casa.

- e então? – falei tirando o cinto de segurança e olhando para ele – porque você fez tudo aquilo? É porque eu sou gay? Você se acha melhor do que eu?

- eu vou me aproximar de você e quando eu fizer isso não me empurra e não faça escândalo. Apenas me abrace e finja que estamos trocando carinho.

- eu não.

- por favor, Stanley. Confia em mim.

- tudo bem – falei me ajeitando no banco – se isso for um truque…

- apenas confie em mim – falou Clyde dando um sorriso e se aproximando de mim. Ele deu um beijo na ponta do meu nariz e um beijo no meu rosto. Levei a mão direita até seu ombro e a mantive lá. Clyde segurou em meu rosto com a mão esquerda e pressionou seu rosto contra o meu. Sentia sua respiração em minha orelha.

- porque você tentou tirar o Roger de mim? – falei rindo disfarçando.

- o FBI acha que existem membros do culto a solta. Membros que não estavam lá naquela noite. Anne e eu estamos trabalhando infiltrados para o FBI. Eles acreditam que existam mais membros da policia que estavam envolvidos com ‘A Colmeia’.

- o que? – falei surpreso.

- sorria! – falou Clyde – pode ser que alguém esteja nos seguindo ou observando. Não sabemos quem ainda faz parte do culto.

- Okay – falei rindo e puxando Clyde abraçando-o e depois lambi os lábios olhando para ele diretamente em seus olhos.

- O FBI acha que Roger seja o alvo deles então eles nos disseram para que Anne e eu tentássemos adotar Roger para que os membros viessem atrás de nós. Nós estaríamos preparados para eles.

- você está mentindo – falei sem acreditar.

- Não é mentira Stanley. Acredite em mim – falou ele lambendo os lábios – eu não deveria estar te contando isso. Se o FBI descobrir que eu te contei eles vão tirar Roger de você até que tudo se resolva. Eu sei que você ficaria maluco que ficasse longe dele.

- sim, eu ficaria – falei me sentindo mal pelo o que Clyde estava me dizendo – eu pensei que isso tinha acabado.

- nós estamos um passo a frente Stan. Nós sabemos que eles ainda existem e se eles não cometeram mais crimes é porque estão agindo de outra forma. Estão se aproximando de você e você não está percebendo. Se o FBI estiver você, Roger e toda sua família estão em perigo.

- o que eu faço?

- continue vivendo a sua vida. Finja que não sabe de nada – falou Clyde rindo e acariciando meu rosto com a palma da mão.

- quem mais sabe disso?

- Anne, eu e você. Nem o Roderick sabe. Essa investigação está além de sua alçada. O FBI está trabalhando no caso graças a um dos membros do culto que resolveu falar.

- foi a Tessa?

- Sim. Foi a Tessa. Foi por isso que nós a tiramos daqui. Ela precisava ser protegida. Ela não estaria segura aqui em Orlando.

- o que ela disse?

- que existem mais membros no culto, mas que ela não sabe quem são porque nunca os viu sem máscara e que ouviu suas vozes poucas vezes. Mas ela nos garantiu que existiam mais membros da policia envolvidos.

- eu me sinto tão mal! – me lembrei de tudo o que tinha dito a ele. Todas as coisas que tinha pensado sobre sua traição.

- não se sinta Stan. A vida de policial envolve trabalhar disfarçado às vezes. A culpa não é de ninguém.

- eu tenho um encontro com o Frank hoje à noite. O que eu faço?

- vá ao encontro com ele e haja naturalmente.

- e se ele estiver envolvido?

- Não tem como saber. Seja cauteloso com todos a sua volta, mas seja discreto. Não dê sinais de que desconfia que o culto ainda existe. Haja naturalmente.

- Okay, okay – falei sentindo uma lágrima cair de meu olho. Clyde levou o dedo até meu rosto o limpou.

- não chora – falou ele apertando os lábios e voltando a posição original do corpo olhando para frente através do para-brisa. Eu fiz o mesmo.

- nós podemos nos falar pelo celular?

- melhor não – falou Clyde – pode ser que o seu celular tenha sido clonado – ele olhou para mim e pegou minha mão e segurou – eu prometo te visitar todos os dias a noite.

- eu posso fazer uma visita a você e a Anne?

- melhor não, se não o FBI vai desconfiar.

- eu posso levar o Roger. Como se eu estivesse oferecendo uma oferta de paz. Eles não desconfiariam, certo?

- certo – falou ele pressionando os lábios – você pode aparecer para o jantar de amanhã.

- combinado – falei respirando fundo tentando assimilar tudo  oque tinha descoberto.

- eu te amo, viu? – falou Clyde pegando minha mão e levando até seu rosto e dando um beijo.

- eu também te amo – falei me aproximando dele e dando um beijo em seu ombro.

Sai do carro e dei a volta pisando na calçada. Olhei em volta e vi que não havia nada fora do normal. Abri o portão e fechei cruzando o jardim chegando até a porta da frente da casa. Minha mãe estava com Roger no sofá. Meu pai brincava com ele. Eu forcei um sorriso para os dois e subi as escadas indo para meu quarto.

Um grupo de turistas estava visitando Orlando naquele doce novembro. Eles haviam planejado muitas atividades, mas aquela noite eles haviam planejado a muito tempo atrás. A maioria das pessoas visitavam os parques temáticos da Disney, alguns visitavam os museus, as casas de artistas famosos e havia aqueles que apenas visitavam os parques e jardins botânicos espalhados pela cidade intercalando entre um restaurante e outro provando a diversidade cultural do mundo em apenas uma cidade. Mas haviam aqueles que preferiram ir mais além.

- você está maluco Bobby? – falou Martha para seu amigo enquanto ele pulava os portões da grande casa.

- deixa de ser boba Martha! Venha logo! – falou Bobby enquanto Sharon e Terry pulavam o portão.

- eu não sei se consigo – falou Martha olhando para trás. A noite estava escura – isso é invasão. Podemos ser presos –falou Martha se lembrando de Oregon, sua terra natal.

- se você não consegue pular, não tem problema – falou Terry pegando um grampo e conseguindo destrancar as grades do grande portão.

- você esperou nós pularmos pra tentar isso? – perguntou Sharon se pendurando o pescoço de seu namorado que se virou e deu um beijo em sua boca.

- isso vai ser foda! – falou Bobby quase que cochichando para não acordar os donos da casa. Ele foi até a porta da frente e pegou o celular tirando uma selfie – nós vamos receber pelo menos umas quinhentas curtidas.

- tem certeza de que é aqui? – perguntou Martha caminhando com os braços cruzados pelo frio ao lado de Sharon e Terry.

- sim – falou Bobby – eu olhei no Google Maps. É aqui é Stanley mora – falou ele colocando a máscara de palhaço com olhos de estrelas – além do mais eu conheci um cara em um fórum que me deu o endereço dizendo que hoje a noite não haveria ninguém em casa.

- coloquem as máscaras de vocês – falou Terry – vamos tirar algumas fotos e fazer alguns vídeos.

- onde você conseguiu as máscaras? – perguntou Martha pegando a máscara de garota de rosto derretido e cabelos vermelhos.

- no eBay – falou Terry entregando a máscara de Sharon e em seguida colocando sua máscara.

- depois de tirarmos as fotos vamos usar a tinta em spray para escrevermos ‘Porcos’ e ‘S é para Stanley’ – falou Terry pegando uma faca de mentira que ele trouxe consigo.

- o garoto já não sofreu o suficiente? – perguntou Martha relutante enquanto Sharon, Terry e Bobby estavam em uma fila prontos para as fotos.

- Sim e sobreviveu – falou Terry – não faremos nada de mais apenas tiraremos algumas fotos e desenharemos alguns símbolos. Ele já passou por coisas piores. É só uma brincadeira

- nós viraremos lendas na internet – falou Teddy rindo.

- porque você veio? – perguntou Sharon com raiva – você poderia ter ficado no hotel. Você sabe muito bem porque viemos para a Flórida. Não foi só por causa da Disney.

- deixa de ser boba Martha. Venha – falou Terry estendendo a mão e Martha colocou a máscara de finalmente cedeu aos amigos.

Bobby colocou a câmera com o tripé a uns dois metros de distância e voltou aos amigos enquanto tirava algumas fotos em frente á casa de Stanley Anthony. Bobby colocou a câmera para gravar enquanto eles usavam a tinta em Spray para escreverem ‘Porcos’ e ‘S é para Stanley’ na porta da frente e nas paredes. Eles estavam distraídos vandalizando a casa quando a luz da frente se acendeu.

- a luz está acesa, tem alguém acordado! – falou Terry enquanto eles se abaixavam se escondendo.

- porra! Porra! – falou Bobby assustado.

- eu sabia que não deveríamos estar aqui! – falou Martha assustada.

Alguém apareceu na janela e olhou em volta. Estava escuro. Parecia ser Nick Anthony ou talvez Frank Affleck. Podia Jurar que podia até ser o próprio Stanley. Ele desceu as escadas para tomar um copo de água e olhou pela janela a noite escura. Ele nem reparou que havia um tripé com uma câmera ligada em frente à porta. Ele simplesmente cambaleou para as escadas morto de sono.

- graças a Deus! – falou Sharon voltando a se levantar e eles continuaram a vandalizar a porta da casa de Stanley e sua família.

Eram quatro amigos se divertindo. Amigos obcecados por crimes tentando ficar famosos na internet. Eles não ligavam para nada. Eles tinham as mesmas máscaras e roupas que foram feitas pelo culto que atacou Stanley. Elas estavam sendo comercializadas por todo o mundo. Era engraçado como as pessoas eram obcecadas por assassinos ao redor do mundo. Eles se tornavam heróis depois de mortos. Não importa o quão ruim eles eram.

- pronto! – falou Bobby! – está perfeito.

Sharon tirava fotos com o celular e postava direto no instagram – meu deus! – falou Sharon mostrando o celular para Bobby, Terry e Martha – vinte e quatro curtidas e eu acabei de postar – falou ela dando risada.

- acho que devemos ir embora – falou Martha olhando em volta. Ela parecia apreensiva e percebeu algo que ninguém mais havia. Um homem estava prado do lado direito da frente da casa de Stanley. Martha virou o rosto meio de lado sem conseguir enxergar bem, havia certa neblina.

- se toca garota! – falou Terry.

- tem alguém ali – falou ela cochichando chamando a atenção dos amigos. Eles olharam na mesma direção que ela.

- o que é aquilo? – falou Sharon enquanto o homem dava passos lentos em direção a eles.

- Hey seu babaca! – gritou Terry – essa máscara é bem fajuta, seu otário!

- cala a boca cara! – falou Bobby olhando para trás para ver se alguém dentro da casa tinha ouvido o seu grito.

Martha percebeu que não era apenas um homem. Era um homem com um terno na cor vermelha com listras azuis. Seu rosto não aparecia. Ele usava uma máscara de elefante com uma longa tromba e um sorriso macabro. Ele tinha algo em sua mão.

- é outro fã que veio tirar fotos – falou Terry.

O homem se aproximou deles e eles não se importaram. Quando ele ficou a dois metros de distância o homem parou com as mãos para trás.

- cara volta aqui outro dia! Nós chegamos aqui primeiro – falou Bobby.

- e que porra de máscara é essa? – falou Terry debochando do homem fantasiado – você nem é fã de verdade. Ninguém da ‘Colmeia’ usava uma máscara de elefante.

O homem elefante deu um pulo na direção de Terry e passou a faca em seu pescoço. Todos se assustaram. Sharon deu um grito, mas antes que continuasse o homem segurou em seus cabelos e enfiou a faca em seu pescoço fazendo com que ele engasgasse com o próprio sangue. Ele tirou a faca e olhou para Bobby que parecia paralisado com a cena. Em estado de choque. Martha saiu correndo em direção ao portão e o homem com a máscara de elefante olhou para ela e a ignorou. Em seguida ele olhou para Bobby e o homeme colocou a faca entre as pernas como se fosse seu pênis. Ele apontou para baixo e Bobby se ajoelhou. O homem segurou em seus cabelos fez com que Bobby pagasse um boquete para a faca. Seus lábios e bocas forma cortados enquanto sua cabeça subia e descia pela faca. O homem elefante levantou a cabeça como se estivesse sentindo prazer. Bobby agora não se movia. Ele estava desmaiado e ele segurou em seus cabelos e o forçava a pagar o boquete para a faca e quando ele finalmente ‘gozou’ ele apertou a faca contra a boca fazendo com que ela enfiasse no céu da boca atingindo o cérebro.

O homem elefante o largou e olhou para trás enquanto Martha corria pela rua gritando. Ele não se importou. Quando ela pensou que avançaria mais longe uma mulher vestida de palhaço com quebra cabeças em seu rosto ela deu um grito de horror. Ela tinha um moicano vermelho.

- eu não quero morrer – falou Martha chorando quando a garota fantasiada virou a faca ao contrário e enfiou na vagina da garota fazendo com que ela gritasse de horror. Para abafar os gritos um palhaço com rouba cinza, suspensórios e pontinhos vermelhos e uma máscara com duas mãos saindo pela cabeça enfiou um saco em sua cabeça começando a sufoca-la. A garota se contorceu enquanto o palhaço sem face a sufocava. O homem elefante arrastou o corpo de Bobby até a rua e o jogou dentro do porta malas de seu carro. Em seguida ele fez o mesmo com Sharon e Terry. A máscara desse palhaço parecia com a do líder do culto que sequestrou Stan, mas havia duas diferenças. Essa máscara tinha um pentagrama vermelho no rosto e tinha cabelos negros cobrindo a parte de trás.

Quando Martha finalmente morreu o palhaço Pentagrama e o palhaço Quebra-cabeças seguraram em suas pernas e braços e a jogaram no banco de trás do carro velho. Era um Comodoro castanho. Eles fecharam a porta do carro enquanto os três palhaços caminharam até a casa de Stanley e usaram a tinta Spray dos garotos para desenhar um símbolo na porta. Um pentagrama com um ‘x’ no centro e um largo sorriso como se fosse um rosto do palhaço Pentagrama com a boca costurada.

Após terem recolhido os corpos, as câmeras, os celulares e as tintas dos garotos eles jogaram tudo dentro do carro e o palhaço Pentagrama e o Palhaço Quebra Cabeças entraram no carro e foram embora. O Homem Elefante caminhou pela calçada em passos calmos e uniformes desaparecendo na densa noite.

Obrigado a todos e não deixem de comentar de votar. Quem quer Cley 2.0 grita 'Euuuuuuuu!' rsrsrrs Amanhã teremos 2 capítulos de Homem Proibido.