Capítulo 41: Cruel Escolha | Conto: Cruel Sedutor

XLI

Cruel Escolha

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A

 revelação de Clyde sobre o culto ‘Colmeia’ acabou me deixando para baixo. Não podia confiar em ninguém. Depois do que eu passei eu tinha todo o direito de desconfiar de todos a minha volta. Eles não iam fazer mal ao meu filho. Ele era tão fofo e tão pequeno. Fico imaginando que tipo de maldades eles planejaram. Eu não permitira que eles tocassem um dedo sequer em meu filho. Eu faria qualquer coisa para protegê-lo. Tinha um encontro com Frank e apesar de Clyde ter me dado um conselho dizendo que eu deveria ir a esse encontro eu não iria.

Desde a hora que cheguei em casa estava em meu quarto. Roger estava deitado em minha cama dormindo. Tinha acabado de trocar sua fralda e depois de dar o leite e fazer com que ele arrotasse o coloquei para dormir. Estava deitado encarando o teto. Eu precisava conversar com alguém, mas não tinha coragem de contar a ninguém sobre o que tinha descoberto, nem a minha mãe, nem meu pai e muito menos meu irmão Nick que provavelmente mandaria Roger e eu para o outro lado do mundo. Clyde disse que talvez meu celular estivesse clonado então qualquer conversa que eu tivesse através do celular talvez não fosse uma boa ideia.

A última vez que olhei no relógio era mais de cinco horas da tarde. Após denunciar Cory e Roderick ao Conselho de Policiais da cidade eu vim direto para casa. Frank havia ligado algumas vezes em meu celular, mas eu não atendi. Peguei Roger nos braços com o maior cuidado do mundo e fui até seu quarto e o coloquei em seu berço. Acendi a luz do abajur e segurei na maçaneta para fechar a porta.

- o que está fazendo? – perguntou Nick me assustando.

- porra você me assustou – terminei de fechar a porta e andai até Nick.

- porque está tão assustado?

- não é nada – passei por Nick e olhei para trás – porque está em casa tão cedo?

- fiz algumas horas extras essa semana para poder sair mais cedo hoje. Vou passar a noite de hoje em Coala para visitar meus amigos de lá.

- filho, essa encomenda chegou para você – falou minha mãe subindo as escadas com uma caixa de tamanho médio.

- obrigado mãe! – falei pegando a caixa e indo até meu quarto.

- o que é isso? – perguntou Nick.

- Pedi alguns livros no Amazon para mim e acabei comprando um carrinho de brinquedo para Roger. Quer ver?

- Agora não posso, quando volta você me mostra.

- tudo bem – falei indo até meu quarto e fechando a porta. Coloquei a caixa em cima da cama e peguei um canivete na minha gaveta e enfiei na caixa abrindo-a. antes que conseguisse abri-la por completo meu celular tocou novamente – droga – fui até o celular e vi que era Frank que estava me ligando. Era a quinta ou sexta ligação dele – alô – falei me sentando na cama.

- Stanley?

- isso Frank – falei tentando não parecer mal educado.

- Que bom que você finalmente atendeu. Como você está?

- estou bem – falei respirando fundo. Frank sabia o porquê de Clyde ter ido para cima de Clyde e Roderick. Além de Clyde ele era o único, a saber, sobre vídeo de sexo.

- deu tudo certo lá?

- deu sim. Eu fiz a denuncia e eles prometeram punir os dois.

- fuco feliz que tudo tenha dado certo. Desculpa não poder ter ido com você.

- não tem problema. Clyde foi comigo.

- ele foi?

- sim.

- eu preciso ficar com ciúmes?

- não – falei rindo – não precisa ficar com ciúmes.

- ótimo porque eu fiz uma reserva em um ótimo restaurante para nós hoje a noite – Frank parecia animado – que horas eu posso te buscar?

- na verdade eu estava para te ligar. Acho melhor cancelarmos esse jantar.

- se você quiser podemos remarcar. Eu sei que o dia de hoje foi estressante para você.

- eu não quero remarcar! – fui direto – eu tenho passado por muita coisa ultimamente e eu estive pensando e percebi que a última coisa que eu preciso é me envolver com alguém. Eu preciso focar em mim e em meu filho.

- Fiz algo para você? Te magoei ou…

- Sei que vai soar bem clichê, mas não é você, sou eu.

- Sim, é bem clichê – falou Frank chateado – tudo bem, eu respeito sua decisão. Espero que algum dia você esteja preparado e que quando decidir se envolver com alguém eu seja o seu primeiro contato.

- eu estou parecendo um canalha! – falei me sentindo mal por Frank.

- não. Tudo bem. Eu te entendo.

- você quer vir jantar hoje?

- não quero te forçar a nada.

- não está me forçando. Estou te convidando para vir jantar aqui em casa. Seria injusto não te dar uma chance depois do fim de semana. Você foi tão carinhoso e cuidou tão bem de mim.

- Eu ficaria feliz em jantar.

- eu vou cozinhar para você.

- melhor ainda – falou Frank rindo – eu posso chegar que horas?

- a hora que você quiser.

- Fica as sete então, combinado

- combinado.

- um beijo. Te vejo ás sete.

- um beijo.

Quando Frank desligou o telefone eu peguei a caixa e levei até o meu guarda roupas. Abri as portas e afastei algumas roupas e coloquei a caixa escondida bem no fundo. Em seguida joguei um cobertor por cima e coloquei as roupas de volta. Nem parecia que havia uma caixa lá.

- aqui ninguém vai te encontrar – fechei a porta do guarda roupas e peguei minha toalha para tomar um banho para me preparar para o jantar.

Depois do banho avisei a todos que teríamos um convidado para o jantar. Eu não acreditava que Frank estivesse envolvido com o tal culto, mas por outro lado desconfiava de algumas pessoas que faziam da minha vida um inferno como Ricky. Cory por outro lado eu tinha minhas dúvidas. Ele era um amor de pessoa, mas estava se tornando alguém detestável.

Era pouco mais das sete horas da noite quando eu peguei o celular mandando mensagem para Frank se ele não viria. O jantar estava quase pronto. Mamãe e Papai estavam tomando uma taça de vinho branco aguardando pelo convidado que não havia aparecido. Roger estava deitado no carinho mordendo um animalzinho de borracha que apitava enquanto ele balançava as perninhas enlouquecidas.

- ele vem ou não? – perguntou Meu pai se aproximando de uma das panelas e provando um pouco do frango.

- eu não sei, ele não atende – falei em sentando próximo ao balcão e tomando um gole da taça de vinho de meu pai.

Alguém tocou a campainha da frente e eu desliguei o celular dando um pulo da cadeira.

- talvez seja ele! – caminhei rapidamente até a sala e quando abri a porta vi que era Frank. Ele tinha um sorriso no rosto.

- desculpa o atraso – falou ele com uma garrafa de vinho na mão com uma fita amarrada. Na outra mão ele tinha uma sacola de papel de uma loja de joias.

- eu estava com medo de que você não viesse – falei me aproximando de Frank e dando um beijo em seu rosto. Ele fez o mesmo me fazendo cócegas com o bigode.

- me desculpa é que eu passei em alguns lugares antes de vir – falou ele me entregando o vinho enquanto eu fechava a porta. Meu pai e minha mãe vieram juntos até a sala.

- mãe, pai esse daqui é Frank. Frank esses sãos meus pais: Rodrigo e Cassandra

- muito prazer senhor e senhora Illtyd – falou Frank apertando forte a mão de meu pai.

- o vinho eu trouxe para seu pai, eu sei que ele é amante de vinhos.

- obrigado! – falou meu pai pegando a garrafa de Chardonnay Francês.

- pra senhora eu trouxe uma joia da Tiffany – falou ele entregando uma caixinha preta com um colar de ouro.

- é lindo! – falou minha mãe mostrando para meu pai e depois para mim.

- não precisava – falou minha mãe.

- não foi nada. Eu só não queria chegar de mãos vazias.

- e o que você trouxe pra mim? – falei brincando enquanto caminhávamos até a cozinha.

- Você já está na minha há muito tempo – falou ele rindo – não preciso te conquistar.

- engraçadinho – falei rindo.

- e o que você fez para me conquistar? – perguntou Fran chegando á cozinha.

- o jantar! – falei tirando a tampa das panelas.

- que cheiro bom – falou Fran com um sorriso.

- eu quase me esqueci de te apresentar ao membro mais importante dessa família – fale secando minhas mãos com o pano de prato indo até o carrinho de bebê e pegando Roger.

- Esse é o famoso Roger? – falou Frank com um sorriso enquanto segurava em uma das mãos de Roger – prazer te conhecer garotão.

- quer pegá-lo?

- eu posso?

- claro! – falei entregando Roger para Frank que o segurou no braço com um largo sorriso no rosto.

Roger olhou para Frank e começou a babar. Ele levou as duas mãos até o rosto de Frank tentando pegar em seu bigode. Fran fez um bico.

- parece que ele gostou do seu bigode! – falou meu pai.

- ele achou fofo – falei rindo ao ver Roger fazendo sons de bebê nos braços de Frank – ele gostou de você!

- ele que é fofo! – falou Frank dando um beijo no rosto de Roger que babou em sua roupa. Passei a mão limpando a baba e Frank entregou Roger para minha mãe que o levou até a sala de jantar.

- eu te ajudo a levar as panelas – falou Frank colocando as luvas de cozinheiro e me ajudando a preparar a mesa para o jantar. Roger estava sentado em sua cadeirinha entre minha mãe e eu. Sentei-me na ponta da mesa e Frank se sentou do meu lado esquerdo.

- podem se servir – falei olhando para Frank que colocou a comida em seu prato. Em seguida eu fiz o mesmo.

- o frango parece delicioso – falou Frank colocando o purê de babata doce logo em seguida.

- então, Frank – falou meu pai colocando mexendo no purê com o garfo – como você e Stanley se conheceram?

- naquele fim de semana em que fomos até a floresta de Greenwitch para a confraternização do nosso distrito policial.

- eu te falei pai. Não se lembra?

- lembro, mas eu quero ouvir de Frank – falou meu pai sendo super protetor.

- não liga pra ele Frank. Só está bancando o pai coruja.

- não tem problema – falou Frank – depois de tudo  oque aconteceu com você ele só está fazendo o trabalho dele.

- exato – falou meu pai sorrindo para Frank – esse cara me entende.

- completamente – falou Frank olhando para mim.

- você tem filhos?

- não senhor. Sou solteiro.

- não me chame de senhor – falou meu pai pegando a taça de vinho e tomando um gole – nós temos a mesma idade – falou meu pai rindo.

- para pai! – falei envergonhado.

- para com isso Rodrigo! – falou minha mão repreendendo.

- não precisa ficar com vergonha filho – falou meu pai tentando bancar o cara legal – eu sei que no começo eu agi estranho por seus namorados terem a minha idade, mas eu sou moderno. Eu pesquisei na internet essa coisa de ‘Daddy’ e eu te entendo.

- pai o senhor está me matando de vergonha. Frank deu risada ao ouvir meu pai dizer aquilo – você fica rindo?

- quem dera o meu pai tivesse sido como o seu. Você precisa agradecer por ele aceitar você da forma que é.

- eu agradeço – falei respirando fundo – eu tenho a melhor família do mundo.

- onde está seu irmão? Eu não vou conhecê-lo? – Frank lambeu os lábios e tomou um gole do vinho.

- meu irmão viajou para Coala. É de onde eu vim. Ele foi jantar com amigos do hospital de onde ele trabalhava.

- talvez em outra oportunidade – falou meu pai – Frank, você gosta de golfe?

- gosto sim – falou Fran confirmando com a cabeça.

- o que acha que sairmos esse fim de semana para jogar?

- Perfeito.

- Eu posso ir? – peguei a taça de Frank e dei um gole.

- não – falou meu pai rindo – você é o pesadelo ode qualquer jogador. Você não tem paciência, fica o tempo todo no celular conversando com os amigos. Apenas Frank e eu iremos. Vamos jogar, beber e quem sabe fumar um bom charuto.

- mal posso esperar – falou Frank com um sorriso.

Depois do jantar meu pai e Frank se sentaram do lado de fora na varanda e foram beber e conversar. Minha mãe estava na sala assistindo a televisão com Roger enquanto eu limpava a cozinha e lavava as louças. Já era tarde a essa altura. Quase nove e meia da noite. Meu celular começou a tocar quando terminei de lavar as louças. Era Clyde que estava me ligando.

- Clyde? – falei atendendo o celular cochichando – você disse que não podemos nos falar pelo meu celular!

- não se preocupe. Eu pedi para Lola verificar a sua linha e ela disse que ele não está clonado.

- okay – falei respirando fundo.

- o que você está fazendo?

- estou em casa. Acabei de jantar.

- você não saiu com o Frank?

- Não. Inicialmente eu disse que não iria, mas acabei convidando ele para vir até aqui. Ele está lá fora – falei olhando pela porta de vidro da cozinha. Meu pai e Frank estavam sentados á mesa bebendo e conversando. Frank fumava um cigarro.

- você pode ficar tranquilo quanto a Frank – falou Clyde – Me encontrei hoje a tarde com a Agente Diaz do FBI e ela me disse que checou os antecedentes e Frank e investigou toda sua vida e não encontraram qualquer ligação dele com o culto.

- eles irão investigar todos?

- Sim. Os primeiros foram Anne e eu. Eles estão eliminando os suspeitos. Todos os que estão relacionados a você e todos que trabalham na delegacia.

- tudo bem. Obrigado por ter ligado.

- tudo bem então – falou Clyde – Você não precisa ter medo de Frank e como ele não está envolvido com o culto você pode dispensá-lo – Aquela frase soou bem ciumenta.

- acho que será um pouco difícil dispensá-lo. Meu pai e ele irão jogar golfe nesse fim de semana e pelo o que percebi Frank não tem planos de ir embora. Ele está lá fora bebendo com meu pai. Ele até estacionou o carro na nossa garagem.

- o que você vai fazer? – Clyde pareceu furioso ao pensar na possibilidade de que Frank e eu passaríamos a noite junto.

- eu não sei – falei coçando a cabeça.

- você precisa fazer algo. Eu já aguentei você dormindo com o distrito todo, Ricky, Cory…

- o que isso quer dizer? Você ‘aguentou’?

- claro. Eu não podia te dizer nada antes. Tive que engolir o meu ciúme, mas agora que você sabe que tudo o que eu fiz foi por você o mínimo que você pode fazer é se livrar do Frank.

- não é tão fácil quanto você acha. Você me decepcionou todo esse tempo. Como você mesmo disse. Enquanto você teve que engolir o ciúme eu tive que engolir que você não era o homem pelo qual me apaixonei.

- o que você está dizendo? Que continua com raiva de mim?

- não. Estou dizendo que eu trouxe Frank para conhecer minha família. Meu pai e ele estão se dando bem – respirei fundo para dizer aquilo – o que estou dizendo é que você escolheu o trabalho ao invés de mim. Nesse meio tempo conheci Frank e ele é um cara legal. Ele não é ornamento. Ele não é descartável como você está dizendo. Eu vou dar uma chance a ele. Sinto muito se isso te magoa. Não posso simplesmente mandar ele ir embora. Eu não posso e eu não quero. Quando estava em uma fase ruim depois do que você e Anne fizeram comigo foi ele que fez eu me sentir um pouco melhor.

- então é simples assim? Acabou?

- não é simples – falei sentindo meu coração bater forte – é tudo menos simples Clyde. Eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente ente nós, mas Frank fez eu me apaixonar por ele.

- eu não preciso ouvir mais nada – falou Clyde tentando se confortar – tudo o que eu fiz eu fiz por você.

- eu queria que fosse tão simples.

- Você disse que ama hoje mais cedo.

- Sim. Eu te amo por fazer de tudo para que Roger e eu fiquemos bem. Te amo por fazer de tudo para nos manter seguros. Ás vezes o amor não é o suficiente para manter duas pessoas juntas. O amor sozinho não basta. Para que dê certo, ele precisa se juntar com alguns sentimentos e emoções. Pessoas em um relacionamento precisam ser jardineiros. Nada vai florescer se não for cultivado. Em um relacionamento sincero o que você espera encontrar são os motivos que te faz amar ao outro com todas as suas forças. É necessário que haja muita conversa, muito apoio e muita amizade. Se não existe essas coisas o amor vai acabar se desgastando com o tempo e foi isso que aconteceu com nós dois. Não tem como pegar o controle remoto do meu coração e ‘pausar’ o que eu sentia por você enquanto os problemas eram resolvidos.

- isso está soando como um término de relacionamento – Clyde parecia triste.

- Eu não quero brincar com você e nem com Frank. Não seria justo ficar com você enquanto mantenho um relacionamento com Frank do mesmo jeito que não seria justo ficar com Frank enquanto te faço de bobo. Preciso ser honesto sobre minhas intenções e eu pretendo dar uma chance a Frank. Ele merece.

- Espero que você seja feliz! – Clyde desligou o telefone na minha cara.

- Clyde? Alô?

- com quem está conversando? – perguntou Frank vindo até a cozinha e pegando duas latas de cerveja.

- com ninguém – falei apertando os lábios e respirando fundo enquanto colocava o celular em cima do balcão. Passei a mão na testa ofegante. Limpei a garganta. A conversa com Clyde não saiu como eu esperava.

Frank aproximou-se de mim e colocou as duas latas de cerveja geladas em cima da pia. Ele levou as duas mãos até meu rosto e me fez gemer com o frio.

- estão geladas – falei fechando os lábios enquanto Frank aproximava o rosto do meu e deu um selinho em minha boca.

- você está bem?

- estou sim – falei abraçando-o e subindo minhas mãos por suas costas.

- vai ficar tudo bem, eles vão fazer o que é certo! – falou Frank se referindo a punição de Ricky e Cory por estarem em chantageando.

- espero que sim. Não seria justo comigo se eles saíssem impunes.

- concordo – Frank beijou minha boca e dessa vez senti sua língua dentro da minha boca.

- onde estão as cervejas? – falou meu pai entrando na cozinha.

 Estou levando – falou Frank pegando as latas de cerveja.

- estou atrapalhando? – perguntou meu pai.

- está não pai.

Frank entregou uma lata de cerveja para meu pai e eu os segui até lá fora. Meu pai abriu a lata e tomou um gole. Sentei-me na cadeira ao lado de Frank.

- como está tudo no trabalho filho?

- está bem pai – falei respirando fundo – e Casey? faz tempo que não a vejo.

- Liguei para Casey ontem mesmo e ela ainda está em Cocoa Beach de férias. Ele deve voltar só no fim do mês.

- você tem uma irmã? – Frank tomou um gole de sua cerveja.

- Irmã gêmea. O nome dela é Casey – respondeu meu pai.

- vocês são gêmeos? – Frank pareceu surpreso.

- não se engane – falou meu pai – eles são gêmeos, mas são totalmente diferentes. Stan é mais família, Casey pro outro lado sempre foi independente. A verdade é que nós nunca nos demos muito bem – meu pai parecia pensativo – estou tentando consertar as coisas depois do que aconteceu com Stanley. Eu não quero perder minha filha.

- fica calmo pai, Casey não vai a lugar nenhum. Sei que ela sempre foi aventureira, mas ela ama a família que tem.

- viu só Frank? – falou meu pai tomando um gole da cerveja – ele e Casey são unha e carne. Mesmo longe um do outro estão sempre se defendendo.

- Coloquei Roger para dormir – minha mãe se juntou a nós.

- não precisava mãe – falei forçando um sorriso para ela. Me levantei – ele está no berço?

- sim.

- vou lá dar um beijo nele e acho que já vou para meu quarto. Estou cansado – falei me sentindo desanimado. O dia tinha sido exaustivo.

- acho que já vou embora! – falou Frank olhando para o relógio em seu pulso.

- pensei que você fosse ficar – segurei em seu braço – você bebeu Frank. Fica – olhei para meu pai e minha mãe que estavam juntinhos um do outro – ele pode ficar?

- claro que pode! – falou meu pai tomando um último gole da cerveja amassando a latinha com a mão.

- obrigado – falou Frank apertando a mão do meu pai – obrigado por me receber em sua casa.

- qualquer um que faça meu filho feliz é bem vindo nessa casa.

- o que acha de mais uma rodada? – perguntou Frank se levantando.

- perfeito!

Frank e eu caminhamos até a cozinha e ele abriu a geladeira pegando duas latinhas de cerveja.

- eu vou tomar um banho e vou pro quarto.

- vou tomar mais algumas cervejas com seu pai e depois eu vou.

- tudo bem – me aproximei e dei um selinho em sua boca – se eu estiver dormindo quando você subir me acorda.

- Não precisa acordar. Pode dormir – falou Frank sério.

- não é isso… – falei acariciando o rosto dele e descendo a não até seu peito – eu quero passar um tempo com você.

- tudo bem – falou Frank dando um último selo em meus lábios antes

Subi as escadas e ao entrar no meu quarto tranquei a porta e fui até o guarda roupas. Peguei a caixa e olhei em volta. Não queria que Frank encontrasse a caixa então o melhor lugar para escondê-la era no quarto de Nick já que ele estava viajando. Sai do meu quarto com a caixa e eu escondi ela no guarda roupas do meu irmão. Voltei para o quarto e depois de um banho tomado fui para a cama apenas com a cueca. Liguei a televisão para poder me distrair com algum programa de comédia até que o sono chegasse.

Não esqueçam de comentar pessoal ;) Teremos mais capítulos hoje. Fiquem ligados.