Capítulo 02: Garfield Quick | Conto: Amor, Estranho Amor

CAPITULO  

DOIS

Garfield Quick

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A

ssim que entramos em casa percebi que estavam todos lá. Meus tios, tias, primos, vizinhos, colegas de trabalho, Jay, a estilista Mary, Lucas, Sharon, Lizzie… todos estavam lá. Eles fizeram um bom trabalho escondendo a festa de mim. Na verdade me senti um pouco traído. Todos eles fizeram essa festa surpresa acontecer e todos sorriram para mim o dia todo como se nada estivesse acontecendo. Imagina se eles decidem me matar? Eles fariam acontecer e eu não saberia de nada. Mal fui entrando e Lizzie trouxe um copo vermelho com bebida para Leo e para mim. À medida que avançávamos pela sala eu recebia abraços e desejos de muitos anos de vida. Os presentes estavam em cima de uma mesa e eu fui agradecendo com um largo sorriso no rosto. Eu não sei porque, mas eu nunca gostei muito do meu aniversário. Nunca achei motivos para comemorar, mas a minha família faz de qualquer evento uma rave.

A música tocava bem alto e em meio à multidão percebi algumas pessoas que eu nem conhecia. Pedi para Leo ficar na sala conversando com Lizzie, Lucas e Sharon enquanto eu ia resolver uma coisa. Procurei pela minha mãe ou meu pai, mas me deparei com meu irmão tomando um gole de sua cerveja e dançando com sua namorada.

- feliz aniversário Logan – falou a namorada dele também com uma long neck na mão.

- obrigado Anne – falei sorrindo para ela.

Meu irmão se chama Jesse e como eu já tinha dito antes ele é nove anos mais velho do que eu. Ele nunca gostou muito dessa vida de ser rico e ter que seguir os passos do pai. Meu pai colocou Jesse em escola militar toda a sua vida acadêmica, mas ele nunca gostou disso. Jesse sempre teve paixão por carros e atualmente ele é mecânico. Ele abriu uma oficina e cuida do seu próprio negócio. Ele é mais do que o dono da oficina ele coloca a mão na massa também. Agradeço por meu pai não ter tentado comigo porque a vida militar não foi feita pra mim. Eu nem sei se eles aceitam gays no exercito atualmente.

- Jesse onde está a mamãe e o papai?

- a mamãe eu não sei. A última vez que eu a vi ela estava no telefone com o empresário da Madonna. O papai estava lá fora perto da piscina conversando com o tio Justin e o tio Jay.

- o Jay está com meu pai?

- sim.

- espera… o empresário da Madonna?

- esquece isso e vai logo encontrar o pai – falou Jesse voltando a conversar e beijar sua namorada.

- okay, obrigado.

Sai pela cozinha e chegando ao lado de fora da casa olhando em direção da piscina vi que haviam algumas pessoas lá dentro nadando, mas meu olhar foi desviado quando vi minha tia Kylie. Ela sorriu e se aproximou com os lindos olhos azuis.

- feliz aniversário Logan – falou ela me abraçando.

- obrigado tia – falei soltando-a.

- não me chama de tia seu pivete – falou ela rindo – vai pegar mal. Tá cheio de boy magia nessa festa e eles vão querer distância se descobriram que eu sou tia de alguém.

- eu não conheço metade dessas pessoas – falei rindo.

Kylie é a irmã mais nova do meu pai e ela tem a idade do meu irmão então ela era relativamente nova e não gostava de ser chamada de tia. Ela disse que odiava rótulos quando se tratava de títulos de parentesco. Meu pai é o irmão mais velha sendo Kylie a última. Os filhos só pararam quando a minha avô acabou falecendo devido a um derrame a mais ou menos seis anos.

- você sabe como é – falou Kylie rindo – quando existe motivo pra festa os Royale se juntam e acontece isso – falou ela apontando para um rapaz correndo atrás de algumas crianças com uma arma de água.

- Kylie você viu meu pai?

- sim. Está ali perto da piscina com o Rex – falou ela apontando.

- o vovô veio?

- claro. Você achou que ele não viria? Você sabe que ele sempre comparece.

- ele trouxe alguma namorada dessa vez?

- não – falou ela pegando uma taça com champanhe que um cara passou carregando e tomou um gole.

- menos mal – falei rindo – eu vou lá falar com meu pai sobre o Leo.

- Leo? – perguntou Kylie apetando os olhos e os lábios – esse é o gostoso cheio de tatuagens?

- esse mesmo.

- boa sorte – falou Kylie rindo e entrando em casa.

Respirei fundo antes de ir até eles. Meu pai estava perto do meu avô Rex, tio Justin que eu chamo de tio Charles e tio Jay. Desde que minha avó tinha morrido a alguns anos meu avô – Rex Cochrane Royale – se tornou um verdadeiro galinha. Toda festa de família trazia uma namorada diferente. Não é pra menos. Ele tem sessenta e seis anos e tem um corpo escultural e um lindo sorriso. Acredito que derrube qualquer garota a seus pés. Eles estavam de pé perto da piscina conversando. Tio Jay, meu avô, tio Charles e meu pai estavam fumando charutos. Meu pai estava sem camisa usando apenas uma bermuda. O charuto em uma das mãos e na outra uma long neck da Corona Extra. Sua cerveja favorita.

- você tem razão – falou Lucas chegando ao meu lado e parado olhando na mesma direção oque eu.

- sobre o que? – perguntei olhando para Lucas.

- sobre o vinho. Sobre homens na verdade. Quanto mais velhos mais gostosos ficam. Eu posso dizer que o seu pai é gostoso? Tipo, muito gostoso?

- para com isso Lucas – falei empurrando ele de leve – se meu pai ouvir ele te mata.

- mas é sério – falou ele tomando um gole de sua bebida – seu pai é muito gostoso mesmo.

- para de falar isso Lucas.

- por quê? – perguntou ele olhando pra mim – está com ciúmes?

- claro que não – falei vendo-o lá todo marrento fumando seu charuto e bebendo sua bebida. Meu pai sempre foi um cara muito brincalhão apesar de rigoroso. Eu sempre tive muita liberdade com ele – é que é meu pai. É estranho ver você falando dele dessa forma.

- tanto faz – falou Lucas – mas que ele é gostoso ninguém pode negar.

Olhei para meu pai enquanto Lucas o elogiava e percebi o que ele queria dizer com aquilo. Meu pai também era um homem bem apessoado. Ele tem seus 48 anos e não parece que tem isso. Tem um corpo escultural, cabelos pretos que ele usa sempre bem penteados com um topete. Tem uma larga boca com dentes brancos que sempre apareciam em um sorriso.  Suas pernas eram longas e grossas e seus braços e pernas traziam cabelos pretos. O seu peito quase não tinha pelos a não ser alguns na barriga que levavam até para dentro da cueca. Ele era um homem peludo. Meu velho sempre usou barba e ele ficava no máximo dois ou três dias sem apará-la. O bigode estava sempre um pouco maior do que o restante da barba. Meu pai levou o charuto até a boca e depois de tragar tirou assoprando a fumaça e ele olhou na minha direção. Ao me ver ele acenou com a mão e eu acenei de volta.

- eu vou lá ver meu pai – falei deixando Lucas para trás enquanto eu atravessava o gramado. Quando cheguei perto meu velho passou o braço por meu pescoço e me puxou dando um beijo na minha testa.

- feliz aniversário campeão – falou ele rindo.

- obrigado pai – falei estendendo a mão e apertando a mão do meu avô. Meu pai manteve o braço passado em meu pescoço.

- feliz aniversário Logan – falou meu vô com um sorriso enfiando a mão no bolso e tirando de lá um envelope.

- obrigado – falei abrindo o envelope e vendo que era um par de ingressos no melhor setor para o jogo do Super Bowl – o Super Bowl? – perguntei olhando para os ingressos e para ele.

- você não gosta? – perguntou meu avô confuso.

- eu só assisto o Super Bowl pra ver o show de intervalo. Isso quando a Lady Gaga ou a Beyoncé canta. Eu nem sei o que aqueles jogadores fazem correndo de um lado para o outro.

- eu adoro o Super Bowl – falou Jay interessado nos ingresso.

- são seus – falei entregando o envelope com os ingressos para ele.

- desculpa garoto. Depois eu te compro outra coisa. Com essa moda de hoje eu não sei o que dar pro meu neto gay. Eu tentei não comprar nada que pudesse te ofender ou algo assim.

- não precisa vô – falei saindo do braço do meu pai e abraçando-o – só do senhor ter aparecido eu fico feliz.

- não por isso – falou ele acariciando minhas costas e dando um beijo entre meus cabelos – e me chame de Rex – falou ele com um sorriso – essa coisa de vô e vovô fazem eu me sentir um velhinho.

- okay Rex – falei rindo – mas o senhor está certo. Idade é um estado mental. Quantos anos você diria que tem se não soubesse sua idade?

Soltei meu avô e apertei a mão de Justin Fitzcharles. Diretor da NSA e melhor amigo do meu pai. Eu sempre o chamei de Charles por causa do sobrenome.

- oi tio Charles – falei apertando a mão dele.

- feliz aniversário garoto – falou ele me abraçando e pegando algo no bolso e me entregando.

- o que é isso? – falei olhando para uma chave – vai me dizer que me deu um carro?

- não – falou ele tirando o charuto da boca e assoprando a fumaça para o alto – na verdade essa é a chave de seu novo apartamento.

Quando tio Charles disse aquilo percebi que meu pai ficou um pouco incomodado. Ele mudou a expressão e olhou para o amigo parecendo surpreso.

- um apartamento? – perguntou meu pai.

- sim – falou tio Charles – fica perto da Royale/Stoneshire Delight, um grande apartamento com dois quartos e três banheiro. Sem contar que é totalmente seguro.

- obrigado – falei me aproximando dele e abraçando-o de novo.

- você merece Logan – falou ele sorrindo quando o soltei – você é fez vinte e três anos e é hora de arranjar um lugar pra você. Foi nessa idade que eu arrumei um lugar pra mim.

- acho que ainda é um pouco cedo – falou meu pai arrancando a chave da minha mão e guardando no bolso dele.

- pai? – falei reclamando – tio Justin ele pegou a chave.

- deixa o garoto ser independente Thad – falou Justin colocando o charuto na boca.

- ele ainda está novo – falou meu pai tomando um gole de sua bebida – esse garoto ainda não tem juízo – falou meu pai passando o braço por trás de mim – quando ele estiver pronto eu prometo entregar a chave.

- eu tentei – falou tio Charles rindo e tomando sua cerveja.

Meu pai e Charles se conheceram quando eles ainda eram policiais da SWAT. Meu pai é um ano mais velho do que Charles e assim como meu pai Charles também entrou para a marinha em certa época da vida. Depois de alguns anos subindo na carreira meu pai foi indicado para o cargo de diretor da CIA e Charles foi indicado por meu pai para o cargo de diretor da NSA. Os dois agora são grandes amigos e dois figurões de Washington. Os dois vivem na casa branca se encontrando com o presidente.

- pai eu queria conversar uma coisa com o senhor.

- okay – falou ele tirando o braço e nós demos alguns passos para longe de todos – o que foi meu filho? – falou meu pai levando o charuto até a boca.

- é que o Leo está ai e…

- ele não pode dormir aqui – falou meu pai me cortando.

- pai eu…

- ele não vai dormir aqui Logan. Não adianta insistir – falou ele lambendo os lábios.

- não é isso pai. Deixa eu falar porra – falei com raiva.

- olha a boca – falou ele com a cara séria.

- eu só queria que o senhor o conhecesse. Talvez o senhor mude de opinião sobre ele se o conhecer.

- eu não preciso conhecê-lo pra ter opinião sobre ele. Ele é filho daquele merda do Stefan Wakefield. Aquele cara não vale nada.

- porque o senhor tem tanta raiva do Stefan? O que ele fez que justifique todo esse ódio?

- ele me passou a perna alguns anos atrás em um negócio e até hoje eu não vi a cor do dinheiro que ele prometeu que eu teria. O cara é um malandro e eu vou falar pela última vez: fique longe dessa gente – falou ele sério apontando para mim enquanto falava.

- mas pai toda vez que eu tenho um namorado o senhor tem uma desculpa. Quando eu namorei o Jordon o senhor não gostava dele porque a mãe dele era uma ‘piranha’ que tinha dado em cima da mamãe. Quando eu trouxe o Graig pro senhor conhecer ele acabou saindo daqui a ponta pés só porque ele perguntou se poderia dormir aqui em casa comigo. Quando eu namorei o Ray o senhor disse que ele era um caloteiro que só queria me namorar por causa do meu dinheiro. O senhor disse isso só porque o carro dele não era tão caro quanto os do senhor.

- mas filho…

- e não vamos esquecer do Garfield Quick – falei interrompendo o meu pai. Eu dei risada ao me lembrar desse – o senhor disse que era pra eu terminar com ele porque o senhor não queria ‘alguém com nome de Garfield na família’. O senhor disse ainda que ‘odiava aquele gato comedor de lasanha’ – falei rindo – O senhor ainda completou dizendo que ‘Quick era um sobrenome patético’.

- eu só quero o melhor pra você meu filho. Estou te dando algo que não dei pro seu irmão que é juízo – ele tomou um gole de sua cerveja – e que porra de sobrenome é Quick? – perguntou meu pai sério.

- é porque eu sou gay? – falei confrontando-o. Ele não ia me bater ali na frente de todo mundo.

- olha – falou ele respirando fundo – eu não tenho nada contra você ser gay. Não é isso. Eu só não gosto de falar sobre isso. Se você trouxesse uma garota aqui ela ia ser chutada igual os seus namorados. Eu trabalho pra CIA filho. Eu sei apenas de olhar para uma pessoa quando ela não presta.

- então vai lá e olha pro Leo e aperta a mão dele e depois o senhor me diz se ele não presta.

Meu pai pareceu pensativo e relutante com a ideia. Ele levou o charuto até a boca.

- por favor, pai. É meu aniversário. O senhor nem precisa ir até lá. Eu o chamo.

- ta bom garoto – falou meu pai assoprando a fumaça – chama esse Wakefield pra eu conhece-lo.

- obrigado pai – falei me virando e atravessando o jardim e um bando de pessoas eu finalmente cheguei até a sala. Leo estava dançando com Lizzie, Lucas e Sharon.

- Leo eu vou te apresentar ao meu pai – falei interrompendo a dança.

- isso é sério? – perguntou Lucas.

- sim. Ele aceitou conhece-lo.

- qual será a desculpa dessa vez – falou Sharon rindo e tomando um gole de sua cerveja.

- nenhuma. Ele vai conhecê-lo e vai gostar dele – falei segurando na mão de Leo.

- espero que sim – falou ele caminhando ao meu lado.

- boa sorte – falou Lizzie gritando e voltando a dançar.

Nós atravessamos a cozinha, o jardim e chegamos perto da piscina. Meu pai estava falando algo para tio Charles. Ao nos ver ele veio até nós nos encontrar. Meu pai parou de frente a nós com o charutoo na boca.

- boa noite Sr. Royale – falou Leo.

- senhor Royale é meu pai – falou meu pai apontando para meu avô Rex – eu sou Thad.

- okay – falou Leo – prazer em conhece-lo Thad.

Meu pai pegou a caixa com charuto e ofereceu um para Leo que acabou pegando um. Meu pai acendeu o charuto para ele. Leo não fuma e não sei porque ele aceitou, mas provavelmente ele estava assustado com meu pai e tinha medo de contrariá-lo.

- então… - falou meu pai tomando um gole de sua cerveja – quantos anos você tem Leo?

- vinte e oito – falou ele levando o charuto até a boca e tossindo quando o tirava.

- deixa de besteira – falei pegando o charuto e apagando-o no cinzeiro – meu pai esta brincando com você Leo. Ele só está tentando parecer assustador. Seja você mesmo – falei olhando para meu pai – o senhor também. Seja você mesmo.

- eu conheço o seu pai – falou meu pai para Leo – Stefan.

- eu sei – falou Leo – meu pai fala muito sobre o senhor e sobre um negócio que vocês fizeram e deu errado. Ele se sente muito mal com isso.

- sério? – perguntou meu pai curioso.

- sim. Ele até disse que talvez agora que eu estou namorando seu filho essa seja uma desculpa para vocês voltarem a se falar.

- talvez – falou meu pai – se ele estiver disposto a pagar o dinheiro que roubou de mim.

- pai! Para com isso.

- eu sei – falou Leo rindo – eu não vou mentir Thad. Meu pai passa a perna nas pessoas e se você fez negócio com ele eu não duvido que tenha sido diferente. O que eu vejo de diferente é que meu pai realmente se arrepende por ter passado o senhor para trás.

- viu só pai?

- você parece ser um bom garoto Leo – falou meu pai cedendo um pouco.

- obrigado Senhor… Thad – falou Leo estendendo a mão e meu pai finalmente a apertou.

- aproveitem a festa – falou meu pai.

- obrigado pai.

- mas você dorme aqui – falou meu pai apontando para mim – sem ele – ele apontou para Leo.

- eu conheço as regras senhor – falou Leo enquanto voltávamos para a festa e chegamos até a sala.

- como foi? – perguntou Lucas quando chegamos.

- poderia ter sido melhor – falei meio sem graça.

- pelas histórias que você me conta sobre os seus ex namorados eu diria que foi uma vitória – falou Leo pegando uma longe neck e abrindo ele tomou dois longos goles.

- acho que eu vou ao toalete – falei olhando para Leo.

- okay – falou ele voltando a beber a sua bebida.

- Leo eu vou ao toalete que fica a terceira porta á esquerda assim que subir as escadas – falei levantando as sobrancelhas.

- okay… okay… - falou ele finalmente entendendo e piscando para mim.

- o que está acontecendo? – perguntou Lizzie – qual é a do ‘toalete’?

- acho que Leo e Logan vão passar um tempinho por lá – falou Lucas.

- Shhh! – coloquei o dedo na boca pedindo que ele se calasse.

Atravessei a sala e subi as escadas até o andar de cima. Havia algumas pessoas lá, mas o corredor estava livre. Fui até a terceira porta á direita e entrei no banheiro trancando a porta. Meu coração estava batendo a celerado. Espero que ninguém o veja vindo até aqui. Alguns segundos depois ouvi batidas.

- está ocupado.

- sou eu Logan – falou Leo.

Abri a porta e ele entrou.

- alguém te viu?

- não – falou ele sorrindo e colocando as mãos na minha cintura ele me pressionou e começou a beijar minha boca. Eu o abracei sentindo seu corpo junto ao meu enquanto chupava sua língua – você vai me dar essa bundinha, vai? Fala que vai – falou ele beijando meu pescoço.

- não Leo – falei empurrando ele de leve e me ajoelhei no chão – tira pra fora o pau.

Leo não reclamou e tirou para fora seu membro que estava duro. Segurei com a mão e dei um beijo no pau passando a língua até a cabeça que eu envolvi nos lábios e afundei até minha garganta. Leo bagunçou meus cabelos enquanto eu movia minha cabeça pra frente e para trás. Eu segurava em suas pernas quanto seu cacete era melado com minha baba.

- isso! – exclamou Leo sugando o ar – mama gostoso.

- pica gostosa! – falei batendo o pau dele na minha cara voltando a chupá-lo.

- você gosta né? Seu cachorro – falou ele dando um tapa na minha cara enquanto eu voltava a colocar seu pau na minha boca.

Por um longo tempo tudo o que fiz foi chupar aquele caralho duro na minha boca. Deslizava a boca por aquele mastro enquanto puxava o saco e suas bolas para baixo fazendo carinho com a língua na cabeça daquela pica. Segurei o pau para o alto masturbando-o enquanto com a língua eu acariciava as pelas sentindo os cabelos na minha língua.

- isso engole meu pau – falou ele forçando minha cabeça contra sua pica me forçando a engolir aquele mastro babado e grosso que me fez ficar de pau duro.

Segurei o pau dele com a mão e movi a mão para cima bem rápido enquanto o chupava movendo a cabeça na mesma velocidade.

- caralho! Caralho! – exclamou Leo – eu vou gozar Logan, vou gozar.

Leo segurou nos meus cabelos e segurando forte ele virou meu rosto enquanto com a outra mão ele guiava o pau enquanto despojava em mim sua porra. Ele gozou na minha língua na minha boca, no meu rosto e no meu olho.

- caralho, porra! – exclamou Leo ofegante apertando o pau tirando a última gota – feliz aniversário – falou ele rindo.

Eu me levantei e fui até a pia e lavei a boca cuspindo o esperma na pia.

- você não ia engolir?

- eu nunca disse que ia engolir. Dá pra sentir o gosto só de ter na língua falei pegando a escova de dentes e escovando rapidamente os dentes enquanto Leo guardava o pau e fechava a braguilha.

- vai você primeiro – falei destrancando a porta – eu vou depois.

- okay – falou Leo.

Abri a porta para Leo sair e no mesmo instante tio Charles havia chegado em frente ao banheiro. Leo saiu do banheiro e a minha cara foi no chão de vergonha e medo.

- Charles? – falei olhando para ele.

- Logan – falou ele lambendo os lábios e olhando para trás. Ele respirou fundo e olhou para mim.

- não conta pro meu pai.

- eu não vou contar – falou ele franzindo a testa – está sujo aqui – falou ele apontando para a bochecha direita e eu passei a mão rapidamente.

- eu não… desculpa eu…

- não tem problema Logan. Eu sei que essas regras do seu pai são malucas. Não tem problema você quebra-las.

- eu não quebrei as regras. Tecnicamente.

- eu não entendi – falou ele rindo.

- só uso a boca. Se eu não fizer isso o namoro não vai pra frente.

- então você nunca…

- não – falei rapidamente – ele quer, mas eu não. Ele vive insistindo, mas eu digo que não estou pronto e eu acho que realmente não estou.

- acredita que seu pai brigou comigo? – falou Charles rindo.

- porque?

- por eu ter te dado o apartamento. Depois que vocês se foram ele me fez o maior sermão dizendo que eu não deveria ter feito isso e que deveria ter falado com ele primeiro. Vai entender – falou ele rindo.

- meu pai é assim mesmo – falei rindo sem graça – não liga pra ele.

- eu não ligo – falou ele com um sorriso – eu… quero… o banheiro – falou ele apontando para mim.

- okay – falei saindo do banheiro rapidamente.

Charles entrou no banheiro e eu me virei para voltar à festa, mas antes que ele fechasse a porta eu chamei a atenção o dele.

- Charles… - ele olhou para mim.

- o que foi? – perguntou ele parecendo curioso.

- obrigado pelo apartamento. Significa muito para mim. De verdade. É mais do que um presente. Significa que você confia em mim. Diferente do meu pai que ainda acha que tenho cinco anos.

- não foi nada garoto – ele sorriu para mim e piscou um olho fechando a porta. Respirei fundo e me preparei para voltar para a festa. Passei a mão no rosto para garantir que todos os vestígios do esperma de Leo tinham sido limpos.

Desci as escadas e ao chegar no andar de baixo todos estavam dançando com algumas músicas. As luzes estavam apagadas e um globo de luz agora iluminava o lugar. Me juntei a eles na dança e peguei uma long neck com o garçom. Eu a abri e tomei um longo gole. A música ‘I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How to Dance With You’ tocava em todo vapor e vi quando Kylie veio dançando da cozinha e se juntou a nós.

- onde está Leo? – perguntei olhando em volta enquanto dançávamos.

- eu não sei – falou Lizzie – ele saiu lá pra fora. Acho que pra atender uma ligação.

- e o Lucas? – perguntei olhando para Kylie.

- eu não o vi – falou tia Kylie.

- ele foi pegar bebidas pra gente – falou Sharon.

- vou procurar o Leo – falei saindo da multidão e chegando a porta de entrada eu sai. Não vi ninguém lá fora a não ser os carros de alguns convidados que chegaram depois de mim e alguns seguranças incluindo o meu: Rodney.

- Rodney você viu o Leo? – Rodney estava no jardim parado.

- não senhor – falou Rodney curto e grosso. Olhei em volta e percebi que havia uma movimentação no carro de Leo então ele estava lá. Desci as escadas para ir até o carro de Leo e chegando lá embaixo Rodney entrou na minha frente.

- o que é isso?

- você não vai querer ver isso – falou Rodney.

- ver o que? – falei assustado.

Tentei me desviar de Rodney, mas ele não deixou. Ele ficava me bloqueando como os caras faziam no Super Bowl.

- deixa eu passar Rodney – falei com raiva.

Ele ficou me encarando alguns segundos e saiu da minha frente. Eu dei passos longos até o carro e percebi que ele se movia de uma forma estranha. Fechei as mãos deixando-as em punhos e me aproximei do carro por trás vendo que Leo estava lá, mas ele não estava sozinho. O banco do motorista estava abaixado e Lucas estava encolhido lá dentro cavalgando no pau do meu namorado. Meu coração bateu rápido e minha garganta se fechou enquanto eu tentava engolir aquilo.

- isso! Cavalga! – falou Leo enquanto Lucas de olhos fechados tentava se mover dentro do carro. Acho que agora entendi porque o meu namoro com Leo tinha durado tanto. Ele tinha Lucas para se aliviar.

- filha da puta – falei olhando em volta. Caminhei rapidamente ate o lado direito e encontrei um pedaço de madeira lá no chão. Peguei também uma pedra enorme que tinha no jardim. Ao ver o que eu ia fazer Rodney começou a correr na minha direção. Eu joguei a pedra no vidro de trás do carro e percebi que Lucas e Leo se assustaram. Peguei o pedaço de pau e comecei a bater no carro e nos vidros. Eu me aproximei por trás do carro e comecei a bater com ele no vidro e na porta deixando-o todo amassado. Leo e Lucas saíram do carro surpresos ao me verem.

- seus desgraçados – falei in do na direção deles, mas Rodney me pegou e me fez largar o pedaço de madeira. Ele me segurou por trás – eu vou matar vocês dois – falei com raiva.

- o que você fez com meu carro! – perguntou Leo colocando as duas mãos na cabeça – você é maluco! Você quebrou os vidros do meu carro.

- exatamente o que você fez com meu coração – falei parando de me mover e Rodney finalmente me soltou. Lucas parecia assustado ao me ver daquele jeito. Olhei para trás e vi que a porta da casa estava aberta e metade da festa havia saído para ver a confusão.

- filho? O que aconteceu? – perguntou minha mão andando com dificuldade pelo jardim tentando chegar até nós.

- eles dois traidores mãe – falei com raiva – peguei os dois no flagra.

- coitado do meu filho – falou ele segurando meu rosto entre suas mãos e dando um beijo no meu rosto – Rodney bota esses dois pra correr.

Minha mãe segurou em minha mão e nós começamos a andar em direção a casa. Todos que estava lá de fora começaram a vaiar Leo e Lucas e começaram a jogar as garrafas e o que tinham na mão na direção deles.

- vai ficar tudo bem Logan – falou um dos meus tios.

- relaxa Logan! – falou uma das minhas primas – isso acontece com todo mundo. Uma vez uma amiga chamada Beth… - falou uma prima minha tentando me consolar.

Minha família era assim. Quando algo de ruim acontecia eles se juntavam pra te ajudar. Não existia tempo ruim na minha família. Terminei de subir as escadas ignorando todo mundo e meu pai estava na entrada com os braços cruzados.

- eu odeio dizer isso campeão, mas o papai te avisou – falou meu pai levantando as mãos com o charuto na boca. Ele estava rindo da minha cara. Eu simplesmente ignorei. Meu pai olhou para mim e ajeitou os óculos de grau que ele usava. Nós entramos em casa e ao invés de chorar pelos cantos ou ficar com raiva eu peguei uma bebida, aumentei o som e comecei finalmente a festejar. Sharon e Lizzie foram as primeiras a se juntar a mim na pista de dança. Foda-se os dois traidores.

Espero que tenham gostado desse capítulo. Não esqueça de votar e de deixar um comentário pra mim :). Um grande abraço a todos e até o próximo capítulo.