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Capítulo 18
DIA -96.773 — 00h11min ás 12h09min
u perdoava Ted. Eu não queria viver eternamente com
ódio de alguém que mal se lembrava o que tinha feito na outra vida.
Especialmente agora que nós dois podemos fazer amor. Sem medo e sem todo o
sangue que escorre dos meus orifícios. Eu não preciso ter medo de morrer ao
sentir ele penetrar em mim. Tenho dois homens pela eternidade e eu os queria
por completo. Apenas para mim. Nós descemos a colina e ao chegarmos eu fui
direto até a geladeira para tomar um copo de água. Eu estava com sede. Era como
se no mundo real alguns minutos tivessem se passado, mas na visão que tive
algumas horas haviam se passado. Rodolfo e Dorothy estava com os olhos
vermelhos e Anita estava perto deles. Eles chegaram a cozinha e ficaram olhando
para mim.
- você está bem? – perguntou tio
Rodolfo.
- sim. estou – falei tomando um
copo com água.
- é sério Kyle – falou ele com o
nariz vermelho se aproximando – agora eu me lembro de tudo.
- sim, eu sei. Eu também me
lembro de tudo – falei respirando fundo.
- nós poderíamos ter feito alguma
coisa para proteger vocês! – falou Dorothy limpando os olhos – nós somos
péssimas pessoas.
- Não! – falou Anita – vocês não
são péssimas pessoas. Nossos pais eram – falou ela e todos que estavam lá
pareceram concordar.
- ela está certa – falou Mike
olhando para mim e depois para Anita – vocês não podem ficar se culpado por uma
coisa que não é culpa de vocês.
- eu sei o que vocês estão
sentindo. Eu senti por anos: a impotência a raiva – falei me aproximando de tio
Rodolfo – eu senti tanto – falei fechando os olhos – cada visita no meio da
noite que ele fazia a nós dois, cada penetração que literalmente me rasgava por
inteiros – falei abrindo os olhos com lágrimas nos olhos – eu perdi minha
virgindade antes dos oito anos de idade. Eu evacuava na escola toda semana.
Minha mãe sempre colocava um par de roupas caso acontecesse. Eu não conseguia
segurar. Meu corpo não foi feito para sofrer aquilo. Olhei para Lucy e ela
estava limpando os olhos assim como Misty, Will e Melly. Como vocês acha quem
eu me senti naquela época em que
descobri? Para mim tudo aquilo era normal. Quando eu tive aula de educação
sexual pela primeira vez eu vomitei na sala de aula. Foi quando eu percebi o
que acontecia comigo. O que aconteceu comigo e com minha irmã por todos esses
anos. Como os nossos corpos eram usados e violados.
- vocês podiam ter dito alguma
coisa depois que ficaram maiores.
- ele nos ameaçava – falei me
escorando no balcão limpando os olhos – dizia que se morrêssemos ninguém
sentiria nossas falta. Ele havia cavado três covas no porão quando nós ainda
éramos pequenos. Todo domingo de manhã nós nos vestíamos para ir ao culto, mas
não ao culto da igreja. Ele nos fazia ir ao porão. Fazia Anita e eu nos
ajoelharmos em frente as três covas e dizia que nós seriamos enterrados ali junto
com a mamãe se contássemos para alguém sobre nossa vida. Ele nos fazia fazer
várias orações de joelhos. Isso quando eu tinha doze anos. Todo domingo.
- é como uma lavagem cerebral –
falou Rose.
- exato – falou Anita – as coisas
nojentas que ele nos fazia fazer – ela fez cara feia com vontade de vomitar.
- não precisa falar – falou
Dorothy abraçando Anita – vocês estão a salvo agora.
- meu pai tinha um site na Dark Web – falei me lembrando – ele
fazia vídeos e postava em troca de Bitcoins. Claro que ele nunca mostrava o
próprio rosto. Minha mãe participava as vezes. Ele a obrigava. Eu sei que no
fundo ela odiava participar porque quase sempre ela o fazia com lágrimas nos
olhos e depois pedia perdão por tudo o que acontecia. Quando se é criança você
está sucetivel a absorver os ensinamentos do meio em que você vive. Ética e
moral são diferentes em diversas culturas, mas a cultura em que vivemos – a do
estupro, sadismo, humilhação e tortura – não era nada além de maldade humana.
- porque a sua mãe resolveu
denunciar seu pai? – perguntou Clint fazendo todos olharem para ele – se você
não importa em dizer, é claro.
- ela ficou grávida – engoli em
seco – de gêmeos. Ela sabia que aqueles bebês sofreriam o mesmo que nós. Assim
que ela saiu do médico ela foi para uma delegacia e denunciou. A única vez na
vida em que ela realmente foi mãe.
Rodolfo se aproximou e me deu um
abraço. Eu sabia que eles precisava daquilo. Eles são nossos tios e imagino o
que eles sentiram ao descobrir o pesadelo que Anita e eu vivemos todos esses
anos. Ele precisa de um abraço. Olhei para Ted e ele estava novamente chorando.
Estava tomando um gole de uma lata de cerveja com lágrimas nos olhos. Ele ficou
me olhando e foi então que ele perguntou.
- como vocês fizeram? – Ted
chamou a atenção de todos – foi por minha causa?
- não vamos falar sobre isso –
falou Anita.
- a culpa foi minha. Eu aceitei o
caso dele – falou Ted.
- se não fosse você seria outro –
falei olhando para Ted.
- mas é por mim que você está
apaixonado. E não por outro – ele segurou minha mão – eu quero saber como foi.
Como eu matei vocês dois?
- Ted, por favor… - falou Mike se
aproximando e colocando a mão nas costas de Ted confortando-o.
- eu quero saber! – falou Ted um
pouco mais alto.
- tudo bem – falei me sentando de
frente para ele – se você quiser saber eu conto.
27 DE outubro DE 2029
Era noite de sexta feira. Ou era
sábado? Não sei se já passou da meia noite. Tudo o que sei é que havia uma
grande festa acontecendo no andar de baixo da minha fraternidade: Kappa Alpha
Order. Não gosta de festas e não tinha motivos educacionais em participar delas
então eu ficava deitado na minha cama encarando o teto com os fones de ouvido
no máximo: A minha playlist ia desde clássicos dos anos oitenta, passava pela
Lana Del Rey e terminava no Motörhead. Eu não me importava em ficar ali deitado
por horas deixando ao minha imaginação me levar. Detestava estar em festas onde
garotas rebolavam suas bundas e caras com ejaculação precoce melavam a cueca
assistindo. Não havia nada de chamativo pra mim. Quando ouço música gosto de
algo pungente. No mínimo.
Eu não conseguia dormir sem os
meus remédios. Depois que minha mãe resolveu denunciar meu pai tio Rodolfo fez
Anita e eu irmos a um psiquiatra. Ele me receitou pílulas para dormir. Ele me
comprava remédios todo o mês e ligava toda noite para garantir que eu as
tomava. Nunca consegui dormir sozinho. Nunca tive o prazer de se deitar em uma
cama e fechar os olhos para dormir. Desde criança tinha medo de fechar os
olhos. Medo de quando abrisse meu pai estivesse de pé preto da minha cama,
bêbado e com o cinto da calça aberto.
- Carl? – falou um dos irmãos da
fraternidade abrindo a porta do meu quarto deixando a luz entrar.
- o que é? – falei me sentando na
cama e tirando os fones de ouvido.
- você é Carl Belchar? –
perguntou o rapaz com um gorro e olhos vermelhos.
- é Kyle Bouchard e sim, sou eu.
O rapaz estava completamente
bêbado e tinha algo em sua mão.
- o James encontrou esse envelope
com seu nome debaixo do sofá. Acho que deve ter ido parar lá enquanto nos
preparávamos para a festa.
- tudo bem, obrigado – falei
pegando o envelope da mão dele e empurrando-o para fora do quarto e trancando a
porta. Me sentei na cama e vi que o envelope tinha um selo do Tribunal de
Justiça – que merda – falei abrindo o envelope lendo o que tinha lá escrito. Li
do começo ao fim e senti a batida do meu coração acelerar.
‘Gostaríamos
de informar ao Sr. Kyle Columbus Bouchard que o Sr. Benjamin Chambers Bouchard
foi solto na manhã do dia 22 de Outubro de 2029 após o juiz Elijah Vasquez
McCoy aderir o pedido de habeas corpus solicitado pelo advogado Theodore
Mitchell Wolfe devido a falta de provas. Devido ao fato de Brandi Columbus
Davidson se recusar a testemunhar contra o marido o juiz não teve outra escolha
a não ser pedir desculpas ao Benjamin Chambers Bouchard pelo inconveniente.
Caso lhe interesse o senhor pode estar entrando com um pedido para uma ordem
restritiva’
Eu sabia que isso podia
acontecer. O testemunho de Anita foi invalidado pelo estado depois que um
psiquiatra contratado pelo advogado do meu pai declarou Anita incapaz de
testemunhar. Ele disse que ela tem transtorno esquizofrênico e muitas vezes
entrou em conflito em seus testemunhos. Eles querem que nos lembremos de todas
as vezes que meu pai gozou no meu rosto, peito, bunda, na minha comida… é claro
que vamos entrar em conflito. A verdade dói. Mas no tribunal a verdade não
importa: É quem monta o espetáculo mais atraente que ganha. A história mais
convincente. Era apenas eu contra meu pai já que minha mãe se recusou a
testemunhar contra ele. O julgamento acabou sendo anulado já que o júri não
entrou em consenso e essa foi a brecha para o advogado pedir que as queixas
fossem retiradas. Vai ser questão de tempo até que ele venha atrás de mim e de
Anita. Eu não quero viver em um mundo onde um homem como ele faz o que fez e
continua livre.
Peguei m eu celular e enviei uma
mensagem para Anita. ‘Recebi a carta, ele foi solto’. Alguns minutos depois ela
respondeu com uma cara triste e então a mensagem que selava nosso pacto: ‘como o combinado?’. ‘Sim!, amanhã na
biblioteca’. Anita faz parte da Delta Gamma e ficava a alguns prédios de
distância do meu. Peguei dois dos meus comprimidos e tomei. Geralmente é apenas
um, mas será mais difícil dormir hoje a noite. Quero aproveitar bem a cama pois
é a última vez que eu caio no sono.
Acordei por volta das onze e
meia. Era sábado dia 27 de outubro de 2029. Eu estava suado e minha cabeça
doía. O sol estrava entrando pela janela do meu quarto. Fui direto para o
banheiro e tomei um longo banho. Vesti minha roupa e antes de sair do quarto
fui até a gaveta da minha escrivaninha e tirei de lá uma caixa de madeira. Eu a
abri e vi a Pistola Tauros 380. O líder da minha fraternidade me deu depois que
ele tomou conhecimento do meu caso. Ele disse que era para a minha proteção.
Foi uma bondade dele na verdade. Um dos poucos que teve coragem de falar sobre
o assunto depois que nosso caso foi a mídia. Muita gente defendia eu pai na
internet. As pessoas chamavam Anita e eu de mentirosos. Pessoas inventavam
mentiras dizendo que nós tínhamos inventado tudo que não passávamos de filhos
ingratos que eram usuários de drogas e queriam arrancar dinheiro do meu pai que
por algum motivo só porque foi um veterano na guerra era um tipo de ‘Deus’ para
algumas pessoas. Como se ir a guerra fosse a coisa mais nobre a se fazer.
Peguei minha mochila e coloquei
alguns livros e a pistola com algumas balas. Anita havia me mandado mensagem
dizendo que estaria na biblioteca meio dia. A biblioteca era um dos poucos
lugares no campus que não tinha detectores de metais. Não queríamos fazer nas
nossas fraternidades e irmandades porque eles teriam que limpar o lugar e a
última coisa que queremos é incomodar as pessoas que vão ficar. A bagunça será
limpa mais rápida se for em um lugar que pertence a Universidade de Boston.
Quando cheguei a biblioteca vi
Anita sentada lendo um livro. Ela trouxe consigo sua mochila. Me aproximei dela
e me sentei de frente a ela. Anita olhou para mim e respirou fundo. Ela parecia
nervosa.
- você está pronta?
- sim – falou ela nervosa. Ela
olhou para a televisão que estava ligada na biblioteca no mudo. Uma reportagem
sobre frutas e seus benefícios passava na TV.
- você também recebeu a carta?
- sim – falou ela – uma das
minhas irmãs – Stephanie – me entregou assim que acordei.
- eu trouxe a pistola – falei
abrindo a mochila e mostrando para ela – você trouxe a sua?
- sim – falou ela abrindo a
mochila e me mostrando uma Pistola 840.
- onde você conseguiu?
- eu comprei – falou ela rindo de
nervosismo – eu não sabia que era tão fácil comprar uma arma nesse pais. Eu
entrei em uma loja e três dias eles me entregaram. Eu ainda ganhei balas de
brinde. Nem precisei compra-las.
- okay – falei respirando fundo e
levantando o mindinho. Anita levantou o
mindinho de sua mão e nós os cruzamos – eu sei que essa é uma promessa de
mindinho, mas você não precisa fazer se não quiser.
- não, Kyle – falou ela passando
a mão rosto limpando a lágrimas – eu não vou conseguir ficar aqui sem você. Nós
vamos estar juntos. Eu te amo tanto.
- eu também te amo Anita. Nesse
momento todos que estavam na biblioteca correram para olhar algo na televisão.
Olhei para trás e vi o que parecia ser algum acidente. Havia fumaça e um lugar
que havia sido destruído.
- é nossa chance! – falou Anita
se levantando e eu a segui até a parte de trás da biblioteca. Nós nos ajoelhamos no chão um de frente para o
outro. Eu peguei a minha pistola e fiz como aprendi em um tutorial no Youtube.
Coloquei as balas e destravei. Estava pronta para atirar. Anita fez o mesmo com
a dela.
- Vamos contar até três? –
perguntei.
- sim – falou ela balançando a
cabeça positivamente – mas vamos atirar no ‘3’ ou no já?
- no ‘3’. É melhor.
- okay – falou ela apontando a
arma dela para a minha testa. Eu apontei a minha arma para a testa dela. Como
combinamos. Ouvimos o que parecia ser o som de uma sirene e então ouvimos uma
gritaria – o que é isso? – perguntou Anita.
- eu não sei e não importa mais.
- okay – falou ela lambendo do
lábios.
- no três – falei respirando
fundo – um… dois…
Antes que dissesse o três nós
atiramos. Ou foi o que eu pensei. Apenas eu atirei. Anita foi jogada para trás.
- Anita! – falei nervoso vendo
que apenas ela tinha atirado – Anita! – falei com lágrimas nos olhos. Ela me
amava demais para conseguir atirar em mim. Peguei a arma de Anita e dei um tiro
na parede. Ela funcionou. Significa que ela não teve coragem de atirar – sua
idiota – falei pegando a minha arma – eu não vou ficar aqui.
- Kyle? – falou Lucy me vendo de
pé com a arma na mão – o que está fazendo?
Eu não respondi apenas abri a
boca coloquei a arma e apertei gatilho
estourando os meus miolos. Ainda sinto o meu corpo amolecer e toda a dor
desaparecer do meu corpo. Minha cabeça não sabia como lidar com aquela
sensação. Meu cérebro espalhado na parede atrás de mim. Senti aquela sensação
de paz. Eu entendo o que querem dizer quando falam que não se leva nada daqui.
É verdade. Nada. Nada de bom, nada de ruim. É como antes de nascer. A gente não
se lembra.
- você se lembra de ter morrido?
– perguntou Dorothy.
- sim – falei olhando para Anita
– você se lembra?
- sim – falou ela.
- eu me lembro disso – falou Lucy
– eu podia ter feito algo pra te ajudar.
- não faria diferença. Anita e eu
vivemos do mesmo jeito.
- sim – falou Lucy – os
noticiários começaram a mostrar cidades atingidas pela bomba e o alarme de
alerta de bombas começou a tocar na universidade.
- é como eu disse – falou Ted –
tudo culpa minha.
- não. Pare de se culpar – falei
tocando a mão dele – a culpa foi de Benjamin. Ele não era um humano era um
monstro.
- ‘Todos os monstros são humanos‘– falou Anita
chamando a atenção de todos – Irmã Jude – falou ela passando as mãos no cabelo.
- o que eu quero dizer é que ele é mesmo um
monstro. Está vagando naquela floresta com o rosto destruído. A floresta não o
deixa morrer não importa o quanto ele tente. Ele terá que viver com as feridas
que acumulou durante a vida pela eternidade.
- você disse que sabe como sair
daqui? – perguntou Mike.
- sim, eu sei – falei segurando a
mão dele – Anita também sabe, mas nenhum de nós irá dizer uma palavra sequer.
Pelo menos por hoje.
- porque não?
- porque se nós abrimos o nosso
bico você vai ficar a noite toda dentro da biblioteca estudando o mapa.
- tem um mapa? – perguntou Mike.
- sim. Ele está escondido nessa
casa. É o mapa do nosso planeta: Perpetua.
- pelo amor de Deus Kyle, me diz
onde está? – falou ele rindo.
- Não. Eu preciso de você e de
Ted lá em cima.
- pra que? – perguntou Mike.
- vamos fazer amor, sexo, foder,
tranzar, você escolhe como chamar. Pela primeira vez desde que acordei eu me
sinto leve. É como se eu estivesse curado. Não tem raiva, não tem nada. E eu
devo tudo a morte que deixou tudo pra trás.
- okay agora isso não é na nossa
conta – falou Anita – circulando.
Todos começaram a se espalhar e
antes de sair tio Rodolfo deu um beijo na minha testa e tia Dorothy deu um
beijo no meu rosto. Eles se foram com Anita.
- eu não vou conseguir – falou
Ted – eu nunca mais vou conseguir.
- claro que vai – falei pegando a
mão dele e levando até o meu rosto – não quer saber como é estar dentro de mim?
Porque eu quero ter você – falei isso dando um beijo na palma dele e passando a
língua por seus dedos.
- eu não consigo Kyle! – falou
ele puxando a mão para.
- você tem que se perdoar Ted –
me levantei e dei a volta ficando de frente para ele. Eu o abracei e ele virou
o rosto deitando em meu peito – porque eu já perdoei. Você salvou minha vida um
monte de vezes desde que acordamos. Você é o meu herói – me virei e olhei para
Mike – não se preocupe você terá chances de salvar minha vida também – falei
brincando. Ceguei para trás e me sentei no colo de Ted – seremos nós três pela
eternidade. Se eu não for capaz de fazer amor com meus dois homens eu não sei
se vou conseguir suportar.
- vem com a gente Ted – falou
Mike se aproximando e dando um selo na minha boca – precisamos de você.
Mike olhou para Ted que ficou
encarando-o. Mike se aproximou e deu um selo na boca de Ted que correspondeu.
Virei o rosto para trás e deitei minha cabeça sentindo Ted finalmente me
abraçar por trás e dar um beijo no meu pescoço. Ele passou a língua e eu
apalpei o meio das pernas de Mike e apertei forte sentindo seu cacete duro.
- vamos para o quarto. Quando
sairmos daqui só deus sabe quando veremos uma cama outra vez.
Nós três subimos as escadas e
chegamos ao quarto. Quando fechei a porta atrás de mim Mike me empurrou contra
a parede e se ajoelhou rasgando a bermuda e a minha cueca. Quando ele
finalmente viu meu cuzinho ele aproximou o rosto passando a língua e me sugando
com vontade. Ted se aproximou e se abaixou ao lado de Mike eu olhou para Ted e
eles deram um beijo de língua. Mike ainda abria meu cuzinho com os dedos. Ted
aproximou a boca e chupou meu cuzinho. Tímido ele cuspiu e passou a língua de
baixo até em cima em seguida ele afundou a boca e sugou meu cuzinho.
Mike se levantou e tirou a minha
camisa. Desamarrou meus tênis e abaixou minha bermuda e minha cueca me deixando
completamente nu. Ted tomou conta de mim. Ele me pressionava contra a parede
faminto por meu cu.
- tá gostoso amor?
- sim – falei ele dando um tapa
na minha bunda e apertando forte.
- ele é todo seu – falei piscando
o cuzinho – é todo seu. Chupa e come gostoso.
- é só dele? – perguntou Mike
apenas de cueca se aproximando.
- é seu também – falei dando um
beijo em sua boca – de vocês dois.
- vem aqui Ted – falou Mike acariciando
os cabelos de Ted.
Ted se levantou e se aproximou de Ted. Próximos a
cama os dois começaram a dar selinhos enquanto Mike desabotoava a camisa de
Ted. Os dois davam selinhos e Um chupava a língua do outro. Aquilo me deu um
puta tesão. Ver os dois se acariciando. Me deu inveja. Gostaria de estar no meio
dos dois. Mike então abaixou a cueca de Ted e eu vi o pau dele ser retirado pra
fora. Estava duro e pulsante. Mike segurou entre os dedos e moveu a mão. Os dois voltaram a se beijar. Ted fez o mesmo.
Enfiou a mão na cueca de Mike e tirou o enorme pau de lá de dentro. Também
grosso e duro. Eles ficaram se acariciando enquanto se beijavam apaixonados.
Eu me aproximei da cama e me sentei na beirada. Mike
foi o primeiro a se aproximar. Ainda de longe eu segurei no pau do Mike e o
puxei para perto de mim. Quando ele se aproximou dei uma chupada na cabeça do
pau dele e senti o cheiro do seu pau. Segurei o pau dele forte e dei chupadas
na cabeça do seu caralho. Levantei o pau e passei a língua no seu saco e bati
seu pau no meu rosto.
- que saudades desse pau! – falei segurando em sua
cintura e mamando seu caralho. Afundei seu pau em minha boca e olhei para Ted
que assistia a tudo de longe.
Parei de chupa-lo e desci dando beijos em suas
pernas. Dei beijos em suas coxas peludas e um beijo em seu umbigo onde passei a
língua. Voltei a colocar seu pau em minha boca e voltei a chupá-lo. Subia e
desci a boca no pau dele saboreando cada centímetro daquele membro grosso
enquanto acariciava seu saco. Mike em certos momentos afundava o pau no fundo
da minha garganta enquanto eu engasgava e só soltava quando minha boca estava
em molhada. Segurei forte no pau e chupei apenas a cabeça enquanto eu
recuperava o fôlego.
- se deita! – falou Mike me fazendo levantar as
pernas. Ele se ajoelhou no chão e começou a chupar meu cuzinho. Mike passava a língua
bem devagar no meu cuzinho e então ele chupava ferozmente enquanto com uma das
mãos ele acariciava a cabeça do meu pau. Ainda na posição Mike ficou de pé e me
empurrou na cama ficando de joelhos e colocando a cabeça do pau na entrada do
meu cuzinho. Ele veio me beijar e enquanto me beijava ele começou a rebolar e
meu ânus foi engolindo o pau dele. Eu segurei forte em Mike enquanto o cacete
dele entrava em mim.
- porra! Esqueci como esse caralho é grosso! –
falei rindo sentindo o pau dele fazer meu rabo queimar. Nós dois gemíamos de
prazer.
- me fode seu gostoso – estava ofegante e entre os
beijos soltava palavrões pedindo pela sua vara.
- rabo gostoso! – falou Mike – metendo com força –
Ted vai delirar nesse cuzinho – falou Mike rindo com uma expressão safada
enquanto seu pau me deflorava.
- vem aqui Ted – falei olhando para ele.
- junte-se a nós! – falou Mike levantando o corpo e
movendo a cintura bem devagar.
Ted veio até a cama e veio de joelhos em cima do
meu peito ficando com o pau na altura da minha boca.
- bom garoto! – falei segurando o pau dele.
- eu vou calar sua boca – falou Ted com um meio
sorriso afundando o pau na minha boca e forçando até minha garganta – puta que
pariu! – falou Ted. Agora eu tinha seu pau fundo na minha garganta enquanto Mike
fodia meu cuzinho. Ted começou um vai e vem na minha boca. Agora eu era fodido
em dois buracos. A cabeça do seu pau era gigante e preenchia toda minha boca.
Mike me fodia com força enquanto Ted colocava sue
pau e tirava da minha boca para observar meu rosto que estava vermelho e com um
sorriso. Adorava ficar engasgado com seu pau.
- tá gostoso meu amor? – perguntou Ted tirando o
pau da minha boca. Tirei a língua pra fora e ele esfregou na minha língua.
- está sim – falei respirando fundo – quando é que
esse pauzão vai comer meu rabo?
- você quer? – perguntou Ted.
- mas é claro!
Mike tirou o pau de mim ofegante com o pau
balançando e fez um movimento com a mão para Ted.
- é todo seu Ted – falou Mike com um sorriso vindo
até a cama e tomando a posição de Ted, mas ao invés do seu pau na minha boca eu
recebi seus lábios. Ted se colocou de joelhos na cama e se aproximou colocando
seu pau na entrada do meu rabo. Fechei os olhos beijando a boca de Mike e senti
o pau de Ted entrar em mim. Não houve sangue apenas o gemido que dei sentindo a
cabeça do seu pau me deflorando.
- porra cara! – exclamou Ted movendo a cintura lentamente enquanto me
fodia.
Abracei Mike que enchia meu rosto de beijos
enquanto meu rabo era deflorado pelo pau de Ted que pela primeira vez me comia.
Meu corpo começou a balançar enquanto ele metia sem dó. Aquele não era mais o
meu homem proibido. Meu pai era o homem proibido. Proibido de morrer. Condenado
a sofrer enquanto eu passo o resto dos meus dias na cama com dois homens
maravilhosos. Não havia ciúmes. Não tinha porque haver. Era eterno. Teria tempo
para todos.
- vou gozar! – anunciou Ted depois de muito me
foder – vou gozar amor.
- goza! Dentro de mim – segurei o rosto de Mike e
ele levantou o corpo e começou a bater punheta pra gozar na minha cara. Aproveitei
para eu mesmo me tocar enquanto Ted me comia bem rápido. Seu pau inchou dentro
de mim e ele urrou esporrando seu esperma dentro de mim.
Mike segurou meu rosto e não demorou para me
lambuzar com seu esperma. Minha boca, nariz, olhos e rosto ficaram cobertos com
seu esperma. Abri os olhos e lambi os lábios enquanto eu batia punheta e
esporrava na minha barriga e nas costas de Mike. Ted abraçou por trás e os dois
deram um selinho. Mike se inclinou dando um selo na minha boca e saiu de cima
de mim dando lugar a Ted. Ele tinha um sorriso em seu rosto.
- eu te amo Kyle – falou ele dando um selo em minha
boca – você também Mike – falou ele olhando para Mike e sorriu e acariciou os
cabelos de Ted.
Ted lambeu meu rosto e levou toda a porra para
minha boca usando sua língua. Fechei os olhos feliz por estar onde estava. A
primeira vez que morri eu não valia nada, era um merda, sujo, machucado,
violado e inútil. Era assim que eu me sentia. Eu não sei quais palavras usar para
descrever como me sinto agora, mas acho que posso resumir em uma pequena frase:
Espero que dure para sempre.
Espero que tenham gostado. Como vocês podem ver eu mudei o nome da obra. Agora ela se chama Crônicas de Perpetua: Homem Proibido - Livro Um. Isso significa que teremos mais obras nesse mesmo universo. Espero que tenham gostado até agora. Espero que todos tenham tido um ótimo natal, um grande abraço e até o próximo.
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Aí quero dois homens assim para brincar, quero que continua com eles mas quero intrigas amorosa
ResponderExcluirValeu pelo comentário rycharlen ;) Teremos intrigas simm
ExcluirQuase morri quando vi que você tinha postado mais dois capítulos... obrigado! Adoro seu trabalho!
ResponderExcluirDomingues, Lucas.
Valeu Lucas <3
Excluir