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Capítulo 19
DIA 14 — 08h48min ás 17h54min
u odeio acordar de manhã e estar sozinho na cama.
Se eu tivesse apenas um homem já seria frustrante imagina ter dois e mesmo
assim nenhum deles estar ali. Não dessa vez. Quando abri os olhos e tentei me
alongar na cama eu não consegui. Estava entre Ted e Mike. Quando em movi Ted
olhou para mim. Ele já estava acordado. Ele sorriu para mim e eu sorri para
ele. Aproximei dando um beijo em sua boca. Era engraçado como tudo tinha
acontecido. Desde o começo lá na cabana Ted e eu sempre nos demos bem. Desde o
começo, desde a primeira vez que o vi. Era como se meu corpo estivesse indo
contra a natureza. A floresta tinha tudo para odiar Ted, mas ela percebeu que
eu me apaixonei por ele desde que o vi pela primeira vez. Ela não fez nada
porque sabia que ele era minha cura.
- dormiu bem? – perguntei
deitando minha cabeça no peito dele olhando para ele.
- eu é que devia te perguntar
afinal foi você que teve que dar pra dois.
- isso não é problema – falei
passando a mão na barriga dele – eu estou perguntando porque você me comeu
ontem pela primeira vez. Dormiu melhor sabendo que não em machuca quando você
me come? Quer dizer… você tem um cacete enorme, mas não me falo desse tipo de
machucado.
- eu entendi – falou ele rindo –
sim. é ótimo poder dormir sabendo que te desejar não te machuca.
- bom dia! – falou Mike se
sentando na cama.
- bom dia – falei me virando e me
arrastando até ele. Passei o braço e toquei meu membro mole. Coloquei a mão
dentro de sua cueca. Dei um beijo em suas costas.
- bom dia meu amor – falou ele se
virando e dando um beijo na minha boca. Um selo. Ted se levantou um pouco e
também deu um beijo na boca de Mike.
- eu estou ansioso para saber
como vamos sair daqui – falou Mike se levantando.
- meu deus você mal acordou e já
quer saber?
- eu sou um cientista! – falou
ele rindo – o que eu posso fazer?
- bom, eu poderia te contar, mas
acho que é mais divertido fazer você arrancar de mim – falei tirando o cobertor
e tirando a minha cueca. Joguei a cueca para Mike e ele pegou no ar e levou até
sue rosto e sentiu meu cheiro.
Ted virou meu rosto e o
acariciou. Em seguido ele começou a me beijar. Mike tirou a cueca dele e nu ele
veio por cima de mim beijando meu peito e meu pescoço. Levei minha mão direita
até o meio de suas pernas e acariciei seu pau ainda mole. Com a mão esquerda
toquei o membro de Ted – que ao contrário de Mike – estava duro.
Enquanto beijava Ted movi minhas
duas mãos deixando os dois paus duros. Agora tinha dois suculentos pedaços de
carne nas mãos. Mike saiu de cima de mim
e se sentou na cama escorando-se na cabeceira. Eu fui até o pau dele e segurei
começando a chupar. Ted se sentou ao lado de Mike e eu segurei o pau dele com a
outra mão e fui até ele e passei a língua na cabeça do seu caralho e dei uma
chupava começando a mamá-lo. Minha mão subia e descia n o pau de Mike.
Mike e Ted olharam um para o
outro com um sorriso. Os dois se aproximaram e deram um selo e então um beijo
de língua. Revezei por um tempo nos dois paus chupando com fome deixando-os
húmidos e molhados. Passei a língua no saco de Ted e depois de uma chupada na
cabeça fui até o pau de Mike e fiz o mesmo. Dei um beijo na barriga dele e subi
até seu peito. Dei um beijo em seu peitoral e fui até os dois que ainda estavam
se beijando. Coloquei a língua pra fora e lambi o rosto de Mike e deslizei até
o rosto de Ted. Então as nossas línguas se entrelaçaram e as três dançaram fora
das bocas até que Ted começou a me beijar. Mike foi para trás de mim e se
ajeitou. Eu estava de joelhos e ele cuspiu no pau e colocou na entrada do meu
cuzinho.
- você vai me dizer como sair
daqui – falou Mike segurando em minha cintura e pressionando a cabeça do pau
para dentro de mim.
- caralho – falei beijado Ted.
- acaba com o rabo dele! – falou
Ted.
- até você? – perguntei rindo.
- você é um garoto mal Kyle. É
bom ter dois de nós pra te adestrar – falou ele lambendo meu rosto indo até
minha orelha. Ele olhou para me rosto e cuspiu em minha bochecha. Ele passou a
língua e voltou a me beijar enquanto Mike começava a bombar seu caralho dentro
de mim.
- isso! Fode! – falei ofegante
entre os beijos de Kyle.
- me fala! – falou Mike metendo
com mais força segurando em meus cabelos puxando minha cabeça pra trás. Ted
começou a beijar e a lamber o meu pescoço.
- não! – falei sentindo meu rabo
queimar e Mike aumentando a velocidade.
- filho da puta! – falou ele
metendo com mais força enquanto ainda segurava meus cabelos – fala! Fala!
Ted ficou de pé na cama e Mike
soltou minha cabeça ele segurou minha cabeça e meteu o pau na minha boca. Ele
começou a foder a minha boca e sem dó ele enfiava fundo na minha garganta me
fazendo lacrimejar enquanto Mike fazia meu cuzinho chorar no seu cacete.
- okay! – falei respirando.
Quando Ted soltou minha cabeça a baba formou uma liga até seu pau – eu conto,
mas só se você gozar na minha boca. Os dois – falei olhando para Ted.
- vem aqui! – falou Mike para Ted
tirando o pau de mim. Mike se sentou na cama e agarrou nos meus cabelos me
fazendo engolir seu pau. Ele forçava minha cabeça contra sua pica me deixando
sem fôlego enquanto chupava seu pau.
Ted vendo meu cuzinho empinado e
aberto não ase aguentou e sentiu vontade de me provar. Ele segurou no meu pau
duro e passou a língua no meu saco e subiu chupando meu cuzinho. Ele movia a
mão bem r´´apido no meu pau. Eu estava quase gozando, mas não conseguia dizer
nada porque Mike me fez engolir sua vara bem fundo.
- porra! – falei com a boca cheia
enquanto Ted acariciava meu pau. Eu acabei esporrando gala quente por toda a
cama enquanto Ted chupava meu cuzinho. Ao ver que eu tinha gozado ele passou a
mão no lençol e passou no meu cuzinho e usou de lubrificante enquanto ele se
ajeitava e metia o pau e mim. Ele enfiou de uma vez até o talo e começou a me
foder.
- puto do caralho! – falou Ted
metendo o cacete em mim sem dó.
- quer leitada na boca? –
perguntou Mike.
- sim, quero!
- então ordenha! – falou ele
ofegante.
Coloquei a cabeça do pau dele na
boca e com a mão esquerda comecei a ordenha-lo. Subia e descia a mão bem rápido
em sue pau. Meu corpo era balançado para frente e para trás e minha mão
deslizava pelo pau de Mike e logo senti ele se contrair e acariciar meus
cabelos. Senti o gosto amargo do seu esperma e engoli a medida que ele gozava.
Não desperdicei nenhuma gota. Desci a cabeça dando uma última chupada e quando
tirei o pau dele da boca Mike sorriu dando um beijo nos meus lábios.
- falta o Ted – falei rindo.
- caralho! – gemeu Ted tirando o
pau do meu cu e v indo até mim. Abri a boca e ele moveu a mãos algumas vezes e
esporrou na minha língua. Segurei no pau de Ted e o chupei enquanto ele
terminava de gozar. O pau dele foi empurrando seu leite garganta abaixo. Mike
então levou a mão até minha bunda e penetrou dois dedos.
- agora me fala – falou ele rindo
– como saímos daqui?
- tem um azulejo oco na cozinha
próximo ao balcão – falei gemendo e enquanto ele movia os dedos dentro de mim.
Eu dava chupadas no pau de Ted – é só quebrá-lo. Lá dentro tem um mapa com
instruções de como chegar do outro lado da colina.
Mike tirou os dedos de mim e se
levantou da cama e vestiu rapidamente saindo do quarto. Ele esperou mais de
vinte anos por esse momento. Ele não sabia como atravessar e eu simplesmente
tinha a resposta que ele tanto procurou por todos esses anos.
- você está bem? – perguntou Ted
me vendo cair deitado na cama.
- estou sim – falei segurando no
pau dele e puxando-o – vem aqui.
Ted veio por cima de mim e nós
começamos a nos beijar. Puxei o cobertor e cobri metade dos nossos corpos
enquanto nós curtíamos o corpo e a presença um do outro.
- estou tão feliz por ter você –
falou Ted com um sorriso – Mike… estou feliz por tudo.
- eu também – falei acariciando
as costas dele – o que será que vai acontecer quando sairmos daqui?
- eu não sei – falou Ted- mas tenho certeza de que Mike vai cuidar de
tudo né? Afinal ele está aqui a mais tempo que nós – Ted se sentou na cama.
- acho que sim – falei me sentando
ao lado dele – tudo o que sei é que depois que sairmos daqui não terá mais
volta. Eu não sei se existem aviões, helicópteros… enfim… se esse tipo de
tecnologia ainda está disponível já que 98% da população mundial foi
exterminada. Isso nos primeiros anos após a queda da bomba.
- vai ficar tudo bem. Desde que
estejamos juntos – falou Ted me puxando e dando um beijo na minha testa – vamos
tomar um banho e ver o que Mike está fazendo.
Ted e eu tomamos um bom banho e
uma vez que estávamos vestidos e tínhamos ajeitado o quarto e trocado a roupa
de cama nós descemos com um cesto de roupas sujas da mão.
- bom dia irmão! – falou Anita
pulando nas minhas costas quando cheguei a cozinha. Havia um buraco no chão da
cozinha e Mike estava sentado no balcão olhando o mapa. Ao seu lado estava Mark
e Rose que olhavam curiosos para o mapa.
- bom dia! – falei rodando
enquanto ela estava pendurada atrás de mim – que animação é essa?
- não é nada – falou ela mordendo
os lábios quando Clint passou por nós com um olhar sem vergonha.
- você e Clint? – perguntei
olhando para ela.
- sim – falou ela rindo – desde
que você tentou fazer sexo com Ted e sangrou e passou mal eu tive medo de me
entregar a alguém, mas noite passada eu não tive medo.
- e como foi?
- dolorido no começo, mas depois
foi bom – falou ela rindo e olhando para Mike – você contou sobre o mapa?
- sim. Mike estava louco.
- você tem sorte de ter os dois –
falou Anita olhando pra mim – você deve se sentir protegido.
- é normal me sentir mal por
estar feliz?
- como assim?
- eu não sei é tipo uma sensação
de que eu não mereço o que tenho. De que eu não mereço ter Ted e Mike.
- claro que você merece – falou
ela segurando o meu dedinho com o dedinho da mão dela – nós dois merecemos.
- é bom ver vocês sorrindo –
falou Will se aproximando com a cadeira de rodas – será que algum dia eu vou
sorrir também? – falou ele tocando nas pernas.
- talvez – falou Anita – nós
estamos no futuro.
- ela está certa – falou Mike –
aqui nesse mapa podemos ver que a terra está sendo reconstruída pouco a pouco.
Aqui perto existe uma cidade chamada Eternia e é para lá que todos os
sobreviventes estão indo. Para viverem em sociedade outra vez.
Mike olhou para todos que
pareceram fascinados.
- talvez eles já tenham desenvolvido
a cura para as suas pernas – falou Mike.
- não brinque comigo – falou
Will.
- nós podemos ir para lá? –
perguntou Mark.
- sim – falou Mike – Aqui diz que
no lago abaixo da colina tem uma correnteza, um buraco. É como se fosse um
dreno que nos levará para o lago do outro lado dessas colinas. Fica a mais ou
menos oito metros de distância daqui.
- isso! – falou Rose animada junto
de Lucy, Melly e Dorothy.
- mas tem um porém. Aqui diz que
levará cerca de dez minutos e que nós vamos morrer durante a viagem.
- mas nós vamos ressuscitar, não
é?
- bom, tecnicamente sim – falou
ele preocupado – mas nós não sabemos se todos nós temos esse poder de
ressuscitar dependendo da morte. Quer dizer talvez eu ressuscite de morte por
afogamento, mas pode ser que alguns de nós não tenha o necessário.
- e como faremos? – perguntou
Melly – nós vamos ou ficamos?
- bom… isso fica por conta de
cada um. Será por sua conta e risco.
- Kyle? – falou uma voz masculina
chamando meu nome. Vi que meu tio Rodolfo estava na porta da biblioteca. Ele
estava fumando.
- o que foi?
- vem aqui – falou ele acenando.
Eu o segui e nós entramos na
biblioteca. Ele se aproximou na janela e a abriu. Ele tirou o cigarro da boca e
assoprou para fora.
- acho que não tem problema –
falou ele olhando para o cigarro – afinal não vou morrer – falou ele rindo.
- o que foi? – falei me sentando
em uma cadeira olhando para ele.
- Não é nada eu só… só queria
dizer que acho que você deveria ir procurar por essa cidade. Você merece uma
chance de viver.
- sim,, eu pretendo. E você
também?
- acho que não – falou ele –
Dorothy e eu tivemos uma briga feia desde que Mike falou sobre a forma de sair
daqui.
- ela não quer ir?
- sim. ela quer. Eu é que não
vou. Esse é o motivo da briga.
- porque não?
- eu não acho que mereço. Vou
ficar por aqui mesmo.
- isso tem a ver com o que
aconteceu com meu pai?
- Ben era meu irmão – falou meu
tio se aproximando da mesa e apagando o cigarro no cinzeiro – como eu pude não
saber? Todos esses anos? Foram dezenove anos! – falou ele passando a mão no
rosto limpando os lágrimas.
- esquece isso tio. A culpa não
foi sua – falei tocando o braço dele e descendo segurando em sua mão – você não
é meu pai – meu tio olhou para mim com os olhos vermelhos – mas pode ser, se
quiser… o senhor sempre foi bom comigo e não pode ter filhos.
- eu não sei – falou ele limpando
os olhos.
- eu posso te chamar de pai. Você
foi muito mais pai pra mim do que Ben jamais foi eu seria.
- não acha um pouco ridículo?
- não – falei rindo – vai ser
legal chamar alguém de pai e mãe que realmente mereça.
- okay – falou ele rindo.
- Kyle! Rodolfo! – falou Rose
abrindo a porta – precisamos de vocês dois.
Tio Rodolfo e eu saímos da
biblioteca e chegamos a cozinha. Todos estavam lá em volta de Mike. Todos
olhavam atentos para ele. Ted estava de braços cruzados ao lado dele.
- o que está acontecendo? – perguntei
curioso.
- estamos decidindo sobre a saída
daqui – falou Mike – você vai Kyle?
- sim. claro que vou – falei
segurando na mão de tio - e tio Rodo… meu pai vai também – falei apertando os
lábios.
- obrigada! – falou Dorothy
cochichando.
- eu não vou falou Will.
- porque? – perguntou Rose.
- eu vou ser um peso morto para
vocês. Não tem como levar a minha cadeira de rodas. Vocês terão que me carregar
para todos os lugares. E mesmo que leve minha cadeira vamos ter que andar na
terra, floresta, pedras ou seja lá o que tenha do outro lado. Eu prefiro ficar
aqui. Você conseguem ajuda e vem me buscar. Certo? – falou Will querendo
chorar. Era uma decisão difícil ter que ficar ali sozinho.
- eu fico com você – falou Rose.
- não – falou Will – você precisa
ir. Tem de tudo nessa mansão. Até um elevador para cadeirantes. Eu vou ficar
bem.
- por favor – falou Rose
chorando. Ela parecia estar apaixonada por Will. Eles se deram bem desde que se
encontraram na floresta.
- eu vou ficar esperando por
vocês… por você – falou ele segurando a mão dela.
- alguém mais vai ficar? –
perguntou Mike com os olhos vermelhos olhando em volta, mas ninguém disse nada
– tudo bem – falou Mike.
- eu acho que vou ficar! – falou
Misty.
- não! – falou Anita – você
precisa vir.
- eu estou com medo – falou ela
rindo nervosa – talvez seja uma boa coisa eu ficar. Posso fazer companhia para
o Will.
- venha! – falou Anita.
- eu não quero morrer! – falou
Misty – eu tenho pavor de água e a pior forme de morrer pra mim é afogada. Eu
não quero ter que passar por isso.
- será rápido – falou Melly – eu
já morri antes. Eu cai das escadas – falou ela apontando – eu nem me lembro da
dor. Acordei algumas horas depois.
- vamos Misty! – falou Anita – eu
preciso da minha melhor amiga comigo.
- tudo bem falou Misty – eu acho que vou – falou ela
nervosa abraçando Anita.
- então preparem-se. Precisamos
ir o mais rápido possível. Não sabemos quantas horas levaremos para ressuscitar
– falou Mike – sejam rápidos e peguem apenas o necessário.
Eu me aproximei de Ted e de Mike
e respirei fundo. Eu também estava com medo. Eu já tinha morrido uma vez. Tinha
medo de que a segunda vez eu morresse pra sempre.
- não precisa ficar com medo! –
falou Mike adivinhando meus pensamentos – eu não estou – falou ele tocando meu
rosto.
- okay! – falei sentindo um
arrepio na espinha – você está com medo? – perguntei olhando para Ted.
- sim. Mas não por mim, por você.
Eu não conseguiria viver sem você.
- vocês dois são tão fofos que dá
vontade de encher de algodão e usar como dois ursinhos de pelúcia.
- seus ursinhos – falou Mike
rindo.
Todos se espalharam pela casa e
cada um pegou uma das mochilas impermeáveis que tinham no sótão. Nós colocamos
nelas coisas que achávamos essenciais, mas tenho certeza de que o quem ais
colocamos foi comidas e facas. Eu coloquei a arma que atirava sem balas. Ela
poderia ser útil. Não sabíamos que tipo de criaturas iriamos enfrentar até
chegarmos em Eternia. Fui até a cozinha para pegar cereais para colocar na
mochila e esqueci do buraco que tinha na cozinha e pisei em cima caindo no
chão. Acabei quebrando um grande pedaço.
- está bem? – perguntou Mark se
aproximando.
- estou sim – falei tirando o pé
– eu esqueci do buraco – falei enfiando a mão lá dentro vendo que tinha algo no
fundo.
- o que aconteceu? – perguntou
Ted chegando á cozinha junto de Mike.
- ele caiu – falou Mark de pé.
- o que está fazendo? – perguntou
Misty chegando.
- tem alguma coisa aqui – falei
segurando e puxando. Era um livro. Na verdade parecia ser um diário com capa de
couro. Entreguei para Mike que me ajudou a levantar. Ele abriu e analisou.
- o que é? – perguntou Mark.
- um livro de história escrito a
mão – falou Mike passando as páginas – aqui estão datados eventos históricos.
Coisas que aconteceram após a queda da bomba. O primeiro registro é o do ano
2089. Aqui é descrito uma pequena civilização de sobreviventes que tentaram
reconstruir a humanidade, mas foram mortas por criaturas desconhecidas. É o
primeiro registro que se tem.
- isso é bom, não é? – perguntou
Anita – eu digo, o livro.
- é ótimo. Pode nos ajudar daqui
pra frente – falou ele fechando o livro e colocando em um saco plástico. Ele o colocou
dentro da minha mochila – vamos rápido. Sairemos em dez minutos.
Quando estávamos todos prontos
Will nos acompanhou até a porta da mansão. Todos nós nos despedimos dele e ele
nos desejou boa sorte. Ele disse que estaria aguardando noticias. Rose chorou
bastante quando se despediu o que fez com que todos nos emocionássemos. Misty
parecia bem nervosa e também chorou bastante. Ela encheu Will de beijos e Mark
e Mike tiveram que arrastá-la para fora enquanto ela se contorcia e gritava
querendo ficar. Rose era durona, mas era uma garota apaixonada. Fortemente
apaixonada. Imagino como seria deixar Ted ou Mike para trás.
Nós descemos as colinas em
silêncio. Depois de vinte minutos de caminhava avistamos a cachoeira ao longe.
O som quebrando o silêncio e a natureza com seus típicos sons fazendo a trilha
sonora da nossa macabra caminhada. Estávamos caminhando para o abate. Iriamos
morrer.
- okay, eu estou surtando – falou
Misty se aproximando da água.
- quem quer se o primeiro? –
perguntou Mike.
- eu posso ir – falou Anita.
- não! – falou Clint segurando o
braço dela – você não.
- eu vou primeiro – falou Mark se
aproximando da água – vejo vocês do outro lado.
Mark correu na direção da água e
mergulhou com a mochila nas costas. Ele olhou um pouco dentro da água e viu o
buraco negro que sugava a água. Era a saída. Ele deixou o corpo ser sugado e
desapareceu. Ele foi o primeiro.
- quem é o próximo? – perguntou
Clint.
- eu falou Ted.
- mas já? – perguntei com medo.
- sim – falou Ted dando um beijo
na minha boca. Um beijo apaixonado. Mike se aproximou e Ted o abraçou. Em
seguida beijou sua boca.
Ted entrou na água e desapareceu.
Eu me virei de costas para não ver.
- nossa vez – falou Rodolfo e
Dorothy de mãos dadas. Eles vieram até Anita e eu e nos abraçaram. Disseram que
nos amavam. Os dois entraram na água juntos e mergulharam desaparecendo. Talvez
aquela fosse é ultima vez que eu os via.
Melly foi a seguir. Clint, Anita e Misty foram logo em seguida.
Rose decidiu ir sozinha. Seu rosto estava inchado e ela parecia chateada por
Will não estar ali. Ficamos apenas Lucy, Mike e eu.
- quem é o próximo? – perguntou Lucy.
- você podem ir. Eu vou por último
– falei nervoso.
- tem certeza? – perguntou Mike se
aproximando de mim.
- sim. podem ir.
Mike me deu um beijo e me
abraçou. Disse que não era para eu fazer graça e não entrar na água. Ele
estaria me esperando do outro lado. Eu prometi que iria. Mike e Lucy entraram
juntos na água e então ficou apenas eu. Talvez fosse eu o herege a não seguir os
caminhos do senhor. Talvez eu ficasse na mansão com Will. Esperando pelo
resgate. Respirei fundo e decidi que não tinha chegado até aqui para ficar para
trás. Olhei uma última vez para a mansão no alto da colina e caminhei para a água.
Havia uma corda na minha perna
amarrada a mochila para que ela não se perdesse. Eu mergulhei e abri os olhos.
Afundei o máximo que consegui e vi o buraco. A correnteza. Não havia nada lá
perto a não ser grandes rochas. Era totalmente escuro como um tobogã
assustador. Tive vontade de voltar e desistir, mas era tarde demais meu corpo
foi sugado pela correnteza e eu entrei no buraco. Era assustador e antes que me
faltasse ar eu simplesmente abri a boca e respirei a água para dentro dos meus
pulmões. O que era preto ficou mais negro ainda. Foi como se meu corpo se
transformasse em um boneco de pano jogado de um lado para o outro.
Eu não sabia de muita coisa
naquele ponto da minha vida. Eu com certeza teria dezenove anos para sempre e
outra certeza é que a morte é como antes de nascer. Você se lembra de como era
antes de nascer? A morte é assim. Senti meu pulmão se queimar e o vômito sair
pela garganta e explodir boca afora.
- Não! Não! – gritava uma voz
feminina chorando. Eu ainda estava tonto e percebi que estava a beira de um
lago em um chão arenoso. Eu me sentei tossindo e percebi que haviam outro
acordando junto a mim. Havia uma voz gritando perto de mim e eu vi que era Anita.
Ela estava chorando e gritando sob o corpo de Misty.
- o que aconteceu? – perguntei passando
a mão nos cabelos.
- ela não ressuscitou – falou Rose
de pé.
- a culpa foi minha! Eu falei para
ela vir! – Anita chorava com a perda da amiga.
Anita estava de joelhos e Clint
se aproximou abraçando-a. Tentando reconforta-la. Rose se aproximou de Misty e
passou os dedos em suas pálpebras fechando seus olhos. Minha garganta doía e eu
estava grato por estar acordado. O céu estava nublado e a minha frente havia um
enorme cemitério. Eu fiquei de pé e vi a neblina cobrindo um campo cinza com
dezenas e centenas de lápides. Eu respirei fundo criando coragem. Vi Ted e Mike
de pé conversando com Rodolfo sobre o caminho que enfrentaríamos. Eles estavam
com o livro de histórias escrito a mão aberto. Eu não sei o que eles estavam
lendo, mas aquele cemitério é só um dos obstáculos que enfrentaríamos.
Espero que tenham gostado do que escrevi até aqui. Não esqueçam de deixar um voto e um comentário. Um grande abraço a todos e até o próximo capitulo.
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Gostei é não gostei porque misty morreu
ResponderExcluirtbm não :(
ResponderExcluirValeu pelo comentário
Adorei o capítulo! Incrível... você é demais!
ResponderExcluirEstou sentindo que o clima será tenso... novamente enfrentando o desconhecido e medo de que vem pela frente! Estou tão ansioso...
Domingues, Lucas.
Valeu Lucas! Abração :)
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