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Capitulo Dezoito
A descoberTa
D
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epois de muita conversa com Warren duas semanas
depois eu finalmente saí de casa pela primeira vez. Eu tive muita terapia com
Warren mesmo que me dizia várias coisas tentando me animar. Estava na mesa do
café da manhã e decidi perguntar sobre o advogado dele.
- seu advogado já entrou com o
processo para a ordem de restrição contra o meu pai?
- ele provavelmente já deve ter
recebido a intimação – respondeu Warren tomando um gole de leite com chocolate.
- qual o dia da audiência?
- dia 19 desse mês.
- tudo bem.
Nós continuamos tomando o café da
manhã.
- agora que eu conheci sua família
e você já está se sentindo bem melhor será que você finalmente pode ir até meu
trabalho? Depois de lá nós podemos ir até a casa dos meus pais.
- tudo bem, eu estou mesmo
precisando preencher minha cabeça com outras coisas e acho que já está na hora
de conhecer seus amigos e famílias.
- pode ser hoje mesmo? –
perguntou Warren.
- pode sim, na hora do almoço?
- eu venho te buscar aquí em
casa.
- por falar em casa, logo eu vou
poder voltar para meu flat.
- por mim você ficava aquí pra
sempre.
- obrigado – falei dando um
selinho na boca do Warren. – você também foi muito forte.
- porque?
- não é todo mundo que dorme com
o namorado toda noite e fica três semanas sem tranzar.
- será que vou ter uma recompensa
agora que você está melhor?
- hoje a noite! – falei dando
outro selinho na boca dele.
- na hora do almoço eu venho te
buscar então.
- tudo bem – falei – mas só tenho
uma pergunta, você não contou para ninguém o que aconteceu comigo certo?
- não se preocupe ninguém sabe
nada sobre isso.
- obrigado – falei dando um beijo
no rosto dele.
- eu te vejo na hora do almoço
então. – falou Warren se levantando da mesa e indo até a sala e colocando o
terno.
Depois que lavei todas as louças
eu fui até a sala. Warren estava com a porta aberta pronto pra sair. Ele tirou um
cigarro e colocou na boca.
- espera um pouco – falei indo
até ele.
Warren tirou o cigarro da boca
- o que foi?
Eu me aproximei dele e nós demos
um beijo de língua demorado e como estávamos muito excitados logo sentimos a
excitação um do outro.
- eu gosto muito de você Warren.
- também gosto muito de você Fry.
– ele colou o cigarro outra vez na boca. – até na hora do almoço
Ele fechou a porta e eu fui até a
sala e me sentei no sofá um pouco nervoso por antecipação por ter que conhecer
os amigos e a família de Warren.
Logo depois de assistir um pouco
de TV eu me levantei para me preparar para o almoço já que Warren iria me
buscar.
Assim que terminei de me arrumar
o meu celular tocou. Era Warren.
- olá – falei.
- Fry, você já está pronto?
- estou sim.
- olha aconteceu um imprevisto e
eu não vou poder ir te buscar, mas não se preocupa eu já mandei taxi te buscar,
ele deve estar chegando aí em uns 15 minutos.
- tudo bem.
- quando chegar aquí é só me
esperar na recepção.
- tudo bem, até logo.
- até logo, beijo.
Assim que desliguei o celular
tranquei toda a casa e fiquei do lado de fora esperando e logo ví ao longe um
carro amarelo que parou em frente a casa.
- o senhor é Fry? – perguntou o
homem dentro do carro.
- sim. – falei indo até ele e
entrando e sentando no banco do carona. – você já sabe aonde devemos ir?
- sim.
Logo nós partimos e em seguimos
viagem por cerca de 10 minutos até que chegamos em frente a um prédio que
estava escrito CONNECTION ADVERTISING AGENCY (Conecção Agencia de Publicidade).
Antes de sair do taxi perguntei o valor, mas o motorista disse que já estava
pago.
Eu andei até a entrada do prédio
e uma mulher muito simpática me recebeu.
- bom dia – falou ela com um
sorriso no rosto.
- olá meu nome é Fryderyk.
- olá Fryderyk você provavelmente
está procurando o senhor Charles.
- sim.
- você pode aguardar aquí que ele
logo saíra da reunião, aceita algo para beber enquanto espera?
- não eu estou bem, obrigado.
- se precisar de qualquer coisa é
só me chamar.
Eu apenas acenei com a cabeça e
logo ela voltou ao seu posto de trabalho e eu fiquei sentado assistindo uma
televisão gigante na parede.
Depois de uns 15 minutos
esperando eu ví o elevador se abrindo e Warren saiu de dentro dele. Eu me
levantei.
- olá, está esperando a muito
tempo?
- não, uns 15 minutos mais ou
menos.
- nós vamos subir vou te
apresentar aos meus amigos e sócios.
- tudo bem – falei entrando no
elevador. A porta de fechou.
- aquí é grande! – falei.
- a empresa era pequena enquanto
estávamos no Alabama, mas de lá pra cá nós só aumentamos e com isso o lucro e
quando mudamos para Nova York nós conseguimos comprar o prédio, claro que não
teria conseguido sem meus sócios.
- é por isso que se chama
Conecção?
- sim.
- todos vocês são donos de partes
iguais?
- não, eu sou dono de 35% os
outros dois são donos de 32,5%.
- entendo.
O elevador parou no 4ª andar, mas
ninguém entrou então Warren apertou o botão para continuar subindo.
- você vai me apresentar para
esses dois sócios?
- sim – respondeu Warren quase no
exato momento em que o elevador parou.
Nós começamos a andar pelo
corredor que tinha algumas pessoas incluindo um homem de costas na recepção.
- aquele é meu irmão, um dos
sócios – falou Warren apontando para o homem. – só me faz uma coisa, não ria do
nome dele.
- porque eu iria rir do nome
dele?
Nós paramos atrás do homem.
- esse aquí é o Fry! – falou
Warren.
O homem se virou para me ver e eu
quase levei um susto.
- Fry, esse aquí é meu irmão
Howard.
Howard ficou me olhando sem
expressão no rosto e eu tentei contar o rosto do espanto do meu.
- olá – falou Howard estendendo a
mão. Eu estendi a mão e apertei o cumprimentando. – é bom finalmente te
conhecer – falou Howard tentando forçar um sorriso.
- igualmente – falei me
disfarçando melhor do que ele.
Pelo canto do olho eu ví um homem
saindo de uma porta.
- Fry, esse aquí é Phil.
Eu me virei e quase levei outro
susto, era o mesmo Phil por quem me apaixonei quando era garoto de programa.
- vocês também são irmãos? –
perguntei.
- não – falou Warren com um
sorriso – só amigos, e sócios é claro.
- olá Fry! – falou Phil
estendendo a mão.
- olá Phil tudo bem?
Eu desconfiava que Phil não se
lembrava de mim porque ele pareceu muito natural e apertou minha mão como se
realmente fosse a primeira vez que me visse.
- é bom finalmente conhecer o
famoso Fry.
Warren ficou ao meu lado e me
abraçou com o braço esquerdo, eu fiquei olhando para Howard e Phil tentando
entender o que estava acontecendo. O destino tinha me pregado uma peça cruel.
Todos saímos do prédio e saímos
em direção a um restaurante para um bom almoço. Chegamos ao restaurante e nos
sentamos. Depois que fizemos os pedidos conversamos enquanto esperávamos.
- então, aonde você morava? –
perguntou Phil.
- no Alabama, em Montgomery –
falei olhando para ver se percebia algum tipo de sarcasmo ou coisa parecida,
mas parecia realmente que Phil tinha me esquecido. Isso me entristeceu de uma
maneira que eu não esperava, afinal eu me apaixonei por Phil e fazia pouco mais
de um ano que isso aconteceu e ele já tinha me esquecido?
- eu já estive lá em Montgomery
ano passado. Warren já deve ter te contado que a empresa ficava no Alabama em
Alburn. Certo?
- sim, foi lá em Montgomery que
nós nos conhecemos.
- você trabalhava em que? –
perguntou Howard cínico como se já não soubesse.
- eu era barman em um Bar &
Restaurant. – respondi com um sorriso falso.
- você sempre quis fazer
medicina? – perguntou Howard
- sim, desde que me entendo por
gente. – Howard provavelmente curtia com minha cara porque todas essas
perguntas eu já tinha respondido através do bate-papo quando ainda não nos
conhecíamos.
- será que da tempo de fumar um
cigarro lá fora antes do almoço chegar?
- acho que sim – respondeu
Howard.
- bom, suponho que eu ficarei
sozinho? – falei enquanto Warren se levantava.
- como você sabe que todos nós
fumamos? – perguntou Warren.
- uma suposição – falei tentando
disfarçar. – um chute na verdade. Geralmente quando pessoas são amigas ou
tendem a frequentar um certo tipo de local tentem a dividir os mesmos gostos,
bebidas, filmes, músicas inclusive o gosto para cigarro.
Howard olhou pra mim com uma cara
cínica querendo rir da minha cara.
- não precisava de uma explicação
cientifica – falou Warren sorrindo enquanto todos eles se levantavam.
- tudo bem, só não demorem muito.
Eles se foram e eu fiquei sozinho
com meus pensamentos me corroendo. Seria possível tudo aquilo estar
acontecendo? Quais as chances? O destino era realmente uma droga, ou o karma...
sei lá, mas o que me intrigava era estar com aqueles três homens. Cada um deles
conhecia uma parte minha. Era como o homem perfeito dividido em três.
Eles voltaram mais rápido do que
eu esperava e o almoço não demorou muito a chegar logo nós comemos. Estávamos
de fora do restaurante e Phil, Howard e Warren se preparavam para voltar à
empresa.
- vou chamar um taxi pra você –
falou ele.
- não precisa pode voltar ao
trabalho eu chamo, e vou logo porque parece que vai chover. – eu disse isso
olhando para o céu que estava fechado e um vento frio passava pela gente.
- tudo bem. – respondeu Warren. –
te vejo em casa a noite – falou ele dando um selinho na minha boca, eu não o
soltei e dei outro beijo na boca.
- até a noite – falei. – foi bom
conhecer vocês. – falei pegando na mão dos dois.
- também – respondeu Phil com um
sorriso de lado.
- espero te ver outras vezes –
falou Howard me cumprimentando.
- também – falei soltando a mão
dele rápido.
Eu me virei e chamei um taxi e
logo cheguei em casa e me deitei no sofá. Minha cabeça estava doendo porque meu
cérebro ainda não tinha assimilado o que tinha acabado de acontecer. Eu fui o
amante de Howard e quase acabei com o casamento dele e que ainda por cima era
irmão do meu atual namorado, Phil foi o primeiro homem porque quem me apaixonei
quando pera garoto de programa, mas em compensação o Sr. memória curta não se
lembrava de mim, afinal e com certeza ele não tinha sentido o mesmo que eu
senti por ele.
- logo agora que minha vida
parecia fazer sentido e eu tinha se esquecido da surra que levei acontece algo
como isso. – falei comigo mesmo – será que Howard sabia desde o começo que eu
estava namorando Warren? Afinal, Warren parece ter falado muito de mim para os
dois.
- que droga! – falei alto. Levantando-me
do sofá.
Mas acho que Howard não iria
contar o meu passado. Já que Phil não se lembrava do meu rosto ele também não
seria um problema.
Por volta dás 15:00 alguém chamou
na porta e quando abri eu ví logo que era Marley.
- olá Fry – falou ela me abraçando
e dando um beijo no meu rosto – já sabe quando vai voltar para a faculdade?
- amanhã – respondi.
- que bom muita coisa aconteceu
desde que você não foi mais, houve algumas matérias que você vai ter que correr
atrás, temos novos professores.
- novos professores?
- sim.
- eu odeio quando trocam de
professores, a dinâmica é sempre diferente.
- não se preocupe os professores
que entraram, vieram para ficar pelo que disseram não irão mais trocar.
- assim espero.
- já se sente melhor?
- sim, obrigado por perguntar.
- quem não se sente bem com um
homem como Warren cuidando de você.
- eu não vejo a hora de voltar
para meu flat, eu sou agradecido por tudo, mas me sinto um sanguessuga aquí na
casa dele.
- eu entendo.
- então eu te vejo amanhã na
faculdade então.
- eu fico no aguardo – falou
Marley saindo pela porta quando eu a tranquei.
A noite Warren chegou por volta
dás 19:00 e trouxe consigo o jantar. Nós nos sentamos á mesa e comemos.
- o que você achou de Phil e
Howard? – perguntou Warren.
- são legais – falei colocando um
copo de cerveja na boca esperando que ele não perguntasse mais sobre esses
dois.
- fico feliz que tenha gostado
deles, significa muito pra mim afinal Howard é meu irmão caçula e Phil é meu
amigo desde a faculdade.
Eu engoli a comida e tomei outro
gole da cerveja.
- eu sei que não é da minha
conta, mas posso fazer uma pergunta sobre eles?
- claro, acho que até já sei o
que você vai perguntar.
- imagino que saiba – engoli
outro gole bem grande da cerveja para parecer natural na pergunta que eu fosse
fazer, afinal eu já sabia as respostas. – Phil e Howard são gays?
- meu irmão sim, ele inclusive é
casado com um cara chamado Nick. Phil não, ele é hétero, ele tem uma namorada
de muitos anos, acho que uns quatro anos. – Warren engoliu um gole da cerveja.
– sabe às vezes eu penso, quais as chances de dois irmãos que não são gêmeos
serem gays?
- vocês são o primeiro que eu
vejo – falei terminando o prato e pensando no meu irmão, que afinal não era gay
e sim bissexual.
Depois do jantar nós dois subimos
para o quarto e Warren disse que iria tomar um banho. Eu deitei na cama e
fiquei esperando ele sair do chuveiro. Estava chegando a hora de que nós dois
aguardamos.
Fazia tempo que não fazíamos sexo
e sem querer ouvindo a água no chuveiro fiquei imaginando ele molhado se
ensaboando e a água caindo em seu corpo.
- que diabos – falei me
levantando da cama e arrancando minha roupa e entrei no banheiro apenas de
cueca.
- o que foi? – falou Warren
dentro do box.
- não aguento mais. É uma tortura
– falei abrindo o box, Warren estava cheio de sabão no corpo. Antes de entrar
tirei a cueca e joguei no chão do banheiro.
- também não aguento mais – falou
ele me abraçando forte e me dando um beijo de língua na boca. eu passava a mão
pelo corpo dele.
- gostoso – falei pegando o pau
dele que já estava duro apenas de ter minha presença. – seu safado já está de
pau duro? – falei massageando seu pau enquanto beijava seu pescoço.
- Fry não faz isso estou com
tanto tesão que vou gozar na sua mão – falou Warren gemendo e mordendo meu
pescoço, dando tapas bem forte na minha bunda.
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