Capítulo 30: Entre Dois Soldados | Parte III | Conto: Deus Americano

capítulo trinta

ENTRE DOIS SOLDADOS | PARTE III

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E

stava puto com Ralf. Era bom ele ter uma boa explicação para justificar o sumiço. Como ele tem coragem de simplesmente sair de carro e não me avisar? Ele não atendeu o celular o que significa que estava fazendo algo errado. Não sei bem o que pensar só que enquanto todo mundo estava namorando e aproveitando aquele começo de noite eu estava sozinho olhando para o nada tentando convencer todo mundo de que tudo estava bem. Está certo que eu estava um pouco distraído, mas eu recebi as filmagens de Jeremy e a mãe de Ralf confessou que foi ela quem me deu o veneno. Tudo para que Ralf e eu ficássemos juntos. Eu tinha o direito de estar um pouco distraído. Ver Kevin e Bryan fazendo sexo não me ajudou a clarear a mente.

Desci as escadas e caminhei até a porta de entrada. Ao abrir eu vi que realmente era Ralf. Era o carro dele. Os faróis estavam ligados no alto e eu tive que apertar os olhos e tampá-los com a mão. Ao me ver fazer isso Ralf desligou o farol. Minha visão ficou embasada por um tempo. O suficiente para ver dois Ralfs. Tentei limpar os olhos e vi que realmente havia dois Ralfs. Eram dois homens. Ralf saiu do carro e do outro lado saiu um homem tão alto quanto Ralf. Até se pareciam um pouco. Ele usava barba e tinha olhos azuis. Pude ver logo algumas diferenças. O homem era um pouco mais alto que Ralf e tinha um penteado diferente. Ao se aproximar eu vi que Ralf e o homem estavam fumando. Antes de chegar até mim os dois apagaram o cigarro no chão pisando em cima. O homem tinha uma mochila nas costas.

- onde você estava? – falei vendo Ralf se aproximar cada vez mais.

- me desculpa não ter te avisado – falou Ralf parando logo a minha frente.

- não desculpo não. Você saiu sem me avisar e ainda não atendeu o celular.

- em minha defesa eu digo que esqueci o celular – falou Ralf.

- onde?

- acho que em cima do sofá – falou ele entrando e indo até o sofá. O celular de Ralf estava lá.

- OK. Você se salvou dessa – falei olhando para o homem parado logo atrás de mim.

- olá. – falou o homem.

- oi – falei olhando-o de cima em baixo. Ele usava roupas parecidas com a de Ralf quando voltou da guerra, mas não era um uniforme militar. Uma camiseta azul e uma calça na cor parda cheia de bolsos.

- na verdade eu sou o culpado de Ralf ter desaparecido.

- quem é você?

- eu sou Derek Hawke – falou ele apertando minha mão – sou amigo de Ralf – falou ele com um sorriso do rosto. Ele tentava ser simpático. Derek era alto e forte. Tinha braços grandes e doeu quando ele apertou minha mão.

- o que aconteceu? Ele foi te buscar?

- sim – falou Ralf – Derek e eu estávamos na guerra juntos só que eu vim embora primeiro.

- então você está voltando hoje?

- sim – falou Derek – na verdade meu voo atrasou algumas horas e é por isso que não chegamos antes.

- nossa me desculpe eu não sabia que Ralf tinha ido buscar um amigo militar – falei apertando a mão de Derek outra vez – muito obrigado por seus serviços.

- por nada – falou Derek com um sorriso.

Derek olhou em volta e eu percebi que ele estava deslumbrado pela casa. Ele colocou a mochila em cima do sofá e olhou para Ralf.

- Derek e eu éramos grandes amigos – falou Ralf – nós passamos por muitas coisas juntos e a cada dia nossa amizade se fortalecia. Nós éramos como irmãos.

- nós ainda somos – falou Derek.

- puxa eu fico feliz de saber que você voltou bem – falei para Derek – acho que você deve estar louco por uma cerveja e por um descanso.

- estou sim – falou ele me seguindo ao lado de Ralf. Vi que Derek tinha uma tatuagem no braço. Parecia ser a cabeça de um bode toda gravada em preto. Era uma silhueta na verdade.

Fui até a geladeira e peguei duas cervejas e entreguei uma para Ralf e outra para Derek. Os dois abriram suas cervejas e tomaram dois goles longos. Percebi que ambos estavam matando a sede. Ralf não devia ter ido dirigir já que ele bebeu o dia todo. Eu ainda vou puxar a orelha dele por causa disso. Sai da cozinha indo até a piscina.

- olha só quem voltou – falou Luke quando viu Ralf. Em seguida ele viu Derek.

- voltei – falou Ralf.

- boa noite – falou Derek.

- gente esse daqui é Derek. Ele é um amigo soldado. Ele acabou de voltar do Iraque. Nós servimos juntos.

- muito prazer – falou Luke apertando a mão dele. Em seguida Lea fez a mesma coisa.

- eu estou muito cansado – falou Derek se sentando em uma das cadeiras de praia.

- eu imagino – falou Luke.

- eu detesto viajar de avião. Nunca se tem espaço o suficiente para colocar as pernas.

- e então? Max tomou banho de piscina? – perguntou Ralf tomando outro gole de sua cerveja.

- que nada. Ele ficou o dia todo andando de um lado para o outro tomando refrigerante e comendo tira gosto.

- porque você não caiu na piscina? – perguntou Derek – uma piscina maravilhosa dessa de frente para o mar? Eu não pensaria duas vezes.

- na verdade eu não sei nadar.

- sério? – perguntou Derek – não me espanta. Ralf nunca foi bom nadador.

- isso não é verdade – falou Ralf.

- quem é que bateu o recorde de percurso? – perguntou Derek.

- você – falou Ralf.

- exato.

- o que é isso? – perguntou Luke.

- durante o nosso treinamento nós tínhamos que atravessar um lago de ponta a ponta e no nosso pelotão Derek foi o mais rápido – falou Ralf.

- não me espanta que Max não saiba nadar – falou Derek curtindo com a cara de Ralf – eu posso ensinar você se quiser.

- não. Obrigado. Eu dispenso.

- eu quero ir para dentro – falou Lea.

- OK – falou Luke.

Todos entenderam a indireta. Eles queriam privacidade. Luke se levantou e ajudou Lea a se levantar.

- pessoal nós vamos lá pra cima. Fiquem a vontade – falou Luke.

Derek agradeceu a hospitalidade e ele se deitou na cadeira de praia. Luke abaixou um pouco o a música antes de subir as escadas com Lea.

- senti saudades – falei abraçando Ralf que ainda estava de pé.

- desculpa – falou Ralf beijando minha boca. Ele deu um selinho e eu o abracei mantendo sua boca junto a minha. A sua língua umedecendo a minha boca enquanto minhas mãos apreciavam seu rosto e nossos corpos estavam juntinhos.

- eu posso ir para meu quarto? – perguntou Derek se levantando.

- não – falou Ralf – você vai ensinar Max a nadar.

- eu não quero Ralf – falei soltando-o.

- anda logo vai lá vestir sua sunga – falou Ralf.

- eu já disse que não quero.

- você não vai conseguir professor melhor. A hora é essa. Não tem ninguém aqui. Se você errar não vai ter ninguém para curtir com sua cara – falou Ralf. Eu hesitei, mas desisti.

- OK seu chato – falei deixando a piscina e indo até o nosso quarto. Abri a mochila e tirei minha roupa e vesti a sunga. Em seguida vesti a roupa por cima. Voltei até a piscina e levei um susto. Derek estava só de cueca. Não era sunga. Era de cueca. Uma cueca boxer branca. Eu vi o corpo de Derek e desviei olhar para Ralf que me viu olhar para o amigo. Derek deu um mergulho na piscina e eu me aproximei de Ralf.

- vestiu a sunga?

- sim. Vesti.

- que bom – falou Ralf aproximando o rosto e dando um selinho na minha boca – o Dr. Bryan está ai? Você ligou pra ele?

- sim. Eu o convidei e aproveitei e convidei Kevin.

- seu ex?

- sim. E saiba que você não pode reclamar. Foi o senhor que desapareceu por mais de quatro horas.

- onde eles estão?

- estão lá em cima no quarto.

- o que eles estão fazendo lá?

- adivinha…

- OK – falou Ralf – isso me deixa mais tranquilo. A ideia do seu ex aqui não é tão boa, mas já que ele está com Bryan eu fico mais tranquilo.

- nós precisamos falar sobre aquele assunto.

- qual?

- aquele que nós conversamos antes de vir para cá.

- esquece isso. Nunca aconteceu.

- OK – falei mais animado. Eu realmente não queria falar sobre aquilo.

- e então? – perguntou Derek dentro da piscina – você vai entrar ou não.

- vou sim, mas eu tenho medo.

- relaxa – falou Derek se aproximando da beirada – pode vir. Eu vou cuidar de você.

- eu vou confiar em você.

Aproximei-me da piscina e me sentei na beirada. Coloquei as pernas dentro da água e respirei fundo. Eu estava com muito medo. Não queria morrer afogado. Era o meu maior pesadelo.

- pode vir. Na vou deixar nada acontecer com você. Pode confiar – falou Derek estendendo os braços.

- OK – falei segurando a respiração usando as mãos para cair na piscina. Eu afundei e me desesperei. Foi quando senti os braços de Derek me trazendo a superfície. Em seguida em apoiei as mãos em seus ombros. Nós estávamos bem pertos um do outro.

- você está bem? – perguntou Derek. Eu senti sua respiração em meu nariz. Ele me segurava na cintura. Foi quando eu olhei para trás e vi que Ralf não estava mais lá.

- onde está Ralf?

- não sei. Acho que ele foi pegar outra cerveja ou foi tomar banho.

- OK – falei olhando para Derek – acho que quero sair.

Eu Senti Derek tocando as minhas cicatrizes e ele não me soltou.

- você não quer aprender a nadar?

- nadar leva tempo. Não é de uma hora pra outra.

- sim. Eu sei – falou Derek – mas o primeiro passo é perder o medo da água.

- OK.

Derek então me levou até a beirada da piscina e me virou de costas eu me segurei na beirada e então senti Derek encostar seu corpo junto ao meu. Tentei não me importar ao sentir o corpo dele bem juntinho afinal ele estava tentando me ensinar a nadar e provavelmente não tinha segundas intenções.

- o que eu faço?

- se segure na beirada da piscina e fique aqui boiando.

- só isso?

- sim. Você precisa perder o medo de água – falou Derek se afastando um pouco tocando minha cintura. Ele percebeu que eu fiquei incomodado com aquilo.

- pode soltar. Eu consigo sozinho.

- você não gosta que eu toque você?

- não é nada pessoal. Eu não gosto que toquem minha cintura. Não é só você.

- mas eu preciso te segurar – falou Derek ainda com as mãos na minha cintura.

- então acho que não é a hora decerta de aprender a nadar.

- Ralf me contou o que aconteceu com você. Você passou por muita coisa.

- então porque você não tira a mão?

- por quê? Isso faz parte de você. Eu também tenho cicatrizes que adquiri durante a guerra. As de Ralf também são. As cicatrizes são lembranças das batalhas que lutamos e vencemos. É uma lembrança da vitória.

- eu não quero lembranças. Essas cicatrizes me lembram de uma parte horrível da minha vida.

- você não pode pensar assim.

- não importa. Essas cicatrizes vão ficar ai por pouco tempo. Eu vou encontrar um cirurgião plástico que as remova.

- o que você sente não vai desaparecer – falou Derek me puxando. Ele me fez soltar a beirada e ele me levou até o meio da piscina.

- você não sabe o que eu sinto.

- sim. Eu sei – falou Derek me abraçado por trás. Ele pode dizer o quanto quiser que está me ensinado a nadar, mas agora eu sentia corpo dele junto ao meu da mesma forma que Ralf fazia.

- porque se importe? Não é da sua conta.

- você precisa aceitar a luta que você viveu. Você venceu. Não tenha vergonha – falou Derek dando um beijo no meu pescoço. Aquilo foi inapropriado, mas eu não disse nada. Ele deslizou as mãos pela minha cintura e me abraçou. Ele não estava apenas me segurando. Ele estava tomando conta de mim.

- porque eu preciso aceitar se eu posso mudar?

- Não importa o quanto você altere sua aparência física. Isso não vai corrigir o seu eu interior – Derek disse isso dando uma mordidinha de leve na minha orelha.

- você está passando dos limites – falei para Derek.

- então esse é o seu limite?

- o que quer dizer?

- o melhor amigo do seu namorado te agarra por trás e te dá um beijo no pescoço, mas você não diz nada, mas eu dou uma mordidinha de leve no seu pescoço e você chegou ao seu limite?

- você está distorcendo os fatos – falei sentindo Derek ainda me abraçar forte junto dele – você está me ensinando a nadar. Por isso não me importei.

Derek não se incomodou com o que eu disse e deu um beijo no meu pescoço e esfregou sua barba de leve ao passar a língua sentindo meu gosto. Era inapropriado, mas eu não o impedi.

- quando Ralf disse que estava casado eu não imaginei que era com alguém tão gostosinho – falou Derek lambendo minha orelha e dando mordidinhas no meu pescoço.

- onde está Ralf? – falei alto fechando os olhos respirando fundo. Eu estava ofegante e meu coração começava a bater rápido – me leva até a beirada. Quero sair – falei ainda ofegante. Continuava sentindo um fogo crescer em mim.

- você precisa aceitar suas cicatrizes – falou Derek me levando de volta até a beirada – aceite sua dor e você não precisará de cirurgia.

Ao chegar à beirada da piscina eu me virei e Derek se aproximou bem perto de mim. O olhar dele era enigmático. Não sei quando foi que uma aula de natação se tornou naquilo, mas eu sentia o corpo de Derek bem junto ao meu.

- você é gostoso demais – falei abraçado Derek beijando seu pescoço. Deslizei minha boca até o rosto de Derek e beijei sua bochecha e em seguida dei um selinho na boca dele.

- eu sou o melhor amigo do seu marido. Como você tem coragem de me dizer isso? – falou Derek colocando a língua para fora e eu a lambi.

- eu amo Ralf – falei acariciando o rosto de Derek enquanto lambia e chupava sua língua – e você é tão gostoso quanto Ralf. Porque eu faria isso? Eu tenho amor e tenho um marido gostoso. Ele me satisfaz em todas as maneiras.

- porque para algumas pessoas um só não é o suficiente – falou Derek mordendo meu pescoço de leve. Sua barba me fez cócegas.

Ao ouvir Derek dizer aquelas palavras eu voltei a mim. O que eu estava fazendo? Estava traindo Ralf com o melhor amigo! Como eu podia fazer uma coisa dessas depois de dizer eu te amo tantas vezes?

- me ajuda a sair – falei empurrando Derek de leve.

- tem certeza?

- sim. Me ajuda a sair agora – falei me apoiando nos ombros de Derek que me empurrou para cima até que me sentei na beirada da piscina. Peguei a minha roupa e deixei Derek para trás. Entrei dentro de casa, subi as escadas e fui para o quarto. Ralf estava no banho. Peguei minha toalha e me sequei. Eu tentei me conter para que o meu pau que estava duro ficasse mole novamente. Eu não podia fazer aquilo. Eu não queria. Não queria trair.

Depois que eu me sequei eu vesti uma cueca e me deitei na cama e joguei o cobertor por cima do meu corpo. Não acredito que aquilo tinha acontecido. Estava envergonhado. Sentia que tinha traído a confiança de Ralf. Eu não queria mentir para Ralf, mas eu também não queria perde-lo. O que eu faria? Seria sincero ou aprenderia a conviver com aquilo em minha consciência?

Ralf ainda estava no banho, mas eu me levantei para apagar a luz. Apaguei a luz do quarto e acendi a luz do abajur. Eu fechei os olhos querendo que aquilo não tivesse acontecido e meio que deu certo porque eu acabei dormindo. Não vi nem Ralf sair banheiro. Eu apenas cai no sono profundo.

Estava perturbado pelo o que tinha acontecido então era meio obvio que eu não dormiria uma noite completa. Estava dormindo profundamente e então do nada eu abri os olhos. Por alguns instantes não me lembrei de nada. Foi assim até que olhei para o lado e vi que não estava na minha cama em meu apartamento e sim na casa de Luke. De repente me lembrei de tudo o que tinha acontecido.

O relógio digital estava marcando duas e quarenta da madrugada em cor vermelha. Olhei para trás e vi que Ralf estava deitado ao meu lado. Também dormindo. Ele estava só de cueca. Pude sentir por debaixo do cobetor. Espreguicei-me um pouco e percebi que estava com muita vontade de urinar. Levantei-me da cama e fui até o banheiro e tirei uma água do joelho. Enquanto estava mijando ouvi um barulho. O barulho se repetiu e eu percebi que era alguém batendo na porta do quarto. Sacudi meu membro e guardei na cueca. Fui até a porta do quarto e quando eu a abri eu vi o meu pesadelo parado ali em minha frente. Envolto em um corpo gostoso. Era Derek.

- olá – falou Derek quando eu abri a porta do quarto. Derek estava de roupa. Era como se ele não tivesse se deitado. Será que ele estava bebendo ou nadando até uma hora dessas? Foi quando eu percebi que a música tocava alta. Ouvi risadas e percebi que Ralf e eu éramos os únicos dormindo. Lea, Luke, Ursie, Laila, Kevin, Bryan e Amanda estavam lá fora comendo, bebendo e se divertindo na piscina. Eles não tinham intenção de ir dormir tão cedo.

- o que está fazendo aqui?

- você está sem sono? – perguntou Derek.

- porque está me perguntando isso?

- porque eu não consigo parar de pensar no que aconteceu na piscina então imagino que você esteja sem sono porque também não consegue parar de pensar.

- não tem nada a ver com isso.

- mentira – falou Derek.

- olha Derek eu sei que você esteve na guerra, mas nós não vamos fazer nada. O erro foi meu. Sou eu que sou comprometido.

- os outros quartos estão vazios. Nós podemos ir pra um deles. Ralf não vai acordar. Ele dorme feito pedra.

- eu não vou fazer isso.

- foi você que disse que eu sou gostoso – falou Derek.

- sim, mas Ralf também é. E eu amo ele. Não há nada que nós vamos fazer que eu não possa fazer com Ralf.

- ótimo – falou Derek – faça com nós dois.

Derek me empurrou para dentro do quando e entrou fechando a porta. O quarto estava meio iluminado por que Ralf não fechou as cortinas da parede de vidro quando se deitou. A lua lá fora refletia no mar e iluminava o quarto. Derek segurou em minha cintura e grudou seu corpo junto ao meu. Não estava esperando por aquilo. Sua boca tinha gosto de cigarro e bebida. O mesmo gosto que sempre tinha a boca de Ralf. Foi inevitável. Não consegui me conter. Mesmo com Ralf deitado logo ali na cama eu abracei Derek e nos beijamos para valer. Era um beijo calmo e apaixonado. Enquanto nos beijávamos meu pau foi ficando duro e Derek me empurrava de leve para perto da cama. Eu não sabia por que ele estava fazendo aquilo. Nós estávamos quase caindo na cama.

- vamos para o outro quarto – falei para Derek.

- não. Vamos fazer aqui – falou Derek mordendo meu lábio inferior e puxando.

- não. Ralf está aqui. No outro quarto teremos mais privacidade. Quero chupar seu pau – falei dando um beijo no rosto de Derek – o que eu fiz pra merecer dois soldados tão gostosos? – falei dando um selinho na boca de Derek que mordeu minha bochecha assim como Ralf gostava de fazer. As mãos fortes de Derek seguravam minha cintura me mantendo perto dele.

Derek continuou me empurrando enquanto nos beijávamos. Ele me empurrou até que chegamos à cama. Derek então me empurrou e eu cai deitado no meio da cama. Eu me assustei. Ralf estava deitado de costas. Derek tirou os sapatos surrados que trouxe da guerra e veio por cima de mim eu o abracei sentindo seu corpo gostoso junto ao meu. Olhei para o lado e vi Ralf deitado de costas. Me senti mal. Como eu poderia estar fazendo uma coisa dessas?

- você é gostoso – falei sentindo novamente a boca dele junto da minha. Ele enfiava a sua língua na minha garganta enquanto esfregava seu pau duro guardado na roupa no meu. Derek não parecia incomodado. Eu traia meu marido e ele traia o amigo. Estávamos os dois em apuros se Ralf acordasse. Derek beijou meu rosto e começou a beijar meu pescoço.

- o que é isso? – perguntou Ralf se virando e olhando para nós dois.

- Ralf… Derek… – falei gemendo e olhando para Ralf tentando empurrar Derek. Ralf ficou encarando nós dois e eu pensei que ele fosse surtar.

- porque demorou tanto? – perguntou Ralf para Derek.

- ele não queria – falou Derek olhando para Ralf.

- o que é isso? – perguntei confuso.

- sua fantasia! – falou Ralf.

Foi então que eu finalmente entendi. Ralf aproveitou que o amigo voltou da guerra para insistir naquele assunto de sexo a três. Eu não queria. Eu achei que não queria, mas eu não consegui resistir a Derek.

- você armou tudo? – falei olhando para Ralf.

- sim. Porque eu sei que você gosta e eu gosto – falou Ralf acariciando meu rosto.

- até a parte da piscina?

- claro – falou Ralf.

- eu não quero fazer isso.

- então porque meu melhor amigo está em cima de você?

- eu não quero te chatear Ralf.

- esse é o seu problema. Pare de supor. Você nem quis conversar comigo e supôs que eu não gostaria. Fui eu quem armou tudo. Isso vai acontecer. Derek me ligou seis dias atrás e disse que estaria voltando para casa hoje. Foi quando eu soube que isso iria acontecer. Era a oportunidade perfeita.

Nesse momento Ralf deu um tapa na minha cara e acariciou com o dedão.

- respeita meu amigo – falou Ralf autoritário.

- sim senhor – falei olhando para Ralf.

- não acredito que você ia levar Derek para outro quarto pra chupar o pau dele.

- me desculpa.

- não se desculpe. Se quer chupar o pau dele faça isso na minha frente – falou Ralf com um meio sorriso dando um selinho na minha boca

Derek começou a lamber meu pescoço enquanto eu beijava a boca de Ralf. Depois de um tempo ele parou de me beijar e apenas ficou observando o que Derek e eu fazíamos.

- você praticamente implorou para que eu te comesse na piscina – falou Derek – vou te ensinar a respeitar seu marido – falou Derek se ajoelhando na cama e abrindo a braguilha na calça que ele usava. Ele enfiou a mão dentro da calça e tirou seu pau para fora. Era tão bonito quanto eu imaginava. Tinha o mesmo tamanho do pau do Ralf, mas era mais grosso e tinha uma cabeça maior.

Derek abriu minhas pernas e inclinou o corpo deitando em cima do meu. Papai afastou a minha cueca para o lado e colocou o pau na entrada do meu cuzinho forçando o pau para dentro.

- que delicia – falei abraçado Derek forte sentindo seu pau entrar dentro mim.

- é o que você queria – falou Derek começando a bombear antes mesmo de enfiar o pau todo no meu cu. Meu cuzinho engolia vagarosamente o pau de Derek cada vez mais.

- que delicia – falei de olhos fechados abraçando o corpo do Derek sentindo o pau dele rasgar meu cuzinho. Ardia um pouco e era delicioso. Ele deu um selinho na minha boca e manteve a boca grudada na minha enquanto movia freneticamente sua cintura metendo pau em mim sem dó.

Enquanto Derek comia meu cuzinho eu deslizei minha mão pelo lençol até que encontrei o que procurava. O meio das pernas de Ralf. Ralf tirou o pau pelo lado da cueca e eu segurei com a mão esquerda e comecei a masturba-lo. Comecei a mover as mãos para cima e para baixo sentindo o pau quente dele em minha mão. Olhei para Ralf e vi que ele olhava para baixo me vendo masturba-lo. Seu pau também estava melado.

- isso – falou Ralf gemendo. O pau dele ficava cada vez mais duro em minha mão. Como se fosse possível.

- você é gostoso demais – falou Derek mantendo o pau dentro de mim e ficando de joelhos na cama. Ele me viu ordenhando Ralf começou a me comer em frango assado.

- que delicia – falei gemendo de olhos fechados enquanto Derek me comia. Ralf não aguentou mais e se levantou e ficou de joelhos na cama com o seu membro duro no rumo do meu rosto. Eu via seu pau por baixo e não pude evitar de sentir o cheiro forte da sua pica.

- toma meu pau – falou Ralf abaixando o pau esfregando o pau na minha língua – mama.

Eu adorava esse Ralf. O Ralf que não tinha medo de ser malvado e gostoso ao mesmo tempo. Comecei a chupar Ralf e em seguida passei a língua tentando colocar todo o seu pau melado na minha boca. Era impossível, mas era a tentativa que fazia tudo valer a pena.

- cuzinho gostoso – falou Derek rebolando gostoso enquanto me dedicava ao pau do meu marido.

- como eu senti falta disso – falou Derek com um meio sorriso e começou a foder bem forte. Tirei o pau de Ralf da boca e comecei a socar uma punheta bem gostosa.

- rabo gostoso – falou Derek tirando o pau de mim se levantando. Ele tirou toda a roupa e ficou completamente pelado em seguida ele se ajoelhou na cama ofegante.

Dessa vez foi a vez de Ralf. Eu me virei de lado e Ralf levantou minha perna e meteu o pau em mim. Seu membro entrou sem dificuldade. Depois que o pau de Derek abriu caminho não foi difícil. Derek se ajoelhou na minha frente e eu coloquei seu pau na minha boca. Era um pau saboroso e gostoso.

- engole tudinho – falou Ralf segurando minha cabeça enquanto metia pau em mim – engole o pau dele todo.

- sim senhor – falei tentando engolir o máximo que conseguia. Derek acariciava meus cabelos. Ralf estava se deliciando em meu cu e ele movia a cintura pra frente e para trás enquanto Derek comia minha boca.

Depois de um tempo me comendo Ralf tirou o pau e se levantou. Eu me virei pro outro lado e Derek fez o mesmo. Deitou-se atrás de mim e meteu o pau. Ralf se ajoelhou na cama meteu o pau na minha boca e moveu seu corpo para frente e para trás. Derek fodia meu rabo e Ralf fodia minha boca.

- caralho vocês são muito gostosos – falei masturbando Ralf e chupando a cabeça do pau dele enquanto Derek me comia.

Eu segurava o pau de Ralf bem forte e passava a língua por todo o seu pau. Levantei o pau de Ralf e chupei o saco dele. Passei a língua entre suas bolas com cuidado para não machuca-lo e em seguida eu voltei a mamá-lo.

Enquanto isso Derek fodia meu cu. Ele me abraçou bem gostoso e começou a rebolar bem devagar com todo o seu pau enfiado dentro de mim. Ele me fazia cócegas esfregando sua barba na minha nuca. Ele sabia que eu gostava. Derek começou a tirar o pau do meu rabo até a ponta e em seguida ele metia sem dó até os pentelhos de sua barriga tocarem minhas costas. Ele dava estocadas e eu gemia como um putinho.

- vou gozar – falou Ralf começando a se masturbar. Ele olhava para o pau enquanto batia punheta com a mão esquerda e acariciava meus cabelos com a direita. Ele fechou os olhos e aproximou o pau bem perto da minha boca. Vi ele contrair os músculos da barriga e senti o primeiro jato de porra na minha boca. Em seguida outro e depois outro. Ele gozou na minha boca e me fez engolir.

Ralf apertou bem forte o pau e eu vi mais duas longas gotas saírem do seu pau. Eu segurei seu membro e passei a língua deixando bem limpinho.

Depois de chupar Ralf ele se deitou na cama em um meia nove e enquanto eu chupava seu pau que estava flácido Ralf começou a me chupar. Meu pau estava duro e eu não aguentaria por muito tempo. Derek me abraçava gotoso por trás e sentir a boca de Ralf me chupando só me fazia querer gozar mais rápido. O tesão era muito.

- vou gozar – falou Derek com a cabeça do pau enfiada na portinha do meu cu. Ele começou a bater punheta e não demorou para que ele esporrasse sua gala na entrada do meu cuzinho. Ele começou a gozar e enfiou o pau bem fundo gozando o resto bem fundo em mim. Quase que no mesmo instante eu senti o orgasmo chegar. Contraí meu cuzinho enquanto gozava na boca de Ralf que pela primeira vez na vida sentiu o gosto do meu néctar. Ele engoliu cada gota.

Meu corpo estava cansado e eu apenas fechei os olhos respirando ofegante. Ralf se deitou na posição correta na cama e respirou ofegante. Ele se aproximou e me puxou para um beijo.

- te amo – falei levando minha mão até Ralf e acariciando o peito dele enquanto nos beijávamos.

- você é muito gostoso – falei sentindo Derek tirar seu membro de dentro de mim.

- também te amo – falou Ralf com um meio sorriso.

Fui até o peito de Ralf e de olhos fechados passei a língua em seu mamilo que estava duro. Seu corpo estava suado. Ralf fechou os olhos e me sentiu minhas mordidas de leve em seu peito forte e másculo. Sem tique logo ele dormiria.

Enquanto acariciava o peitoral de Ralf com minhas mãos e minha língua eu pensei que Derek fosse vestir sua roupa e sair do quarto, mas ao invés de fazer isso ele acariciou minha cintura e me puxou de leve tentando me fazer virar. Eu me virei e Derek aproximou o rosto do meu e deu um selinho na minha boca. Eu correspondi. Ralf estava suado e ofegante e minha perna repousou sob o seu pênis flácido e melado.

- não é assim que sexo a três funciona – falei acariciando o peito de Derek.

- o que quer dizer?

- você precisa ir embora. Ralf é meu marido e eu quero passar a noite só com ele.

- OK – falou Derek se levantando e vestindo sua cueca.

- não faz isso – falou Ralf cochichando.

- o que? – perguntei confuso.

- Derek viveu o mesmo que eu. Nós estivemos na mesma guerra. Se eu voltei com a cabeça toda fodida pelas coisas que passei eu tenho certeza de que Derek também está todo fodido.

- o que você quer que eu faça?

- cuide dele da mesma forma que cuidou de mim.

- OK – falei me virando – vem aqui Derek.

Derek já estava vestindo a calça quando eu disse aquilo.

 - eu já estou indo – falou ele abotoando a calça.

- não. Volte aqui. Eu estou com frio e acho que vou precisar de calor humano pra me esquentar.

Derek me encarou por alguns segundos e então tirou a calça e veio até a cama. Ele se deitou e eu dei um beijo no peito dele. Deslizei minha mão pela sua barriga e enfiei dentro de sua cueca tocando seu pau flácido. Aproveitei para tirar a cueca e Derek e jogá-la no chão. Antes de voltar á posição eu passei a língua na virilha de Derek e contornei chupando uma das suas bolas. Fiz carinho no enorme saco dele com minha língua. Antes de me deitar novamente dei uma chupada na cabeça do seu pau que estava mole.

Ao voltar á posição original eu dei um beijo entre os peitos de Ralf e passei a língua em seus mamilos.

- não precisa fazer isso.

- desculpa pela forma que falei com você – falei indo até a boca de Derek dando um selinho.

- a culpa é minha. Você é casado com Ralf. Não comigo.

- nessa cama tem lugar para os dois – falei deitando minha cabeça no ombro de Derek. Eu repousei minha mão em seu peito e fechei os olhos. Derek acariciou minha mão e percebi que ele gostou daquilo. Ralf então puxou o cobertor e cobriu os nossos corpos. Como se já não estivesse gostos o suficiente estar nos braços de Derek foi melhor ainda sentir Ralf se aconchegar atrás de mim e me abraçar por trás. Eu tinha um soldado na frente e outro atrás. Estava tão gostoso e quentinho.

Não queria admitir, mas ter dois homens na cama comigo foi bom demais. Não só o sexo. Me senti seguro e amado ao ter aqueles dois na cama comigo. Ralf estava certo. Estava na hora de parar de fingir que eu não gostava daquilo. Eu amava. Meu corpo estava cansado e agora ele se sentia sossegado depois de um dia tão cansativo e estressante. Senti Ralf dar um beijo na minha nuca eu apertei de leve o peito de Derek que colocou sua mão junto á minha e entrelaçou seus dedos. Estava morto de sono e foi entre dois soldados que eu adormeci.

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Enfim nós chegamos a reta final do conto.  Espero que tenham gostado de 'Sete Formas de Medo' que deve acabar em alguns capítulos a partir daqui. Um abraço a todos :)