Capítulo 18: Popular | Conto: Paixão Secreta | Temporada: 6ª

POPULAR capítulo dezoito

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Q

uanto mais se aproximava do fim do expediente mais ansioso eu ficava. A festa começaria ás vinte e duas horas e Craig e eu tínhamos o voo marcado para as sete e meia da noite. A única coisa que me fazia tirar a festa da cabeça era meu pai. A visita dele me pareceu um pouco estranha no final das contas. Ele tinha aparecido, chorado um pouco e ido embora sem nem olhar para trás. Talvez meu velho esteja passando por algo mais profundo do que ele demonstrou. Acho que ele não quis me dizer, mas talvez esteja com depressão. Que é uma doença séria. Era pouco mais depois das quatro da tarde e decidi ligar para Vanessa. Talvez ela me esclarecesse porque meu pai veio até aqui para pedir perdão por algo que eu já havia perdoado.

- Ally – falei dando a volta no balcão – eu vou fazer uma ligação. Será que você poderia segurar as minhas ligações por um momento?

- claro Mike – falou ela com um sorriso.

- obrigado.

- Mike, espera – falou ela dando a volta no balcão – eu queria me desculpar com você pelas coisas horríveis que falei sobre você.

- coisas horríveis? Eu não em lembro de você ter dito nada.

- não para você, mas para algumas colegas da Kappa Kappa Kappa.

- o que você falou sobre mim?

- quando eu não passei no teste e você tirou noventa e seis eu imaginei que isso tinha a ver com o fato de você estar namorando o Sr. Rufus já que você mesmo disse que não estudou. Eu sei, eu fui mesquinha.

- Não tem problema Ally. Se fosse ao contrário eu provavelmente pensaria a mesma coisa de você.

- Então você me desculpa?

- Sim. Completamente.

- ótimo – falou ela voltando ao seu lugar – pode fazer sua ligação com calma, eu seguro as suas ligações.

- muito obrigado Ally!

Apertei o botão do elevador para ir ao estacionamento e assim que entrei e a porta começou a se fechar alguém correu e gritou pedindo que eu esperasse. Segurei a porta e era Adam.

- boa tarde! – falou ele entrando e apertando o botão do térreo.

- bom dia.

Adam viu que eu tinha apertado o botão para ir até o estacionamento no sub solo e então ele olhou pra mim. Percebi que ele queria dizer algo, mas ele não disse.

- indo fazer uma ligação, Mike?

- como sabe?

- você fazia isso o tempo todo quando trabalhamos juntos da primeira vez. Você sempre ia até o estacionamento para ter privacidade.

- sim. eu me lembro – falei apertando os lábios – sabe… eu queria te agradecer por ter dito ao meu pai onde eu estava.

- sem problema – falou Adam saindo do elevador e deixando o pé impedindo que a porta se fechasse – ele ligou e perguntou onde você estava e eu passei o endereço da empresa e pedi que ele viesse até aqui que ele te encontraria.

- obrigado por isso. Eu sei que as vezes sou mesquinho e fico querendo afastar as pessoas de mim e muitas vezes esqueço que isso deixa essas pessoas muito chateadas.

- deixa mesmo – falou Adam – eu fiquei muito puto quando você desapareceu – mas eu não sei se fiquei com raiva por você ter se afastado sem dizer nada ou por me obrigar a viver o meu pior pesadelo: ficar sem você. Por longos dois anos.

- para com isso Adam – falei rindo sem graça.

- o que foi? – falou ele com um sorriso – estou dizendo a verdade.

- eu sei, mas você está casado e eu estou namorando. Você é romântico e isso eu não posso negar.

- eu não estou tentando nada. Só um comentário.

- okay.

- até mais – falou ele deixando a porta se fechar.

- até.

A porta se fechou e eu fui para o estacionamento e encontrei as escadas e me sentei um dos degraus ligando para Vanessa. O telefone chamou algumas vezes e então uma doce voz de criança atendeu.

- alô?

- Rachel? É o Mike.

- oi Mike!

- como você está meu amor?

- estou ótima – falou ela animada.

- chama a mamãe pra mim por favor?

Ouvi ao fundo Rachel chamando por Vanessa e então ela atendeu.

- Mike?

- oi Vanessa, tudo bem com você?

- Sim. Claro. Melhor agora que estou falando com você. A que devo a honra de sua ligação.

- tem algum problema com meu pai?

- com Larry? Não. porque pergunta?

- porque ele veio até aqui e me falou algumas coisas estranhas. Tive a sensação de que ele está deprimido e remoendo o passado.

- eu não sei Mike. Tudo o que ele me disse quando saiu é que ia te visitar. Ele não me falou mais nada.

- dá uma olhada nele Vanessa. Eu tenho o pressentimento te que tem algo de errado com ele.

- não se preocupe Mike, eu ficarei de olho. Qualquer coisa eu te falo.

- obrigado Vanessa.

- se for necessário eu vou pedir que ele faça terapia.

- um conselho: meu pai é um homem antigo quando se trata de psicólogos ele não acredita muito que funcione. Não diga para ele fazer terapia, marque a terapia e leve ele até lá. Só quando chegar diga do que se trata. Do contrário ele não vai. Já passei por isso antes.

- tudo bem, Mike. Qualquer coisa eu te mantenho informado.

- muito obrigado Vanessa.

Assim que voltei para o meu lugar de trabalho eu vi Craig sair da sala com a mala na mão e com o terno pendurado no ombro. Ele olhou para mim com um sorriso e apoiou o braço na mesa.

- vamos embora!

- mas já? E o horário de trabalho?

- tenho certeza de que Ally dá conta do recado, não é?

- sim senhor – ela deu um pulo com um sorriso – pode ir Mike.

- tudo bem.

Peguei minha mochila e dei a volta acompanhando Craig até o elevador. Me despedi de Ally e quando nós entramos no elevador ouvi Patrick gritando por Craig.

- Craig! Espera!

- não estou disponível mais Patrick  falou Craig segurando o elevador.

- é rápido. Só preciso que assine esses papéis – falou Patrick entregando uma caneta para Craig.

- o que é isso? – Craig estava assinando os papéis.

- o contrato do caso Waldrop – falou Patrick olhando para mim – você já vai, Mike?

- sim, mas se precisar eu fico professor.

- fica não – falou Craig – ele vai comigo.

- não. ele é meu professor. Se ele quiser que eu fique, eu fico.

- precisa que ele fique? – perguntou Craig olhando para Patrick e devolvendo a caneta.

- Claro que não – falou Patrick rindo.

- ótimo – falou Craig tirando a mão do elevador – tenha um ótimo fim de quarta-feira – falou Craig para Patrick que acenou com a cabeça enquanto a porta se fechava.

- porque estamos saindo tão cedo?

- Kronus me enviou uma mensagem confirmando que nós fomos aceitos na festa. Ele enviou a localização de onde será a festa.

- quem é Kronus?

- um dos anfitriões da festa. São um casal. Eles usam o apelido de Kronus e Phoebe. Dois titãs da mitologia grega.

- todo ano a festa é em um lugar diferente?

- claro – falou Craig quando chegamos ao estacionamento – do contrário todos saberiam onde é a festa e estaria cheios de penetras. Eu sei que é um Miami porque eu mesmo sugeri a Kronus e Phoebe na última festa que Miami seria um lugar ideal.

- estou tão ansioso – entrei no carro e coloquei o cinto de segurança.

- Sei que a primeira vez em uma festa como essa deve ser bem assustador e você deve estar ansioso e nervoso.

- acertou. Estou quase tendo um infarto.

- relaxa Mike. É só uma festa – falou Craig dando partida do carro e saindo do estacionamento – a diferença é que tem gente fodendo, chupando, se masturbando em todo lugar da casa. Tudo o que você precisa fazer é descobrir com quem você quer fazer o mesmo.

- você me acalmou bastante  falei rindo – nem sei se vou conseguir fazer sexo com você me assistindo.

- eu não serei o único.

- você está me deixando cada vez mais nervoso.

- eu só estou te alertando meu anjo – Craig parou no sinal e se aproximou dando um selo em meus lábios – eu não serei o único a assistir. Quem quiser assistir pode entrar.

- okay – falei dando um beijo no rosto dele – vou tentar me controlar e tentar em acalmar – respirei bem fundo.

Antes de irmos para casa nós passamos em uma loja e Craig me comprou um terno. De lá fomos a um ‘Sex Shop’ comprar uma máscara de couro com detalhes em outro que Craig havia encomendado a uma semana. Ao chegarmos em casa fizemos as malas. Nós só voltaríamos na sexta feira. Só não ficaríamos até domingo pro causa da reunião que Craig havia marcado para a sexta. Nós iriamos para a festa hoje a noite e curtiríamos até sexta as praias de Miami.

Quando chegamos em casa Craig e eu tomamos banho separados e vestimos uma roupa confortável qualquer. Eu estava na cama calçados o meu All Star e Craig saiu do banheiro já de cueca olhando para o celular.

- os nossos exames deram negativo para tudo – falou Craig com um sorriso – eu adoro assistir, mas quando é bareback fica tudo mais suculento – ele lambeu os lábios demonstrando.

- eu estou com uma vontade de chupar seu pau – falei acariciando a cueca com o pau mole. Em seguida segurei forte.

- não podemos amor. Quero você faminto quando chegar naquela festa – Craig se sentou ao meu lado – e se você me chupar agora nós sabemos onde isso vai acabar.

- tudo bem – me aproximei dando um beijo em sua boca – estou bonito? – falei me virando na frente dele.

- está lindo! – Craig passou a mão na minha bunda quando em virei de costas e apertou com força – seu pai aprece se um cara legal.

- eu sinto muito por ele ter chamado Jason de ‘bombado sem cérebro’ – falei me virando de frente.

- eu já disse que não tem problema Mike – Craig disse isso rindo – ele tem direito de não gostar de Jason especialmente depois dele ter te atacado pelas costas.

- quem te contou isso?

- Adam – falou Craig se levantando e vestindo a camiseta azul claro – não conte isso para Jason, mas o que vocês fizeram não foi errado. Jason já tinha te atacado e te batido sem vocês fazerem nada. Nada mais justo do que você e Adam irem para cama.

- você é maluco.

- Maluco não. É justiça – falou ele indo para frente do espelho – é risco duplo. Você não pode ser julgado pelo mesmo crime duas vezes.

- acredita que eu pensei a mesma coisa? – fique ao lado de Craig no espelho.

- então você admite que deu uma surra de bunda no Adam para se vingar do Jason?

- sim – falei rindo – e não diga ‘surra de bunda’. Fica esquisito.

- mas é a verdade – falou Craig – Adam foi sucinto comigo. Me contou tudo sem rodeios.  Ele disse que vocês estavam no mesmo voo e que quando chegaram na festa em Havana vocês estavam conversando, bebendo e resolveram dançar. Imagino que a tensão sexual entre vocês estava a mil. Fico imaginando o que não deve ter acontecido naquele quarto.

- lembrando que estamos falando do marido do seu filho. Você não acha um pouco estranho?

- você acha estranho que se pudesse eu queria estar no quarto para assistir o que vocês fizeram? – Craig olhou para mim.

- para com isso – falei sem graça.

- é sério – falou ele respirando fundo e segurando meu rosto – Adam é um homem grandão. Fico imaginando sua cara cheia da porra dele… – Craig beijou meu rosto.

- acho melhor mudarmos de assunto – falei interrompendo-o e soltando-o.

- foi só um comentário meu anjo – Craig pegou a carteira e pegou a mala – você achou ruim? Está chateado comigo?

- não, claro que não – olhei para ele – é só que é meio estranho, não acha? Adam é meu ex e traiu o seu filho comigo e agora é seu genro.

- Eu sei. Sou um safado e pervertido, o que eu posso fazer? – falou ele rindo – o Uber já chegou! Pega sua mala e vamos!

Craig e eu chegamos ao aeroporto com muita antecedência o que nos permitiu adiantar o voo. Nós viajamos de primeira classe e pouco mais de uma hora e meia depois já estávamos no Aeroporto Internacional de Miami. Nós pegamos um Uber até o hotel que ficava a beira mar. Um dos melhores por sinal. Craig gostava de ostentar e havia reservado a suíte presidencial. Não que eu esteja reclamando, mas eu ficaria contente de estar com ele até dormindo em baixo de uma ponte. Já que meu namorado é rico e gosta de gastar eu não reclamava e apenas agradecia. Nós chegamos ao hotel por volta das sete horas da noite. Era muito cedo.

- nós vamos chamar um Uber para nos levar até o lugar da festa?

- não – falou ele olhando para mim – a The Roulette contratou uma empresa para buscar os convidados. Já enviei a nossa localização e nosso carro chega ás nove e meia.

- mas isso ainda vai demorar.

- sim. se você quiser aproveitar a piscina do hotel, fica a vontade.

- o que você vai fazer?

- eu vou ler – falou Craig se jogando na cama e abrindo um livro. Ele já tinha preparado um copo de vinho.

- eu posso ficar aqui e te fazer companhia.

- eu te amo Mike, mas quando eu estou lendo e você está por perto você não deixa meu cacete em paz. Você fica me fazendo carinho o que me distrai.

- você é o primeiro homem a reclamar disso – me ajoelhei na cama e fui até ele e dei um beijo em seus lábios – eu vou pra piscina então.

- divirta-se – falou Craig abrindo o livro.

- você também – vesti a roupa de banho e me vesti com o robe azul marinho e fui de elevador até a cobertura. Havia piscinas na cobertura e no térreo. Preferi as da cobertura pela visão panorâmica na cidade.

Ao chegar deixei o robe em uma cadeira e dei um mergulho na piscina. Peguei o meu iPhone e tirei uma foto. Assim que postei no instagram Zoe foi a primeira a curtir a foto e então me ligar.

- como você tem coragem de viajar para Miami e não em levar? – foi  oque Zoey disse quando atendi o telefone.

- Me desculpe Zoey, mas é uma viagem romântica. Craig não ia gostar que eu trouxesse a melhor amiga.

- você fica me devendo uma viagem.

- você também.

- com licença – falou um homem se aproximando de mim.

- quem é que está ai? Essa voz não é do Craig! – falou Zoey.

- depois eu te ligo – desliguei o celular e olhei para o homem – pois não?

- desculpa incomodar, mas é que de longe eu te vi e…

- desculpa, mas eu tenho namorado. Ele está no andar de baixo.

- eu não estou de xavecando. Você não lembra de mim?

O homem tinha olhos claros, barba no rosto, cabelos bem penteados, peito peludinho e sarado.

- não.

- eu sou Oliver White. Sou irmão do Adam White. Lembra agora?

- sim, agora eu me lembro – falei apertando a mão de Oliver – desculpa é que eu não te reconheci.

- sem problema – falou Oliver se escorando e ficando ao meu lado – aquela é minha esposa e meus filhos – falou ele apontando para uma mulher de cabelos ruivos e três crianças. Eles acenaram para mim.

- muito bonita sua família.

- obrigado – falou  ele olhando para mim – sabe, eu nunca pedi desculpas formalmente pela forma que ´nos te tratamos quando você foi até nossa casa pela primeira vez. Nós deveríamos ter te respeitado mais.

- tudo bem. Fica tranquilo. Eu admito que vocês foram bem homofóbico naquela época. O que te fez mudar de ideia?

- Está vendo meu filho mais velho? – ele apontou para um garoto de olhos e cabelos pretos – o nome dele é Brett, tem dez anos. Ele dançou ‘Vogue’ no aniversário de nove anos e nas últimas férias me obrigou a leva-lo á Nova York pra assistir o musical ‘Wicked’. Acabemos ficando uma semana e assistimos a todos os musicais que estavam em cartaz.

- isso não quer dizer nada – falei para Oliver – ele é muito novo. Apesar que meu pai disse que quando eu tinha nove anos de idade eu disse que queria me casar com ele. E disse também que eu dei um beijo em um garoto no parquinho.

- a verdade é que eu amo meu filho seja lá o que ele seja.

- fico feliz que você tenha deixado toda essa negatividade para trás Oliver. De verdade.

- e como Adam está? – perguntou ele pegando a bebida que sua esposa trouxe para ele – eu não o vejo a anos.

- sério? Porque?

- A verdade é que Adam sempre foi o cara popular, Mike. Nós éramos próximos quando mais novos e quando chegamos ao colegial ele pegava as meninas mais bonitas, ele conseguiu uma bolsa pra faculdade e conseguiu realizar o sonho de ter uma empresa de advocacia. Eu não vou mentir. Eu sempre tive muita inveja dele. Um dos motivos de tratar vocês tão mal quando foram passar a Ação de Graças conosco. Adam é dois anos mais velho do que eu, mas essa diferença não nos atrapalhou.  

- mas vocês estão bem?

- eu já tentei pedir desculpas. De uns dois anos para cá eu venho tentando manter contato. Quando ele estava na reabilitação eu tentei visita-lo, mas ele não aceitou. Ele guarda muita raiva de mim. Eu achei que como vocês estão juntos você poderia dar uns conselhos á ele.

- olha Oliver eu quero muito que vocês voltem a ter o relacionamento que tinham antes, mas Adam e eu não estamos juntos.

- porque não?

- Adam e eu nos afastamos a dois anos e recentemente ele se casou com um cara chamado Jason McCormick. Eu trabalho para Adam, mas o nosso relacionamento não passa disso. Não sei se sou a melhor pessoa para dar conselhos a ele.

- você poderia tentar, Mike. Tenho certeza de que ele te considera muito mesmo não estando juntos. Vocês passaram por tantas coisas juntos.

- eu não prometo nada, mas eu prometo tentar. Você sabe como Adam é ignorante quando ele quer.

- sei sim – falou Oliver rindo – e você? Está aqui sozinho ou com alguém?

- vim com meu namorado, Craig.

- e onde ele está? – Oliver olhou em volta.

- ele não está aqui. Está no quarto lendo.

- ele te deixou vir aqui sozinho? É muita coragem.

- ele não tem medo. Sabe que não o trairia. Da mesma forma que eu confio nele.

- eu queria ter essa confiança – falou ele rindo.

- um relacionamento deve ter confiança. Na minha opinião a confiança é a base de um relacionamento. Se você não confia no parceiro você fica louco. Se toda vez que o parceiro estiver longe você imaginar que ele está traindo você não está em um relacionamento saudável.

- você está certo – falou Oliver olhando para a esposa – mas eu não me referia a minha esposa.

- como assim?

- eu confio na minha esposa. Eu sei que ela não me trai. Eu falava de você. Se você fosse meu você não ficaria sozinho em uma piscina em um hotel em Miami. Um monte de caras iam ficar em cima.

- você que pensa. Eu passei dois anos sem ninguém.

- não foi por falta de opção, foi?

- mais ou menos. Não tinha opções descentes. Como eu estou na universidade tem muito cara novo querendo algo comigo, mas eu gosto de caras mais velhos. É proibido confraternizar com os professores então eu meio que me foquei realmente nos estudos.

- então você curte caras mais velhos?

- sim. Já fiquei com caras mais novos, mas meus relacionamentos a maioria foi com homens que teriam idade para ser o meu pai.

- deve ser bacana um relacionamento como esse – falou Oliver tomando um gole do uísque.

- como assim?

- deve ser legal de ver, sabe. Sei que pode parecer bobeira, mas você é novo e ver você com um cara mais velho não me sai da cabeça que o relacionamento beira o incesto. Como um pai ficando com o filho. Ou em outros casos um pai ficando com a filha. Deve ser bacana de assistir.

- você gosta de incesto?

- sim e não. Sim, eu gosto da fantasia, mas não tive e nunca tive vontade de me relacionar com nenhum parente. Só de assistir mesmo. Tenho um tesão louco em ver a geração mais velha tranzar com a mais nova.

Nesse momento o meu celular vibrou. Deslizei o dedo e vi que era uma mensagem de Craig dizendo que era para eu voltar para o quarto. Respondi com um Ok.

- é seu namorado?

- sim – falei mostrando a foto dele.

- ele é simpático.

- obrigado – falei lambendo os lábios – eu preciso ir agora.

- qualquer coisa me liga – falou Oliver me passando o seu número.

- eu te aviso quando conversar com Adam,

- eu agradeceria – falou Oliver – ficaria muito agradecido.

- até mais.

Oliver levantou o copo de uísque se despedindo e eu voltei para o quarto. Estava ansioso como nunca pela festa. Será que encontraria algum galã como Craig prometeu? A resposta viria em poucas horas.

Espero que tenham gostado desse capítulo. Postarei mais 2 ainda hoje. Obrigado por terem votado na enquete. Recebi mais de 100 votos. O resultado será revelado no próximo capítulo. Obrigado a todos que estão comentando e votando. O título do capítulo é da canção 'Popular' do musical 'Wicked'. Um abraço a todos.