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UMA NOITE DE UM DIA DIFÍCIL capítulo quatro
D
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epois de todo o ocorrido eu me senti mais leve.
Desabafar e jogar na cara do Sr. Adam tudo o que senti com o preconceito foi
como se tivesse feito isso com cada uma das pessoas que me fizeram se sentir
inferior por ser gay. Foi de certa forma libertador. Era quarta-feira e eu
estava no trabalho, tinha planos de mais uma noite de filmes com meu namorado
Charley, meu amigo Denny e meu pai. Eu estava animado. Pouco antes dás seis da
tarde Sr. Adam veio até mim.
- Mike você tem planos para hoje
a noite?
- tenho sim senhor, mas se
precisar de mim eu estou disponível.
- eu precisava que você ficasse aqui
comigo até mais tarde para terminarmos ás analises dos papéis que a cobrança me
enviou. Notei algumas discrepâncias e só queria ter certeza de que está tudo no
lugar.
- eu posso ficar sim senhor, até
que hora mais ou menos ficaríamos?
- até as oito no máximo – falou o
Sr. Adam – eu prometo.
- pode contar comigo senhor.
- obrigado Mike, não sei o que
faria sem você.
Peguei o celular e liguei para
Charley.
- amor, eu vou me atrasar, meu
chefe pediu para que eu ficasse até mais tarde.
- não tem problema, eu estou indo
com três filmes e bastante cerveja – falou ele parecendo animado.
- você pode ir bebendo e
assistindo com meu pai, eu vou chegar por volta dás nove horas da noite.
- você me liga que eu te busco –
falou Charley.
- tudo bem então.
Por volta dás seis e vinte da
noite recebi a ligação do meu amigo Denny.
- oi Denny.
- oi Mike.
Denny era um amigo a mais ou
menos 3 anos.
- fala Denny. O que você manda?
- cara eu não vou poder ir hoje a
noite assistir filmes. Tenho que estudar para uma prova da faculdade..
- não tem problemas. Ainda bem
que meu pai está lá para fazer companhia ao Charley porque eu também vou
demorar um pouco para ir embora. Vou trabalhar até tarde.
- tudo bem então, vamos marcar
outro dia.
- Com certeza. Abraços.
Desliguei o telefone e mandei uma
mensagem de texto para o Charley avisando que Denny também não iria. Em seguida
eu desliguei meu computador, desliguei a luz do aquário, desliguei uma fonte
que tinha, apaguei a luz da recepção e fui até a sala. Abri a porta e Sr. Adam estava
sentado vendo algo no computador.
- atrapalhei seus planos hein? –
falou ele com a voz rouca e grave.
- não atrapalhou não senhor.
- pega a cadeira e coloca aqui do
lado da minha e senta para começarmos o trabalho.
Peguei a cadeira e sentei do lado
dele e peguei os papeis e um lápis na mão e ia conferindo enquanto Adam
modificava no computador e as vezes adicionava alguma observação importante. Depois
de uma hora ele pediu para que trocássemos de lugar, pois iriamos nos cansar se
fizéssemos a mesma coisa. Nós nos levantamos e Adam deu a volta na mesa e eu me
sentei na cadeira dele, antes de se sentar ele perguntou:
- se incomoda se tu tirar meu
paletó e ficar mais a vontade?
- não senhor – respondi olhando o
computador.
Ele tirou o paletó e jogou em
cima da poltrona, foi quando eu parei de olhar para a tela do computador e
olhei para ele. Era como se eu visse aquela cena em particular em câmera lenta.
Ele desabotoou as mangas e levantou até os cotovelos e eu pude ver que ele
tinha braços peludos e reparei que ele tinha mãos fortes e logo em seguida
desabotoou dois botões da camisa, deixando um pouco do seu peito aparecer com
alguns pelos. Eu nem piscava vendo aquilo e foi quando me toquei e voltei a
olhar o computador. Achei estranho, eu não era de fazer aquilo, ficar olhando
para um homem hetero por mais de 5 segundos seguidos, especialmente meu chefe.
Não queria levar uma bronca ou um fora.
Adam então se sentou ao meu lado
e começamos novamente e dessa vez ele falava os números e eu anotava tudo na
planilha e adicionava também as observações ditas por ele. Quando faltou dez
minutos para as ouro da noite nós demos uma pausa.
- eu tenho um corpo estranho –
falou Adam esfregando as mãos – tive que arregaçar as mangas, literalmente, por
causa do calor e agora sinto que minhas mãos estão geladas.
Ele disse isso colocando a mão
direita no meu braço.
- está sentindo?
- estou sim, está muito gelada
– Eu estava sentindo algo estranho,
aquela situação toda começava a soltar minha imaginação e eu precisava colocar
os pés no chão.
- acho que nós vamos demorar mais
do que prevíamos. O senhor não acha?
- Mike, não estamos em horário de
serviço. Pode me chamar só de Adam. E sim, acho que vamos levar pelo menos mais
duas horas.
- eu posso fazer uma ligação
antes de continuarmos?
- claro – falou ele – sinta-se a
vontade.
Depois que sai da sala disquei o
número de Charley que logo tratou de atender.
- amor eu vou demorar mais do que
eu pensei. Devo sair daqui só umas dez horas da noite.
- não tem problema amor, eu e seu
pai estamos tomando cerveja e assistindo aos filmes. É até bom que passamos um
tempo sozinhos e ficamos mais chegados.
- pode ser – falei achando fofo
da parte dele querer se enturmar com meu pai – você vai passar a noite ai?
- vou sim.
- não precisa me esperar. Pode ir
dormir. Posso falar com meu pai?
- claro – falou ele passando o
celular para meu pai.
- pai eu vou demorar chegar hoje
em casa. Não precisa me esperar acordado.
- tudo bem filho.
- e Charley vai passar a noite ai
com o senhor.
- Okay. Só tome cuidado. Se ficar
tarde demais eu posso ir te buscar.
- tudo bem, se ficar muito tarde
eu te ligo.
- promete?
- prometo pai.
- um beijo então.
Desliguei o celular e voltei para
a sala.
- ligou para o pai? – falou Adam.
- sim.
- Vou ao banheiro – falou Adam
sorrindo. Em seguida ele arrumou o pênis na cueca. Eu não pude evitar de olhar.
- foi mal – falou ele percebendo
que eu tinha olhado – fiz você ficar sem graça?
- não foi nada – falei me
sentando na cadeira tentando ignorar aquele momento.
Adam então saio da sala e foi ao
banheiro. Não gostava do que eu estava fazendo. Eu não era assim. Não gostava
de sentir nada por homem heterossexuais, claro, é impossível evitar olhar
quando se fica atraido, mas ele era meu chefe e eu não estava disfarçando.
Talvez porque fizesse duas semanas que não fazia sexo com Charley. Decidi que
tentaria me focar mais no que estávamos fazendo do que na linguagem corporal
dele.
Enquanto Adam estava no banheiro liguei
no restaurante e pedi comida japonesa para nós dois. Adam voltou e sentou-se ao
meu lado e começamos mais uma vez a analisar as planilhas. Certo momento o
computador desligou a tela de uma vez e Adam tentou liga-lo puxando um cabo que
estava do outro lado da mesa ficando com sua cabeça na minha frente de modo que
eu senti o cheiro do perfume que ele estava usando. Aquilo acabou comigo,
literalmente. Só tinha uma coisa que eu gostava mais do que homem de barba,
homem cheiroso e bem perfumado e para meu azar, Adam tinha barba e estava bem
perfumado. Ele não saia da minha frente e eu comecei a ficar excitado e antes
que passasse vergonha eu me levantei.
- me deixa sair daqui, eu estou
te atrapalhando.
Depois de alguns segundos ele
puxou um cabo e ligou atrás do computador. A tela ligou.
- esse cabo está frouxo, eu
preciso trocar. – falou Adam resmungando.
- não se preocupe. Vou
providenciar para o senhor amanhã mesmo.
Voltei a me sentar e continuamos
conferindo a planilha. A comida chegou uns quinze minutos depois disso. Nós
comemos e depois trocamos de lugar em nossos afazeres. Era minha coisa para
fazer. Precisava olhar um por um os nomes nas listas: investidores, advogados e
clientes. Quando percebi, o relógio marcava vinte e duas e quarenta. Eu levei
um susto.
- nossa – falei alto.
- o que foi? – perguntou Adam
olhando para mim.
- está tão tarde, tenho que ligar
para meu pai vir me buscar quando acabarmos. Vou ligar para avisar que quando
estiver saindo eu dou um toque no celular dele.
Peguei meu celular e procurei
pelo nome do meu pai. O celular chamou até cair na caixa de mensagens. Ele
deveria estar dormindo. Coloquei o número de Charley para chamar e mais uma vez
ninguém atendeu. Os dois devem ter bebido até cair no sono.
- ninguém atende – falei colocando
o celular em cima da mesa.
- Não se preocupe com isso. Eu te
levo em casa.
- ok – falei ficando mais
tranquilo.
Nós continuamos trabalhando e em
um certo momento Adam me deixou fazendo a planilha e foi assinar alguns
documentos e autorizações que precisavam ser lidas de cabo a rabo. Por volta
dás uma da madrugada terminei a planilha.
- eu terminei a planilha. Nem
acredito que acabamos.
- você deve estar cansado, não é?
– falou Adam assinando um papel.
- muito. Eu não costumo ficar
acordado até essa hora no meio de semana. Geralmente eu durmo ás dez ou dez e
meia no máximo.
- posso te perguntar uma coisa
Mike? – perguntou Adam curioso.
- pode sim senhor.
- estamos só nós dois aqui, você
trabalha a quatro anos pra mim e eu sinto que somos um pouco íntimos. Eu te
considero um amigo. Você também me considera?
- eu não vou mentir. É difícil
considerar meu chefe um amigo. Te considero mais como meu professor malvado com
mudanças bruscas de humor. – Adam deu uma risada com a comparação que eu fiz.
- não quero que me veja dessa
forma. Quero que você tenha liberdade para falar comigo quando tiver um
problema na empresa e também pessoal.
- tudo bem – falei – eu posso tentar.
- então, posso mesmo te fazer
aquela pergunta?
- pode.
- você não sente mesmo tesão em
mulher?
- não – respondi.
- tipo, se uma mulher vier nua e
dançar na sua frente você não faz nada? Não sente tesão?
- nadinha – falei um pouco
envergonhado com aquela pergunta.
- sempre tive essa curiosidade,
sabe... vejo que todo gay afirma que não fez uma escolha e que já nasceu assim
e eu sempre pensei nessa hipótese.
- pois é, eu também não decidi em
um ponto da minha vida que seria gay, eu simplesmente fui assim desde que eu me
entendo por gente.
- e você sente tesão por todos os
homens do planeta? Tipo... qualquer homem te faz ficar com tesão?
- Senhor, com todo o respeito, você
sente tesão em todas as mulheres do planeta?
- não – falou ele pensativo – na
verdade sou bem peculiar. Eu gosto de todos os tipos de mulheres, mas as
mulheres que me fazem subir nas paredes são mulheres negras de seios grandes.
- não se importa com o tamanho da
bunda? – falei logo escrachado. O assunto que estávamos conversando me dava
esse tipo de liberdade.
- não. Eu gosto de mulheres que
tenham seios grandes, se for negra então... nossa, eu morro! – falou ele
remexendo na cadeira.
- todos tem gostos diferentes.
Todos tem algo que fazem se
sentir mais atraídos por outros. Com os gays é a mesma coisa.
- o que te deixa subindo nas
paredes? – perguntou Adam curioso me fazendo ficar em silêncio. Eu não tive
coragem de dizer nada – pode falar estamos só nós dois aqui. O que estamos
conversando aqui não vai sair dessa sala.
- Tenho medo de que o que disser
soe como uma indireta e eu não quero desrespeitá-lo dando a má impressão de que
estou falando do senhor.
- não precisa ficar com medo.
Pode dizer – falou Adam atento ao que eu ia dizer.
- o que me mais me atrai em um
homem é a maturidade. Homens mais velhos e de barba… como o senhor – falei sem
graça.
- sério? – falou ele passando a
mão na barba – quem dera minha esposa gostasse da minha barba.
- gosto de homens que tenha pelos
nos braços, na barriga, não precisa ser muito, mas tem que ter. Não gosto de
homens depilados. Não vejo graça.
- resumindo… – falou Adam
lambendo os lábios – se você tivesse a chance você me pegava.
- pelo amor de deus Sr. Adam – falei rindo sem graça – não diga
isso em voz alta. As paredes tem ouvidos.
- é brincadeira – falou ele rindo
– mas como eu te disse, eu nunca tive contato com gays na minha vida, pelo
menos gays bem resolvidos como você. Sempre tive curiosidade sobre essas
coisas. Por isso eu pergunto, mas Mike, não precisa responder se você não quiser.
- pode perguntar. Eu fico meio
envergonhado, mas eu não me importo de responder.
- se quiser perguntar qualquer
coisa, pode perguntar.
- na verdade, tem uma coisa que
eu sempre quis saber.
- o que? – perguntou ele curioso.
- na internet ou alguns amigos
que eu tive no decorrer da vida até agora, eu sempre vejo relatos que gays que
tiveram experiências com homens heterossexuais, sabe… as vezes sexo ou as vezes
outras coisas. Eu vejo tantos relatos dessas experiências que eu acabo pensando
que isso é mais normal do que eu penso, mas às vezes eu duvido dessas relatos.
- olha Mike vou ser sincero. Eu
nunca tive uma experiência com outro homem na vida. Nada mesmo. E nenhum dos
meus amigos relatou nada parecido.
- está vendo? E eu acreditando
nesses relatos.
- mas pode ser que alguns sejam
verdade. Podem existir alguns caras que não se importam se são homens ou
mulheres e querem mesmo é acabar com o tesão só que eu nunca tive vontade e não
tenho. Pra ser sincero, nunca me passou pela cabeça.
- mas você está certo, se você
sente tesão por mulher não tem porque ficar pensando coisas do tipo ou tentar
experimentar. Eu por exemplo, nunca fiquei com nenhuma mulher, nem beijo nem
nada. Eu realmente não sinto vontade e nunca senti. Nem experimentar. Eu sei
bem do que gosto e não senti necessidade de experimentar só pra saber se era o
que eu queria. Eu tive uma educação diferente do que a gente vê por ai. Meu pai
e minha mãe sempre apoiaram os direitos dos gays. Incondicionalmente e eu acho
que me senti livre para ser o que eu era.
- é bonito ver que algumas
pessoas tem essa criação que você teve – falou ele.
- eu tive sorte.
- você não tem vontade de procurar
seus pais biológicos?
- nunca. Vejo pessoas adotadas
que ficam chorando e passam a vida procurando os pais biológicos, mas eu não
tenho sinto essa falta. Eu tive sorte de ter a família que tenho. E se eu não tivesse
sido abandonado eu poderia estar em uma família sem amor e que não me
aceitasse.
- verdade – falou Adam – temos
que ser felizes com o que temos – Adam deu uma olhada no relógio – nossa! Já
são quase duas da manhã. Vamos embora?
- vamos – falei me levantando e
saindo da sala e pegando minha mochila em cima do balcão da recepção. Fiquei
esperando Adam do lado de fora e fiquei pensando naquela noite e naquela
conversa que tivemos. Adam era realmente uma pessoa admirável.
- vamos? – falou ele trancando a
porta da sala dele e ligando o alarme. Nós entramos no elevador e descemos até o
subsolo.
- você não tem medo de descer
aqui quando está sozinho?
- ter eu tenho, mas tem câmeras
de segurança e tem dois seguranças que ficam andando em todo prédio. Além do
mais eu sempre ando com uma arma?
- uma arma? – falei um pouco
espantado.
- sim. Ela fica no meu carro –
ele disse isso desligando o alarme e eu dei a volta e abri a porta sentando no
banco do carona.
Ele entrou sentou e colocou o
cinto de segurança.
- ela fica aqui – falou ele
abrindo o porta luvas. Eu vi a arma preta brilhando.
- você já usou ela?
- não e espero nunca precisar.
- também espero – falei rindo sem
graça.
Depois de uma longa viagem de
quase quarenta minutos finalmente chegamos à porta da minha casa.
- obrigado pela carona – falei.
- obrigado você por ter ficado
comigo até mais tarde, e perdão por ter estragado seus planos.
- não tem problema.
Sr. Adam deu um meio sorriso
olhando para mim e então o sorriso desapareceu.
- amanhã você pode chegar ás dez
pra compensar a hora que está chegando.
- obrigado, estarei lá ás dez.
Tirei o cinto de segurança e sai
do carro fechando a porta e dando a volta.
- vai com cuidado – falei pegando
minha chave e abrindo o portão da minha casa.
- boa noite – falou ele acenando
e ligando o carro e desaparecendo na noite.
Fechei o portão e entrei em casa trancando
a porta e ligando o alarme. Estava silencioso. Eu fui até o quarto do meu pai e
bati. Esperei e nada. Eu então abri a porta devagarinho e vi ele deitado. Me
aproximando eu vi algumas latas de cerveja em cima da cômoda.
- pai? – falei tentando chamar a
sua atenção, mas ele nem deu sinal de vida. Eu coloquei meus dedos no pescoço
dele só para ter certeza de que ele estava vivo e respirando. Ele tinha
pulsação. Fiquei mais tranquilo
- nossa, houve uma festa e eu não
fui convidado – falei olhando as latinhas de cerveja – não me admira ele ter
apagado. Peguei o cobertor que estava quase no chão e joguei por cima dele.
Fui até meu quarto e Charley
estava dormindo também. Coloquei minha mochila na cômoda peguei minha toalha e
bem devagar fui para ao banheiro. Tomei um banho na água quente e vesti a parte
de baixo do pijama e assim que sai do quarto Charley abriu os olhos tentando
evitar a luz.
- Mike? – perguntou Charley – você
chegou tarde. Tentei te esperar acordado, mas não consegui.
- demorou mais do que eu previ.
- deita aqui, está frio.
Dei a volta na cama e me deitei
do lado dele e dei um beijo na boca dele. Meu corpo estava gelado e o dele
quente.
- deixa eu te esquentar – falou
ele me colocando de lado e fazendo conchinha comigo me abraçando por trás.
Sentia Charley atrás de mim
esfregando a mão nos meus braços bem devagar para me esquentar, mas tudo o que
eu conseguia pensar era em Adam e a conversa que tivemos. A cena dele mexendo
no pênis louco para mijar ou até mesmo no cheiro do perfume dele que não saia
do meu nariz. A barba que ele tinha tanto orgulho e seu sorriso safado quando
estava tentando conseguir algo. Não sei bem o que tinha acontecido, mas aquela
noite tinha me feito ver Adam com outros olhos.
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