DNA
capítulo sete
A
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caminho do
carro de Stephen meu celular tocou.
- droga – falei olhando para a
tela.
- o que foi? – perguntou Stephen.
- é meu pai de verdade.
- Larry?
- quem mais seria Stephen?
- porque está tão preocupado?
- ele vai me matar. Não sei se
estou preparado para ouvir o que ele tem a dizer.
- se meu filho fizesse comigo o
que você fez eu ficaria muito chateado.
- puxa, valeu Stephen.
- é a verdade. Você acabou com
seu casamento, viajou para outro estado e está a procura do pai biológico. Ele
tem o direito de estar irritado e de brigar com você.
- não vou atender – falei
pensando em desligar o celular.
- vai sim senhor. Você tem a
obrigação de ouvir o que ele vai falar. Em silêncio. Você deve isso a ele.
- ok – falei me afastando e
atendendo o celular.
- eu posso explicar.
- não quero explicação, quero que
você venha embora agora.
- eu não vou.
- Adam me disse que você viajou
para Nova Orleans para seguir pistas de uma carta anônima, você ficou louco
Mike?
- ele também te contou que não
estamos mais juntos?
- contou.
- eu só preciso de um tempo
sozinho pai.
- ou você vem por bem ou eu vou
pegar o próximo voo e te busco.
- eu não quero pai, tenho que
resolver alguns problemas.
- deixa eu falar com ele – falou
Stephen se aproximando.
Sinalizei negativamente com a
cabeça. Ele não me ouviu e arrancou o celular da minha mão.
- Larry? Sou eu, Stephen.
- quem?
- Stephen, não se lembra mais de
mim.
- sai de perto do meu filho. O
que você fez com ele?
- fique tranquilo, estou de olho
nele. Hoje ele vai estar em casa com você.
- vou chamar a policia – falou
meu pai.
- policia? – falou Stephen – pra
que isso Larry?
- não precisa pai – falei pegando
o celular de volta.
- Mike o que está acontecendo?
- tudo bem pai, eu estarei em
casa até de noite.
- eu não sei o que dizer Mike.
Você tem estado diferente esses últimos dias, não mais te reconheço.
- confie em mim pai. O senhor me
criou direito.
O silêncio predominou por alguns
minutos.
- ok, ok Mike. Eu confio. Eu
confio apesar de minhas entranhas dizerem que você não está fazendo a coisa
certa.
- obrigado pai, te vejo a noite.
Te amo
- também de te amo Mike – falou
meu pai desligando.
- o cara é durão hein? – falou
Stephen desativando o alarme do carro.
Eu não disse nada e apenas entrei
no carro.
Paramos o carro a uma certa
distância da praça. Stephen e eu caminhamos calmamente por entre as pessoas
procurando pelo açougue. Stephen disse que não se lembrava desse açougue.
Quando era criança lá costumava ser um bar.
De longe vimos escrito em letras
vermelhas: “Jackson's Butcher Shop. O local parecia grande demais para ser
apenas um açougue. Ao entrarmos confirmamos que aquilo não era um simples
açougue, mas um imenso açougue. O açougue era o principal, mas lá dentro você
percebia que era mais do que açougue. Temperos, frutas, verduras e bebidas.
Tudo relacionado a culinária podia ser comprado lá. Você podia comprar todo o
tipo de carne de todas as maneiras possíveis.
Passamos pela sessão de temperos
e chegamos a vários freezers onde eram vendidas partes de animais ao qual nem sabia
da existência, como por exemplo: fígado de ganso/pato doente. No começo não
acreditei, mas Stephen disse ser uma iguaria muito comum na França. Stephen
disse que nunca havia comido devido a atrocidade feita com o animal. O preço
confirmou o que Stephen disse, quase USD 200,00 dólares por um simples pedaço.
Olhei em volta e vi várias
pessoas comprando e logo passou por mim um dos funcionários. O uniforme era
cinza com o bordado em vermelho e preto na camisa.
- esse é o uniforme – falei para
Stephen.
- você já viu quantas pessoas
trabalham aqui?
- é só perguntar.
- Mike, se o homem quisesse ter
contato com você ele teria ido até você – falou Stephen.
- não diga isso…
- é maldade, mas é a verdade –
falou ele parando de andar – ele sabe seu nome, ele sabe quem é você… porque
não foi atrás? Porque simplesmente de mandou uma carta… nem sabemos se foi ele
que enviou a carta para começo de conversa.
- claro que foi, quem mais seria?
- eu só estou dizendo para tomar
cuidado, a reação da pessoa ao te ver pode não ser a que você espera… só não
quero que se machuque.
- ok – falei respirando fundo –
mas como fazer isso?
- Mike, você tem vinte e três
anos. Seu pai deve ter mais ou menos quarenta anos.
- tudo bem, mas isso não responde
como vamos abordar as pessoas daqui?
- posso usar minha influência.
- melhor não Stephen. Quando
menos alvoroço melhor, talvez ele não tenha ido conversar comigo ainda por medo
de ser exposto. Ele sabe que você não é mau pai de verdade e pensa que estou
sendo enganado.
- tudo bem – falou ele olhando em
volta – você fica aqui eu vou dar uma volta e ver se puxo conversa com um dos
funcionários.
- ok – falei disfarçando e
procurando por algo.
Olhei para um funcionário que
trazia algo dos fundos. Um homem branco de olhos verdes. Não devia ser ele.
Olhei mais uma vez e uma mulher conversava no caixa com um cliente, ao seu lado
um outro funcionário arrumava a prateleira. Moreno, olhos castanhos como o meu,
mas ele não parecia ter mais do que trinta anos.
- posso te ajudar? – falou um
homem chegando próximo a mim.
- o que? – falei assustado. Notei
que estava naquela prateleira faz um bom tempo.
Esse homem não estava de uniforme
como os outros.
- não, desculpe… é que… estou
esperando alguém.
- tudo bem, se precisar é só
avisar – falou ele chamando um dos funcionários e dando ordens. Não sei porque,
mas por alguns instantes senti um arrepio. Aquele homem era um pouco mais alto
do que eu, cabelos negros e olhos castanhos.
Uma barba rala cobria seu rosto.
- Mike? – falou Stephen.
- quantos anos você acha que ele
tem? – perguntei para Stephen.
Stephen apertou os olhos.
- quarenta e quatro mais ou
menos.
- é ele Stephen – falei empolgado
– tenho certeza que é ele.
- mas ele nem está de uniforme.
- ele deve ser o dono desse
lugar. Ele perguntou se podia me ajudar e está dando ordem para aquele
funcionário.
- quer que eu converse com ele?
- sim, mas precisamos ter
certeza.
- ok – falou Stephen indo na
direção dele.
- o que você vai falar? – falei
dando um pulo para frente.
- vou conversar com ele Mike…
quer saber? Não interessa Mike, apenas confie em mim. Tenho experiência em
conversar com pessoas.
- e se ele te reconhecer?
- não vai. A eleição é ano que
vem, e essa cidade tem a menor taxa de votação do estado.
- ok, vai lá – falei passando por
uma prateleira e indo até a parte onde havia frutas. De lá podia ver os dois
conversando. Stephen se aproximou do homem e logo Stephen apertou a mão dele se
apresentando.
- procurando por algo? –
perguntou uma mulher com uma viseira parada em frente a um balcão colocado no
meio da frutaria.
- não obrigado – falei sem olhar
para ela. Estava nervoso. Talvez aquele nem fosse ele. Quando foi que fiquei
tão obcecado em saber minhas origens? É como disse para Adam: “preciso saber
quem sou, antes de saber quem eu quero ser”
- tem certeza que não quer nada?
Toda nossa frutaria é abastecida com o melhor. Prove! – falou ela estendendo a
mão com algumas frutas espetadas.
- obrigado – falei pegando e
colocando os três pedaços na boca e mastigando.
- gostou?
- sim – falei olhando para ela e
agradecendo.
O homem e Stephen continuavam a
se falar.
- quer provar mais um pouco? –
falou ela estendendo outro palito.
- obrigado – falei pegando e
colocando na boca.
Eu mastiguei e assim que engoli
senti a fruta descendo como fogo na garganta. Coloquei a mão na garganta
sentindo um mal estar.
- você está bem? – perguntou ela
– seus olhos estão inchados.
- os morangos – falei sentindo
minha respiração ficar ofegante.
- me ajudem – falou ela chamando
por atenção.
Olhei para Stephen e ele e o
homem vieram na minha direção.
- Mike você está bem? – perguntou
Stephen.
- minha garganta vai se fechar –
falei cuspindo no chão – me levem ao hospital.
- Tonny, Tonny! – gritou o homem.
Um homem branco de olhos azuis,
também sem o uniforme veio correndo.
- me ajude a leva-lo até o carro.
- meu carro está longe – falou
Stephen.
- vamos no meu – falou o homem
jogando a chave para Stephen – está estacionado ai na frente.
Eu me sentia tonto. Os dois se
posicionaram um de cada lado e me ajudaram a caminhar até o carro. O homem se
sentou na frente com Stephen e Tonny se sentou ao meu lado. O carro saiu em
disparada.
- não demora – falei sentindo
minha garganta doer.
- não vamos demorar – falou
Stephen – não se preocupe você vai ficar bem.
Eu tentei relaxar, ficar nervoso
não melhorava minha situação, mas estar naquela situação era meio inevitável
não ficar nervoso.
Ao chegarmos ao hospital de Nova
Orleans me levaram até a emergência e não demorou muito para que me colocassem
no soro. Depois de vários minutos meu corpo já reagia ao remédio. Minha
garganta aos poucos foi abrindo espaço e meu rosto foi desinchando. Depois de
uma hora já era perceptível minha melhora.
Não havia visto ninguém desde que
tinham me colocado na cama para tomar o remédio. Talvez Stephen estivesse
conversando com ele.
Agora meus batimentos aumentaram
o ritmo. Minha barriga foi tomada por uma dor enorme. Estava muito nervoso e
ansioso.
- está melhor? – perguntou
Stephen entrando no quarto.
- estou sim – falei respirando
fundo.
Eu abri a boca para perguntar
sobre o homem e não tive tempo já que ele foi o próximo a entrar no quarto.
- está tudo bem com você?
- e-estou si-sim – falei
gaguejando.
- você me deixou preocupado –
falou ele se aproximando e olhando para o soro. Ele ajustou o nível.
- o senhor é médico?
- não me chame de senhor, meu
nome é Raymond, mas pode me chamar apenas de Ray.
- ok Ray.
- e respondendo sua pergunta…
não. Não sou médico, mas já fui bombeiro – falou ele pegando meu braço e
conferindo o lugar da agulha – trabalhei por oito anos. Dez pra dizer a
verdade. Aos quinze fui bombeiro mirim e acabei gostando da área.
- se você foi bombeiro por dez
anos e começou aos quatorze, significa que deixou a profissão aos vinte e
quatro ou vinte e cinco anos… porque?
- isso é meio que algo pessoal –
falou ele olhando para Stephen parecendo desconcertado.
- me desculpe, não queria me
intrometer.
- sem problemas – falou ele
forçando um sorriso.
O clima ficou meio desagradável.
O silêncio predominou. Nem Stephen e toda a sua experiência de sair dessas
situações não conseguiu deixa-lo mais a vontade.
- quer saber? – falou Ray – me
desculpem é que… esse é um assunto delicado, não queria deixa-los
desconfortáveis.
- não tem problema, eu é que sou
um tagarela.
- Eu desisti por meu filho.
A partir desse momento eu
desanimei. Com certeza Ray não era o cara certo. Ele tem um filho. Olhei para
Stephen e balancei a cabeça negativamente bem discreto.
- você não quis mais arriscara
vida sabendo que tinha esposa de filho em casa?
- esse é um motivo bem egoísta
não acha? – falou Ray – se eu desiste por um motivo tão tolo eu nunca realmente
pertenci ao batalhão.
- sinto muito não quis ofender –
falou Stephen.
- não ofendeu. Na verdade você
está certo, eu quis passar mais tempo com minha família. “Se você não consegue
proteger seu próprio filho, você não tem talento e nem dignidade para proteger
os filhos dos outros” falou meu pai. Ele foi bombeiro durante toda sua vida –
falou Ray parecendo magoado.
- sinto muito não quis trazer
lembranças ruins.
- você não trouxe. Quando chega
essa época do ano eu não consigo evitar sabe? Daqui dois meses é aniversário de
uma tragédia em minha família.
- sinto muito – falou Stephen –
eu não consigo imaginar a dor de um pai ao perder o filho.
- antes fosse isso – falou Ray –
quando você perde um filho você sabe onde ele está. Embaixo da terra. Você pode
ir visita-lo sempre que pode. Você pode fazer companhia para ele, contar seus
medos e sonhos e dizer o quanto sente sua falta. Tudo o que eu queria era que
meu filho estivesse no cemitério.
- seu filho desapareceu? –
perguntou Stephen.
- sim. Havia uma festança na
cidade e eu estava trabalhando. Procuramos por tanto tempo… – falou ele olhando
para baixo. Ray estava visivelmente emocionado.
- quantos anos está completando?
- esse ano completa o 23ª
aniversário de seu desaparecimento.
Olhei para Stephen e depois olhei
para Ray. Meus lábios tremeram e meu coração acelerou. Sempre pensei que havia
sido abandonado. Podia aquele homem ser meu pai? Quem seria tão perverso ao
ponto de sequestrar um bebê e abandoná-lo logo em seguida? Seria toda minha
vida definida por aquele simples, mas maléfico ato?
Enquanto Stephen explicava para
Ray o que estava acontecendo, dentro de mim acontecia um tremendo conflito.
Tudo aquilo parecia tão surreal em minha mente. Eu não sabia como reagir, as
“evidências” até agora apontavam para Ray, mas ao mesmo tempo eu não queria dar
um passo maior do que a perna. Estava cansado de me decepcionar.
A enfermeira retirou o soro e o
remédio e eu finalmente vesti minha roupa. Ray e Stephen conversavam do lado de
fora da sala. Eu aguardava eles retornarem. Depois de alguns incontáveis
minutos os dois entraram. Senti um frio na minha barriga.
- então… - falei com a mãos
suadas – o que você acha? – perguntei para Ray.
- posso te dar um abraço? –
perguntou Ray agora emocionado.
- na verdade, não – falei olhando
para Stephen e depois para ele.
Ray pareceu surpreso com minha
reposta.
- não leve a mal, é que… já tive
tantas decepções relacionadas as minhas origens, para o meu bem e para o seu
não vamos nos precipitar. Se concordar em fazer um exame de DNA eu gostaria de
confirmar a paternidade antes de me envolver emocionalmente.
- ok – falou Ray limpando os
olhos – sinto muito é que… esperei tanto por esse momento.
- ok – falei saindo da sala
deixando os dois para trás.
- não liga pra ele – falou
Stephen – ele passou por muita coisa nesses últimos anos. Ele deve estar com
uma overdose de informação.
- ele vai ficar bem? – perguntou
Ray – talvez eu devesse conversar com ele.
- Ray… - falou Stephen se
aproximando dele – se o exame confirmar o que todos esperamos você pode se
considerar um pai orgulhoso. Dê um tempo ao tempo.
- tudo bem – falou Ray – vou
fazer o pedido do exame de DNA. Uma velha conhecida pode fazer os exames e
guardar segredo, dessa forma sua campanha não será arruinada.
- não se preocupe comigo – falou
Stephen.
Lá fora o tempo parecia calmo.
Agora eu me lembrei, amanhã é aniversário de Adam. Tem tanta coisa acontecendo
que eu acabei me esquecendo de outros lados da minha vida.
- Olhei para trás e Stephen veio
até mim. Ray ficou parado ao longe.
- o que aconteceu com você?
- desculpe é que estou nervoso e
super agitado. É muita informação para ser processada e Talvez isso tudo seja
apenas mais uma decepção.
- Ele também é alérgico sabia? –
falou Stephen se aproximando – tem alergia a camarões.
- e dai?
- Alergia é hereditária Mike.
Claro que o filho não é alérgico a mesma coisa que o pai ou a mãe, mas as
chances de um filho ser alérgico a algum tipo de alimento ou outra coisa é 50%.
- você não está facilitando eu
tomar minha decisão Stephen.
- deci… que decisão Mike?
- eu não sei se quero fazer esse
exame?
- mas porque?
- eu não sei. Algo me diz para
esquecer essa história.
- Mike o homem tem direito de
saber. Sua mãe tem o direito de saber.
- minha mãe… me esqueci dela. E
se foi ela que me abandonou e disse que desapareci? Talvez ela não estivesse
preparada.
- Mike, ele estava mais do que
preparada quando te teve. Ray me disse que quando se casou com sua mãe, que a
proposito de chama Abigail, ela já tinha um filho.
- eu tenho um irmão mais velho?
- sim. Se chama Seth, é mais
velho que você dez anos.
- meu deus – falei nervoso.
- você só está nervoso Mike. É
muita informação para sua cabeça.
- eu sabia que queria, mas agora
que está tão perto não tenho mais certeza.
- sabe quando você quer muito uma
coisa e quando consegue você sente uma sensação de vazio e incerteza? Isso
acontece com todo mundo.
- você acha que eu devo fazer?
- você não tem escolha. Vamos ter
que esperar por volta de uma hora antes de fazer o exame. Ray fumou um cigarro
cerca de vinte minutos atrás.
- precisa ser mesmo hoje?
- precisa. Depois do exame vamos
direto para o aeroporto. Já pedi que um dos meus ajudantes comprassem sua passagem.
- tudo bem – falei olhando para
Ray.
Depois de mais de uma hora nós
andamos pelo corredor até uma pequena sala onde exames eram feitos. Ray nos
explicou que Marie é uma velha amiga e ela trabalha no laboratório do hospital
e é ela mesma que irá recolher o sangue e fazer a comparação genética.
- Marie? – falou Ray batendo na
porta. Uma mulher de jaleco abriu a porta – podem entrar.
Quando ela me viu ela olhou para
mim e por alguns instantes não piscou. Um sorriso surgiu em seu rosto.
- você tem os olhos do seu pai
sabia? – falou ela fechando a porta. Ray deu um sorriso.
- eu não… ele pode não ser meu
pai – falei respirando fundo.
- sinto muito – falou ela
indicando uma cadeira.
- vou precisar apenas de uma
pequena amostra de DNA. Como os dois estão aqui e estão dispostos eu prefiro
pela amostra sanguínea. Tudo bem?
- tudo – respondeu Ray esticando
o braço. Ele parecia mais ansioso do que eu. Por alguns momentos pensei em
desistir, mas logo pensei: “Que se foda! Estou prestes a finalizar um velho
capítulo e iniciar um novo na minha vida”.
Ray foi o primeiro. Seu sangue
foi colocando em um frasco. Em seguida foi minha vez. Em seguida ela pegou dois
cotonetes e pegou amostras da saliva.
- tudo pronto – falou ela
retirando as luvas. Vou trabalhar a noite toda no material que recolhi de
vocês. Não dou certeza, mas daqui a três dias eu já tenho o resultado.
- ok – falei agradecendo e saindo
da sala. Ray me seguiu. Stephen esperava por nós do lado de fora.
- e então? O resultado sai em
quantos dias?
- três – falou Ray.
- ok – falou Stephen enquanto
caminhávamos para fora do hospital – em três dias nós dois voltamos aqui.
- tudo bem – falou Ray – pode ser
na minha casa – perguntou ele olhando para mim.
- e se der negativo?
- não vai – falou Ray.
- ok – falei triste e feliz ao
mesmo tempo. Puta merda eu não queria ter falsas esperanças, mas era meio
difícil não ter com todo mundo jogando na minha cara daquele jeito.
Pegamos uma carona com Ray de
volta ao açougue. Stephen sentou-se na frente. Ray pediu que eu ficasse ao seu
lado, mas eu preferi ir atrás. Ao chegarmos nós nos despedimos. Ray foi até lá
dentro e pegou um papel e uma caneta.
- esse é meu endereço – falou ele
entregando o papel para mim – vou ficar ansioso esperando por vocês.
- igualmente – falou Stephen
apertando a mão dele.
- até mais – falei estendendo a
mão. Ray apertou contra sua vontade. Eu sabia muito bem o que ele queria fazer,
mas não dei a chance. Sem fortes emoções ou contatos desnecessários.
- até – falou Ray apertando minha
mão bem forte.
Ele fez questão de ficar na porta
do açougue nos acompanhando com seu olhar enquanto Stephen e eu desaparecíamos
no fim da rua.
Antes de me levar ao aeroporto
Stephen me levou de volta ao hotel e eu peguei minhas coisas. A viagem seria
longa até em casa.
Cheguei em San Diego por volta
dás onze e meia da noite, ao sair do avião e pegar minha mala sai em direção
aos taxis. Entrei na fila que estava enorme. Não muito tempo depois um mão
repousou em meu ombro.
- pai?
- vamos – falou ele pegando minha
mala e levando.
- o Stephen ligou para o senhor?
- infelizmente sim.
- obrigado por ter vindo me
buscar.
- ele me contou uma outra coisa –
falou ele abrindo o porta malas e jogando a mala lá dentro.
- ele não devia ter falado nada,
eu ainda nem tenho certeza – falei dando a volta e entrando no carro.
A viagem até em casa foi
silenciosa. Na metade do caminho tentei puxar assunto, mas parece que ele não
estava muito a fim. Apesar dele claramente não querer conversa, a poucos
quilômetros de casa, decidi insistir.
- o senhor não vai dizer nada?
- dizer o que Mike? O que eu
posso dizer para você nesse momento?
- não sei. Qualquer coisa.
- eu te avisei – falou ele
virando na nossa rua.
- como assim eu te avisei.
- tantos caras bons para se
casar, tantos caras… gays e você resolve converter um hétero?
- como assim “converter”? ele
casou comigo porque quis.
- depois não acha ruim quando
dizerem que vocês ficam tentando converter todo hétero em gay…
- como o senhor tem coragem de
dizer isso? Justo pra mim?
- eu não te reconheço mais Mike.
Já não me visita, não me liga não dá noticias. Preciso ficar sabendo disso tudo
por Adam? – falou meu pai entrando com o carro na garagem.
- o senhor está defendendo ele?
- você sabia que isso podia
acontecer a qualquer momento. Você não se casa com um homem e espera que ele
não dê suas escapadas de vez em quando.
- Uau! Eu entendi – falei siando
do carro – até porque os gays não são “homens” também. O senhor só o defende
porque está com o orgulho ferido.
- Não estou do lado de ninguém,
mas acho que não devia ter reagido da forma que você reagiu. Devia ter
conversado com ele – falou ele batendo a porta do carro. Ele veio de encontro a
mim – como acha que me sinto? Você tem mais fitas de sexo do que uma garota de
programa barata.
- olá garotos – falou Vanessa
chegando na porta da frente com Rachel nos braços.
- você está defendendo Adam?
sério? Foi ele que pulou fora e comeu a primeira que se ofereceu. O senhor age
como se a culpa fosse minha. O casamento não deu certo e pronto.
- você acha que desisti assim tão
fácil? Eu fiquei com sua mãe até o dia da morte dela.
- Você fala como se tivesse sido
um sacrifício. Do jeito que o senhor está defendendo o Adam não me admiro se em
um futuro próximo descobrir que o senhor também comeu alguma vagabunda enquanto
estava com a mamãe.
Meu pai deu um tapa na minha
cara. Meu rosto ardeu.
- Larry! – gritou Vanessa.
- nossa… – falei alisando meu
rosto dolorido – quer que eu tire minha roupa agora? A última vez que me bateu
você me estuprou em seguida – falei passando por ele e entrando em casa. Fui em
direção as escadas e ao chegar no andar de cima fui até meu antigo quarto. Eu
abri a porta e me lembrei que agora era o quarto de Rachel. Fechei a porta e
fui até o quarto de hospedes e quando abri a porta dei de cara com o irmão da
Vanessa enrolado em sua toalha. Levei um grande susto.
- meu deus, me desculpa – falei
levando um puta susto.
- não tem problema… o que
aconteceu com seu rosto? –perguntou Vincent surpreso. Eu não respondi e fechei
a porta saindo.
Eu voltei no corredor e parei no
meio do caminho. Já não tinha mais lugar naquela casa para mim.
Escutei passos na escada. Era
Vanessa.
- Mike você está bem? – perguntou
ela preocupada. Rachel ainda em seus braços.
- estou – falei colocando a mão
no meu rosto – vou para um hotel.
- fique aqui. Você pode dormir no
sofá.
- não precisa ir embora – falou
Vincent saindo do quarto já de roupa – pode ficar no quarto, eu durmo no sofá.
- obrigado, mas não precisa.
Prefiro ir para um hotel, não vou ficar na mesma casa que ele.
- deixa pra lá Mike. Fica aqui.
- porque ele está assim Vanessa?
Eu fiz algo a ele? Porque ele está descontando em mim?
- Ele é seu pai. É isso que os
pais fazem.
- não o meu. Ele nunca disse
aquilo pra mim. Ele está me tratando diferente. Ele devia ficar do meu lado e
não contra mim. Parece que desde que Rachel nasceu ele tem vergonha de mim –
falei isso sem perceber que podia estar atingindo Vanessa – sinto muito eu não
quis dizer isso…
- não tem problema, você está
nervoso, seu pai também – falou Vanessa tentando me acalmar – fica aqui mesmo,
você está em segurança. Amanhã vocês resolvem isso. Está tarde para você ir
para um hotel.
- sinto muito Vanessa, mas
preciso ir.
- eu te levo – falou Vincent – eu
posso leva-lo Vanessa.
- ótima ideia.
- não se preocupe Vincent, eu
chamo um taxi – falei indo em direção as escadas.
- eu te levo.
- vão no meu carro, as chaves
estão lá em baixo.
- ok – falou Vincent me seguindo.
Meu pai estava parando em frente
a porta da sala.
- você não vai a lugar nenhum.
- deixa ele ir – falou Vanessa
descendo as escadas. Rachel agra chorava em seus braços – sai da frente Larry,
meu irmão vai leva-lo até um hotel.
Meu pai saiu da frente e eu
passei por ele, mas ele segurou no meu braço.
- me perdoa – falou ele olhando para
mim.
Por alguns segundos o silêncio
predominou. Não olhei para ele. Não conseguia. Quando ele soltou meu braço eu
fui em direção ao carro de Vanessa estacionado ao lado do carro do meu pai.
Vincent destravou o carro e eu
finalmente entrei. O controle abriu o portão e logo saímos da garagem. Todo o
caminho até o hotel foi silencioso. Vincent Tentou puxar conversa, mas eu não
dei muita corda e minhas respostas eram sempre curtas e frias.
- você está bem? – perguntou ele
insistindo. Não era tão bom estar do outro lado.
- estou sim. Não se preocupe.
- você conhece algum hotel aqui
perto?
- tem alguns a mais ou menos
trinta minutos de viagem. É um prédio de dez andares.
- vou te levar lá – falou Vincent
parando no sinal.
Chegamos a um hotel que ficava a
quarenta minutos de distância da casa do meu pai. Vincent o parou o carro e
tirou o cinto.
- vou com você fazer o check-in.
- ok – falei saindo do carro.
Nós dois fomos até a recepção.
- boa… noite – falou o
recepcionista. Ele notou meu rosto vermelho.
- boa noite, eu gostaria de um
quarto por gentileza.
- por quantos dias?
- indeterminado.
- suíte 73 – falou ele pegando a
chave – Sétimo andar.
- obrigado – falei pegando a
chave.
- até amanhã – falou Vincent.
- obrigado pro ter me trazido.
- por nada – falou ele se virando
e saindo.
- será que você pode pedir para
levarem uma vodca para meu quarto por gentileza? Bastante gelo e limão para
acompanhar.
- quer saber? – falou Vincent
voltando – acho que vou ficar aqui com você. Pelo menos até você dormir. Você
vai acabar fazendo uma besteira ficando aqui sozinho.
- desculpa a falta de educação,
mas eu não preciso de babá.
- precisa sim – falou Vincent
pegando a chave da minha mão – vamos para seu quarto.
- eu mando a bebida ou não?
- sim – respondi.
- não – falou Vincent.
- tudo bem Vincent, se você quer
passar seu resto de noite de bebé, tudo bem, mas pelo menos me deixa beber.
- ok – falou Vincent – pode
mandar.
- estará chegando em breve.
Nós dois entramos no elevador e
ao chegar no quarto Vincent abriu a porta para mim.
- só vou avisando que não vou
dormir tão cedo.
- então parece que não vou
trabalhar amanhã.
- estou morto de cansado – falei
me sentando na cama e tirando meu tênis e minhas meias.
- você tem certeza de que quer
beber? Não é uma boa saída.
- eu sempre calculo todos os meus
passos antes de dá-los e isso nó tem me trazido problemas, que se foda tudo.
- ok – falou Vincent.
Eu peguei uma toalha e entrei no
banheiro e ao arrancar minha roupa tomei um banho quente e demorado. Quando sai
do banheiro Vincent estava sentado á mesa. Um copo com vodca, gelo e limão
estavam sob a mesa.
- não vai beber comigo? –
perguntei pegando o copo e dando um gole e me sentando em outra cadeira.
- não, obrigado.
- Vanessa vai ficar preocupada
com você.
- eu já liguei para ela e contei
sua brilhante ideia de pedir bebida. Ela disse para eu ir embora só quando você
estiver dormindo.
- ok – falei tomando outro gole
da bebida – eu nem sei porque estou bebendo. Eu nem gosto de beber – falei
virando o copo e em seguida enchendo outra vez. Minha garganta queimou.
- então não beba.
- as pessoas estão sempre bebendo
para esquecer seus problemas. Talvez funcione comigo.
- acredite, não vai funcionar.
Você pode esquecer dos seus problemas por algumas horas, mas depois volta tudo
em dobro e com uma ressaca desgraçada.
-
não vamos falar sobre mim e minha patética vida. Vamos falar sobre você.
Sua esposa não se incomoda de estar viajando por tanto tempo?
- eu não sou casado. De onde
tirou isso?
- você não tem um filho? Pensei
que… haaaa já sei… Esqueci que você é homem… Não vai defender Adam também? Você
não vai me dizer como essa tal de Marisol é gostosa? Aposto que traiu sua
esposa e ela te deixou com uma criança. Bem feito.
- parece que a bebida fez efeito
rápido em você – falou ele puxando a vodca.
- Aposto que Adam anda
desabafando bastante para todo mundo, especialmente para meu pai. Ele nunca me
tratou daquele jeito antes.
- primeiro que eu não trai minha
esposa, porque nunca fui casado, segundo que meu filho foi adotado. Assim como
você.
- onde ele está?
- eu deixei ele a babá. Ela
sempre cuida dele sempre que viajo.
- você não preferiria ter uma
esposa para te ajudar a cuidar dele?
- não.
- sério? porque?
- o que você acha? – perguntou
ele rindo.
- mentira! sério? A Vanessa sabe?
Quando ela souber vai ficar uma fera.
- é claro que ela sabe – falou
ele tentando pegar meu copo – nunca foi um segredo.
- então ela sabe que você gosta
de homens?
- sim.
- que bom, agora enche meu copo.
- não vou, você já virou dois.
Você já está um pouco alto e além do mais você não trouxe sua carteira. Quem
vai ter que pagar tudo isso sou eu.
- não faz isso Vincent. Você sabe
o que estou sentindo nesse momento. Meu marido… o homem que eu pensei que me
amava e que seria o meu homem para sempre me traiu com uma qualquer e a
engravidou.
- posso ser sincero com você?
- pode.
- você não é um cara muito
esperto.
- porque?
- Não concordo com tudo o que seu
pai disse, mas uma coisa ele acertou.
- qual?
- com tanto gay no mundo porque
você foi ficar logo com um que não é?
- você está soando como meu pai –
falei me levantando da cadeira – nós não escolhemos quem amamos – falei caindo
deitado na cama – simplesmente aconteceu.
- mesmo assim. Quando um homem
homossexual se apaixona por uma mulher e se casa com ela acha que está fazendo
a coisa certa, mas uma hora ou outra ele vai perceber que fez a coisa errada e
vai começar a traí-la com outros homens, você não concorda comigo?
- sim.
- pois então? O que aconteceu
entre você e Adam foi a mesma coisa. Você estava tão apaixonado por ele que
acabou não percebendo isso.
- isso é verdade. Só deus sabe o
quanto eu era apaixonado por ele. Acho que se tratou mais sobre a fantasia do
que a paixão em si. Quem é que não tem uma paixão secreta pelo chefe gostosão e
hétero?
- eu não tenho – falou Vincent
rindo.
- claro que não tem. Nessa versão
Você é o chefe gostosão… só que não é hétero. O que torna a história muito
melhor.
- pois é – falou ele sem graça.
- me desculpa, acabei de te
chamar de gostoso. Eu te deixei sem graça não foi?
- a piada foi só um pouco
inapropriada.
- porque? você tem um namorado te
esperando em casa?
- não.
- então? Qual o problema? Vem
aqui e seja meu chefe gostosão.
- bom, é isso. Você está
oficialmente bêbado.
- não, não estou.
- está sim – falou Vincent se
levantando – agora você se deita e eu vou levar essa garrafa embora comigo.
- eu não estou bêbado. Estou em
San Diego, tenho vinte e dois anos de idade. Meu nome é Mickey Fox Krigsman-Fabray
– falei me sentando na cama – tudo o que estou pedindo é que passe a noite
comigo.
- tudo bem, eu vou pedir o quarto
ai da frente. Espero que esteja vazio.
- não precisa de outro quarto.
Minha cama é que precisa de outra pessoa – falei segurando a mão dele e
puxando-o. Ele se sentou ao meu lado.
- Mike minha consciência não me
deixa… - antes que ele terminasse a frase eu me aproximei e dei um selinho em
sua boca. Vincent colocou sua grande e forte mão direita em meu rosto e me deu
outro selinho. Em seguida ele me deu um beijo de língua. Nos beijamos
calorosamente. Levei minha mão até seu rosto ao qual tinha uma barba bem rala e
loira. Agora ele chupava minha língua.
Nos deitamos na cama e
continuamos a nos beijar. Levei minha mão até seu peito e alisei sentindo seu
corpo. Ele puxou minha perna esquerda e colocou entre suas pernas me fazendo
sentir seu volume duro na calça.
Nos beijamos por um longo tempo.
Sentindo o corpo um do outro.
Eu me levantei em seguida e tirei
a minha camisa e Vincent fez o mesmo. Nos abraçamos e nos beijamos outra vez.
Esse era o corpo que eu tinha visto por alguns segundo hoje mais cedo. Esse era
o corpo que naquele momento era todo meu. Seus braços fortes em envolviam cada
vez mais. A medida que nos aproximávamos na parede ele desabotoava minha calça.
Ele abaixou minha calça e me colocou de costas na parede com as pernas abertas.
Ele se abaixou e abriu minha bunda com a mão. A próxima coisa que senti fui sua
língua quente lambendo minha bunda. Ele circulava meu cu com a língua e sugava
com gosto.
Nós gemíamos a todo o momento. O
tesão era enorme entre nós dois. Depois de uns cinco minutos ele se levantou.
Eu me virei e nós demos alguns beijos.
- não quero te meter em confusão
– falei segurando seu rosto entre minhas mãos – se você não quiser, não
precisa. Nós dois sabemos que meu pai e Vanessa vão descobrir o que fizemos,
mais cedo ou mais tarde.
- tudo bem – falou Vincent –
esquece os dois, somo só você e eu aqui – falou ele desabotoando a calça e
descendo ela até o meio do joelho. Eu levei minha mão até o pacote na cueca
azul claro que ele usava.
Eu me ajoelhei e dei uma
mordiscada no pau coberto pela cueca. Em seguida eu desci a cueca e Vincent
pegou o pau na mão e puxou o coro deixando a cabeça rosada a mostra. Eu passei
a língua sentindo o gosto salgado antes de abocanhar ferozmente em um vai e vem
sua vara.
Vincent gemia de prazer sentindo
eu abocanhar seu pau. Não conseguia ver seus olhos verdes já que seus olhos
estavam fechados pelo prazer que ele sentia. Parecia um pedaço de carne na
minha mão.
Eu lambi o mastro até a ponta e
passei a língua nas bolas.
Eu me levantei e nós dois
terminamos de tirar nossas roupas. Vincent se sentou na cama de pernas aberta e
eu me sentei de frente para ele. Ele cuspiu na mão e passou no pau. Eu o
abracei com minhas pernas enquanto seu pau devorava meu rabo.
O pau foi entrando devagar até
rasgar todas as minhas pregas. Ele sorriu enquanto me fodia em um vai e vem
hipnótico. Nós dois nos beijávamos enquanto Vincent me fodia.
- você gosta de ser fodido? –
perguntou ele rindo.
- sim, muito.
Depois de mais ou menos dez
minutos me fodendo naquela posição eu me levantei e me deitei na beirada da
cama com as pernas levantadas. Vincent me encochou e enfiou o pau me fodendo em
seguida. Ele bombou forte e eu gemia de tesão enquanto seu pau deixava minha
bunda pegando fogo.
Vincent pegou meu pau na mão e
começou a me masturbar enquanto me fodia. Não demorou para que esporrasse em
minha barriga. Vincent me fodeu mais um pouco até que senti seu pau inchando
dentro de mim. Seu leite jorrou dentro de mim quando ele socou até no fundo.
Ele gemeu alto e se abaixou dando
um beijo gostoso em minha boca. Eu o abracei e não deixei ele se levantar. Por
vários minutos ele manteve o pau dentro de mim. Mesmo depois que ele começou a
ficar flácido.
- eu preciso ir embora – falou
Vincent ofegante – se não eles vão desconfiar.
- passa a noite comigo – falei
olhando nos olhos dele – é tão chato ter que dormir aqui sozinho. Por favor.
- tudo bem – falou Vincent
esticando a mão e pegando um toalha. Ele limpou minha barriga e depois limpou
minha bunda e seu pau – vá tomar um banho.
- Quando eu sair do banho você
ainda vai estar aqui?
- claro que vou – falou ele
ligando para a recepção. Ele pediu que a roupa de cama fosse trocada. Ele pegou
um dos roupões no guarda-roupas e o outro ele me entregou.
Durante o banho fiquei pensando
em tudo o que tinha acontecido no dia e todo o estresse que eu passei . Tanta
coisa aconteceu e agora era como se todo o estresse tivesse desaparecido.
Eu desliguei o chuveiro e ao
Abrir o Box de vidro Vincent entrou no banheiro. Eu estava um pouco
envergonhado. Nunca imaginei que estaria nessa situação com ele. Eu coloquei o
roupão e ele tirou o dele e ao passar por mim no banheiro se aproximou e me deu
um selinho.
- está se sentindo melhor? –
perguntou ele passando o dedão no meu rosto.
- estou sim.
- tem certeza? – perguntou ele se
aproximando e me dando outro selinho.
- tenho – falei colocando a mão
na barriga dele e alisando.
- a roupa de cama já foi trocada.
Se quiser se deitar fique a vontade.
- ok – falei indo até a porta do
banheiro enquanto ele entrou no box e ligou o chuveiro.
Por alguns minutos hesitei em
sair.
- Vincent… - falei baixo. Não
tinha certeza se devia perguntar aquilo.
- oi Mike – falou ele se
ensaboando.
- essa foi uma coisa de uma noite
só?
- posso ser sincero com você
Mike?
- você sempre é.
- eu não sei. Pode ser coisa de
uma noite, pode ser que aconteça outra vez ou talvez não aconteça nunca mais.
Pelas história que ouvi de você Mike eu sei que você costuma se jogar de cabeça
em relacionamentos. Você costuma se apaixonar facilmente e se decepcionar
depois. Eu não vi seus vídeos sexo, mas sei que tem muitos e sinceramente não
me importo, isso não nos impediria de ter um relacionamento. Estaria mentindo
se dissesse que sei o que virá a seguir, mas a verdade é que a única coisa que
sei é que quando sair do banho quero deitar com você e te fazer bastante
carinho, eu sei que você precisa especialmente hoje. Relaxe Mike, deixe eu te
mimar essa noite. Não vamos nos preocupar com o amanhã.
- obrigado pela sinceridade
Vincent – falei saindo do banheiro, vestindo minha cueca e me deitando na cama.
Ao sair do banho, Vincent vez o
mesmo ao se deitar ele me puxou e me fez deitar a cabeça em seu peito. Ele fez
carinho em meus cabelos e passava os dedos na minha orelha. Fazendo-me arrepiar
as vezes.
Ele estava certo, não importa o
que vier a seguir, o certo é que devemos aproveitar o hoje.
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