MANNEQUIN FACTORY capítulo vinte e dois
E
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u estava
quase chegado em San Diego e liguei para Scott. Era 04h20min da madrugada, mas
eu não podia esperar mais para ouvir o que Scott sabia sobre Roman que eu não
sabia.
O celular
dele chamou várias vezes e ele não atendeu. Eu tentei mais uma vez e dessa vez
ele atendeu.
- Mike? –
falou ele atendendo com a voz cansada.
- oi Scott,
desculpa te ligar a essa hora, mas eu preciso falar com você.
- eu também
quero falar com você, mas como eu te disse, precisa ser pessoalmente.
- isso não é
problema. Em 5 minutos estarei pousando no aeroporto de San Diego.
- mas já?
Você não estava na festo do seu pai?
- eu estava
e ocorreu tudo bem até o momento que Roman apareceu e nós tivemos uma briga e
eu decidi vir embora.
- tudo bem –
falou Scott – se você quiser eu posso te pegar no aeroporto.
- melhor
não. Meu pai mandou o motorista me levar para casa e se eu dispensá-lo ele vai
dizer ao meu pai que pode comentar com Roman. Sendo assim você me pega na porta
de casa. Eu não vou nem entrar assim que o motorista se for eu vou ficar te
esperando.
- ok – falou
ele – me passa seu endereço – falou Scott se sentando na cama e ligando a luz
do abajur e pegando uma caneta no criado mudo ele anotou o endereço que eu
passei para ele.
- posso te
esperar então?
- pode sim –
falou ele – eu vou ir para lá agora e estacionar o carro na sua rua e assim que
eles te deixarem eu te pego.
- combinado,
até daqui a pouco.
- até –
falou ele antes que eu desligasse o telefone.
Logo nós
chegamos ao aeroporto de San Diego e o piloto foi autorizado a pousar. Logo que
a aeronave chegou ao solo ela taxiou e a porta do jato foi aberta e eu desci.
Um carro preto parou na minha frente e eu entrei na porta de trás e logo fui
encaminhado para casa. No caminho meu pai Stephen me ligou.
- oi pai.
- a viagem
foi boa?
- foi sim.
- você está
se sentindo melhor?
- estou. Eu
nem deveria mais sofrer por causa disso.
- escute meu
conselho e dê uma chance para Roman se explicar.
- por falar
em Roman você o viu? Ele por acaso veio embora?
- não. Ele
está hospedado aqui em casa – falou ele.
- pai…
- olha vocês
podem ter brigado, mas eu tive que oferecer um lugar para ele ficar você não
sabe como ele está abalado pelo o que aconteceu essa noite. Eu não sei bem o
que aconteceu entre vocês, mas parece estar muito abatido.
- não me
fala dele – falei – eu gosto dele, mas não quero saber como ele está.
- me
desculpe – falou meu pai – eu gostei muito do que você falou.
- desculpe
não ter seguido o roteiro, mas eu me senti mais confortável dizendo algo que
viesse de mim.
- não te
problema eu sinceramente gostei mais do que o texto que Terry escreveu para
você.
- obrigado.
- bom, eu
vou me deitar, estava até agora acordado o dia foi especial para mim.
- nós
estamos quase chegando e eu também vou cair na cama assim que entrar pela porta
do meu quarto eu não consegui pregar o olho no avião tudo o que eu conseguia
pensar era em Roman.
- é seu
coração dizendo para dar uma chance para ele.
- ok – falei
rindo – o senhor é insistente.
- boa noite
filho.
- boa noite
pai.
Nós desligamos
e 10 minutos depois o carro parou na porta da minha casa.
- muito
obrigado – falei saindo do carro – boa noite.
- boa noite
– respondeu o motorista.
Eu fui em
direção ao portão como se estivesse procurando a chave e o carro partiu
desaparecendo na esquina. Eu então olhei para a rua procurando pro um carro e
logo um carro parado ligou o farol e veio andando na minha direção.
O carro
então parou na minha frente.
- olá –
falou Scott.
- oi –
respondi.
- dê a volta
e entre – falou ele com óculos de grau no rosto.
Eu dei a
volta, abri a porta e me sentei ao lado dele.
- eu não
sabia que você usava óculos – falei quando ele ligou o carro.
- eu uso
lentes de contato, mas eu tiro para dormir e como eu estava com pressa teve que
ser os óculos mesmo – falou ele com um sorriso.
- você mora
longe daqui?
- não muito
– falou ele.
- o que você
tem a me dizer? – perguntei
- vamos
falar sobre isso no meu apartamento.
- porque não
em diz logo?
- Mike é um
assunto muito delicado e vai precisar de cem por cento da minha e da sua
atenção.
- desculpa
ser arrogante é que estou tão curioso à noite não foi muito boa pra mim.
- sério? Eu
vi o seu discurso na TV. Foi lindo.
- obrigado.
Nós então
seguimos a viagem em silêncio por um tempo e logo percebi que Scott estava inquieto.
- o que foi?
– perguntei.
- o que?
- você está
inquieto, fica toda hora coçando o rosto e me olhando e lambendo o lábio
inferior eu não sou um especialista, mas isso indica que você quer dizer algo,
mas não sabe se deve.
- você é bom
– falou ele.
- o que é?
- você já
sabe de Roman te traiu mesmo? Eu sei que não é da minha conta, mas eu só queria
saber.
- sim.
- e já sabe
com quem?
- com Roderick
o rapaz da boate
Nós então
chegamos a um prédio e ele apertou um botão no controle e a entrada se abriu e nós
entramos e seguimos até uma garagem. Nós saímos e entramos no prédio e subimos
de elevador.
- então você
tem certeza de que ele te traiu?
- certeza eu
ainda não tenho, mas tenho 90% de certeza. Você não sabe de nada sobre isso,
sabe?
- eu sinto
dizer que não se trata só de traição de Roman.
- como
assim?
A porta do
elevador se demos de frente a um corredor marrom com piso de madeira. Nós
seguimos até a primeira porta do lado esquerdo e ele abriu a porta e nós
entramos.
- lar doce
lar – falou ele – não repare na bagunça, por favor, minha empregada não veio
essa semana e eu meio que não tive tempo.
- sem
problemas.
Ele então
fechou a porta. O apartamento era grande e muito bem decorado. Tudo rústico na
por marrom. O piso era todo de madeira.
- quer tomar
alguma coisa?
- talvez uma
água. – falei indo até a sala e me sentando no sofá que tinha lá. Atrás do sofá
ficava a parede de frente para a rua com uma enorme janela.
Ele então
trouxe um copo de água de eu tomei e ele se sentou ao meu lado e nós ficamos de
frente um para o outro com uma certa distância.
- gostei da
decoração. – falei.
- fui eu
quem escolheu.
- você tem
bom gosto – falei colocando o copo no criado mudo ao lado do sofá que tinha um
abajur em cima.
- bom Mike,
eu nem sei como te contar o que eu vou dizer por que vai te machucar muito.
- pode
dizer, aproveita que eu sofri muito essa noite.
- Mike eu
trabalho com Roman há muito tempo e você conhece a fama dele.
- sim.
- ele é um
canalha que faz de tudo para ganhar o caso. Você provavelmente sabe disso.
- sei sim.
Ele mesmo já me falou.
- Mike, você
acha que quando você e Roman se conheceram há quase quatro meses atrás foi pura
coincidência?
- porque
você diz isso? Ele tinha ido ao dentista.
- depois que
se encontraram ele foi mais alguma vez ao dentista? Ele pelo menos tocou no
assunto?
- não.
- você não
acha isso estranho?
- não. Ele
pode ter terminado algum tratamento dentário ou algo do tipo.
- o Roman
sabia onde você trabalha e que horas saia.
- como? Ele
nem me conhece.
- você sabe
que existem inúmeras maneira de fazer um exame de DNA não sabe? Pele, saliva,
fios de cabelo… inúmeras maneiras.
- o que isso
tem a ver?
Ele respirou
fundo e não disse nada.
- o que isso
tem a ver?
- Mike… seu
pai…
- o que meu
pai te a ver com o Roman?
- Mike,
Roman, Harry e eu éramos sócios há muito tempo então existia meio que uma
amizade entre nós todos e o sigilo do que era dito no trabalho entre nós três.
O que quero dizer é que todos nós três tínhamos conhecimento dos casos que
estávamos envolvidos.
- não
entendo onde quer chegar.
- Mike, o
caso que Roman trabalhava recebia o nome de Mannequin
Factory e era altamente secreto, mas ele compartilhou no que trabalhava
comigo e com Harry.
- e no que
ele trabalhava?
- em você.
Eu levei um
choque por um tempo.
- em mim?
- sim. Isso
envolve seu pai biológico o governador Griffiths.
- sim, eu
sei que os dois trabalharam juntos no passado.
- não Mike.
O trabalho é você.
Eu senti um
tremor dentro de mim. Eu não sabia se estava preparado para o que seria dito.
- como assim…
eu sou o trabalho?
- Roman foi
contratado por Stephen Griffiths á muito tempo atrás para ajuda-lo em um caso
diferente. Ele precisaria se relacionar com você. Seu pai vem procurando você
desde o ano passado e ele te encontrou. Roman aceitou o trabalho e foi quando
vocês se conheceram. Como eu disse o exame de DNA pode ser feito de várias
maneiras. Em algum momento Roman pegou algo que você tocou um copo que você
tomou água, por exemplo, ele levou para análise e você foi confirmado como
sendo filho dele.
- isso não
faz sentido – falei começando a ficar agitado – porque meu pai faria isso? Ele
fez um exame de sangue em mim.
- tudo
teatro Mike.
Eu respirei
fundo e olhei para fora na janela e algumas coisas começavam a se encaixar na
minha mente, mas meu coração não me deixava acreditar.
- mas porque
essa coisa de Mannequin Factory.
- Mike o
trabalho de Roman não era simplesmente se relacionar com você. Ele tinha que
estar sempre ao seu lado e ser o seu moldador ele iria te influenciar nas
escolhas para que tomasses decisões. Roman é manipulador e tudo o que Stephen
quer é ser eleito presidente.
- mas não
seria mais fácil eles terem me pago para que ficasse de boca fechada e não
dissesse que eu era seu filho?
- e perder a
história? Mike Stephen subiu no conceito de muitos eleitores pela história de
vocês dois. O garoto que encontra o pai biológico depois de anos e esse pai,
candidato a presidência, aceita o filho de braços abertos mesmo ele sendo
homossexual. Uma história inspiradora. Eu votaria nele. – falou Scott.
Eu estava
tonto com tudo o que ele me dizia, minha cabeça doía com tanta informação.
- você não
percebe Mike? Aposto que Roman seja aos seus olhos o homem perfeito. Ele tomou
decisões que nunca tomaria antes de te conhecer. Ele sabia coisas sobre você.
Como filmes, favoritos, música…
- sim.
- Mike olhe
para si mesmo quatro meses atrás e olhe agora. Você passou de garoto normal da
cidade grande para uma celebridade que se deixa ser manipulada facilmente. Você
Mike… você é o projeto de Roman e você nunca foi mais do que isso para ele.
- não posso
acreditar nisso – falei limpando meus olhos que estavam lacrimejando.
Ele ficou me
olhando com um olhar acolhedor como se estivesse arrependido por ter dito tudo
aquilo.
- porque
você está me contando isso?
- eu não
ligava para esse caso até te ver pessoalmente pela primeira vez na boate. Eu vi
como você realmente gosta de Roman. Eu me senti culpado pro você estar sendo
enganado – é por isso que Roman não podia saber que nós conversávamos sozinhos
porque Roman é esperto e sabe quando está sendo traído. Por isso eu tinha medo
de ser visto com você. Roman não poderia saber.
- é por isso
que meu pai Stephen fica insistindo para que eu dê uma chance para Roman?
- ele está
insistindo?
- sim. Desde
que descobriu que Roman me traiu ele fica tentando me empurrar para cima dele
dizendo que Roman dele ser perdoado.
- pode ter
certeza que é – falou Scott – seu pai deve estar irado porque Roman quase
coloca tudo a perder. Seu pai precisa de você ao lado dele até o fim da campanha,
Mickey o filho modelo. De um jeito ou de outro Roman vai ter que conseguir você
de volta.
- não vai
mesmo – falei com raiva.
Scott se
levantou e pegou um lenço de papel e me entregou e eu limpei ás lágrimas.
- obrigado –
falei.
- sinto
muito por tudo. Você pode me odiar se quiser, mas eu tinha que ter certeza que
você soubesse de tudo.
- não vou
ficar com raiva de você – falei deitando a cabeça na cabeça do sofá. – você
pelo menos está me contando tudo.
- não
precisa se preocupar Mickey, ninguém mais sabe sobre essa operação. Nem sue
chefe nem seu pai. As únicas pessoas que estão te manipulando são duas. Roman e
Stephen.
- você
chegou a ver o arquivo do caso?
- sim, eu
tenho inclusive uma cópia que eu tirei depois de te conhecer aquele dia à noite.
Ele se levantou e foi até o quarto e trouxe uma pasta com vários papéis e se
sentou ao meu lado.
- eu passei
o marcador de texto em cima dos nomes que são citados em todo o arquivo: Stephen
Campbell Griffiths, Roman Pearce Orth, Mickey Fox Fabray e Roderick Mason
Steele.
- você tem
razão – falei parando de olhar os papéis. – eu tenho sido um peão nesse jogo de
xadrez todos esses meses. – falei suspirando – eu realmente não tenho sorte
nessa vida. Minha vida parece não ter sentido.
- não diga
isso – falou Scott colocando o arquivo de volta na pasta e jogando no outro
sofá. ele se aproximou de mim.
- obrigado
por ter me contado a verdade.
Ele deu um
sorriso e segurou meu rosto com a mão direita e me deu um beijo. Eu fechei os
olhos e correspondi o beijo e logo Scott se afastou de mim.
- me
desculpe – falou ele com um sorriso meio sem graça.
- tudo bem –
falei olhando para ele.
Nós ficamos
nos olhando para o um tempo sem dizer nada um para o outro. Eu então coloquei a
mão no rosto dele e tirei os óculos e coloquei em cima do criado mudo e nós nos
beijamos outra vez.
Fazia muito
tempo que eu não transava. Não sei se foi isso ou o charme de Scott, mas eu
estava o desejando naquele momento.
Nós nos
beijávamos e enquanto isso nós trocávamos caricias. Eu coloquei a mão no peito
dele e alisei até a barriga. Scott me puxou e eu sentei no colo dele de frente
para ele ficando com seu pau bem na minha bunda ainda escondido pela calça
jeans.
- não
precisa fazer isso – falou ele entre um beijo e outro.
- eu quero –
falei beijando o rosto dele. A barba que começava a nascer no rosto dele roçava
no meu rosto enquanto nos beijávamos calmamente.
- meu bafo
deve estar horrível – falou ele com um sorriso.
- não
poderia estar melhor – falei dando um selinho na boca dele.
- e meu
cabelo todo desgrenhado – falou ele rindo.
- seu
penteado está lindo – falei alisando os cabelos dele.
- quer mesmo
fazer isso? – perguntou ele – não quero que pense que estou se aproveitando de
você e da situação.
- nós somos
maiores de idade e estamos atraídos, bom pelo menos eu estou com muito tesão em
você.
- também
estou – falou ele dando um selinho.
Ele então
segurou minha camisa e eu levantei os braços e ele tirou e jogou no sofá. Eu
fiz o mesmo com ele revelando um peitoral lindo e peludo.
Nós nos
beijamos enquanto explorávamos o corpo um do outro. Eu então senti o pau dele
duro embaixo da calça.
- você tem
preservativo? – perguntei no ouvido dele.
- tenho sim
– falou ele beijando meu rosto e em seguida nos beijamos de língua.
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