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MUDANÇA DE PLANOS capítulo treze
ós estávamos no meio do lago apreciando a paisagem.
- será que é muito fundo? –
perguntou Peter olhando para a água.
- eu não sei, só sei que se eu
cair eu vou afundar igual a uma pedra.
- você não sabe nadar? –
perguntou ele querendo rir.
- não sei não senhor nadador.
- desculpa é que todo mundo que
eu conheço sabe… mas também de onde eu vim se você não souber nada você logo
morre porque o único passatempo é o rio.
- porque você acha que todo o
tempo que fiquei lá eu não anime ide ir nadar?
- entendo.
- quem sabe você não me ensina?
Se você quiser é claro.
- quero sim – falou ele – quando
tivermos a oportunidade eu te ensino
- oportunidade é o que não vai
faltar depois que eu me mudar.
- combinado – falou ele.
Nós continuamos navegando
calmamente. O dia estava lindo e nós dois morrendo de fome. Enquanto voltamos
para o porto o sol desapareceu e começou a encher de nuvens.
- tomara que de tempo de
chegarmos ao restaurante não estou afim de me molhar – falei olhando para o céu
cinzento.
- não vai chover agora.
- como você sabe?
- quando se vive no campo você
aprende essas coisas. Era um dos meus passatempos preferidos quando criança:
observar o céu. Ao longo da minha eu aprendi algumas coisas.
- ok – falei me aproximando dele
e ele deu um beijo na minha boca.
- viu só? Não tenho mais vergonha
de te beijar em público – falou ele me dando outro selinho.
- não te disse? Aqui as pessoas
não se importam. Algumas pessoas se importam, mas o que podemos fazer? Não
podemos obrigar todas as pessoas a aceitarem, mas elas pelo menos nos
respeitam.
Nós finalmente chegamos em terra
firme e seguimos a pé e de mãos dadas para um restaurante.
- bem que você disse – falei
olhando para o céu?
- pois é. É muito difícil eu
errar esse tipo de coisa. Geralmente a chuva que vem nesse mês geralmente
parece uma tempestade, mas não passa de um chuvisco.
- eu adoro chuva sabia?
- eu também – falou ele – não
gosto de frio, mas gosto do tempo húmido eu gosto do cheiro de terra molhada.
- o melhor cheiro do mundo –
falei rindo para ele – nem o perfume mais caro do mundo não consegue me agradar
mais do que isso.
- a não ser o seu cheiro – falou
ele.
- sério? – falei cheirando minha
camiseta – eu devo estar fedendo, eu costumo transpirar muito.
- que nada – falou ele com um
sorriso – você tem um cheiro natural.
- obrigado – falei beijando ele.
Nós chegamos ao restaurante,
colocamos nosso almoço e fomos para a mesa.
Depois que terminamos de comer
nós pedimos a conta. Eu olhei o valor e tirei a carteira para pagar.
- deixa que eu pago – falou ele
procurando a carteira, mas ele não encontrou – não estou encontrando.
- sério?
- sim. – falou ele olhando para mim
– a última vez que mexi nela foi no museu.
- você deve ter deixado cair e
não percebeu, mas não se preocupe nós
podemos voltar lá e ver se alguém encontrou.
- mas e a conta?
- não ser preocupe eu pago –
falei colocando o dinheiro em cima da mesa e nós nos levantamos.
Nós saímos do restaurante e eu
fui para a beirada da rua procurar por um taxi.
- vamos de taxi?
- sim. Quanto antes chegarmos lá
melhor.
Nós entramos no taxi e depois de
dez minutos nós estávamos em frente ao museu. Antes de sair eu paguei o
taxista.
- desculpa fazer você gastar seu
dinheiro com isso – falou Peter enquanto entravamos no museu – estou tão sem
graça.
- não se torture por isso Peter.
- ok – falou ele.
Nós entramos e fomos direto até o
guarda.
- boa tarde.
- boa tarde – respondeu o
segurança.
- meu amigo perdeu a carteira
dele e temos certeza que foi aqui, será que por acaso ninguém achou?
- sim. eu encontrei.
- que ótimo – respirei aliviado.
- eu levei para a administração.
Pode vir comigo?
- sim – respondi.
- só o dono por gentileza.
- ok – falei olhando para Peter e
ele seguiu o segurança.
Eu fiquei lá olhando as obras de
arte e dez minutos depois eu vi Peter se aproximando de mim.
- e então? É a sua?
- sim – falou ele com um sorriso
– o rapaz que me entregou foi muito simpático ele até pediu meu número de
celular caso ele encontre outra coisa minha perdida.
- e você deu?
- dei.
- o que mais ele pode encontrar
seu? – perguntei enquanto saiamos do museu.
- não sei. – falou ele pensando.
- isso quer dizer que?
- sei lá – falou ele. – ele só
tentou ser simpático.
- não, ele te deu uma cantada –
falei rindo.
- como assim?
- ele te deu uma indireta, está
obvio que ele não vai encontrar mais nada seu ele só queria pedir seu número de
celular.
- sério? – perguntou ele rindo.
- sim, viu só? Você é um partidão
Peter, um homem bonito e carismático se não tomar cuidado vai ter dezenas aos
seus pés.
- você me deixa envergonhado –
falou ele sério.
- não fique.
- ok – falou ele rindo – posso te
pedir uma coisa?
- pode.
- vamos de metrô?
- alguém gostou mesmo de andar de
metrô.
- eu adorei toda a cidade – falou
ele.
Nós então saímos andando a
caminho do metrô e a chuva nos pegou no meio do caminho, mas como estávamos
perto nós corremos e conseguimos chegar secos com apenas alguns pingos no rosto
e na roupa. Nós então entramos no metrô a caminho de casa.
- e então? Gostou do passeio?
- sim.
- você veio aqui pra descansar e
eu fico te cansando mais. Como dizem: férias é para se passar sozinho e longe
das pessoas.
- longe das pessoas chatas. Você
não é chato – falou ele.
- você também não é. De fato,
meus ex-namorados são um pé no saco combinados com você.
- sério? – perguntou ele.
- sim.
Eu olhei para fora distraído e
Peter me puxou para perto dele e passou o braço por mim.
- eu nem percebi que estávamos
tão longe um do outro.
- a culpa é minha. Você deve
estar receoso de me tocar em público, mas eu sou um tolo. Você pode me abraçar
e me beijar o quanto quiser.
- nós somos só amigos Peter.
- eu realmente gostei de te
beijar
- tudo bem – falei dando um beijo
na boca dele – é só uma amizade colorida.
Ele não disse nada e apenas
sorriu por alguns segundos.
Nós andamos de metro e acabamos
descendo no meio do caminho para ir ao shopping e Peter foi pela primeira vez
ao cinema. Só chegamos em casa ás ás oito da noite.
- como foi o passeio? – perguntou
meu pai assim que entramos na cozinha.
- foi ótimo – falei dando um
beijo no rosto dele.
- gostou da cidade Peter?
- sim – falou ele.
- vai sentir falda disso tudo
quando se for filho? – perguntou meu pai.
- vou sim.
- eu não quero que você vá comigo
– falou Peter fazendo que meu pai e eu olhássemos para ele na mesma hora.
- por que? Eu fiz algo de errado?
- não. Você é ótimo – falou ele
com um sorriso, mas é que eu cheguei a uma conclusão.
- e qual é?
- você não vai comigo para o
Tennessee porque sou eu quem vou me mudar para San Diego.
- tem certeza?
- claro Mike. Depois de conhecer
a cidade e as pessoas eu vi que aqui é meu lugar. Não aguento mais as pessoas
de Shelbyville. Aqui a maioria das pessoas parece não ter problema com o fato
de eu ser gay. Você acha que as pessoas que eram minhas “amigas” conversam
comigo depois que eu me revelei? Nenhuma dessas pessoas a não ser os que você
conheceu como o Joe e a Gwen.
- você tem certeza disso?
- nunca tive tanta certeza disso…
quer dizer… - falou ele olhando para meu pai – se o senhor me deixar ficar aqui
por algum tempo, até eu conseguir um emprego e puder pagar por um lugar.
- claro que pode – falou meu pai.
- muito obrigado – falou Peter
estendendo a mão e meu pai apertou.
- você vai mesmo se separar da
sua família?
- sim. É o melhor para mim e eu
tenho certeza que eles vão aceitar.
- que bom – falei sorrindo para
ele. Estava realmente feliz. Estaria onde Peter estivesse, mas estar perto do
meu pai era melhor para mim. – onde está Vanessa?
- ficou até mais tarde no
trabalho ela só vai chegar depois das 21:00.
- onde estão Leo e Roger? –
perguntou Peter.
- estão desmaiados lá em cima.
- e o senhor? Não desmaiou
também?
- eu não mesmo como antigamente…
não depois do… - meu pai olhou para Peter e parou por um segundo e não disse
mais nada.
- eu vou lá fora fumar podem
conversar – falou Peter saindo.
- está tudo bem pai? – perguntei
me sentando ao lado dele.
- está sim… é que… eu andei
pensando no que eu te fiz quando estava bêbado.
- esquece isso pai é página
virada.
- eu sei, mas é que eu estava
pensando… e se eu fizer o mesmo com o bebê que está a caminho? Quer dizer, eu
nem tive coragem de beber com Roger e Leo depois que isso veio a minha cabeça.
Eu tive medo que beber demais e fazer o que fiz outra vez com você quando
chegasse em casa.
- pare de pensar nisso pai, eu
sei que está feliz por ter outro filho, mas eu sei que junto vem as preocupação
e aflições, mas é ai que vive a beleza de se ter um segundo filho porque você
não vai cometer os mesmos erros.
- você me perdoou mesmo pelo o
que te fiz?
- eu estou aqui e agora não
estou?
- sempre – falou ele.
- então, sim. eu te perdoei –
falei respirando fundo – pai posso te perguntar uma coisa?
- claro.
- qual foi a última vez que
Vanessa e o senhor fizeram sexo?
- porque pergunta isso?
- porque aposto que está evitando
tocá-la devido as lembranças que vem tendo.
- nós fazemos sempre, não sei nem
dizer quando foi.
- é sério pai, diz logo.
- duas semanas atrás.
- pai, eu tive uma ideia. Pega
seu carro e vai agora pro trabalho da Vanessa e diz que foi apenas conferir o
que ela estava fazendo. Pergunta se tinha mais alguém e se tiver mais alguém
pergunta quem. Deixe transparecer os ciúmes, deixe-a saber que você foi lá por
ela depois traga ela para casa. Tenho certeza que não passa de hoje.
- isso é bobagem filho.
- faz isso e depois me diz se é
bobagem.
- ok – falou ele – os tempos
estão mudando eu, um homem de 47 anos recebendo lições do meu filho de como
conseguir sexo.
- fazer o que né?
- eu vou lá então – falou meu pai
se levantando.
- depois me diz o que aconteceu –
falei vendo ele sair da cozinha.
Havia dado dicas ao meu pai.
Havia dito para ele ir ao trabalho e fingir estar com ciúmes dela. Meu plano
havia dado certo.
- eu e minha
grande boca – falei pra mim mesmo deitado na cama. Meu pai e Vanessa estavam
sendo um pouco barulhento. Olhei para o lado e o relógio marcava 23h40min.
O quarto do meu pai ficava ao
lado do meu então eu estava ouvindo o que não devia. Realmente meu plano tinha
funcionado. Eu avisei para o meu pai.
Eu me assustei quando alguém
bateu na minha porta. Por alguns instantes eu pensei que tinha sido alguém no
quarto do meu pai que tivesse batido a cabeça ou outra parte do corpo na
parede.
Eu me levantei e fui até a porta
e abri. Era Peter. Ela estava com o
pijama, mas sem a camisa. a calça do pijama do meu pai tinha ficado perfeita
para ele.
- eu só vim dizer boa noite –
falou ele – boa noite.
- boa noite – falei abraçando ele
e dando um beijo na boca dele; eu dei outro beijo e sentir o corpo quente dele
junto ao meu me deixou excitado.
- você não quer dormir aqui? –
perguntei dando um selinho – eu sei que disse que éramos só amigos, mas eu
adoraria ter o seu “pau amigo” comigo essa noite.
- tem certeza? – perguntou ele –
eu não sei se devo.
- Peter você está excitado, eu
estou sentindo.
- mas não precisa fazer nada, eu
estava pensando em se virar sozinho – falou ele.
- você está pensando em se
masturbar?
- sim – falou ele.
- por favor Peter, não se
masturbe enquanto estiver aqui. Eu estou solteiro e você está excitado. Fico
feliz em acabar com sua excitação sempre que a tiver.
- eu não sabia se devia – falou
ele me dando um selinho – afinal você disse que éramos apenas amigos.
- agora já sabe – falei beijando
a boca dele. Enquanto nos beijávamos eu o puxei para dentro do quarto.
Nós nos beijamos até que chegamos
perto da cama. Quando chegamos eu me sentei e desci a calça e a cueca dele. O
pau dele estava duro como rocha. Eu peguei na minha mão e já cai de boca. Eu
chupei com gosto e vontade. Peter delirava de tesão porque ele gemia e sua
perna tremia um pouco.
- está gostoso – falou ele
alisando minha cabeça com as mãos de repente ele segurou elas e forçou um pouco
o pau dentro da minha boca e eu chupei o máximo que eu consegui.
Quando ele tirou eu lambi a
cabeça rosada e comecei um vai e vem outra vez. Depois eu lambi com muito
carinho as bolas dele.
Eu então me deitei na cama e
tirei minha roupa e joguei para o lado. Peter arrancou o resto da roupa e veio
para cima de mim me beijando. Eu já abri minhas pernas e ele logo assim que
colocou a camisinha ele levantou colocando a cabecinha na entrada e enquanto
nos beijávamos e nos acariciávamos ele me arrombou mais uma vez. Ele me fodia
com gosto e disposição e o mais incrível é que ele parecia ter bastante
controle da ejaculação.
- você é uma delicia – falou ele
ofegante enquanto me comia.
- você é o rei da foda – falei
beijando a boca dele sentindo aquele fogo queimando dentro de mim dentro de
mim. Meu pau babava e melava nossas barrigas enquanto ele me fodia.
- está gostoso? – perguntei
apertando minha bunda fazendo ficar mais apertado para ele.
- muito – falou ele bando um
beijo no meu rosto e em seguida ele estocou forte e eu senti algo quente dentro
de mim. Ele tinha gozado enchendo a camisinha. – que delicia amor – falou ele
beijando minha boca.
Ele continuou me fodendo e me
masturbando até que eu gozei no meu peito e na minha barriga.
- que gostoso… – falei beijando a
boca dele.
- muito gostoso – respondeu
Peter.
Depois que eu limpei minha
barriga Peter jogou a camisinha com um nó no chão e se deitou ao meu lado e nós
acabamos dormindo totalmente nus, nossa única proteção o corpo um do outro. O
cobertor tratou de nos esquentar, mas creio eu que não era necessário.
Havia chegado o dia em que Peter
iria embora apenas para buscar suas coisas. Haviam se passado cinco semanas e
eu andava muito apreensivo, nervoso e ansioso. Leo e Roger tinham ido embora
três semanas atrás, mas Peter decidiu que queria viver em San Diego.
- o que foi filho? – perguntou
meu pai me vendo apreensivo na cozinha enquanto tomávamos o café da manhã.
- não é nada – respondi mordendo
o pedaço do pão doce sentindo um frio na barriga.
- filho, eu te conheço – falou
ele olhando para mim. – pode me dizer.
Estava em dúvida se contava ou
não para meu pai como eu me sentia. Vanessa já tinha ido para o trabalho e
Peter estava dormindo.
- ok pai, eu vou te falar, mas
não comenta com ninguém, nem com a Vanessa.
- tudo bem – falou meu pai.
- pai… eu acho que cometi um
erro.
- qual?
- eu acho que não devia ter dado
o fora em Adam.
- você quer dizer o que? –
perguntou meu pai.
- estou sentindo a falta dele.
Ando pensando muito em Adam.
- você precisa fazer o que o
coração manda.
- Não posso. A última vez que vi
Adam eu mandei ele se reconciliar com a esposa e agora eu me arrependo disso.
Talvez eu tenha cometido um enorme erro.
- como você sabe que está
apaixonado? – perguntou meu pai – o que te dá certeza?
- não paro de pensar nele. Sinto
um frio na barriga ao pensar se agora ele está no trabalho pensando o em mim do
mesmo jeito que penso nele.
- não sei o que te dizer.
- não tem muito o que dizer pai.
Cometi um erro e tenho que conviver com ele. Preciso conhecer alguém que me
faça esquecê-lo.
- pensei que você e Peter estavam
juntos.
- Peter e eu somos apenas amigos.
- amigo com benefícios né? –
perguntou meu pai.
- mais ou menos.
- o que você escolher eu te apoio, mas me responde
uma pergunta?
- sim.
- você não vai inventar de ir
para a África de novo não né?
- não pai, segunda-feira eu tenho
uma entrevista, eu vou conseguir um emprego e seguir meus planos se alguém
aparecer nesse meio tempo, ótimo.
- ok – falou ele me dando um
beijo no rosto.
Terminei de tomar o café da manhã
e subi as escadas para escovar os dentes. Entrei no banheiro e enquanto
escovava os dentes ouvi algum barulho no quarto e com certeza era Peter que
tinha acordado.
- bom dia – falou Peter.
- bom dia – falei cuspindo na
pia.
Depois que eu escovei os dentes nós
dois saímos do meu quarto.
- você vai hoje e volta que dia?
– perguntei enquanto íamos em direção ao quarto dele.
- no sábado. Vou ficar pelo menos
uma semana lá para me despedir de todos. Não vou trazer tantas coisas assim.
Apenas o necessário.
- essa semana eu também estarei
bem ocupado, eu terei várias entrevistas de emprego, espero que consiga ser
selecionado em alguma.
- vou torcer por você.
- obrigado – falei quando
chegamos a porta do quarto dele.
- vou tomar um banho e já vou
descer.
- ok – falei me afastando – até
daqui a pouco.
- até – falou ele fechando a
porta.
Agora eu estava focado na minha
carreira, pelo menos por um período de tempo até eu conseguir alugar um lugar
para morar. Ser independente financeiramente é o primeiro passo para
maturidade.
De tarde meu pai e eu levamos
Peter até o aeroporto e assim que chegamos a fila para a sala de embarque nós
nos despedimos porque dali pra frente nós não poderíamos ir.
- foi bom te conhecer Peter –
falou meu pai abraçando ele – você vai ser bem vindo em minha casa o tempo que
precisar ok?
- muito obrigado Sr. Fabray. –
falou Peter abraçando ele e em seguida ele veio até mim.
- te vejo daqui a uma semana
Mike.
- até daqui uma semana – falei
apertando a mão dele – boa viagem.
- obrigado – falou ele.
Nós o vimos entregar a passagem
para o segurança e depois ele passou para o outro lado e nós acenamos com as
mãos. E essa foi à última vez que eu vi ele naquele dia. Peter só voltaria em
uma semana, mas minha vida continuaria.
Duas semanas se passaram. Muita
coisa mudou. Peter havia morado conosco por uma semana e então já decidiu ir
morar com Denny. Não sei se havia alguma coisa entre os dois, mas Peter e ele
haviam se tornado bons amigos. Eles estavam dividindo o aluguel já que Peter
tinha conseguido um emprego ele decidiu se mudar porque não queria mais morar
conosco para não atrapalhar.
Me levantei cedo na segunda-feira
para ir a minha entrevista. Achei melhor que ninguém do meu antigo emprego
soubesse, incluindo Adam, Xavier, Roman e Gray. Eles são ótimos amigos, mas não
me vejo mais trabalhando para eles então por esse motivo eu tinha pedido para
que Vanessa não contasse nada para ninguém.
- bom dia – falou meu pai quando
eu desci as escadas.
- bom dia – falei dando um beijo
no rosto dele. – onde está Vanessa?
- já foi trabalhar.
- nossa, ela anda trabalhando
muito ultimamente.
- eu sei, eu disse para ela pagar
leve no trabalho, mas ela é uma mulher forte e independente.
- eu sei. – falei tomando um gole
de suco de laranja.
- animado para sua entrevista?
- sim.
- que horas que é? – perguntou
meu pai tomando um gole de suco.
- as 10h00min.
- é em uma advocacia?
- sim, a empresa se chama Cohen
Brothers.
- eles são judeus?
- sim. são três irmãos que
comandam a empresa. Seth, Matthew e Gordon Cohen.
- você vai fazer entrevista para
ser assistente?
- sim, se conseguir a vaga serei
assistente de Gordon.
- eu sei que pode parecer
preconceito, mas eu fico feliz que você trabalhe com judeus, e o papai ficaria
mais feliz ainda se você se casasse com um judeu.
- OK e a partir de hoje eu usarei
meu sobrenome judeu Krigsman-Fabray.
- fico feliz – falou meu pai me
abraçando.
- eu não sabia que significava tanto
assim pra você pai.
- significa muito.
- tudo bem. Eu uso o sobrenome,
mas não garanto que me casarei com um judeu, especialmente da empresa, porque
eu não quero romance por lá, é exatamente por isso que não quero trabalhar mais
com Adam.
- ok, respeito você. Seja lá com
quem você namorar ou se casar eu vou ficar feliz que faça parte da minha
família.
- obrigado – falei terminando o
leite.
Meu celular tocou na hora e eu o
atendi.
- alô?
- bom dia Mike, é o Adam.
- bom dia Adam, tudo bem?
- ótimo, e você?
- tudo ótimo.
- Mike será que você teria um
tempinho para vir aqui hoje?
- pode ser na parte da tarde.
- era melhor que fosse antes da
sua entrevista de emprego.
Fiquei em silêncio por alguns
segundos quando ele disse aquilo. Como ele sabia? Tinha certeza que ele soube
pela Vanessa.
- pode ser. Posso ir agora por
que minha entrevista é ás dez da manhã.
- fica esperando porque o Gray
está quase chegando á sua casa.
- tudo bem.
- até daqui a pouco.
- até – respondi desligando o
celular. – o Adam sabe sobre a minha entrevista a Vanessa deve ter contado.
- na verdade foi eu – falou meu
pai.
- pra que pai? Eu disse pra não
contar a ninguém.
- eu sei, mas eu pensei que
talvez você quisesse voltar a trabalhar lá. Eu não sabia que tinha seus
motivos, me perdoa.
- tudo bem, o Gray está chegando,
te vejo a noite. – falei me levantando.
- até mais – falou meu pai.
- até.
Me arrumei rapidamente para a
entrevista e logo Gray veio me buscar e entes de chegarmos a empresa ele
resolveu me perguntar.
- porque você não quer mais
trabalhar conosco?
- não é nada pessoal Gray é só
que eu preciso mudar e ares.
- é porque você e Adam transaram?
- você sabe disso?
- todo mundo sabe disso, a
assistente dele fez fofoca e em menos de três horas todo mundo da empresa
sabia. O Adam a demitiu no dia seguinte.
- mais um motivo para eu não
trabalhar com vocês.
Nós chegamos a empresa e assim
que chegamos ao 20º andar encontrei todos os sócios da empresa. Adam, Xavier,
Vanessa e Roman.
- bom dia – falei entrando no andar.
- bom dia – responderam todos.
- então, o que eu estou fazendo
aqui?
- vamos para minha sala – falou
Adam.
Nós todos entramos na sala de
Adam e eu como sempre me sentei de frente a ele.
- bom Mike, o motivo de estarmos
aqui é uma oferta de emprego.
- olha, eu não…
- ouça a oferta de emprego antes
de dizer não.
- ok – falei respirando fundo –
mas antes que tentem mudar de idéia levem em consideração que não quero
trabalhar mais aqui. As ações que Roman me comprou foram devolvidas assim que
nós dois terminamos e eu não tenho mais ligação com você.
- OK – Falou Adam olhando alguns
papéis – eu quero te oferecer seu antigo emprego. O mesmo salário, os mesmos
benefícios e a mesma carga horária. Vai ser como se nunca tivesse saído daqui.
- olha… muito obrigado mesmo pela
oferta, mas eu vou recusar.
- é porque nós dois tivemos um
caso. – falou Adam.
- será que podíamos não falar
sobre isso.
- todo mundo já sabe.
- mesmo assim – falei olhando
para Roman pelo canto do olho. Ele não demonstrava reação, ele já sabia que
Adam e eu tínhamos transado, mas ele não sabia que tínhamos feito isso outras
vezes depois que nós terminamos. – um dos motivos é esse Adam.
- não tem problema, ninguém se
importa.
- eu me importo Adam, eu e você
fizemos sexo, Roman e eu somos ex-namorados… todos nós temos muita bagagem. Não
me sinto confortável trabalhando aqui.
- mas aqui você já conhece todos,
já sabe os procedimentos e sabe que todos te tratamos bem. Em outra empresa
você vai começar do zero. – falou Adam.
- estou disposto a correr esse
risco Adam.
- eu te dou um aumento de 25% no
seu salário.
Eu fiquei sem dizer nada.
- pode me oferecer o valor que
você quiser Adam, eu não quero trabalhar aqui.
- acho que devemos respeitar a
escolha dele – falou Roman.
- eu me ofereço para pagar seus
estudos. – falou Adam.
- eu não quero seu dinheiro Adam.
- não sou eu, a empresa oferece
bolsas de faculdade para os funcionários que se destacam e você se destacou por
muito tempo. A empresa vai pagar seus estudos, materiais e uma ajuda para o
curso que você escolher.
Eu confesso que fiquei tentado a
essa oferta.
- não responda nada – falou Adam
– vá para a entrevista e veja a proposta que eles te fazem e depois escolha a
melhor.
- ok – falei olhando para ele me
levantando e apertando a mão dele.
- pense na oferta e me ligue
quando se decidir.
- ok – falei me virando e me
despedindo de todos. Eu sai da sala e vi que alguém foi atrás de mim. Era
Roman.
- Mike espera – falou ele
segurando meu braço e eu me virei.
- o que foi?
- eu queria me desculpar pela
história do colar e queria dizer que eu encontrei o seu broche.
- eu disse que não precisava.
- pegue – falou ele colocando na
camisa que eu usava – vai dar sorte na sua entrevista.
- você não quer que eu trabalhe
aqui?
- eu quero o melhor para você.
- obrigado – falei passando a mão
na camisa alisando o local do broche.
- de nada – falou Roman segurando
meu rosto em suas mãos e me dando um beijo na boca, mas eu não correspondi e me
afastei.
- o que você está fazendo? –
falei limpando minha boca.
- eu pensei que era o que você
queria.
- Nem todo mundo quer ser beijado
de surpresa a toda hora, nós não temos mais nada, nem amigos nós somos e pelo o
que sei você está em um relacionamento com outra pessoa.
- eu sei, mas eu pensei que você
ainda gostasse de mim.
- não, eu não gosto mais de você
e se eu gostasse eu não gostaria de ser seu amante. Parece que você não me
conhece Roman, você sabe o que eu quero da vida e ser “a outra” não é uma
questão a ser discutida.
- me perdoa Mike.
- passar bem Roman – falei me
virando e apertando o botão do elevador.
Logo ele apareceu e em pouco
tempo eu estava fora daquele prédio. Eu não queria trabalhar com Adam, mas
aquela oferta parecia ser uma porta para meu futuro, eu estava em conflito. O
jeito era ir para a entrevista e depois eu analisaria a melhor oferta.
Nem voltei para casa, eu decidi
pegar um taxi que me levasse até a empresa e eu ficaria por lá até dar a hora
da entrevista. Ao chegar lá eu já fui tendo um reconhecimento do local. Não
ficava muito longe da “Partners Advocacy”, não perto o bastante para ir a pé,
em fato ficava perto de uma estação de metrô então pra mim seria uma vantagem.
Do outro lado da rua havia uma
espécie de lanchonete e restaurante que ficava de frente para uma fonte enorme.
A paisagem era mais bonita do que a do outro emprego. Eu decidi comprar algo
para beber e eu fui até lá e pedi um suco de laranja com gelo e açúcar e assim
que ficou pronto a garçonete levou pra mim. Eu me sentei do lado de fora e
próximo a fonte porque era mais refrescante.
- obrigado Janet – falei olhando
o nome dela no uniforme que usava.
- por nada Brad – falou ela
rindo.
- The Rock Horror Picture Show?
- sim – falou ela – toda semana
nós torçamos o tema, essa semana estamos de The Rock Horror Picture Show.
- mentira! sério? – falei rindo.
- sim. Bem vindo ao lado oeste da
cidade.
- por favor, me diga que a semana
“Anything Goes” está próxima.
- não devia contar, mas esse é o
tema da próxima semana.
- como funciona isso?
- todos nós mudamos nossos nomes
para algum dos personagens, mudamos as roupas a decoração, e até a trilha sonora – quando ela disse isso
eu percebi que tocava uma musica da trilha sonora – o dono daqui é meio que fã
de musicais, Broadway…
Foi quando eu percebi que lá
dentro havia pôsteres de filmes antigos e clássicos como Casablanca e um pôster
gigante da Marilyn Monroe e do lado de fora tinha vários pôsteres do The Rock
Horror Picture Show.
- gostei daqui, como é seu nome
verdadeiro?
- eu não estou autorizada a
dizer, em fato se eu disser meu nome eu recebo uma multa.
- ok – falei rindo – não quero
que seja punida.
- ok – falou ela. – se precisar
de qualquer coisa me chame.
- ok, Janet.
Ela se foi e eu agora reparava no
prédio da Cohen Brothers. O prédio era grande tinha janelas cinzas e por fora
suas cores eram marrom e castanho. O logo da empresa estava no alto escrito na
cor prata em um logo de alto relevo e fonte própria. O prédio tinha 10 andares,
sem contar o térreo e provavelmente o subsolo. Parecia ser um bom lugar para
trabalhar e ao que me parecia todos os andares eram de um dono só. O prédio foi
construído para a empresa o que elevava o nível
Eu tomei o suco sentindo a brisa
molhada da fonte em meu corpo. Eu senti um bem estar ótimo até o ar de lá
parecia ser mais leve.
Quando o relógio marcou 09h45min
eu decidi ir para a entrevista. Eu paguei a conta, agradeci o serviço com uma
boa gorjeta e prometi a ela que voltaria mesmo que eu não passasse na
entrevista porque eu tinha gostado do lugar.
Eu entrei no prédio e fui direto
a recepção.
- bom dia.
- bom dia – falou a mulher com um
sorriso.
- eu tenho uma entrevista de
emprego com o Sr. Gordon Adelstein Cohen
- só um minutinho. – falou ela
pegando o telefone.
- meu nome é Mickey Krigsman-Fabray. Falei para ela.
Eu olhei em volta e vi o quão
atraente era o lugar, todo de madeira um estilo rustico. Na parede o nome do
fundador da empresa com uma foto, havia também uma estrela de David. Pessoas
entravam e saiam do elevador, outras estavam sentadas em cadeiras na recepção.
- bom dia, Sr. Gordon tem um
rapaz chamado Mickey Krigsman-Fabray que diz ter uma entrevista com o senhor.
Ele disse alguma coisa e logo ela
falou outra vez.
- tudo bem, obrigada – falou ela
desligando. – eu vou te dar um crachá de visitante.
- ok – falei pegando crachá e
colocando no peito.
- a entrevista será no primeiro
andar.
- ok, obrigado – falei indo até o
elevador.
Logo que o elevador chegou eu
apertei o botão do primeiro andar e rapidamente eu cheguei. Assim que o
elevador se abriu eu dei de cara com uma recepcionista. Havia uma porta que
levava a uma sala. Era praticamente o 20º andar da empresa de Adam. Assim como
o térreo o chão era decorado com madeira e havia uma estrela de David. A
decoração era puxada para coras castanhas e marrons.
- bom dia – falei chegando a
secretária na recepção.
- bom dia – falou ela – o Sr.
Gordon ainda está no 9º andar, ele pediu que esperasse um pouco.
- tudo bem, obrigado. – falei
indo para uma poltrona.
- aceita beber algo?
- não obrigado eu estou bem.
Eu fiquei lá sentado e ao meu
lado havia uma cesta com revistas e eu peguei uma sobre negócios e li uma
matéria sobre a “Cohen Brothers”. Ela tinha ficado ano passado em primeiro
lugar na lista de melhor empresa de advocacia de San Diego. A Partners Advocacy
tinha ficado em terceiro lugar.
Eles tinham ganhado uma página
inteira de destaque onde era contado a história da empresa e de seu fundador
Alec Rothman Cohen. Alec tinha se aposentado e deixado a empresa na mão dos
três filhos: Seth Adelstein Cohen (45
anos), Gordon Adelstein Cohen (40 anos) e Matthew Adelstein Cohen (38 anos).
Havia uma foto dos três abraçados com um sorriso na entrega do prêmio. Seth
tinha cabelos castanhos bem curtos e olhos azuis, Gordon tinha cabelos pretos
mais para o lado de marrom, olhos marrons e um olhar fixo assustador. Ele tinha
uma cara séria que dava medo e além disso ele não estava rindo na foto. Já
Matthew o mais novo usava barba e tinha olhos castanhos e cabelos marrons com
alguns poucos grisalhos do lado.
Eu ouvi o barulho do elevador
chegando ao andar e três homens saíram do elevador. Lá estavam eles, saídos de
uma página de revista. Eu me levantei e fui até eles.
- bom dia – falei estendendo a
mão.
- bom dia – falou Seth apertando
minha mão.
- bom dia – falou Gordon
apertando minha mão – muito prazer.
- igualmente – falei apertando a
Mão dele.
Gordon era exatamente como na
revista, tinha um jeito intimidador.
- bom dia – falou Matthew
apertando minha mão forte.
- bom dia – falei.
- vamos para a sala? – falou
Seth.
Seth estava com um terno cinza e
gravata azul, Seth com terno preto e gravata preta e Gordon com terno castanho
claro e gravata vermelha.
Nós entramos na sala e sentamos
em uma mesa redonda de vidro. Aquele era um escritório enorme. Havia uma mesa
com um computador, poltronas sofás, banheiro e ao lado a mesa onde nós
estávamos.
- bom – falou Seth – vamos
começar a entrevista.
- ok – falei relaxando.
- bom vamos começar contanto um
pouco da nossa história e depois você nos retribui contando um pouco da sua.
- tudo bem – falei atento ao que
ele iria dizer.
- bom, nós somos irmãos somos
donos da empresa e sócios. Somos judeus, como você deve ter percebido e pelo
que nós lemos no seu currículo você também é… - ele deu uma pausa – você tem
nove nomes? Ou está errado.
- está certo, tenho nove nomes.
- nós somos uma empresa séria e
que tem muito reconhecimento na área, trabalhamos com os mais diversos casos e
pessoas, já trabalhamos com Kanye West, Adam Sandler, Kate Hudson… enfim, temos
muito reconhecimento e nosso trabalho é visto pela concorrência como prova de
excelência profissional – falou Gordon.
- ok – respondo acenando com a
cabeça.
- você trabalhou anteriormente
para a “Partners Advocacy”? – perguntou Matthew.
- sim – durante quatro anos.
- e porque saiu de lá? –
perguntou Gordon.
Viajei por um tempo, eu iria me
mudar, mas acabei mudando de ideia.
- ok – falou Gordon anotando algo
em um papel.
- nós conte sobre você – falou
Seth.
- bom, eu moro com meu pai, minha
mãe faleceu quando eu tinha 16 anos e desde então tenho vivido com ele. Meu
primeiro emprego foi na “Partners Advocacy” e minha meta de vida é cursar
direito para me tornar advogado ou promotor, eu ainda não me decidi.
- ok, você tem disponibilidade de
horário? – perguntou Gordon.
- tenho sim.
- vai tomar muito o seu tempo ser
meu assistente – falou ele – você vai precisar correr com tudo, acho que você
sabe como é eu não sei como funcionava no seu outro emprego, mas esse vai
exigir muito de você.
- sim, eu estou acostumado eu sei
que é necessário fazer horas extra e eu estou disposto a fazer sempre que for
necessário.
- olha Mickey – falou Seth – eu
gostei muito do seu currículo, mas eu tenho que confessar que nós três já te
conhecemos, você sabe… da televisão.
- ok – falei sentindo uma facada.
- isso por acaso vai te
atrapalhar a trabalhar aqui? Não queremos problemas na empresa ou com seus
antigos chefes. – falou Matthew
- não, tudo tranquilo quanto a
isso.
- é verdade que você não gosta de
usar seu nome judaico? – perguntou Seth – não é preconceito, só estou curioso,
aqui na empresa temos pessoas de várias religiões e pessoas sem nenhuma.
- na verdade meu pai e minha mãe
me deram nomes de origem não judaica porque eles acharam que eu sofreria
preconceito no colégio e depois que eu cresci eu acabei me acostumando, mas eu
estou agora começando a usar meus sobrenomes judaicos.
- ok – falou ele.
- vou te falar de como será sua
carga horária – falou Gordon – você vai trabalhar de segunda a sexta dás
07h00min ás 17h00min. Tudo bem para você nesse horário?
- sim.
- você vai ter seu salário,
gratificação por assiduidade, contribuição com o transporte, alimentação e
moradia.
- ok.
- uma vez por mês nossa empresa
organiza eventos beneficentes que envolve todos os funcionários como por
exemplo: vendas para arrecadar dinheiro para as crianças carentes. Tudo bem
para você participar desses eventos? – Perguntou Gordon.
- sim. Na verdade eu ficaria
honrado de participar.
- é bom saber disso – falou
Matthew.
- nós oferecemos área de descanso
para os funcionários que fica no 5º andar que disponibiliza local para dormir,
salão de jogos, área com TV e massagistas. No 3º andar fica a área dos
funcionários com chuveiros, banheiro para funcionários, armários para guardar
suas coisas. O uniforme é camisa social e calça social preta com sapatos
pretos.
- ok.
- seu salário será de U$ 1649,00
+ horas extras e a gratificação de assiduidade.
- ok.
- o salário está de acordo com o
que você estava esperando? – perguntou Gordon.
- sim.
- que bom, porque estamos interessados
em você. se você aceitar o emprego você começa amanhã mesmo.
- eu posso ter um tempo para
pensar.
- porque? Alguma coisa não te
agradou?
- não, é tudo perfeito na
verdade. É que hoje cedo recebi uma proposta de emprego do meu antigo trabalho
que é muito boa.
- o que eles te ofereceram? –
perguntou Gordon.
- um gordo salário.
- e você vai aceitar?
- eu não queria na verdade, mas a
oferta é muito boa por isso vou ter que pensar.
- nós podemos aumentar seu
salário – falou Seth pegando uma calculadora na mesa e fazendo alguns cálculos.
– podemos aumentar a oferta de salário em trinta por cento. É o máximo que
podermos oferecer.
- eu preciso pensar.
- Nós precisamos de uma resposta
agora.
- porque me querem tanto?
- nós falamos com um dos seus
chefes e ele nos falou muito bem de você foi por isso que te chamamos para essa
entrevista. Ele disse que você é leal e um ótimo funcionário e está sempre em
disposição quando se precisa e francamente não me importa o que tenha
acontecido com você fora da vida profissional porque é essa parte que nos
interessa. – falou Seth
- desculpe me intrometer, mas
vocês conversaram com o Adam?
- não, com um homem chamado Gray
Collins.
- ok.
- e então? Posso contar com você?
– perguntou Gordon.
Eu pensei por um bom tempo e me levantei
da cadeira.
- sinto muito – falei saindo de
lá.
Aquela era minha decisão. Eu não
escolhia Adam e não escolhia Gordon. Eu escolhia mim mesmo.
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Maravilhoso como sempre....
ResponderExcluirEita mike, mais uma hein rapaz! hehe.
ResponderExcluirAutor sempre surpreendendo, coloca lenha nesta fogueira.
Abraço
Enfim uma luz no fim do túnel, a questão é, até aonde essa luz vai durar... rs
ResponderExcluirTriste aqui por essa situação do mike com o Larry...
Estou começando a achar que o Adam e Larry também fazem parte da ‘’Fabrica de Manequim’’ ou algo assim...
Você podia fazer dois capítulos especias de Paixão Secreta, um com a visão do Larry sobre a atual situação dele com o Mike e outro sobre o Adam também com a atual situação com o Mike...
Quase infartando...
Se o mike tivesse matado o Larry, eu parari de ler a história em 3,2,1... só que não... hahahaa
Aguardando ansiosamente pela continuação.
Obs: Cadê o capítulo com a conversa do mike com o Roman
Ass: Felipe