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A CHAVE
capítulo quinze
avia chegado a sexta-feira. Acordei cedo como
sempre. Tomei meu banho, escovei meus dentes, vesti minha roupa e depois que eu
arrumei minha cama desci ás escadas. Arrumei o café da manhã de meu pai e de
Vanessa. Eu não trabalhava, mas não significa que não podia ajuda-los da melhor
maneira possível.
- bom dia – falou meu pai
descendo ás escadas ao lado de Vanessa.
- bom dia – falei finalizando o
café da manhã.
- que cheiro bom – falou Vanessa.
- é tudo para vocês.
- você não vai tomar café da
manhã conosco? – perguntou Vanessa.
Antes que pudesse responder meu
celular tocou. Era Stephen.
- com licença – falei saindo da
cozinha.
- oi pai – falei atendendo.
- bom dia filho – falou Stephen.
- acordou cedo hoje – falei sentando-me
no sofá.
- será que você poderia vir aqui
do lado de fora de sua casa?
- “aqui?” o senhor está aqui em
San Diego.
- estou aqui fora – falou ele
desligando o celular.
Sem falar nada para ninguém fui
rapidamente para fora de casa ao olhar para o lado esquerdo eu o vi. Eu fui
andando até ele e dei um abraço forte.
- senti saudades Stephen – falei
sentindo ele me dar um beijo no rosto.
- também senti sua.
- chegou quando na cidade?
- hoje de madrugada.
- veio fazer algum trabalho?
- sim, ver você. Não que isso
seja trabalho – falou ele com um sorriso – quer uma carona para o trabalho?
- na verdade estou desempregado
nesse momento.
- ótimo, vamos dar uma volta?
- sem o guarda-costas – falei
olhando para o homem de preto próximo á ele.
- tudo bem – falou meu pai tirando
algum dinheiro do bolso e entregando para o guarda-costas.
- vá de metro, porque eu vou
dirigindo – falou meu pai – bom que você conhece a cidade.
- sim senhor – falou ele pegando
o dinheiro e indo em direção a estação.
- venha – falou meu pai se
sentando no banco do motorista e eu me sentei ao lado dele.
- confortável – falei olhando
para ele.
- eu me sinto até estranho me
sentando no banco do motorista – falou meu pai.
- você não se esqueceu como se
dirige não é?
- acho que não falou ele ligando
o carro e em seguida nós partimos.
- como está indo a vida?
- está tudo ótimo. Não estou
trabalhando, mas ajudo mau pai e Vanessa com tudo o que eles precisam.
- fico feliz que esteja feliz
apesar de tudo o que aconteceu na sua vida.
- também estou feliz por mim.
- e seu pai? como está?
- esperando outro filho.
- sério?
- sim.
- ele vai adotar?
- a namorada está grávida.
- mas ele não é… você sabe.
- ele é, mas fez tratamento.
- você ficou chateado com ele?
- um pouco, mas depois eu percebi
que ele me ama do mesmo jeito.
- fico feliz que tenha entendido,
mesmo você sendo adotado você é filho dele. Ele que te criou, ele te deu
educação. Você é tão filho como o de sangue.
- Verdade – falei colocando a mão
em cima da dele – eu não tenho raiva de você por ter me abandonado.
- eu sei, mas a verdade é que ele
é seu pai de verdade.
- você também é.
- você tem um coração tão bom. É
por isso que se dá tão mal – falou meu pai – as pessoas sabem quando as outras
tem o coração tão bom como o seu e se aproveitam disso.
- eu sei.
- isso não é uma coisa ruim –
falou meu pai parando no sinal.
- eu sei – falei pausando – não
gosto de ver você dizendo que não é meu pai de verdade e nem coisas como: que
foi fraco e que não merece ter um filho como eu. Eu fico triste quando ouço
isso. eu já disse que te amo como meu pai.
- ok – falou ele com um sorriso
dando um beijo no meu rosto. – a Marienn mandou um abraço e um beijo para você.
- dê um abraço nela e nas
crianças, eu estou com saudade deles.
- dou sim – falou ele.
Nós seguimos caminho e paramos
mais uma vez no sinal. Eu olhei no relógio e ele marcava pouco mais das sete e
meia da manhã.
- a namorada do meu primo também
está grávida.
- do Leo?
- sim, vai ser um menino.
- fico feliz por eles.
- todos estamos.
- e você filho?
- o que?
- tem alguém especial na sua
vida?
- romanticamente dizendo?
- exato.
- ninguém.
- e o Roman? ele não te deu uma
outra chance?
- não, e nem se ele der eu quero.
- sério? Ele parecia te amar.
- sim, ele me amava, mas eu
conheci o Roman que não é apaixonado por mim e eu detestei a pessoa.
- entendo.
- eu na verdade não estou
procurando um amor sabe. Eu estou mais preocupado em seguir minha vida,
carreira. É possível ser feliz sem ter um amor. É machismo achar que só posso
ser feliz se eu tiver um homem na minha vida
- eu te entendo – falou ele
parando em frente a um prédio.
- porque parou pai?
- onde nós estamos? – perguntou
ele.
- estamos exatamente no meio do
caminho. Eu sei porque tem aquele outdoor sobre maus-tratos aos animais e toda
vez que passo por aqui eu sei que estou no meio do caminho.
- vamos ficar conversando um
pouco aqui? Depois continuamos.
- ok.
Meu pai desligou o carro e ligou
o aquecedor.
- quer dizer então que você está
pensando no futuro?
- sim. eu quero manter meu
emprego, comprar ou alugar um apartamento e quem sabe em dois anos eu não
consigo uma bolsa para a faculdade.
- sabe o que eu acho mais
incrível?
- o que?
- seu pai é governador e você
nunca me pediu nada. Bolsa na faculdade, um emprego, você sabe que eu sou
bastante influente nessas coisas, mas você não gosta de conseguir do jeito mais
fácil.
- exatamente, eu gosto de
batalhar pelas minhas coisa, se não que graça teria a vida?
- você me deixa orgulhoso – falou
ele apertando minha perna.
- obrigado.
- filho, eu sei que não fui
presenta na sua vida, se eu tivesse te procurado antes talvez muitas coisas
fossem diferentes do que são agora, mas quando eu olho para você eu sinto
orgulho. Você foi criado direito e cresceu uma boa pessoa.
- obrigado pai. estou até sem
graça depois de tantos elogios.
- por isso que gostaria que
aceitasse esse presente – falou ele me entregando um molho de chaves. Eu peguei
as chaves e fiquei sem entender.
- o que é isso?
- você está vendo aquele prédio
do outro lado da rua?
- sim.
- eu comprei para você um
apartamento no 13º andar.
- o que? Um… apa…?
- já está no seu nome. Ele é todo
seu, na verdade só falta você assinar os papéis e eu já pedi para o tabelião ir
ao seu trabalho. Ele vai ainda hoje.
- eu não posso aceitar – falei
tremendo
- por que não? Eu sou seu pai. é
um presente para você meu filho. Você merece, eu vejo como você tem batalhado
todos esses anos.
- obrigado – falei abraçando ele
em prantos.
- você merece – falou ele me
abraçando forte.
- obrigado – limpando meus olhos.
- ele fica exatamente no centro
de San Diego, perto de tudo.
- muito obrigado pai – falei
olhando para as chaves e depois para ele – não sei como agradecer.
- continue sendo você mesmo.
- obrigado.
- por nada – falou ele ligando o
carro.
Nós então seguimos de volta para
a casa de Larry.
- você vai adorar o apartamento –
falou Stephen – tem dois quartos, um deles é suíte. Uma sala, cozinha, varanda
enorme no quarto, dois banheiros e um deles em um dos quartos suítes. Ele é
todo mobiliado, eu mandei decorar para você.
- obrigado mesmo pai.
Nós finalmente chegamos e ele desligou o carro.
- agora eu preciso ir filho.
Eu dei outro abraço nele agradecendo
o presente.
- muito obrigado mesmo por isso.
- por nada – falou ele me
abraçando forte.
- quando o senhor vem outra vez?
- não sei, mas eu ligo para te
avisar.
- liga mesmo.
- até mais filho.
- até – falei saindo do carro.
O Guarda costas estava de volta.
Meu pai saiu do carro e sentou-se no banco do carona e o guarda-costas foi no
banco do motorista e logo ele acenou para mim e logo ele partiram. Eu guardei a
chave dentro da mochila e entrei de volta em casa.
Eu acordei cedo no domingo ás
08:17 da manhã. Eu estava morto de cansado da semana de trabalho e tinha ido
dormir cedo no sábado assim que chegamos do aeroporto. No sábado meu pai e eu
tínhamos ido buscar Peter no aeroporto. Eu ainda não tinha contado para o meu
pai Larry que eu tinha ganho um apartamento de meu pai Stephen. Eu sabia que
ele ficaria louco quando soubesse por isso eu estava esperando a hora certa de
dizer e além do mais eu não tinha pressa para me mudar afinal o apartamento era
meu e podia ficar sem ninguém por algum tempo.
- bom dia – falei chegando na
cozinha.
- bom dia – falou meu pai.
- acordou cedo pai. – falei me
sentando á mesa.
- eu queria passar um tempo com
você filho… sabe… eu sinto falta de quando éramos só nós dois aqui em casa.
Agora com a Vanessa e Peter está mais complicado termos um tempo só para nós
dois.
- eu sei como é. Também sinto
falta das nossas noitadas de filmes.
- bom, agora nós podemos pelo
menos ter nossas manhãs – falou ele colocando uma panqueca.
- obrigado – falei agradecendo e
colocando mel em cima delas antes de tirar um pedaço e comer. – só não faça
muito barulho se não eles vão acordar.
- ok – falou ele se sentando ao
meu lado. – sabe eu realmente sinto falta sua.
- eu também.
- sabe filho, eu estava pensando
em construir mais um quarto.
- um quarto?
- sim. com a chegada do bebê eu
pensei em começar uma reforma sabe? A casa não está mais adaptada para um bebê
e vamos começar construindo um quarto próximo ao meu.
- se o senhor quiser pode ficar
com o meu.
- nada disso – falou ele – eu sei
que você já está bastante estressado com essa história de ter um irmão – falou
ele colocando a mão dele em cima da minha – eu nunca mandaria você sair do seu
quarto por causa do bebê.
- não tem problema – falei
pensando no apartamento que tinha ganho.
- tem sim. você é meu filho e vai
continuar lá no quarto que é seu desde que te adotamos.
Eu dei um sorriso falso porque eu
estava ansioso sobre o fato de que eu me mudaria em breve, mas como eu diria
isso ao meu pai?
- pai eu queria te contar uma
coisa…
- bom dia – falou Peter entrando
na cozinha.
- bom dia – falou meu pai –
dormiu bem?
- melhor do que bem – falou ele indo até a geladeira para
tomar um copo de água.
- bom dia – falei baixo.
- o que você estava dizendo
filho? – falou meu pai.
- não é nada – falei voltando a
comer.
- espero que não se importem de
eu ter acordado tão cedo – falou Peter tomando um gole da água – eu ainda não
consegui me acostumar a vida de acordar tarde.
- você vai – falou meu pai –
quando você conseguir um emprego você vai cansar durante a semana e eu duvido
que você acorde antes das 10:00 no fim de semana.
- tomara que eu arranje logo um
emprego – falou ele se sentando – essas panquecas parecem deliciosas – falou
Peter.
- eu faço algumas para você –
falou meu pai se levantando.
- não precisa – falou Peter.
- não se preocupe – falou meu pai
indo até a cozinha.
Eu comi o restante sem vontade,
os pedaços pareciam não querer passar da minha garganta porque agora eu tinha
ficado realmente nervoso sobre essa história de se mudar. Apesar disso eu comi
tudo e depois eu fui lavar meu prato.
- como está o Sombra?
- está ótimo – falou Peter – ele
está sentindo sua falta.
- também estou com saudades dele.
- não se preocupe porque seu tio
e Leo estão cuidando muito bem dele.
Eu terminei de lavar tudo e
sequei minhas mãos.
Havia se
passado três semanas desde a chegada de Peter á San Diego. Três semanas depois de
ter ganho um presente magnífico e eu ainda não tinha criado coragem de contar
ao meu pai sobre o apartamento. Eu o amava demais para acabar com a felicidade
dele desse jeito. A reforma de qualquer jeito esperaria por um tempo. Nós tínhamos
comprado tudo de volta para nossa casa e Cody ainda não tinha encontrado o tal
ladrão.
Tive uma sexta-feira normal, mas
tive uma surpresa agradável. Depois de quase um mês sem falar com ele Adam me
ligou
- alô.
- bom dia amor – falou Adam.
- bom dia.
- senti saudades.
- também.
- e então? Quando vamos
oficializar?
- oficializar o que?
- como assim o que? Lembra do que
você me disse? Você não namora comigo se você trabalho comigo. Ou seja, somos
quase namorados.
- Adam, eu preciso conversar com
você.
- eu estou brincando – falou Adam
– mas eu quero uma chance.
- Adam eu…
- vamos sair para um drink. Pode
ser? Amanhã!
- ok Adam.
- combinado então. Eu te pego na
sua casa.
- nós nos encontramos no local,
pode ser?
- pode. Onde vai ser?
- pode ser aquele bar na rua
Flynt.
- ok – falou Adam.
- combinado então.
- até amanhã – falou Adam.
- até – falei desligando.
Eu acordei naquela manhã de sábado
bem animado e disposto. Enquanto eu tomava café da manhã Peter desceu as
escadas. Ele foi o primeiro a acordar. Peter estava trabalhando como mecânico
em uma oficina. Para quem vivia no meio do mato ele sabe muito sobre
automóveis. Eu sei… é preconceito, mas a verdade é que ele era um ótimo
mecânico ele tinha até arrumado o carro do meu pai quando ele simplesmente
parou no meio da rua.
- bom dia – falou Peter entrando
na cozinha.
- bom dia Pete! Como está sendo a
sua segunda semana?
- ótima – falou ele se sentando
de frente para mim na mesa. – eu não sei como posso agradecer por você e seu
pai me hospedarem. Eu prometo que vou sair logo daqui.
- não tenha pressa. Você é bem
vindo em minha casa.
- obrigado – falou ele.
- por nada.
- o que você está comendo? –
perguntou ele olhando para minha tigela – parece bom.
- salada de frutas, quer provar?
– falei levando uma colher até a boca dele. ele abriu a boca e provou.
- está bom – falou ele. – vou
fazer pra mim – falou ele se levantando.
- não precisa – falei me
levantando e indo até a geladeira – eu sabia que você ia querer porque eu sei
que você adora frutas. De todos os tipos então eu já fiz bastante. Para você,
meu pai e Vanessa.
- valeu – falou ele.
Eu coloquei o recipiente em cima
da mesa e ele se serviu.
- você tem planos para hoje? –
perguntei para Peter.
- não.
- está afim de sair para beber?
- com certeza.
- posso te perguntar uma coisa?
- pode – falou Peter engolindo.
- o que você acha do Adam?
- em que sentido?
- fisicamente.
- ele é bonito, quer dizer… do
tipo gostoso.
- ok – falei rindo.
- porque?
- porque você não tenta algo com
ele?
- eu?
- é. Ou você já conheceu alguém?
- não, quer dizer…
- então porque não?
- você acha que um homem como
Adam vai se interessar por mim?
- mas é claro que sim. Peter não
se menospreze. Você é uma pessoa boa, trabalhadora além de um homem sexy,
bonito e sabe o que quer da vida.
- será que eu tenho chance? –
perguntou ele envergonhado com um sorriso.
- eu estou gostando de outra
pessoa Peter e o Adam está apaixonado por mim e na minha opinião tudo o que ele
precisa é conhecer outra pessoa e na minha opinião você é a pessoa perfeita
para ele.
- e se você e essa outra pessoa
não derem certo? Você não vai se arrepender depois de estar me jogando para
Adam?
- não – falei convicto – eu não
vou me arrepender.
- tem certeza?
- sim.
- então está tudo certo. Hoje a
noite vamos sair para beber.
- combinado – falei. – como você
está indo no trabalho? Eu me atrevo a dizer que a roupa de mecânico deixa
qualquer homem muito sexy.
- muitas mulheres dão em cima de
mim no trabalho
- eu imagino – falei lavando o
que eu sujei. – você com aquele uniforme deve deixar todo mundo com tesão.
- está me deixando com vergonha.
- mas é a verdade, você é bonito
e não tem que ter vergonha disso.
- eu sei. – falou ele acabando de
comer.
- eu lavo para você.
- obrigado – falou ele dando um
beijo no meu rosto – obrigado.
- pelo que?
- por pensar em mim e ser meu
amigo.
- por nada.
A noite foi se aproximando e logo
que se aproximava eu ficava mais nervoso para o encontro com Adam. Queria que
aquela noite fosse perfeita. Tanto para mim quanto para Adam e Peter. Eu não
queria que ninguém saísse perdendo dessa noite. Apesar no nervosismo eu estava
ansioso para que chegasse logo a noite.
Ás 20:00 eu comecei a me arrumar
e Peter fez o mesmo. Tomei um banho, vesti uma camisa verde com um desenho nas
costas e uma bermuda Jeans que ia um pouco abaixo do joelho. Eu coloquei um
perfume e coloquei uma balinha de menta na boca.
- você está pronto Peter? –
perguntei batendo na porta do quarto dele.
- estou sim – falou ele abrindo a
porta. – e ai? Como estou?
- está bonito – falei olhando dos
pés a cabeça.
Peter estava com uma camisa
branca, calça azul clara, um tênis preto e uma touca cinza na cabeça. O que
deixava ele sexy já que deixava a barba dele em contraste com a roupa. Ele
parecia um ursinho de pelúcia. Daqueles que você quer abraçar, beijar e não
soltar.
- eu te empurraria para dentro
desse quarto agora mesmo se não estivéssemos com pressa – falei rindo.
- não me tente – falou ele
fechando a porta do quarto.
Nós descemos as escadas e meu pai
estava sentado ao lado de Vanessa. Eles assistiam televisão.
- vocês já vão? – perguntou meu
pai.
- sim – falei dando uma volta –
como eu estou?
- uma delicia – falou meu pai.
- a não pai, que piada sem graça
– falei indo para a cozinha.
- brincadeira – gritou ele.
- e eu? – perguntou Peter.
- está bonito – falou Vanessa.
- está uma graça – falou meu pai.
Eu voltei da cozinha com um copo
de água na mão e eu tomei um gole.
- a próxima vez que fizer outra
piada como essa pai esse copo vai ter veneno.
- ok, ok – falou ele rindo. –
sabe, eu estou feliz por vocês estarem saindo faz tempo que Vanessa e eu não
ficamos sozinhos. Nós estávamos precisando de um pouco de privacidade a muito
tempo.
- bom, quer dizer que isso é
então tipo uma indireta? – perguntei para ele.
- sim – falou meu pai – sinto
muito, mas vocês dois não se atrevam a voltar hoje para casa, arrumem algum
lugar para passar a noite.
- ok – falou Peter.
Logo ouvimos o barulho de um
carro chegando.
- é o taxi – falei indo até meu
pai e dando um beijo no rosto dele e depois no rosto de Vanessa – até amanhã
pombinhos.
Nós saímos, entramos no taxi e eu
disse que nosso destino era o bar “Paradiso” na rua Flynt.
- que droga – falei batendo a mão
no bolso quando saímos do taxi.
- o que foi? – perguntou Peter.
- acho que meu celular escorregou
do bolso e ficou no taxi.
- o que você vai fazer?
- ele parou logo ali na frente –
falei apontando para o taxi.
- eu vou te esperar aqui.
- não. Pode ir entrando. É até
melhor. Você conhece Adam. Procure-o puxe assunto.
- tudo bem – falou Peter entrando
no bar.
Em passos lentos caminhei até o
taxista que provavelmente esperava a ligação de alguém para uma corrida.
- com licença – falei para o
taxista – meu celular ficou no banco de trás, posso pegar?
- claro – falou o taxista
destravando ás portas e eu alisar o banco eu o peguei.
- obrigado – falei agradecendo.
- por nada – falou o taxista.
- caminhando de volta para o bar
percebi que eu tinha uma mensagem não lida. Era de Adam.
Ao abri-la eu a li.
Sei que
demorei para me decidir e de fato ainda não entendo bem o que eu sinto, mas
percebi que minha vida não tem sentido sem você. Tenho tanto medo que você diga
não que vou te dizer por mensagem porque não quero que me veja cochar. Mike, eu
te amo e decidi deixar minha esposa para ficar com você. Você aceita?
Aquela mensagem em comoveu. É
claro que eu ainda queria Adam, nunca deixei de amá-lo. Nem por um segundo
sequer.
- Adam! – falei alto me virando e
entrando no restaurante. Atravessei o local rapidamente. E se eu tivesse
cometido um erro? E eu se eu tivesse feito Peter e Adam ficarem juntos? E se eu
agora estivesse sozinho? Olhei incessantemente para todos os lados tentando
encontra-los.
- por favor, por favor – falei
pra mim mesmo implorando para que por algum milagre Peter não tenha encontrado
Adam. Esse era com certeza o maior erro que eu tinha cometido na vida. Eu
realmente precisei ser humilhado para perceber que Adam era o homem feito para
mim, eu nunca me perdoaria se eu tivesse jogado Peter para Adam.
Eu então olhei na direção do balcão
e ao longe vi um homem de terno, barba no rosto, cigarro aceso entre os dedos e
com a outra mão ele segurava um copo de vodca. Eu fui andando na direção dele e
percebi que Peter não estava lá.
- Adam! – falei chegando ao lado
dele.
- oi Mike – falou ele com um
sorriso.
Eu então avancei nele e coloquei
minha mão em seu rosto e dei um beijo na boca dele. um selinho. O beijo que
mudaria toda a minha vida.
- o que é isso? – perguntou Adam
com um sorriso no rosto.
- Eu li sua mensagem.
- isso é um sim?
- Sim e esse sou eu me
desculpando por ter sido uma pessoa tão idiota. Eu procurei por um amor tão
longe de casa e ele estava todo tempo ao meu lado. sempre me apoiando, dando
conselhos… me perdoa Adam.
- pelo que?
- por não te dar uma chance
quando pediu da primeira vez.
Ele apagou o cigarro no cinzeiro
e lambeu os lábios.
- o que foi? – perguntei
preocupado.
- você é meu namorado? –
perguntou Adam sorrindo.
- você quer que eu seja?
- mais do que tudo nesse mundo.
- sim – falei com um sorriso –
não me importa se você é gay, hétero, bissexual… eu não me importo com isso. Se
você não se aceita, eu te aceito por nós dois.
- obrigado – falou ele colocando
a mão esquerda na minha nuca e me dando um beijo na boca. Nós nos beijamos de
língua, uma verdadeira demonstração de nossa paixão um pelo outro. Finalmente
depois de anos atando como o chefe e o empregado, nós finalmente éramos
amantes. Éramos namorados. Minha mão direita estava em seu rosto alisando a
barba e a outra mão estava na perna direita dele.
Nós então paramos por um momento
para respirar. Ficamos com o rosto colado sentindo o bafo quente um do outro.
- eu te amo – falou Adam.
- eu sei – falei me sentando ao
lado dele no bar – eu também te amo, eu não sei quem eu estava tentando enganar
quando não te dei a chance de me amar de verdade. Eu acho que estava com medo
de meu passado me perseguir para sempre ficando com você, mas a verdade é que
você é meu passado, meu presente e eu desejo profundamente que seja o meu
futuro – falei segurando a mão dele entre as minhas. – as vezes nós ficamos
surdos ouvindo apenas as criticas e as pessoas tentando nos derrubar e nos usar
o tempo todo. Ficamos tão surdos que esquecemos de ouvir a única voz que
importa: a do coração.
- eu te amo – falou ele outra
vez.
- eu sei – falei beijando a mão
dele.
- eu não sei o que dizer para
descrever o que estou sentindo nesse momento, tudo o que eu consigo dizer é eu
te amo.
- eu também te amo – falei
pegando o copo de vodca dele e dando um gole.
- pode ficar com esse – falou ele
pedindo outro ao garçom.
- Mike – falou a voz de Peter
atrás de mim – eu quero te apresentar a uma pessoa.
Eu me virei para ver a quem ele
me apresentaria.
- esse é o Denny – falou Peter.
- Denny? – falei surpreso.
- Mike? – falou Denny.
- vocês se conhecem? – perguntou
Peter.
- claro que sim, nós somos amigos
de infância.
- que coincidência – falou Peter
– eu estava indo na direção de Adam e Denny esbarrou em mim. Acabamos que
ficamos conversando, Denny me pagou uma bebida e eu acabei esquecendo de
procurar Adam.
- obrigado Denny – falei olhando
para ele.
- pelo que?
- por evitar que eu cometesse o
maior erro da minha vida.
- por nada – falou Denny rindo.
- Mike – falou Peter – se não se
importa eu gostaria de esquecer o que conversamos hoje mais cedo…
- com certeza – falei para Peter.
- ok – falou Peter se sentando ao
meu lado de do lado dele sentou Denny.
Nós então pedimos nossas bebidas
e continuamos a beber porque a noite só estava começando. No começo todos nós
estávamos conversando entre si, mas uma hora depois acabou que Denny ficou
conversando só com Peter e eu só com Adam.
- olha lá – falou Adam apontando
para Peter e Denny que estavam quase mãos dadas. Eles deram um selinho.
- o amor – falei para Adam. Em
seguida olhei para ele – como vai ser? Nós vamos começar do zero? Encontro,
encontro, encontro, sexo…
- pra que? Nós já nos conhecemos
a mais de dois anos, nós já fizemos sexo inúmeras vezes e eu te conheço bem,
acho que até melhor do que você mesmo. Eu sei que você prefere dormir de dia do
que de noite apesar de não fazer isso com frequência, sei que coça a barba
quando está pensando, sei que gosta de fumar cigarros quando bebe, quando está
ansioso depois do sexo… a… e que odeia quando dizem que você precisa parar de
fumar.
- verdade – falou ele com um sorriso.
- eu sei que sua cor preferida é
vermelho, não qualquer vermelho: só o vermelho vinho. Eu sei que que sua
sobremesa preferida é bolo de sorvete, seu animal de estimação quando criança
foi um peixe, dois gatos e uma tarântula.
- você sabe bastante sobre mim –
falou ele – mas eu sei algumas coisas sobre você também.
- tipo o que?
- você gosta de homens de barba,
é por isso que se derrete todo quando me vê. Sua cor preferida é azul, sei que
gosta da chuva e o cheiro que fica depois. Você gosta de filmes de terror e não
gosta muito de doces, mas quando come você gosta de se empanturrar. Eu sei que
você tem medo mortal de aranhas e que seu animal de estimação preferido é o
Hamister apesar de só ter tido um toda sua vida. Você não gosta de hospitais porque
lembra sua mãe, você gosta de musicais, especialmente Chicago.
- nossa, coo você sabe de tudo
isso? eu não me lembro de ter de contado nenhuma delas.
- é o que se faz quando se ama
uma pessoa, você a espiona para saber de tudo o que ela gosta.
- você contratou um detetive pra
descobrir essas coisas sobre mim?
- brincadeira – falou ele.
- eu sei – falei dando um selinho
na boca dele.
Nós bebemos quase a noite toda e
trocamos carícias. Uma hora da manhã foi a hora que decidimos ir embora.
- você quer ir para o meu
apartamento? – perguntou Adam.
- quero sim.
- então vamos – falou ele tirando
a chave do bolso.
- nem pensar que você vai
dirigindo
- eu estou bem – falou ele.
- não está não Adam.
- eu estou bem.
- Adam, me entrega essa chave ou
então eu vou ficar chateado com você.
- tudo bem – falou ele me
entregando a chave.
- nós também já vamos – falou
Denny.
- quer saber? – falei enfiando a
mão no bolso e tirando um chaveiro. – eu tenho um apartamento ao dois
quarteirões daqui, se vocês não se importarem podemos ir todos para lá.
- você tem um apartamento? –
perguntou Adam.
- eu ganhei de Stephen – nós
vamos para lá a pé porque é perto e ainda economizamos o dinheiro do taxi.
- então vamos para lá – falou
Peter.
Nós então fomos todos juntos a pé
para o meu apartamento. Segurei a mão de Adam e nós fomos de mãos dadas atrás
de todos. Denny e Peter caminhavam na nossa frente.
Nós chegamos ao meu apartamento e
assim como eles era a primeira vez que eu o via. Ele era bonito e assim como
meu pai disse: todo mobiliado. Tinha dois quartos com camas de casal. Na sala
tinha um sofá cama.
- Adam e eu ficaremos com um
quarto e o outro ficou com Denny e Peter.
- pode ser – falou Denny.
- boa noite para vocês – falei
entrando no quarto com Adam
Eu me sentei na cama e tirei o
meu tênis.
- sabe – falou Adam desabotoando
a camisa – nós não precisamos fazer sexo se você não quiser.
- porque?
- pra você não ficar pensando que
eu gosto de você só pelo sexo, esse é o meu jeito de dizer eu te amo.
- que fofo – falei me aproximando
dele e beijando a boca dele – você tem certeza?
- tenho – falou ele tirando a
roupa e ficando só de cueca – eu vou tomar um banho e depois você toma.
- nós podemos tomar banho juntos
– falei tirando a camisa.
- olha eu te amo muito, mas tomar
banho com você e não fazer sexo vai precisar de muita força de vontade minha.
Força que eu não tenho.
- ok – falei rindo – você vai
primeiro e depois eu vou.
- ok – falou ele entrando no
banheiro.
Depois que nós dois tomamos
banhos separados nós apagamos as luzes e nos deitamos. Eu deitei minha cabeça
no braço de Adam e minha mão ficou em seu peito. Minha perna direita ficou
entre as dele.
- eu estou sentindo seu tesão –
falei para Adam.
- me desculpe – falou ele – não
posso evitar.
Eu então desci minha mão pelo
peito dele e ao chegar na cueca eu enfiei a mão dentro.
- o que você está fazendo?
- eu sei que você me ama Adam.
- tem certeza?
- tenho, além do mais se eu não
tranzar hoje eu vou ter um ataque.
- eu também – falou Adam tirando
a cueca.
Eu tirei minha cueca e me virei
de costa pra ele e levantei a perna esquerda de modo que ficou pronto para ele
penetrar. Ele cuspiu na mão e passou na minha bunda.
- cospe aqui – falou ele levando
a mão até a minha boca. Eu cuspi e ele passou no pau e logo colocou na entrada
e começou a penetrar. – tá apertadinho – falou ele penetrando vagarosamente.
Eu gemi enquanto entrava na minha
bunda aquela vara grossa e suculenta.
- que delicia – falei começando a
e masturbar. Eu comecei a rebolar para entrar mais fácil e logo eu senti ela
toda dentro de mim. Adam começou a me foder bem devagar e depois aumentou um
pouco o ritmo, não muito rápido.
Eu virei meu corpo para trás e
nós nos beijamos enquanto ele me fodia. Ele não estava me fodendo rápido, talvez
por estar com muito tesão ou talvez porque ele apenas queria ser romântico e
aproveitar cada minutos nessa terra comigo. Nossos olhos estavam fechados e
Adam dava beijos no meu ombro as vezes. Eu comecei a me masturbar e como estava
com muito tesão eu gozei rápido. quase ao mesmo tempo Adam gemeu demonstrando
que também tinha gozado.
Nós respiramos ofegantes por
alguns minutos sem dizer nada um para o outro.
- Eu te amo demais – falou Adam
- Eu te amo muito mais do que
você pensa que me ama – falei dando um selinho em seus lábios.
Eu então fiz com que ele deitasse
a cabeça no meu peito e o abracei. Nós então adormecemos e dormimos feito pedra
a noite toda.
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aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaamei muito muito bom.......quero ver logo o 16
ResponderExcluirDesse jeito Mike vai acabar se apaixonando, de novo. kkkkkkkkkkkkk
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