DÚVIDA
capítulo dezenove
A
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vida pode mudar em um piscar de olhos. Em um
dia eu sou o funcionário de uma empresa apaixonado pelo chefe e no outro estou
casado com ele. Meu chefe passa a língua no meu corpo e diz que me ama e eu
respondo dizendo o mesmo. Os acontecimentos do último ano mudaram minha
perspectiva de vida. Estava na cozinha arrumando o almoço e Adam veio até mim.
tínhamos acabo de sair do hospital. Adam tinha passado muito mal.
Nós
ainda estávamos deitados na cama. Estava sendo realmente um dia muito bom. Era
bom estar com Adam, com meu marido. Nós estávamos nos divertindo muito.
Enquanto dávamos selinhos o celular de Adam vibrou. Olhei para trás e vi que
era uma mensagem.
-
de que é? – perguntou Adam beijando minhas costas
-
é do Xavier.
-
abre ela e lê pra mim o que está escrito – falou me lambendo.
Eu
abri a mensagem e senti um mal estar na hora. eu nem estava acreditando no que
eu estava lendo. Como ele tinha coragem de fazer isso comigo?
Eu
olhei para Adam e fiquei o encarando por um bom tempo.
-
o que foi? – perguntou ele.
-
aqui diz que o advogado da Megan é o Roman.
-
como é que é?
-
foi o que você ouviu. Xavier acabou de mandar uma mensagem para você dizendo
que Roman se ofereceu como advogado para o caso da guarda dos seus filhos.
-
mas que filho de uma puta desgraçado – falou Adam nervoso.
-
se acalma – falei colocando a mão no coração dele – se não você vai passar mal,
se quiser estacionar o carro, estacione até você deixar de ficar nervoso.
-
não tudo bem, eu estou calmo… - falou ele respirando fundo – agora tudo faz
sentido não vê? Com certeza foi Roman que pagou aquela prostituta para ela
dizer aquelas mentiras na TV.
-
com certeza – falei respirando fundo – eu tinha namorado Roman e eu não
conhecia o lado profissional e pelo o que me disseram ele era foda no que
fazia.
-
não vou me preocupar com isso – falou Adam.
-
quem vai ser seu advogado? – perguntei para ele.
-
eu mesmo – falou ele.
-
ok – falei respirando fundo. Adam também era um excelente advogado. Então seria
um verdadeiro campo de batalha naquele tribunal.
Eu
podia ver que Adam estava preocupado com os filhos. Acho que ele estava certo
de que ganharia a guarda dos filhos até saber que ele teria que batalhar no
tribunal contra Roman. Roman jogava sujo e com certeza era apenas o jogo de um
homem mal amado. Ele me deixa porque eu o trai e depois vem correndo me perdoar
e acha que eu vou estar de braços abertos para ele?
Depois
de algumas horas organizando o apartamento e de termos feito o almoço nós
dormimos um pouco. Nós acabamos acordando por volta dás 16:16 nós então
decidimos assistir aos filmes no quarto. Colocamos o primeiro e logo Adam
apareceu no quarto com uma latinha de cerveja e um copo de refrigerante para
mim. Ele se sentou ao meu lado e colocou o saco de pipoca no colo dele.
-
quando eu colocar a mão ai só vai ter pipoca né? – falei brincando e testando o
humor dele.
-
sim – falou ele secamente sem olhar para mim.
Eu
entendi que ele estava chateado e não estava para piadas. O filme começou e
durante todo ele nós comemos três pacotes de pipoca, Adam tomou três latinhas
de cerveja e eu tomei quase dois litros de refrigerante.
-
vamos dar uma pausa para o próximo eu estou doido para ir ao banheiro. – falei
me levantando e assim que entrei abaixei a frente da bermuda e comecei a
urinar.
Eu
ouvi passos de Adam vindo até mim e ao chegar atrás de mim ele beijou meu
pescoço.
-
me desculpa por ter sido tão grosso com você.
-
tudo bem – falei sacudindo antes de colocar de volta na cueca. A mão dele
estava gelada e como nós dois estávamos sem camisa eu senti um arrepio.
Eu
me virei e nós demos um selinho.
-
eu desculpo sim – falei para ele.
-
olha, eu não quero atrapalhar nosso fim de semana com isso. A audiência será
terça-feira e eu já estou nervoso. Eu preciso me acalmar – falou ele.
-
eu sei como te acalmar – falei colocando a mão no volume dele enquanto nos
beijávamos – eu já te disse que essas calças de pijama deixam você com um baita
volume?
-
é? – perguntou ele pressionando o corpo dele contra meu – eu fico todo sexy?
-
muito – falei enfiando a mão dentro da cueca dele e tirando para fora o pau e o
masturbando.
-
vamos pro quarto – falou ele me levando, mas eu não tirei a mão do pau dele e
fui alisando e o masturbando até que cheguei na cama e ele ficou em pé com uma
perna em cima dela deixando seu pau mais perto do meu rosto quando eu me
sentei. Eu já abocanhei aquele pedaço de carne saboreando cada parte daquela
guloseima que eu tanto amava.
Eu
passava a língua na cabeça do pau dele e as vezes levantava deixando o saco
dele a mostra. Eu passava a língua nas bolas dele e voltava a chupar o pau que
estava duro de tesão.
Ele
então pegou o pau de bateu na minha cara e eu coloquei a língua para fora e ele
ficou batendo e esfregando ele na minha língua.
-
quer me comer agora? Porque eu estou morrendo de tesão e enquanto não sentir
meu homem dentro de mim esse tesão não vai passar.
-
Porque você não me come dessa vez – falou ele se sentando ao meu lado.
-
você quer?
-
sim, nós só fizemos uma vez quando ficamos pela primeira vez, lembras? Eu tenho
vontade de fazer outra vez.
-
tem certeza? – falei segurando a mão deles – quer dizer, eu prefiro que você me
coma, porque é o que eu gosto.
-
quero sim, mas vai com calma e carinho afinal você foi o primeiro e o último a
me comer e isso já faz dois anos.
-
bom se você tem certeza, eu faço – não precisa ficar com medo – falei pra ele –
nós só vamos até onde você conseguir.
-
ok – falou ele.
Adam
então se deitou na cama e tirou toda a roupa. Eu tirei a roupa que eu estava e
fui por cima de Adam e beijei a boca dele. enquanto beijava a boca dele eu
masturbei ele e logo passei minha mão por suas pernas peludas e desci até sua
bunda peluda e senti ela.
-
vou pegar o lubrificante – falei para ele indo até o banheiro e pegando um
refrescante. Eu coloquei em cima do criado mudo.
-
lambe minha bunda – falou ele ficando de quatro na cama.
-
ok – falei ficando atrás dele e abrindo com a mão. Eu então passei a língua e
Adam gemeu. - gostoso?
-
sim.
Eu
então lambri outra vez e dei uma cuspida e limpei tudo com a língua. Ele gemeu
bastante enquanto passava a minha língua na bunda dele sentindo o gosto daquele
rabo. Eu então fiquei de joelhos na cama e coloquei meu pau na bunda dele e
fiquei esfregando como se estivesse fodendo ele.
-
me foda – falou ele.
-
tudo bem, deita de barriga pra cima amor.
Ele
então deitou de barriga pra cima e eu peguei o gel e passei na bunda dele e
depois passei no meu pau.
-
está pronto? – perguntei dando um selinho na boca dele.
-
estou.
Ele
então colocou a mão no pau meio mole e começou a se masturbar lentamente
enquanto eu me ajeitava na cama. Eu levantei as pernas dele e coloquei a cabeça
do meu pau bem na entrada e joguei mais gel.
Eu
então peguei no pau dele e comecei a masturba-lo porque o pau dele estava mole.
Eu então comecei a forçar e Adam gritou de dor e eu tirei. Só tinha começado a
enfiar a cabecinha nem tinha entrado.
-
não vou dar conta – falou ele com as mãos tremendo tentando impedir que eu
tentasse outra vez. – porra, dói demais – falou ele se sentando na cama.
-
agora você sabe como me sinto todas as vezes.
-
sério?
-
não, brincadeira – falei rindo – é sua primeira vez Adam é óbvio que vai doer e
muito, mas nós começamos a enfiar e essa dor é normal agora vai ser mais fácil
e sem toda essa dor.
-
eu não sei se quero – falou ele.
-
ok – falei dando um selinho na boca dele – você ficou de pau mole com a dor.
-
eu quero tentar de novo – falou ele.
-
tem certeza?
-
tenho. Eu quero fazer isso um dia e quero que seja com você e por mais que eu
tenha doido eu quero que seja hoje e agora.
-
tudo bem – falei pra ele.
-
me promete que não vai doer dessa vez?
-
prometo – falei dando um selinho na boca dele.
Adam
então se deitou outra vez na cama e eu levantei as pernas dele e me ajeitei. Eu
joguei bastante gel na bunda dele e passei no meu pau e coloquei na portinha.
-
vou tentar outra vez – falei para ele. Eu então comecei a forçar e Adam fechou
os olhos e começou a pressionar a bunda.
-
não faz isso Adam, se não vai doer – falei parando e tirando o pouco que tinha
entrado.
-
eu não sei o que fazer – falou ele –
você tinha razão, não doeu como da primeira vez, mas ai ainda estou com receio
e tenho medo de me machucar quando fizer.
-
você tem que relaxar. Respira fundo e se solta, não fica contraindo o ânus faz
ao contrário e logo vou ter enfiado tudo.
-
tudo bem – falou ele.
Eu
então passei gel na mão e passei no meu pau e coloquei na porta e comecei a
penetrar e dessa vez Adam não forçou ao contrário.
Eu
gemi quando a cabecinha entrou.
-
foi tudo? – perguntou ele.
-
não, só a cabeça.
-
enfia tudo – falou ele pegando minha mão e colocando no peito dele.
Eu
então comecei a forçar e foi entrando.
-
me beija – falou Adam fazendo eu me abaixar e dar selinhos na boca dele
enquanto o meu pau entrava todo dentro dele e logo enfiei tudo.
-
porque parou?
-
já enfiou tudo
-
eu consegui? – perguntou ele com um sorriso no rosto.
-
conseguiu – falei para ele.
Eu
então comecei a rebolar bem devagar e ele fechou o olho e começou a gemer.
-
vou aumentar bem devagar ok?
-
ok – falou ele ofegante.
Eu
então comecei a bombar bem devagar tirando apenas um pouquinho e eu fui
aumentando e fui tirando e colocando com mais força e mais rápido e log eu
comecei a meter bem rápido.
-
seu pau está ficando duro – falei para Adam. O pau dele no começo estava mole,
mas agora ele estava começando a ficar duro.
-
está bem gostoso – falou ele gemendo.
Eu
continuei fodendo ele por uns 10 minutos parando as vezes para não gozar. O pau
dele agora estava duro como rocha e eu o masturbada enquanto o fodia.
-
que delicia – falou ele gemendo.
-
quer que eu goze onde? – perguntei fodendo ele.
-
no meu rabo – falou ele de olhos fechados.
Eu
então coloquei as mãos no peito dele e comecei a foder bem rápido enquanto Adam
se masturbava e logo eu senti os jatos de porra saindo do pau dele e indo até o
peito. Eu então soquei fundo no rabo dele e gozei porra quente dentro dele.
Nós
dois gememos de prazer quando eu gozei.
-
que gostoso – falou ele suado. Ele parecia realmente ter gostado da tranza.
Eu
então fui tirando meu pau devagar e vi que tinha um pouco de sangue no meu pau.
-
e ai? – perguntou ele – como foi?
-
Adam saiu um pouco de sangue, mas isso é normal porque é sua primeira vez.
-
tudo bem – falou ele.
Eu
me levantei peguei uma toalha, me limpei e limpei Adam e o peito dele.
-
como foi? – perguntei deitando ao lado dele.
-
como diria aquelas adolescentes dos filmes: “foi mágico” – falou ele rindo.
Eu
ri junto com ele e deitei a cabeça no peito dele.
-
eu te amo sabia? – falei dando um beijo no peito dele e olhando para o rosto
dele.
-
eu também te amo – falou ele pegando um cigarro e colocando na boca. Ele
acendeu, deu uma tragada e assoprou para o alto.
Pela
primeira vez senti que ele estava relaxado desde que recebeu a noticia de
Roman. nós dois estávamos relaxados.
Eu
me levantei peguei o cinzeiro para ele e coloquei no criado mudo. Eu então fui
para o banheiro tomar um banho e durante o banho eu chorei em silêncio. Eu
estava perdidamente apaixonado pelo meu marido e só de pensar que eu teria que
deixa-lo se ele não ganhasse a guarda das crianças me deixava triste e partia
meu coração. Mas eu nunca separaria um pai de seus filhos, eu sei a falta que
faz. Esse era meu sacrifico o jeito era torcer para que desse tudo certo.
Acordei
ás 03:33 da madrugada. Ás 09:00 da manhã seria a audiência de Adam. Eu estava
nervoso por ele e por mim porque eu já tinha me decidido. Se ele não ganhasse a
custodia eu me afastaria de Adam, dessa forma ele poderia ficar com os filhos.
Eu olhei para Adam na cama que dormia confortavelmente em nossa cama. Eu
acordei propositadamente para passar um último tempo com Adam caso acontecesse
algo. Eu me aproximei dele e deitei minha cabeça em seu peito e fechei meus olhos.
Adam dormindo colocou ao braço direito sobre mim e me abraçou.
-
eu te amo – falei para ele.
-
eu também te amo – respondeu ele.
Eu
me assustei e olhei para ele e vi que Adam estava dormindo. Até dormindo ele se
declarava para mim. Aquilo foi tão fofo que eu demorei a dormir outra vez.
Adam
acordou primeiro que eu naquela manhã de terça-feira. Eu abri os olhos e ele
estava vestindo sua roupa.
-
bom dia – falou ele colocando a calça.
-
bom dia – falei olhando no relógio e ele marcava 07:50 – já está se arrumando?
-
eu quero chegar cedo. Eu sei lá o que Roman está planejando, mas eu tenho que
estar preparado.
-
eu queria ir com você… na verdade eu pensei que fosse.
-
não precisa.
-
mas eu pensei que gostaria que eu estivesse lá para dar meu apoio.
-
tudo bem – falou ele com um sorriso – mas se arrume rápido para nós chegarmos
cedo.
-
ok – falei me levantando e começando a arrumar a cama.
-
eu estava pensando sobre Roman…
-
que tipo de pensamentos?
-
deixa de ser bobo, não esse tipo. Eu estava pensando que é muita cara de pau
dele te trair dessa forma né? Ele é seu sócio na empresa e vai estar frente a
frente em um tribunal tentando tirar seus filhos de você.
-
profissionalmente não há problema, afinal ele pode fazer isso, mas
pessoalmente… sim. ele é um canalha. Eu sempre te disse que Roman era um
canalha e você nunca acreditou.
-
eu acreditava, só que eu era apaixonado pro ele na época e eu não em importava.
-
eu sei, mas hoje vai depender muito do que ele fizer. Eu estou nervoso para
saber as cartas que ele tem na manga.
-
não se preocupe vai dar tudo certo – falei dando um selinho na boca dele e
entrando no banheiro.
Eu
não me demorei no banho, em fato eu tomei um banho bem rápido. Acho que nunca
tinha tomado um banho tão as pressas como o do dia de hoje.
Eu
sai do banheiro e em seguida vesti uma camisa vermelha e uma calça jeans azul.
E não estava afim de me vestir formalmente. Em seguida eu sai do quarto e Adam
e eu tomamos o café da manhã. Em seguida nós saímos de casa e nós conversamos a
caminho do tribunal.
-
o Apollo está conseguindo ser seu assistente?
-
está sim. ele é até eficiente, sabia que ele ficou noivo no fim de semana?
-
sério?
-
sério. Agora você pode parar de desconfiar que nós temos alguma coisa.
-
eu nunca disse que vocês tinham algo.
-
não minta pra mim – falou Adam com um sorriso.
-
ok, eu não disse, mas passou por minha mente no momento em que eu o vi no dia
que você desmaiou, mas logo passou e sinceramente eu não quero saber porque eu
confio em você.
-
e eu em você – falou ele.
Logo
que chegamos ao tribunal nós encontramos Vanessa, Gray e Xavier.
-
preparado? – perguntou Gray para Adam.
-
estou – falou Adam.
Nós
cumprimentamos todos e logo nós entramos no tribunal. Todos se sentaram na
frente, mas eu preferi sentar no último banco. Eu vi Megan e Roman sentados e
Roman olhou pra mim assim que me viu. Eu desviei o olhar.
Logo
que o juiz entrou, todos nós ficamos em pé e logo sentamos e os advogados
fizeram suas declarações iniciais. Roman disse que tinha testemunhas contra
Adam.
-
senhor juiz, como podemos deixar as crianças com esse homem.
-
protesto – falou Adam – esse homem é o pai dessas crianças.
-
aceito – falou o juiz.
-
mil perdões – falou Roman – as crianças não vão ter exemplos vindo de um pai
que abandonou sua esposa para cair nas loucuras de um caso com um qualquer. Eu
tenho lá fora 8 mulheres que dizem ter feito sexo com Adam nos últimos meses enquanto
ele ainda era casado com Megan.
Eu
estava com raiva de Roman e a cada palavra que ele falava eu tinha vontade me
levantar e ir bater nele, mas Adam me advertiu que não fizesse isso.
-
a minha cliente só quer o melhor para os filhos e o melhor é que elas não vejam
o pai.
-
como isso pode ser melhor? – pensei comigo – essa era a coisa mais idiota que
alguém possa ter dito. Adam então se levantou.
-
Excelentíssimo, acho que minha vida sexual ou as escolhas que eu fiz não afetam
como pai. eu amo meus filhos e tudo o que eu quero é o direito de vê-los sempre
que eu tiver vontade sem que minha esposa levante calunias contra mim e meu
parceiro.
-
protesto – falou Roman – o “parceiro” – falou ele fazendo aspas com os dedos –
não faz parte do processo.
-
aceito – falou o juiz.
As
horas foram se passando e a cada mulher que entrava eu me sentia humilhado. As
pessoas olhavam para mim no tribunal como se eu tivesse iludido Adam, dado a
poção gay e o feito deixar os filhos. Eu tentava ignorar os olhares, mas eu não
podia ignorar que Adam estava perdendo a credibilidade.
Eu
estava começando a entrar em desespero quando a 8ª mulher disse que Adam queria
fugar com ela e deixar as crianças para trás. Uma mentira lascada é claro
porque Roman com certeza tinha mandado ela dizer isso.
-
excelentíssimo – falou Roman – acho que eu deixei claro as reais intenções do
Sr. Adam White em relação aos seus filhos. Ele quer apenas inclui-los nessa
tramoia que ele chama de família.
-
como você pode dizer isso? – falou Adam para Roman – você é gay. Como pode se
desfazer de algo que é importante para você.
-
eu posso ser gay, mas não vou contras a família tradicional de Jesus – falou
ele com um meio sorriso para Adam. Como Roman era falso. Era como se eu nunca
tivesse conhecido Roman de verdade. Ele parecia uma pessoa diferente e ele
estava destruindo Adam.
A
cara do juiz não era nada boa. Era isso… hora de eu deixar aquele lugar, ir
direto para o aeroporto e comprar uma passagem para New Hampshire passar alguns
dias com meu pai Stephen.
Eu
me levantei silenciosamente do último bando e sai da sala. Ao chegar no
corredor eu segui a caminho da saída. Meu coração estava doendo muito, mas era
o certo a se fazer. Ao sair da sala eu dei quatro passos até que uma voz
familiar falou comigo.
-
onde você vai? – perguntou uma voz masculina.
Eu
me virei para ver de que mera a voz e era Xavier.
-
Xavier? Eu pensei que estivesse lá dentro.
-
eu não aguentei, minha vontade era de ir em cima de Roman. eu tive que sair de
lá.
-
mesmo motivo, eu só ia lá fora comprar algo para beber.
-
não minta para mim Mike, eu sei o que você está planejando. Você vai deixar meu
irmão.
-
não sei do que você está falando.
-
sabe sim – falou Xavier ainda sentado em uma das cadeiras de fora do tribunal.
– eu imploro para que não faça isso Mike. É um erro.
-
mas eu não posso deixar Adam me escolher ao invés dos filhos. Eu sei como é
perder um parente e sei como é ter um pai que esteve ausente na vida. A minha
sorte é que meu pai de verdade ficou comigo e cuidou de mim.
-
Adam gosta mesmo de você Mike. Eu você nos olhos dele quando ele fala sobre
você comigo.
-
ele fala de mim com você?
-
sim – falou Xavier rindo – ele nunca falou comigo sobre a Megan. Quer dizer,
não da forma que ele fala sobre você.
-
o que ele diz?
-
que te ama. Ele fala sobre a vida de casado entre vocês dois, como ele está
feliz por ter finalmente encontrado alguém que o faça feliz. Ele está feliz ao
seu lado Mike. Não cometa um erro que você vá se arrepender futuramente.
Eu
olhei para baixo.
-
não importa o resultado que sair disso seja lá qual for Adam vai precisar de
você ao lado dele. Se ele não conseguir os filhos ele vai precisar de alguém ao
lado dele para enxugar suas lágrimas e o colocar para cima. E ele vai querer
que essa pessoa seja você.
-
você acha que eu deva ficar? Não seria egoísmo? E os filhos?
-
Adam não vai se dar por vencido. Você podem continuar lutando juntos.
Eu
pensei por um longo tempo e debati e minha mente.
-
você está certo Xavier. Eu não sei o que deu em mim.
-
você só está sendo o Mike – falou Xavier se levantando e me dando um abraço –
meu irmão é apaixonado pro você, ele te ama e agora você é da minha família.
-
obrigado – falei soltando ele.
-
volte lá pra dentro e independente do resultado mostre um sorriso no rosto.
-
obrigado pelos conselhos – falei voltando para dentro do tribunal e me sentando
no lugar onde estava.
Acho
que Roman e Adam já tinham acabado com suas declarações porque assim que sentei
já precisei levantar com todos e a palavra agora estava com o juiz.
-
eu não sei o que posso ver dessa situação – falou o juiz. De um lado eu sou
apresentado a um homem que abandonou a família para viver uma aventura e do
outro uma esposa dedicada preocupada com seus filhos.
Eu
vi Adam engolir seco e eu fiz o mesmo. Roman deu um sorriso.
-
mas não é dessa forma que eu vejo – falou o Juiz fazendo o sorriso de Roman
desaparecer rapidamente – de um lado eu vejo uma pai dedicado que pulou o
enorme muro do preconceito para viver sua vida e do outro uma mulher mal amada
que foi rejeitada e tenta usar as crianças para se vingar, por esse motivo eu
decido que o pai tenha o direito legal de ver os filhos todos os finais de
semana, inclusive levar para sua casa.
-
obrigado – falou Adam emocionado.
-
o pai também tem direito a duas horas de visitas com as crianças todos os dias
da semana. Podendo leva-las para passeios. – falou o juiz batendo o martelo da
justiça – essa sessão está encerrada.
Eu
fui andando na direção de Adam e nós demos um abraço e um beijo.
-
você conseguiu – falei para Adam.
-
nós conseguimos – falou ele me abraçando.
Todos
vieram até nós e todos comemoraram lá mesmo a vitória.
Felizmente
Adam tinha conseguido ver as crianças. Megan estava proibida de viajar com as
crianças sem a assinatura reconhecida firma do pai. Eu tinha ficado tão feliz
com essa vitória porque eu estava com tanto medo de ter que deixa-lo, mas a
verdade é que Xavier era meu salvador, se por acaso ele não estivesse lá
naquele momento de fora do tribunal acho que eu teria cometido um erro do qual
eu não voltaria atrás, mas ainda bem que tudo estava bem.
Sábado
seria o primeiro fim de semana das crianças com a gente. Adam não estava nenhum
pouco nervoso afinal ele é o pai, mas eu estava quase dando um infarto de
nervosismo. Eu não queria parecer chato para os filhos dele e eu não queria
passar uma impressão ruim. Seria fácil conquista-los porque eles já me
conheciam e gostavam de mim, mas eu era a pessoa que tinha acabado com a
família deles e eu não sei como eles estavam se sentindo.
Chegou
a sexta-feira a noite e Adam chegou do trabalho. O jantar estava pronto e eu
estava esperando por ele.
-
boa noite – disse ele vindo até mim e me dando um beijo.
-
boa noite, como foi no trabalho?
-
foi ótimo – falou ele sentando no sofá ao meu lado e tirando os sapatos e as
meias – eu estou morto de cansado.
-
o jantar está pronto.
-
você já jantou?
-
não.
-
vamos jantar então – falou ele tirando a gravata e indo colocar no quarto junto
com os sapatos.
Ele
voltou e nós nos sentamos a mesa para comermos.
-
você está nervoso com amanhã? – perguntou ele.
-
pode apostar seu rabo que estou – falei brincando.
-
não se preocupa, vai ocorrer tudo bem. Além do mais eles já gostam de você.
-
é mais eu sou a pessoa que acabou com o conto de fadas de pai e mãe deles.
Provavelmente eles te odeiam.
-
deixa de ser bobo. Não existe ódio no coração de crianças.
-
você é que pensa – falei rindo.
-
eles vão gostar do quarto – falou Adam – muito obrigado por ter deixado
transformar o quarto de hospedes em um quarto para as crianças.
-
não foi nada. Eles precisam de um quarto aqui.
-
obrigado – falou Adam segurando minha mão.
-
por nada – falei alisando o braço dele e em seguida nós voltamos a comer.
-
o dia de ação de graças está chegando.
-
pois é. O ano passou tão rápido.
-
você já decidiu onde vai passar o dia de ação de graças?
-
na verdade eu estava querendo discutir isso com você.
-
eu sei que você vai querer passar na casa do seu pai, mas eu estava pensando
que já era hora de você conhecer minha família.
-
conhecer… sua… família? – falei engolindo a comida que estava na minha boca.
-
sim.
Eu
fiquei pensando por um tempo.
-
tem certeza? Quer dizer, é só a sua mãe nós podemos conhecer ela em outra
ocasião – falei colocando uma garfada de comida na boca.
-
não é “só minha mãe”. Você também tem que conhecer meus outro irmãos.
-
o que? – falei engasgando com a comida.
-
você está bem? – perguntou Adam batendo nas minhas costas.
Eu
peguei um copo de suco e dei um gole.
-
tudo bem? – perguntou Adam.
-
sim – falei respirando fundo - irmãos? Não é só o Xavier?
-
claro que não – falou ele com uma risada tomando um gole de suco – eu tenho
outros irmãos.
-
mentira.
-
verdade – falou ele – eu sou o segundo filho dos meus pais e Xavier é o
terceiro.
-
quantos irmãos você tem?
-
com o Xavier, cinco.
-
cinco? – falei mais alto do que gostaria de ter dito.
-
sim, dois irmãos e duas irmãs.
-
meu deus, como eu nunca ouvi você falar neles? Eu trabalhei com você quatro
anos e eu nunca ouvi você tocar no nome deles. Eu pensei que você e Xavier
fossem os únicos herdeiros da empresa.
-
e somos. Meu pai deixou a empresa em nossas mãos porque meus irmãos não se
interessaram, eles já tinham seus sonhos e nenhum deles incluía tomar conta
dessa empresa. além do mais eles não gostam muito de mim e Xavier, na verdade o
almoço de ação de graças é o único dia que nos vemos e nos falamos e só fazemos
isso pro causa da minha mãe, se ela não estivesse nesse mundo nós nem nos
veríamos mais.
-
você está brincando comigo né?
-
não – falou ele rindo – porque parece tão surpreso e nervoso?
-
Adam, eu vou ser apresentado a sua mãe e quatro irmãos. O cara que acabou com o
casamento do irmão hétero.
-
deixa de ser bobo, eles vão te adorar.
-
eu duvido.
-
não fique preocupado com isso. falta mais de dez dias para o dia de ação de
graças, claro… se você topar.
Minha
vontade era de dizer: não, vamos passar a ação de graças com meu pai, mas seria
egoísmo da minha parte. Adam tinha aberto mão de tantas coisas em sua vida por
mim, eu acho que aguentava um dia com a família recém descoberta de Adam.
-
tudo bem, pode confirmar nossa presença.
-
obrigado – falou ele com um sorriso.
No
sábado Adam e eu saímos ás 15:00 para pegar as crianças. Nós entramos no carro
e no caminho conversamos sobre o que faríamos com as crianças.
-
quais os planos para hoje “papai”? – falei para Adam.
-
não sei, estava pensando em passar na vídeo locadora com as crianças para cada
uma delas escolherem um filme para assistirem e no domingo pensei em leva-las
ao parque de diversões, o que você acha?
-
ótimo. Nós podemos passar no supermercado e comprar sorvete e guloseimas para
elas, mas não muito porque se não vai fazer mal.
-
perfeito – falou Adam.
-
o que você vai fazer com Roman?
-
como assim?
-
depois do que ele fez com você. você o demitiu ou algo assim?
-
foi como eu te disse Mike, ele não fez nada de errado profissionalmente falando
então não tem motivo para brigar com ele, afinal ele te mações na empresa e
todos os sócios concordaram que não vamos fazer nada quanto a isso.
-
ok – falei olhando para a casa da esposa de Adam. Megan e as crianças já
estavam de fora da casa quando chegamos. Quando o carro parou Megan virou-se de
costas e entrou dentro da casa deixando as crianças paradas na calçada. Ela era
realmente uma mulher ignorante. Eu procurava não julgar ela muito afinal eu
roubei o marido dela.
-
oi papai – falou Jullie, a filha de Adam vindo até ele.
-
oi filha – falou Adam pegando ela nos braços e dando um beijo e em seguida
colocando ela no chão.
-
oi papai – falou Christian vindo até Adam para um abraço e um beijo.
-
oi tio Mike – falou Jullie me dando um abraço – senti saudades.
Adam
colocou Christian no chão e ele veio até mim para um abraço.
-
eu também senti sua falta tio Mike – falou Christian vindo até mim.
Eu
fiquei emocionado com esse abraço. Todo esse tempo eu pensando que as crianças
seriam mesquinhas e não gostariam de mim e elas me recebiam com abraços e
dizendo que estavam com saudades.
-
também senti a falta de vocês.
-
hoje o papai e o tio Mike vão levar vocês para a vídeo locadora pegar alguns
filmes e amanhã vamos leva-los ao parque de diversões. O que vocês acham?
-
oba – os dois disseram em coro.
Nós
então entramos no carro e fomos para a vide locadora. Cada uma das crianças
pegou dois filmes e logo que saímos de lá fomos até o supermercado e compramos
algumas guloseimas para as crianças.
Assim
que chegamos e casa já fomos assistindo aos filmes de cada um. Depois que
assistimos dois filmes Adam foi fazer o jantar e eu fiquei assistindo ao canal
infantil com as crianças. Cada um deles ficou sentado de um lado meu.
Depois
de um tempo assistindo a televisão Jullie chamou minha atenção puxando minha
camisa.
-
o que foi? Quer água?
-
eu devo te chamar de pai? – perguntou ela olhando para mim envergonhada.
-
não precisa querida, pode me chamar do que você quiser.
-
podemos te chamar de Mickey? – perguntou Christian.
-
sim, podem me chamar de Mickey ou tio Mike… o que vocês quiserem. Não precisam
me chamar de pai.
Eles
deram sorrisos e voltaram a olhar para a televisão. Depois que o jantar ficou
pronto nós comemos na mesa de jantar e depois voltamos para a sala para
assistirmos aos filmes restantes.
Durante
o primeiro ocorreu tudo bem, todos nós assistimos e as crianças adoraram, mas
já no segundo as crianças começaram a cochilar. As luzes estavam apagadas e até
eu comecei a sentir sono e antes que percebe eu estava cochilando no ombro de
Adam e as crianças cochilando em nossos colos.
-
bebê, vamos para a cama – escutei Adam falando com as crianças. Eu abri os
olhos – eu te ajuda a leva-las.
-
eu estava falando com você – falou ele brincando.
-
engraçadinho.
-
você está dormindo tão fofo, igual a eles.
-
eles são tão inteligentes – falei olhando para as crianças.
-
e disse que eles iam gostar de você.
Logo
nós colocamos as crianças na cama e assim que fui para meu quarto eu mal tomei
banho e escovei os dentes e cai morto na cama. Adam foi tomar banho e escovar
os dentes e eu prometi que esperaria por ele, mas eu não consegui. Eu então
dormi ouvindo os raios e trovões do lado de fora. Cairia uma tempestade.
Eu
não sei exatamente por quanto tempo dormi, mas eu acordei no meio da noite com
o barulho de chuva e eu achei ter ouvido um barulho e olhei para a porta do
quarto e acendi a luz dos abajur e vi Jullie e Christian parados.
-
podemos dormir com vocês?
Adam
então acordou na hora.
-
o que aconteceu? – perguntou Adam olhando.
-
papai o trovão está nos assustando, podemos dormir com vocês?
-
o que o papai disse? É só um barulho assustador, não precisam ter medo. Vocês
já são grandes podem voltar para a cama, não came vocês dois aqui o papai vai
levar vocês de volta. – falou Adam se sentando na cama.
Eu
vi a decepção estampada no rosto deles.
-
venham aqui, podem dormir – falei me levantando rapidamente – o tio Mike vai
dormir no quarto de vocês e vocês podem dormir aqui com o papai.
-
não precisa Mike – falou Adam.
-
tudo bem – falei levando elas até a cama – podem dormir com o papai.
-
obrigado tio Mike – os dois disseram deitando ao lado de Adam e se cobrindo.
Eu
então sai do quarto, fechei a porta e fui em direção ao quarto das crianças. E
então deitei em uma das camas de solteiro deles e me cobri fechando os olhos.
Eu estava tão cansado quando fui me deitar e agora eu já não tinha sono.
Eu
olhei as horas no meu celular e era 02:11. Mais uma vez eu tinha sido pego pelo
sentimento de vazio. Adam tinha um trabalho, tinha filhos. Ele tinha deixado
sua marca no mundo e eu sentia como se minha existência naquele mundo fosse
nula.
Eu
não gostava de ter aquele sentimento comigo, mas tinha vezes que ele me possuía
e dessa vez ele resolveu me pegar ás duas da madrugada. Eu acho que fiquei
acordado por mais de uma hora e meia antes de cair no sono.
Eu
queria fazer algo da minha vida, mas eu simplesmente não tinha vontade, eu
estava indeciso e não sabia o que fazer. Eu sempre quis uma família e agora que
eu tinha uma eu não em sentia completo como eu achei que me sentiria. Era tão
frustrante me sentir assim.
Eu
estava tendo um sonho estranho quando senti uma mão gelada no meu braço e eu
acordei meio tonto.
-
desculpa de acordar – falou Adam – chega pra frente.
-
pra que? – falei olhando para ele com a visão embasada.
-
vou me deitar com você.
Eu
olhei para a janela e o sol já tinha nascido.
-
mal em cabe aqui.
-
não tem problema – falou Adam.
Eu
então cheguei para frente e ele me abraçou e fez conchinha comigo.
-
e as crianças?
-
estão dormindo.
-
ok – falei olhando para a parede.
-
obrigado – falou ele nos cobrindo com o cobertor e beijando minha orelha.
-
pelo o que?
-
por ser tão bom com meus filhos.
-
por nada. – falei fechando os olhos.
Nós
então dormimos juntinhos por mais algumas horas. Nós teríamos um dia longo pela
frente com as crianças então era bom nós aproveitarmos o sono enquanto podíamos
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