Capítulo Quarenta
TRANSIÇÃO
F
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az três horas que estava na delegacia. Estava
dentro de uma sala de interrogação com dois policiais que me faziam as mesmas
perguntas a várias horas. Eles me disseram que Amy estava na sala ao lado
também sendo interrogada.
Kurt tinha chamado seu melhor
amigo de infância que vive em Vermont, um advogado chamado Robert Porter. Ele
estava ao meu lado.
- não adianta mentir – falou um
dos policiais na sala.
- eu não estou mentindo, eu já
contei essa história mil vezes e contei tudo o que sei. Eu ficava recebendo
recados e a casa do meu pai foi invadida e pinchada. Pode perguntar ao detetive
Leon, eu liguei para ele quando a casa foi invadida.
- não faz sentido, você disse que
não ouve arrombamento.
- exato. Matteo namora meu pai.
Ele deve ter passado a noite lá ou pego a chave escondido do meu pai e ido lá
só pra me assustar.
- me diga novamente o que
aconteceu quando entrou na floresta – falou o detetive sentado.
- quer saber? Chega – falou
Robert, meu advogado – meu cliente não vai mais ficar respondendo essas
perguntas. Faz mais de três horas que estamos aqui.
- não se preocupe, tudo isso vai
acabar.
- como assim?
- Amy foi interrogada Oliver. ela
não aguentou a pressão. Ela contou tudo. Todo o plano de vocês.
- isso é um absurdo – falou
Robert.
- se acalma – falei para o
advogado, em seguida voltei a olhar para o detetive. A cena foi engraçada
porque Robert estava mais nervoso do que eu. Não é que ele seja um advogado
ruim, mas ele estava se sentindo pressionado afinal ele estava tentando livrar
o namorado do amigo da prisão.
- eu estou calmo – falou Robert.
- olha detetive, eu tive uma vida
difícil quando mais novo, mas eu assisti bastante televisão. Eu sei que Amy não
contou nada sobre o “nosso plano”, porque não existe plano. Vocês estão jogando
verde. Não deu certo porque eu já disse. Foi tudo coincidência.
Nesse momento alguém abriu a
porta.
- ele chegou – falou um policial.
- está na hora da verdade – falou
o detetive se levantando.
- como assim?
- Matteo está aqui – falou Robert
– eles já o interrogaram no hospital e irão interroga-lo aqui.
- é claro que ele contou uma
mentira certo?
- você é quem me diz. Você e Amy
armaram um plano?
- você é meu advogado e não
acredita em mim?
- eu preciso saber da verdade.
Kurt é meu amigo de infância e se eu não conseguir te livrar dessa ele nunca
mais fala comigo.
- não é tão sério. Kurt e eu nos
conhecemos a três dias.
- você é importante pra ele. Kurt
só falou em você quando nos vimos. Você sabe o tipo de cara que ele é, quer
dizer você praticamente o salvou.
- você se refere ao irmão dele
que desapareceu?
- se você sabe sobre isso, você
sabe que ele gosta muito de você.
Robert falou isso se levantando e
eu fui junto com ele. Ao chegar perto da porta eu vi Matteo com um curativo no
braço e ao lado dele estava ninguém menos do quer meu pai. Dr. Marshall. O
detetive apertou a mão de Matteo e ele seguida apontou para minha sala. Nesse
momento os dois olharam para mim.
Meu pai me encarou. Ele parecia
chocado e surpreso ao me ver.
- o que vai acontecer agora? –
perguntei para Robert.
- provavelmente eles vão
interrogar Matteo e seu pai.
Me sentei novamente e Robert e eu
esperamos por pelo menos mais duas horas até que finalmente alguém abriu a porta.
- olá – falou o detetive Leon
abrindo a porta.
- Leon.
- olá Oliver – falou ele vindo
até mim e apertando minha mão e depois a mão de Robert.
- o que está fazendo aqui?
- eu fui informado que meu nome
foi citado por você e eu tive que dar um depoimento.
- você contou a eles que foi na
casa do meu pai devido a uma invasão.
- sim. Contei a verdade.
- ótimo. Pelo menos alguém
acredita em mim.
- fique tranquilo, você vai ficar
bem.
Nesse momento o detetive
encarregado do meu caso abriu a porta.
- vocês estão prontos? –
perguntou o detetive abrindo a porta.
- prontos para o que? –
perguntei.
- nós já pegamos o depoimento de
Matteo e do Dr. Marshall e agora nós vamos colocar todos vocês em uma sala.
- pra que isso? – perguntei
nervoso.
- não estamos indo a lugar
nenhum. Você nos conta uma história e Matteo está nos contando uma história
totalmente diferente. Ele foi esfaqueado e suas digitais estão na faca. se eu
Fosse você eu ficaria mais calmo e começaria a pensar que talvez seu futuro
seja atrás da grades.
- a minha história é a
verdadeira. Eu não estou mentindo.
- não estou dizendo que está
mentindo, só estou dizendo que se você a história de que a facada foi em
legitima defesa você precisa provar e no momento não temos nada que corrobora
suas histórias.
Robert se aproximou e falou no
meu ouvido.
- aceite Oliver, seu pai é a sua
saída daqui. Se o que você me contou é verdade você tem a chance de usar isso
ao seu favor.
- tudo bem – falei respirando
fundo. Robert estava se referindo ao fato de meu pai ter me seduzido e nós
termos tranzado. Eu contei para Robert porque achei que talvez ajudasse em
algo. É claro que ele não pode contar a ninguém o que eu falei, especialmente á
Kurt.
- tudo bem – falou o detetive
saindo da sala para buscar Matteo, Dr. Marshall e o advogado dele.
- tem um rapaz que não sai da
sala de espera – falou Leon.
- o Kurt?
- um rapaz de barba preta,
cabelos pretos e olhos azuis.
- sim o Kurt. Diga pra ele que eu
estou bem e que Robert tem uma idéia para me corroborar minha história.
- digo sim – falou ele abrindo a
porta e saindo.
- já são quase sete da manhã –
falou Robert.
- eu estou morrendo de sono –
falei bocejando.
- você vai ficar bem, eu tenho um
plano.
- e que plano é esse?
Robert abriu a boca para
responder, mas antes que ele pudesse me contar o detetive abriu a porta e
Matteo e Dr. Marshall entraram. Matteo tinha um curativo no braço e meu pai ao
entrar na sala ficou me encarnado.
- sentem-se por favor – falou o
detetive.
- o que viemos fazer aqui? –
perguntou Matteo.
- espero que você tenha vindo
dizer a verdade – falei olhando para ele.
- Oliver por favor – falou Robert
me mandando calar a boca.
- bom, vamos começar – falou o
detetive pegando os papéis com o depoimento – vamos começar coma versão de
Matteo.
- Ok – falei tentando ficar mais
tranquilo. Odiava quando as pessoas contavam mentiras, eu sabia que o que viria
a seguir não seria verdade antão tinha que tentar não me estressar.
- Matteo disse que a algum tempo
você vem demonstrando comportamento psicótico e perseguindo ele porque você
descobriu que ele e seu pai, Dr. Marshall tem um relacionamento. Ele disse que
você o ameaça a semanas. Matteo definiu Oliver como um garoto carente que quer
a atenção do pai o dia todo.
- isso é mentira, eu nem sabia
desse relacionamento. Só descobri a quatro dias.
- silêncio Oliver, você terá a
chance falar – falou o detetive.
- bom, isso é um resumo da versão
de Matteo. Oliver tem uma versão bem diferente – falou ele deixando os papéis
do depoimento de Matteo de lado e pegando os meus – Oliver diz que alguém vem
correspondendo com ele a semanas. Ele disse que a pessoa vem o ameaçando por
cartas e que Matteo chegou a pinchar o chão e as paredes da casa de Dr.
Marshall com ameaças.
- ele não tem provas disso,
certo? – perguntou o advogado de Matteo.
- não, ele não tem – falou o
detetive – Oliver disse também que alguém invadiu a casa de seu pai.
- como é que é? – perguntou meu
pai falando pela primeira vez.
- Oliver disse que a casa foi
invadida. Ele acordou e viu alguém deitado na cama. Ele disse que o pai estava
no trabalho, ele então ligou para o
detetive Leon que confirmou a história. Ele realmente foi a casa de Dr.
Marshall devido a denuncia de invasão domiciliar. Ao chegar lá ele vasculhou
todo o local e não encontrou ninguém.
- como ele pode saber que foi meu
cliente? – perguntou o advogado de Matteo – eu acredito no depoimento de
detetive Leon, mas Oliver pode ter armado tudo. Ele pode ter mentido. Talvez
ele só queira chamar a atenção.
- cala a boca – falei me
levantando. Estava nervoso, mas não era tudo real. Eu estava fingindo estar
perturbado. Eu tinha entendido o plano de Robert e eu nem precisei ouvir.
Desde o momento que entrou na
sala com Matteo, meu pai não tira os olhos de mim. ele parece abatido como se
estivesse remoendo o que aconteceu entre nós dentro dele por dias. Eu sei que
ele está arrependido do que fez e que faria qualquer coisa para ter minha
confiança de volta.
- sente-se por favor ou vou será
que vou ter que algemá-lo? – perguntou o detetive.
- viu só? – falou Matteo – esse é
o temperamento dele.
- tudo o que estão fazendo aqui é
desmentir tudo o que meu cliente falou, estão fazendo parecer que Oliver
mentiu. E se Oliver estiver falando a verdade? – falou Robert – pelo o que sei
o detetive Leon foi a casa de Dr. Marshall atendendo a um chamado de Oliver.
ele disse que viu um homem deitado na cama e seu pai estava no trabalho, certo?
- certo – falou o detetive.
- detetive Leon disse também que
não havia sinais de arrombamento, ou seja, é bem possível que o homem seja Matteo.
Ele conhece o pai do meu cliente e já conhecia a casa do mesmo. Ele pode ter
pego as chaves sem que ele percebesse.
- eu não peguei as chaves – falou
Matteo com os olhos vermelhos. Ele começou a lacrimejar – tudo o que sei é que
eu posso nunca mais ter o controle do meu braço novamente – falou Matteo
segurando a mão do meu pai.
Aquelas lágrimas eram lágrimas de
crocodilo. Se ele levou a facada no braço foi porque veio para cima de mim.
- meu cliente está abalado, a
carreira dele pode estar em jogo. Tudo o que queremos é esclarecer essa
história de uma vez por todas – falou o advogado de Matteo.
- acho que podemos dar uma pausa
– falou o detetive.
- por favor senhor detetive –
falou Robert – não precisamos de pausa, eu só preciso de uma resposta e seu cliente
pode ir para casa.
- e qual pergunta seria?
- Dr. Marshall – falou Robert
olhando para meu pai – existe a possibilidade de que Matteo tenha pego a chave
de sua casa no dia em questão?
- claro que não – falou Matteo.
- a pergunta é para o Dr. Marshall.
Meu pai olhou para mim e hesitou.
Quando ele olhou pra mim eu mexi os lábios discretamente: “Eu te perdoo papai”.
Meu pai suspirou ao me ouvir
sussurrar aquelas palavras. Talvez outras pessoas no mundo não tivessem
entendido, mas meu pai esperava ouvir aquelas palavras a muito tempo. Eu não
tinha perdoado ele de verdade, mas eu precisava que ele ficasse do meu lado. Eu
já não estava mais interessado no amor de meu pai. Eu só queria que a verdade
fosse dita. Kurt já tinha esperado muito e eu não queria fazê-lo esperar mais.
- diga pai – falei olhando para
Matteo.
- é possível… - falou Marshall
começando falar.
- Brody! – falou Matteo
repreendendo.
- o que foi? – perguntou meu pai
a ele – tudo o que estou dizendo é a verdade. É sim possível que você tenha pego
minha chave e ido até na minha casa. Não seria a primeira vez. Você já foi
muitas vezes dormir lá em casa. Eu não vou mentir por você. Oliver é meu filho
e eu não vou mentir e coloca-lo na cadeia. Eu amo meu filho – falou meu pai
estendendo a mão e eu peguei na mão dele e apertei.
Matteo ficou olhando para as
nossas mãos juntas.
- acho que existem mais motivos
para acreditar que a história do Matteo é falsa – falou o detetive – Amy
confirma a história de Oliver, Marshall diz que é possível que Matteo tivesse
ido até a casa naquele dia e o detetive Leon disse que não ouve arrombamento.
- é tudo mentira. Eles estão
juntos nisso – falou Matteo parecendo desesperado. Ele gostava do meu pai e eu
era seu ponto fraco.
- sabe, você pode conseguir um
acordo melhor se contar a verdade – falou o detetive para Matteo – você pode
economizar o dinheiro dos contribuintes e dizer a verdade. No seu depoimento
você disse que não encostou na faca. Você disse várias vezes que Oliver trouxe
a faca, mas algo me diz que se a faca passar por uma analise de digitais nós
veremos sua digital nela e se a digital for encontrada todo seu depoimento vai
ser desmentido.
- tudo bem -falou Matteo respirando fundo – fui eu – ele
estava com os olhos vermelhos e parecia envergonhado. Não com vergonha do que
fez, mas com vergonha do meu pai. Ele respirava ofegante – fui eu.
- o que você fez – falou meu pai
olhando para ele – você ia matar meu filho?
- acho que já terminamos aqui –
falou Robert se levantando e batendo em meu ombro. Eu me levantei.
- desculpem por tomar o tempo de
vocês – falou o detetive apertando minha mão.
Eu sai da sala com Robert e meu
pai veio até mim e tocou meu braço.
- sinto muito meu filho – falou
ele me fazendo virar – obrigado por ter me perdoado.
- eu não te perdoei – falei
baixo.
- o que? – perguntou meu pai
confuso – eu já pedi perdão Oliver.
- já disse que não te perdoei.
- eu preciso de você. Você
desapareceu quando pequeno e eu fiquei desolado, quando você apareceu eu fiquei
tão feliz. Sei que tomei a decisão errada, mas agora eu quero ser seu pai. Não
me faça me sentir como da primeira vez que eu te perdi – falou meu pai com
lágrimas nos olhos. Não aguento mais isso. Você me ignora a semanas e tudo o
que quero é meu filho de volta.
Me aproximei do meu pai como se
fosse abraça-lo, mas eu não o abracei e olhei fundo nos olhos dele.
- devia ter pensado nisso antes
de ter me fodido – falei me afastando dele. meu pai deixou uma lágrima escorrer
nos olhos dele e eu dei um sorriso e acenei com a mão direita. Era a última vez
que ele me veria na vida e eu peço a deus que seja a última vez que eu o veja.
- você está bem? – perguntou
Robert.
- estou ótimo.
Assim que assinei alguns papéis
eu sai da delegacia e cheguei a entrada. Kurt estava lá fora fumando. Ao me ver
ele deu um sorriso e eu corri até ele e o abracei e dei um beijo em sua boca.
- você está livre? – perguntou
Kurt.
- eu sou um homem livre – falei
abraçando-o e deitando minha cabeça no ombro dele.
O sol já estava no alto. O
relógio marcava quase nove horas da manhã.
- obrigado por tudo – falou Kurt
estendendo a mão e apertando a mão de Robert.
- o que você precisar amigo –
falou Robert – preciso ir – falou ele olhando no celular – minha esposa deve
estar preocupada comigo.
- manda um abraço para Victória –
falou Kurt.
- mando sim.
- obrigado por tudo – falei me
virando e apertando a mão de Robert.
- foi bom te conhecer –falou
Robert.
- igualmente.
Ele me puxou enquanto segurava
minha mão e sussurrou no meu ouvido.
- cuide bem do Kurt. Lee é meu
melhor amigo.
- vou cuidar – falei respondendo.
Eu precisava cuidar de Kurt. Eu
já tinha sofrido muito e agora me sentia muito bem. eu tinha descoberto algumas
coisas sobre Kurt. Robert tinha conversado bastante comigo. Kurt cuidou de mim
e agora eu precisava cuidar dele.
Aquele era meu último dia em
Vermont. Amanhã era o dia de ir embora.
- você viu Amy? – perguntei para
Kurt.
- ela foi embora. Ela queria te
esperar, mas eu disse que ela devia ir embora.
- que bom, quando chegarmos lá eu
posso conversar com ela.
- eu estou morrendo de sono –
falou ele bocejando e nós começamos a andar pela calçada.
- eu também – falei segurando a
mão dele – quando chegarmos nós vamos dormir juntinhos.
- tentador – falou ele com um
sorriso no rosto .
- as antes vamos tomar um banho
porque eu estou fedendo.
- não está nada – falou ele
beijando meu pescoço e cheirando de perto – você está muito cheiroso.
- você também – falei sentindo o
cheiro no pescoço dele e em seguida beijando seu rosto.
- Oliver eu te amo – falou ele
segurando meu rosto em suas mãos – vou te dizer isso porque sei que você não
vai ficar com raiva de mim.
- pode dizer.
- você passou por tanta coisa na
vida. Eu nem consigo imaginar as coisas pelas quais passou, mas você conseguiu
se reerguer. Você tem um pai que te ama…
- não quero falar sobre meu pai…
- Ok, você tem amigos que te
amam, você tem a mim. o que quero dizer é que você sofreu, mas não precisa mais
sofrer, você só está sofrendo porque está se permitindo sofrer. Chega de ficar
naquela cama, chega de limitar as coisas na sua vida só porque você sofreu.
Você não precisa sofrer mais.
Eu fiquei em silêncio ao ouvir
ele dizer aquilo.
- você está com raiva de mim?
- não estou – falei com um
sorriso – eu estou agradecido por você ter entrado na minha vida. Você está
certo. Chega de sofrer. Chega de pensar no passado. O que importa é nosso
futuro. Você e eu. Nós dois em Virginia.
- isso mesmo – falou Kurt com um
sorriso. Ele estava orgulhoso do quanto eu tinha crescido desde que me conheceu
á quatro dias. Eu passei por muita coisas nesses quatro dias. Fiquei em
depressão na cama e tive pesadelos e longas conversar com Kurt e comigo mesmo.
Kurt estendeu o braço e um taxi
parou. Nós dois entramos e seguimos viagem para o apartamento de Amy.
Um novo Oliver nasceu. Tinha
passado por uma transição nesses últimos dias. Aquele garoto ingênuo e carente
que tinha morrido naquele parque no meio daquela floresta. Eu tinha sido
preenchido de verdade e luz. Toda a escuridão tinha se disseminado. Chega de
sofrimento. Chega de choro. Agora eu via o mundo com outros olhos. Tudo o que
quero é viver minha vida da melhor forma. Não precisava nem de pai e nem de
mão. Toda a família que eu queria estava comigo: Jake, Amy e Kurt.
Pobre Kurt. Ele realmente pensa
que quando chegarmos ao apartamento nós tomaremos um banho quente e depois
vamos nos deitar e dormir. Ele pensa que faremos isso, mas eu tinha outros
planos. Pretendia fazer amor com meu namorado. O dia inteiro.
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