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CASO ENCERRADO capítulo quarenta e três
esde o
ataque Gray e eu estávamos separados. Não literalmente. Na verdade me refiro
aos quartos de hospital em que fomos colocados. Quando a ambulância chegou a
casa de Gray eles nos trouxeram até o hospital onde Gray trabalha e desde então
eu não o vi. Fazia algumas horas desde o ataque e eu tinha acabado de acordar
de uma cirurgia no ombro pela facada que Jake me deu. O relógio na parede do
quarto marcava pouco mais das três da tarde de domingo. Esse tinha sido um fim
de semana muito louco. Tanta coisa aconteceu. Foi tudo tão rápido e eu ainda
tentava processar.
A porta do quarto estava fechada, mas podia ver que haviam dois
policiais parados. Ninguém tinha falado comigo. Não tinha visto absolutamente
ninguém desde que fui trazido ao hospital. Não vi Eve, nem Holly e nem a pobre
Morgan. Fico imaginando o que ela não deve estar sentindo nesse momento.
Estava cansado de ficar deitado naquela cama e eu queria ver Gray. As
pessoas passavam curiosas tentando olhar dentro do meu quarto, mas ninguém
entrada. Meu celular estava no meu apartamento e tudo o que me restava era me
levantar e procurar por ele. Minha mão esquerda doía um pouco devido a agulha
que levei e o meu ombro estava enfaixado impossibilitando que eu o movesse por
completo. Joguei o lençol que me cobria para o lado e me levantei conseguindo
me sentar na cama. Estava tomando soro na veia, mas não me incomodei em puxá-la
antes de calçar meus chinelos e me levantar da cama e ir até a porta. Abri a
porta para sair, mas os policiais entraram na minha frente.
- onde você vai? – perguntou um dos policiais.
- vou procurar meu namorado – falei dando dois passos, mas eles me
impediram.
- preciso pedir que volte para seu quarto – falou um deles impedindo com
os braços.
- não. Eu estou bem – falei tentando passar, mas ele me segurou e me
empurrou para trás.
- me solta! – falei alto e todos em volta olharam para mim.
Vi que do meu lado direito um homem caminhou até nós.
- podem deixa-lo sair – falou o homem se aproximando. Percebi que era
Stan. O detetive que Eve me apresentou noite passada. Ele estava cuidando do
caso do Escultor.
- o que é isso? Eu sou a vítima aqui. Porque estão me tratando como se
eu fosse um criminoso?
- desculpa. Esses caras não novos e além do mais você é testemunha do
que aconteceu. Nós não sabemos ainda toda a história por trás desses ataques e
precisamos garantir sua segurança para que ele seja encerrado.
- tudo bem – falei respirando fundo e seguindo pelo corredor.
- que isso não se repita – falei seguindo pelo corredor.
- onde você vai? – perguntou ele caminhando ao meu lado.
- estou procurando Gray.
- ele está no fim do corredor no quarto doze – falou Stan caminhando ao
meu lado.
- obrigado – falei indo até o quarto dele.
Ao chegar na porta haviam dois policiais parados, mas como o detetive
Holloway estava comigo eles não se importaram que eu entrasse. Abri a porta e
vi Gray deitado na cama. De pé logo a frente dele estava Gordon.
- Griffin? você acordou? – perguntou Gordon com um sorriso.
- sim – falei me aproximando da cama de Gray. Ele estava dormindo – como
ele está?
- ele ainda está anestesiado – falou Gordon – ele não quebrou o braço,
mas eu precisei fazer uma cirurgia nele para conseguiu coloca-lo de volta no
lugar. Ele vai ficar bem, só precisa descaçar.
- que bom – falei me aproximando da cama e segurando na mão dele. Gordon
fez uma cara estranha ao ver que eu segurei a mão de Gray e eu percebi.
- você ainda quer ficar com ele? – perguntou Gordon – depois do que
descobriu?
- Gray me contou tudo – falei olhando para Gordon.
- que bom – falou Gordon – eu insisti para que ele contasse tudo a você,
mas ele não quis.
- e eu entendo ele. Ele só queria me proteger. Ele está machucado.
- eu tive que fazer uma cirurgia – falou Gray limpando a garganta –
digo… para reparar os danos causados no ânus dele.
- não entendo porque ele sofreu sozinho. Ele podia ter me contado –
falei acariciando o rosto dele com minha mão – por outro lado eu entendo o
porque dele não ter me contado. Ninguém quer contar sobre estupro.
- verdade – falou Gordon.
- ele foi estuprado pelo Escultor? – perguntou Stan curioso.
- foi, mas não foi hoje – falou Gordon – ele foi atacado aqui no
hospital.
- e porque ele não relatou? – perguntou Stan.
- o que você acha? – falou Gordon – nem todas as vitimas querem que o
mundo saibam o que elas sofreram.
- eu não entendo… o Escultor não deu escolha a ele?
- não – falei olhando para Stan – Jake disse que Gray não tinha direito
a escolha. Ele queria desde o começo que Gray sofresse porque ele estuprou Gray
e depois nos sequestrou para me estuprar enquanto Gray assistia. Ele não
contava que eu não ia deixar ele fazer isso sem lutar.
- você foi corajoso – falou Stan – você evitou que outras pessoas
sofressem o que Gray sofreu.
A porta do quarto se abriu e Scott entrou.
- você está ai – falou Scott vindo até mim – você devia estar de repouso
Griffin.
- eu estou bem. Só queria ver Gray.
- você não é médico. Não você que decidi se está com ou não.
- eu me conheço Dr. Clarke. Eu estou bem – falei ainda segurando a mão
de Gray.
- você passou por um trauma muito grande e vou precisar que você volte
para seu quarto. Nem que eu mesmo tenha que arrastar até lá – falou Scott
colocando a mão no meu ombro ficando ao meu lado enquanto olhávamos para Gray.
Ele provavelmente não sabia sobre o estupro e se Gray queria privacidade eu
daria isso a ele. Não contaria para ninguém.
- tudo bem – falei me abaixando e dando um beijo na bochecha de Gray.
Voltei ao meu quarto e Scott fechou a porta. Ele se aproximou da cama e
pegou a agulha com o soro para colocar em meu braço, mas eu me recuperei.
- não me leve a mal ,mas eu estou farto de agulhas. Uma rasgou meu braço
direito a outra atravessou a minha mão… eu estou bem.
- tudo bem – falou Scott retirando o soro – mas pra isso você vai ter
que se alimentar e tomar muito liquido.
- qualquer coisa para não ter outra agulha enfiada em mim.
- OK – falou Scott rindo e caminhando até a porta.
- você viu Morgan?
- sim – falou ele olhando para mim.
- como ela está?
- arrasada – falou Scott – ela passou praticamente a manhã toda dando
depoimento a polícia.
- eu queria tanto vê-la.
- ela está no saguão junto com uma porção de outras pessoas que vieram
te visitar.
- deixa eles entrarem.
- o horário de visitas já acabou por hoje. A policia não deixou ninguém
visitar você e Gray.
- que droga Scott. Não é justo.
- você precisa descansar.
- não. o que eu preciso é receber visitas para que elas conversem comigo
e me distraiam. Estou cansado de ficar aqui.
- não posso quebrar o protocolo.
- claro que pode. Você é o diretor do hospital. Você criou os protocolos.
- tudo bem – falou Scott saindo do quarto.
Fiquei lá deitado imaginando o que diria a Morgan quando ela entrasse.
Gray tinha enfiado uma faca na garganta do namorado dela então não há muito o
que se possa dizer. A porta se abri eu Morgan entrou com um sorriso no rosto.
De longe percebi que o seu sorriso era falso. Seus olhos estavam inchados.
- olá Griffin. como está? – falou ela se aproximando.
- estou bem Morgan e você? – perguntei segurando a mão dela.
- estou… estou bem – falou ela fazendo uma pausa engolindo em seco.
Parecia que ela estava chorando antes de entrar. Ela tinha um lenço na mão.
- sou eu Morgan. Não precisa mentir.
- sabe eu nunca fui tão humilhada na minha vida – falou ela limpando os
olhos – passei a madrugada toda até agora a tarde sendo interrogada pela
policia. Claramente eles desconfiavam que eu tinha participação nos crimes. A
culpa não é do detetive Stan. Ele só estava fazendo o trabalho dele.
- e você? Como está se sentindo em relação a isso.
- eu devia ter percebido – falou Morgan – achei que eu o conhecia… nós
estávamos fazendo planos de nos casar. Como alguém pode fazer uma coisa dessas?
- não queria ter que tocar nesse assunto agora, mas eu tenho Clamídia
então significa que você também pode ter.
- o que? Porque?
- tem uma coisa sobre Gray que você precisa saber. Vou te contar isso
porque você precisa saber…
- o que foi?
- Gray foi atacado aqui no hospital pelo Escultor… Jake. Gray não me
traiu com Gordon. Ele foi estuprado e Gordon o ajudou a esconder o fato. Foi
assim que ele pegou Clamídia.
- que ironia – falou Morgan rindo deixando algumas lágrimas caírem.
Segurei forte na mão dela – o meu namorado estuprou o meu ex… - falou ela rindo
– sei que isso não é engraçado, mas não consigo – falou ela rindo. Dando
gargalhada.
- não, tudo bem – falei começando a rir – veja pelo lado positivo. Seu
ex enfiou uma faca na garganta do seu namorado então eles estão meio que quites
– falei começando a rir.
- você vai me matar desse jeito – falou Morgan rindo. O riso dela foi
contagiante e nós dois começamos a chorar de tanto rir.
- e isso não é o pior de tudo – falou Morgan tentando parar de rir
tentado controlar o fôlego.
- o que é? – perguntei rindo.
- eu estou esperando um filho de Jake – falou ela rindo. Aquilo fez com
que eu parasse de rir na mesma hora.
- Morgan… – falei me sentindo mal ou ouvir ela dizer aquelas palavras.
Foi então que Morgan limpou os olhos e conseguiu controlar o riso que mais
parecia agora um choro. Percebi que ela estava sentindo que ela estava mais
abalada por estar grávida do que por qualquer outra coisa – o que você vai
fazer?
- eu não sei. Eu estou de quatro semanas e eu ainda posso fazer um
aborto se quiser, mas não é nisso que eu acredito – falou ela se sentando na
poltrona ao lado da minha cama – não sou contra o aborto. Sou a favor do
direito de escolha da mulher. Eu apoio o direito a escolha, mas não acho certo.
- você pode escolher não abortar. Não tem problema.
- e eu posso ter o filho de um estuprador? O que vou dizer a ele quando
ele perguntar quem é o pai?
- você não precisa pensar nisso agora Morgan. Você ainda tem algumas
semanas até não poder mais abortar.
- o que você acha que eu devo fazer?
- eu não posso te dizer o que fazer. O corpo é seu. Esse é o tipo de
coisa que eu não tenho o direito de opinar. Nem como amigo. Desculpa. Tudo o
que eu posso fazer é te apoiar seja lá qual for a sua escolha.
Alguém bateu na porta do meu quarto e em seguida ela se abriu. Era
Gordon.
- com licença – falou Gordon entrando – eu preciso tirar seu sangue –
falou ele com uma seringa.
- mais agulhas?
- sim. Só por precaução. Se você tem Clamídia pode ser que tenha outra
coisa que não apareceu no exame inicial.
- eu quero que também faça o exame em mim – falou Morgan – acabei de
saber que eu também posso ter.
- tudo bem – falou Gordon – vou tirar o sangue de Griffin e já tiro o
seu.
- não. Faça nela primeiro – falei puxando meu braço.
- OK – falou Gordon sorrindo para Morgan – eu só trouxe material para
coletar o sangue de Griffin, venha comigo e eu retiro o seu.
- obrigado por vir.
- espero que se recupere – falou Morgan saindo da sala com Gordon.
Morgan estava diante uma situação impossível. Saber que carregava o
filho de um estuprador deve ser horrível. Fico imaginando o que ela está
sentindo porque ela certamente estava apaixonada por Jake então por mais que
ele fosse um homem perverso ele nunca foi perverso com ela. Ela conheceu outro
lado dele. Deve ser difícil. Ela está a mais tempo com Jake do que eu e Gray
estamos juntos.
Distraído nesses pensamentos a porta do quarto se abriu. Achei que fosse
Gordon, mas era Rupert. Me assustei ao vê-lo lá.
- olá – falou ele com um sorriso caminhando até mim.
- Rupert? O que faz aqui? – falei surpreso por ele aparecer mesmo depois
de eu ter dispensado ele.
- eu vi o ataque na televisão. Levei um susto enorme quando vi seu nome
na televisão.
- eles disseram meu nome na TV? Espero que não tenham mostrado uma foto
– falei com raiva. Esse povo não sabe
que as vitima querem privacidade?
- eu não vi foto – falou Rupert parando perto da minha cama – e então?
Como você está? – estou bem apesar de tudo – falei olhando nos olhos dele –
sabe eu tenho que admitir que quando você entrou pela porta eu achei estranho.
Pensei que você nunca mais ia querer me ver depois de ter terminado com você.
- eu não sou assim – falou Rupert segurando minha mão – você é
importante pra mim. Você sempre será parte da minha vida e de uma forma ou de
outra vou sempre estar ligado a você.
- é uma pena que meu coração já pertença a outro homem – falei apertando
a mão dele.
- fico feliz por ter me dado a coragem para mudar aquilo que eu achei
que nunca teria forças.
- você é um homem maravilhoso Rupert. Não merecia ter o coração
machucado da forma que eu fiz.
- não se preocupe. Vai doer por um tempo, mas vai passar. Fico feliz por
você ter entrado na minha vida.
- você é a esperança – falei para Rupert.
- o que isso quer dizer? –
perguntou Rupert rindo.
- quando a Caixa de Pandora foi aberta e todos os males saíram só ficou
a esperança. Você é a esperança… Na minha caixa de pandora você é a minha
esperança.
Rupert apertou os lábios.
- como você está? Você está se sentindo bem? – perguntou Rupert.
- estou. Até que não estou sentindo muita dor.
- eu não falo da dor física e sim da dor emocional. Você e seu namorado passaram
por um grande trauma. Foi uma situação impensável. Mesmo que tudo pareça bem
agora isso pode afetar vocês mais tarde. Traumas se revelam de várias formas.
Podem ser através de Manias, pesadelos ou medos irracionais.
- tudo o que eu posso dizer é que no momento não sinto nada que eu não
tenha sentido antes.
- se você ou seu namorado quiserem conversar com alguém… - falou Rupert
pegando a carteira – não precisa comigo. Isso seria um pouco constrangedor, mas
você pode conversar com a minha terapeuta – falou ele me entregando o cartão
dela. Era o cartão de Alegra Mallory a irmã de Eve – ela tem me ajudado muito.
- obrigado. Se eu notar que algo está errado eu vou marcar uma consulta,
mas acho que não será preciso.
- voltei – falou Gordon abrindo a porta e entrando.
- Morgan já se foi?
- sim – falou Gordon vindo até mim.
- Gordon esse daqui é Rupert – falei apresentando-o.
- então você é o famoso Rupert? – falou Gordon apertando a mão dele.
- eu sou famoso? – perguntou Rupert sem entender.
- mais ou menos – falou Gordon pegando a agulha e colocando no meu braço
– eu ouvi falar muito de você.
- espero que coisas boas – falou Rupert olhando para Gordon.
- foi sim – falou Gordon sorrindo para Rupert enquanto tiravam eu
sangue. Eu segurava na mão de Rupert e olhava para o outro lado. Eu realmente
tinha cansado de agulhas. Quanto mais longe eu pudesse ficar de agulhas,
melhor.
- já acabou?
- acabou – falou Gordon descartando o material e pegando o sangue.
- que droga – falei colocando o algodão no braço fechando-o.
- foi bom te conhecer Rupert – falou Gordon apertando a mão de Rupert
novamente.
- igualmente – falou Rupert sorrindo para Gordon.
- você já fez seu exame de sangue? – perguntei para Rupert.
- você está falando sobre a…
- sim. Gordon sabe sobre a Clamídia.
- Eu sei – falou Gordon.
- não. eu ainda não fiz – falou Rupert.
- o que você acha de vir comigo? Eu tiro o seu sangue – falou Gordon.
- tudo bem – falou Rupert.
- Gordon será que eu posso conversar com ele em particular?
- claro – falou Gordon com um sorriso olhando para Rupert – vou te
esperar logo ali na recepção.
- OK – falou Rupert.
- o que foi? – perguntou Rupert.
- nada – falei puxando-o pelo
braço até que ele se aproximou o suficiente para um beijo. Dei um beijo no
rosto dele e cochichei em seu ouvido – pede o número de telefone dele.
- telefone? – perguntou Rupert voltando o corpo.
- claro. Vai me dizer que não achou ele gato?
- ele é bonito – falou Rupert – mas eu sempre sai com rapazes da sua
idade.
- talvez seja por isso que você não conseguiu entrar em um
relacionamento. Eu só tenho vinte e três anos. A maioria dos rapazes da minha
idade são imaturos. Eu sou exceção. Eu amadureci cedo e sempre fui maturo
demais pra minha idade. Por isso que Gray e eu damos tão certo. Por isso que eu
e você demos certo. Como homens de vinte e três anos com maturidade quase não
existem talvez você precise se relacionar com um homem como Gordon.
- e se ele não estiver interessado?
- o ‘não’ você já tem. Você precisa ir atrás do ‘sim’. Seja natural.
Seja você mesmo e peça o número. Não custa nada tentar.
- e se…
- olha Rupert. Você pode até continuar nessa vida de pegação se
encontrando com rapazes novos. Tenho certeza que vários deles adoraria ir para
cama com você. Não quero ser inapropriado, mas você é ótimo de cama. Você me
fez… quer saber? Esquece. Como eu ia dizendo…, você é bom de cama e isso é um
fato, mas você não tem vontade de sair com alguém pra namorar? Alguém com quem
você pode conversar sobre as coisas do seu dia mesmo que seja ruim ou seja bom?
Alguém que perdoe seus erros e que te ajude quando estiver com dificuldades?
Alguém com quem você possa contar? Não precisa ficar com medo dele dizer não.
Se ele disser não isso não vai te deixar triste porque você vai continuar
procurando por alguém que te mereça.
- OK – falou Rupert aparentemente nervoso – nunca flertei assim com
alguém antes. A maioria dos caras que sai conheci na internet.
- é como eu disse. Seja você mesmo.
- tudo bem – falou Rupert dando um beijo no meu rosto.
- depois me conta o que ele disse.
- OK – falou ele soltando minha mão e indo até a porta – melhoras.
- obrigado.
Rupert abriu a porta e saiu, mas antes de fechar ele olhou para mim.
- eu quase ia me esquecendo.
- o que?
- meu irmão desejou melhoras.
Aquilo me assustou. Tinha me esquecido de Roger. Ele provavelmente viu a
noticia na televisão e se lembrou do meu nome. Você não esquece o nome da
pessoa a qual você roubou quarenta e seis milhões.
- você contou a ele sobre mim?
- sim. Quando eu te vi na televisão ele estava comigo e eu decidi contar
a ele que nós tivemos um breve romance. Quando eu disse que iria te visitar ele
desejou melhoras.
- agradeça a ele – falei forçando um sorriso.
Quando Rupert se foi eu fiquei ansioso pelo o que ele disse pelo irmão,
mas eu também fiquei feliz por ele ter aparecido. Espero que ele crie coragem e
peça o número de Gordon e eu espero que Gordon lhe dê o número. Seria muito bom
para a auto estima dele.
Rupert se foi e alguns minutos depois a porta voltou a se abrir e o
detetive Stan entrou.
- chega de visitas – falou Stan caminhando até mim.
- mas agora que eu recebi duas pessoas.
- você vai ter tempo de conversar com elas, mas eu preciso conversar com
você. Nós precisamos pegar o seu depoimento de tudo o que aconteceu. Cada
detalhe. Eu estou prestes a fechar o caso e tudo o que falta é o seu depoimento
e o do seu namorado. Vou pegar agora seu depoimento e assim você pode
descansar. Quando o Dr. Forbes acordar vou pegar o depoimento dele e eu prometo
que vocês nunca mais me verão.
- que assim seja – falei me reconfortando na cama preparado para contar
tudo o que tinha acontecido.
Contei tudo oque tinha
acontecido. Cada detalhe. Não queria esquecer nada e queria deixar bem claro
que tinha sido legitima defesa. Já muitos casos de pessoas irem para a prisão
por terem matado seus agressores. As vezes a lei não tinha nada a ver com
justiça.
Esse tinha sido com certeza um fim de semana maluco. Era fim de tarde de
domingo e tudo tinha começado com um jantar na sexta com Rupert. Tudo o que
quero agora é paz. Quero só retomar as rédeas da minha vida. Roger ainda é um problema, mas por enquanto acho
que devo deixar essa história e lado. Sinto que o que sinto por Gray permanece
intacto mesmo depois de tudo o que aconteceu. Estou orgulhoso do que Gray e eu
temos. O nosso amor é mais forte do que eu pensei.
Admito que doeu quando Gray começou a me tratar mal, mas agora eu
entendo os motivos dele. Passar pelo oque ele passou e ainda fazer oque fez. Ele
me colocou em primeiro lugar. Ele não queria que eu soubesse e queria terminar para
que eu não sofresse. Ele me colocou acima do próprio bem estar e eu gostei da
sensação de saber que ele se importa comigo o suficiente para fazer isso. Ficarei
ao lado dele não importa o que acontecer. Vou amá-lo mesmo quando tudo o que eu
sentir por ele for ódio. Tudo o que sempre pedi ao universo foi um amor difícil,
doloroso, complicado e devastador que me deixasse acordado a noite. Um amor que
me deixasse sem fôlego e eu consegui exatamente o que pedi. Sinto que coisas
boas irão acontecer de agora em diante. Não espero a hora de ter mais limões. A
limonada com certeza será saborosa.
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It's over? Já não aguento mais! Esse conto mexeu demais com minhas estruturas. Rsrs' Confesso que se encerrasse aí me daria por satisfeito! Tá um desfecho bacana. Abraços!
ResponderExcluirA.