Capítulo 34: Cruel Sangue Azul | Conto: Cruel Sedutor ~ Contos Eróticos, Literatura Gay | Romance, Chefe, Incesto, Paixão, Professor, Policial outros...

XXXIV

Cruel Sangue Azul

stava tão frio. Havia chovido durante o inicio da noite e agora uma frente fria estava congelando meus dedos. Era pouco mais das duas da manhã quando eu acordei no meio da noite com a bexiga cheia; louco para ir ao banheiro. Respirei fundo e me levantei da cama calçando minhas pantufas e me levantando para ir até a porta iluminando o caminho com o celular. Ao chegar à porta eu destranquei e vi que o corredor estava vazio. Fui até o banheiro e tranquei a porta e fui até a privada e ao tirar meu amiguinho para fora evacuei toda a urina presa dentro de mim. Respirei fundo e deixei cair o quente líquido na privada. Dei descarga e lavei as mãos in do até a porta.

Assim que abri a porta do banheiro um vulto veio para cima de mim e me pressionou contra a porta do banheiro dando um beijo em minha boca. Era Cory. Suas mãos estavam em minha cintura e seus lábios junto aos meus. Empurrei Cory de leve até que ele desistiu e olhou para mim com um meio sorriso.

- vem pra cama comigo? – falou ele voltando a me beijar.

- não. Você está bêbado.

- É por causa do Clyde? Você ainda está apaixonado por ele?

- não. Não é por causa do Clyde. Eu só não quero ir pra cama com você. Eu não vim pra cá pra ir pra cama com ninguém.

Antes que Cory dissesse outra coisa uma forte não o puxou pelo braço e o segurou. Vi que era Roderick ele deu um sorriso para mim e segurou em Cory que parecia muito alterado.

- desculpa – falou Roderick olhando para mim dando um tapa amigável nas costas de Cory – parece que ele se desviou um pouquinho do caminho para o quarto dele.

- eu disse que eu viria cobrar o beijo – falou Cory olhando para mim.

- vamos pro seu quarto – falou Roderick acompanhando Cory pelas escadas.

Voltei para meu quarto e me deitei puxando o cobertor para cima de mim cobrindo todo meu corpo deixando apenas a cabeça de fora. Estava um puta frio. Naquela manhã pouco antes das sete e meia eu me levantei e comei um banho vestindo meu agasalho. Pela janela da sacada do meu quarto vi que o tempo estava fechado, mas não chovia. Seria uma porre ficar o fim de semana no meio da floresta com chuva.

- bom dia – falei descendo as escadas e vi Clyde, Roderick e Cory sentados tomando café da manhã.

- bom dia – falou Cory sentado à mesa – senta aqui – falou ele puxando a cadeira do lado dele me deixando entre ele e Roderick.

Me sentei ao lado de Cory e peguei uma das torradas e passei geleia nela enquanto Cory colocava suco em um copo para mim.

- me desculpa por ontem à noite – falou Cory rindo.

- sem problema – falei tomando um gole de suco e colocando a torrada na boca.

- o que aconteceu ontem à noite? – perguntou Clyde.

- nada – falei cortando o assunto – o que será que o pessoal dos Recursos humanos preparou para nós?

- eu não tenho ideia – falou Roderick – mas tenho certeza de que nos manterão ocupados por horas.

- disso eu tenho certeza – falou Cory.

Depois que nós tomamos o café da manhã ouvimos o som de uma buzina e ao sairmos para o lado de fora vimos que o casal do RH estava lá de fora animados para o inicio das atividades. Laura estava com um rabo de cabalo e um boné. O mesmo boné que Benny usava. Eram bonés azuis do nosso distrito policial. Cada um de nós ganhou um boné igual e uma camiseta azul com o símbolo da policia. Uma vez que todos tinham aparecido Laura e Benny subiram em um pequeno palanque e nós nos sentamos nas cadeiras que haviam sido organizadas.

- Bom dia sejam bem vindos ao primeiro dia de atividades – falou Laura fazendo com que todos gritassem e batessem palmas – para iniciar as nossas atividades iremos dividir vocês em seis equipes de oito pessoas. A primeira equipe serão os residentes dos Chalés de número 09 e 11, a segunda os residentes dos Chalés 18 e 19, o terceiro; 23 e 24, o quarto; 28 e 29, o quinto; 39 e 40 e o sexto e último, mas não menos importante os residentes dos Chalés de número 43 e 44. Olhei para o lado e vi que se seriamos parceiros de Lola, uma policial de cabelos e olhos verdes chamada Lana Tucker, um policial de bigode e olhos azuis chamado Frank Affleck e por último um promotor judicial de cabelos e barbas ruivos chamado Jerry Rodriguez.

- muito prazer – falou Lana apertando min há mão.

- Stanley? Certo? – perguntou Frank apertando minha mão.

- sim. Stanley.

- Frank Affleck – falou ele com um meio sorriso.

- eu nunca vi vocês – falei apertando a mão do promotor Jerry. Jerry eu conhecia já o tinha visto algumas vezes

- nós fomos transferidos semana passada do distrito de CityWalk – falou Lana olhando para Frank – nós somos parceiros e devido ao que aconteceu no distrito de você abriram algumas vagas para o seu departamento de policia e nós nos inscrevemos para as vagas e… estamos aqui – falou Lana com um sorriso.

- eu já te vi algumas vezes – falou Frank apertando a mão de Cory e em seguida a de Clyde.

Uma vez que todos os grupos estavam separados Laura e Benny disseram que teríamos trinta segundos para escolhermos um nome para as nossas equipes. Frank sugeriu o nome ‘Sangue Azul’. Uma referência à cor do uniforme policial que era azul. Todos gostaram do nome. Outros grupos receberam nomes como ‘Os Justiceiros’, ‘Esquadrão Selvagem’, ‘Os Vikings’ e outros nomes.

Uma vez que vestimos as camisetas e colocamos os nossos bonés Laura e Benny pediram silêncio para explicar qual seria a nossa primeira atividade.

- A nossa primeira dinâmica tem como objetivo o trabalho em equipe. Benny e eu espalhamos ontem à noite pela floresta fitas – falou ela levantando a mão e mostrando as fitas de várias cores de uns trinta centímetros cortadas como bandeiras – cada uma dessas fitas vale uma certa quantidade de pontos. A Azul vale dez pontos a Vermelha vale, a Verde vinte, a Roxa vinte e cinco e a Branca vale trinta pontos –falou ela mostrando uma fita dourada. As fitas que valem mais pontos estão em lugares mais difíceis – o grupo que conseguir fazer mais pontos ganha!

- mas tem uma surpresinha – falou Benny pegando uma fita dourada – Essa fita vale mil pontos e tem apenas uma dela escondida na floresta. Quem encontrar essa fita e conseguir pegá-la vence o jogo no mesmo instante.

Eu não pude evitar fazer uma comparação entre esse jogo e o Quadribol dos livros Harry Potter. Só faltava agora eles nos fazerem montar em vassouras.

- e qual será o prémio para a equipe vencedora? – perguntou Blacke que estava em outro grupo.

- O premio da satisfação de terem sido os melhores – falou Laura rindo – e… - falou ela pegando o que pareciam ser envelopes – uma viagem de quatro dias e três noites com tudo pago para a Bahamas.

- agora sim – falou Blacke batendo palmas com todo mundo.

- vocês têm duas horas – falou Laura apertando o botão de um grande relógio – boa sorte e que comecem os jogos – falou Laura apertando outra vez aquela buzina que fez com que todos nós encolhêssemos ao ouvir aquele som estridente.

Eu fui até uma mesa e peguei um saco de pano para poder colocar as fitas dentro enquanto todos entraram na floresta. Cada grupo foi por um lado. Inicialmente nós seguimos em silêncio e eu já havia encontrado duas fitas azuis e uma branca que estava bem no alto. Frank conseguiu pegá-la e jogou dentro do saco que eu carregava.

- eu não entendo – falou Lana rindo – nós trabalhamos vinte e quatro horas por dia com mistérios e a ideia de entretenimento do RH é nos jogar no meio da floresta procurando por um monte de fitas.

- concordo – falei rindo – minha ideia de entretenimento é tomar um banho naquela piscina aquecida.

- graças a mim – falou Cory rindo.

- como assim? – perguntou Jerry.

- Stanley tinha medo de entrar em piscinas e eu o ensinei a nadar – falou Cory se gabando.

- ensinou? Você o jogou dentro da piscina – falou Lola rindo e subindo em uma pedra para pegar uma fita vermelha – desde quando isso é ensinar a nadar?

Nós caminhamos por uns trinta minutos na floresta até que chegamos a um rio. Do outro lado havia duas fitas brancas. Para atravessar havia algumas pedras.

- quem ai tem coragem de ir lá pegar? – falou Lola olhando em volta.

- eu consigo – falou Ricky.

- tem certeza? – fiquei preocupado.

- sim – falou ele indo até as pedras e andando vagarosamente por elas enquanto a água do rio passava veloz batendo nas pedras. Eu basicamente segurei a respiração até que ele chegou seguro do outro lado. Ele pegou as duas fitas brancas e voltou jogando elas dentro do saco.

- seria uma boa viajar para as Bahamas – falou Jerry.

- quem sabe a gente não ganha – falei saindo na frente olhando em volta.

Pouco mais de uma hora e quinze minutos haviam se passado. O tempo abriu um pouco e o sol brilhava lá no alto. Nós cruzamos com outros dois grupos nesse meio tempo. Nós tiramos os agasalhos e em certo momento nos sentamos em algumas pedras para descansar em uma clareira.

- será que a gente consegue voltar? – perguntou Lola.

- sim – falou Cory – é só seguirmos para o norte – falou ele mostrando a bússola que os organizadores do fim de semana tinham dado para cada um dos grupos.

Lá sentados durante um tempo dois grupos passaram próximos a nós. Eles também pareciam cansados, mas continuaram indo em direção ao rio. A floresta era enorme e raramente nós vimos outros grupos.

- quer um pouco de água? – perguntou Clyde tomando um gole da sua garrafa estendendo a mão para mim.

- obrigado – falei pegando a garrafa e tomando um longo gole.

- eu também aceito – falou Lana com um sorriso para Clyde.

- claro – falei devolvendo a garrafa para Clyde que levou até Lana que tomou vários goles.

Eu me deitei na pedra maior e fechei os olhos respirando fundo. Ficamos sentados lá uns quinze minutos. Acho que no fundo todo mundo tinha desistido de caminhar. Clyde, Laura e Lola estavam conversando entre si. Cory, Jerry e Frank estavam conversando e Ricky apenas olhava em volta.

- o que é aquilo – falei apontando para o alto. O sol fez brilhar algo no alto de uma árvore e Ricky se aproximou de mim e colocou os binóculos.

Eu me levantei da pedra e fiquei ao lado de Ricky que me entregou o binóculo.

- é a fita dourada! Nosso Pomo de Ouro! – falei engolindo em seco.

- nosso o que? – perguntou Frank ficando do meu outro lado.

- esquece – falei dando o binóculo para Frank. Estava no alto de uma árvore a uns doze metros no alto.

- se nós pegarmos nós ganhamos! -- falou Lola se levantando.

- quem se arrisca a subir? – falou Cory passando a mão na árvore que parecia escorregadia devido à chuva da noite passada.

- eu não me arrisco – falou Jerry – eu sou um promotor e passo o dia todo no escritório. Derroto todo mundo no tribunal, mas quando se trata de subir em árvores eu não consigo passar do primeiro galho.

- eu subo – falou Frank.

- não, é perigoso – falei respirando fundo – e se você cair? Esse pessoal tá querendo matar um de nós?

- não se preocupa – falou Frank tirando o boné e me entregando.

Ele deu um pulo e conseguiu subir no primeiro galho. Seus braços se tornaram rígidos deixando as veias á mostra enquanto ele subia de galho em galho chegando cada vez, mais perto da fita.

- tome cuidado Frank – gritou Ricky.

- relaxa! – falou Frank lá em cima subindo outro galho e mais outro até que ficou a um galho de distância. Ele esticou o braço e quebrou o galho fazendo com que a fita caísse. Levantei as mãos e a peguei no ar.

- vencemos! – gritou Lola junto com Lana.

Frank desceu da árvore e ao chegar ao chão Cory indicou onde deveríamos ir pela bússola. Depois de uns vinte minutos conseguimos chegar. Fomos o quarto grupo a chegar. Assim que todos os grupos estavam reunidos Laura apertou o botão parando o relógio e começou a fazer a contagem das fitas. O ‘Esquadrão Selvagem’ fez 325. ‘Os Justiceiros’ fizeram 450. Os ‘Revolvers’ fizeram 290. ‘Os Vikings’ 415 e os ‘Cães de Rua’ fizeram 385.

- agora só falta o ‘Sangue Azul’ – falou Benny – tragam as fitas de vocês – falou ele chamando.

- vai lá – falou Ricky – foi você que encontrou.

- Okay – falei caminhando até o palanque e ao subir entreguei o saco e eles somaram nossos pontos.

- cento e sessenta?! – falou Laura – uma pena vocês são os perdedores.

- falta uma – falei levantando a mão mostrando a fita dourada. Todos começaram a gritar e bater palmas e Laura nos anunciou como ganhadores. Sai correndo de lá pulando e fui festejar junto ao meu grupo. Dei um abraço em Lola e Ricky veio até mim e me abraçou por trás me levantando do chão e me colocando de volta. Eu olhei para ele e então Laura chamou a atenção de todos.

- Pessoal vamos nos preparar para a próxima atividade – falou ela com um largo sorriso no rosto apontando para o lado esquerdo onde havia alguns alvos.

- tiro ao alvo – falou Benny – escolham duas pessoas de sua equipe para executar essa tarefa. A única regra é que não pode ser ninguém que trabalha com armas – falou Benny balançando o dedo negativamente – policiais vocês estão fora dessa.

- Lola, Stanley e Jerry. Vocês são os únicos que não são policiais. Dois de vocês terão que ir – falou Ricky.

- eu posso ser uma das pessoas – falou Lola.

- e quem será o outro? – perguntou Clyde.

- pode ser o Stan – falou Lana com um sorriso.

- não, vai você Jerry.

- não levo jeito com armas – falou Jerry.

- eu é que não levo jeito com armas – falei mostrando minha mão direita que só tinha três dedos.

- isso não é desculpa você tem cinco dedos na mão que importa – falou Ricky – vamos lá, eu te ajudo – falou Ricky colocando a mão no meu ombro.

- tudo bem – falei seguindo com Ricky e Lola.

Assim que todos haviam escolhido os membros da equipe. Nós decidimos quem iria primeiro e quem iria depois. Lola ia primeiro. Cada um teria direito a três tiros e no final quem acertasse mais tiros no alvo vencia. Todos tinham alguém para ajudar na pontaria, na forma de segurar a arma e essas coisas. Depois de colocarmos a proteção no ouvido para abafar o som e os óculos transparentes para proteger os olhos. Ricky foi até Lola e a ajudou. Assim que foi liberado todos deram o primeiro tiro. Lola errou o alvo. No segundo tiro Lola acertou o alvo no peito. O terceiro tiro ela acertou na testa do alvo de papel fazendo dois buracos.

- Segundos atiradores se posicionem, por favor – falou Laura.

Lola veio e eu fui até Ricky e me posicionei segurando a arma.

- relaxa – falou Ricky se colocando atrás de mim e me mostrando como eu deveria segurar a arma. Ele segurou meus braços e se inclinou. Sentia sua respiração na minha orelha esquerda e seu queixo tocando meu ombro – se concentre – falou Ricky deslizando os dedos pelo meu braço e saindo de trás de mim – segure firme se você não segurar firme a arma vai cair da sua mão e você vai errar feio.

- Atirem! – falou Laura.

O meu primeiro tiro foi desastroso. Acertou longe o alvo. Eu respirei fundo e olhei para Ricky.

- relaxa, foi sua primeira vez – falou Ricky com um sorriso voltando a se colocar atrás de mim me ajudando a mirar – segure firme e respire bem fundo antes de atirar. Relaxe.

- Okay.

Quando Laura autorizou nós demos os segundos tiros. Mais uma vez o meu tiro passou longe do alvo. Estava frustrado com aquilo. Lola tinha se saído bem melhor do que eu.

- eu sou péssimo, Jerry deveria ter vindo – falei olhando para Ricky.

- relaxa, você vai acertar esse terceiro – falou Ricky se aproximando de mim – você está tenso, está segurando firme de mais. Você precisa relaxar um pouco.

- mas você disse que eu tenho que segurar firme.

- Sim. Firme, mas com carinho – falou ele passando os braços por mim e me ajudando na mira – Atirar é como sexo – falou ele calmamente – você tem que segurar firme no pau do seu parceiro, mas tem que ser carinhoso porque se você segurar forte demais vai machucar. E se você segurar com a mão fraca ele nunca vai gozar – falou ele rindo bem baixinho – mas se você for firme, carinhoso, fizer os movimentos certos e for bom de mira você ficará de boca cheia no final – falou ele enquanto eu apertava o gatilho acertando o terceiro tiro bem no meio do rosto do alvo.

Eu engoli em seco percebendo que tinha acertado e é claro a comparação que Ricky tinha feito.

- viu só? – falou Ricky com um sorriso colocando a mão no meu ombro – sexo ajuda em tudo – falou ele.

Eu retirei a proteção dos olhos e dos ouvidos e devolvi a arma para o seu lugar. Depois de contabilizar os votos ‘Esquadrão Selvagem’ foi o vencedor por ter acertado cinco dos seis tiros.

- a culpa foi minha – falei olhando para Ricky e me aproximando dos meus companheiros.

- relaxa – falou Cory com um sorriso.

- é assim mesmo foi sua primeira vez – falou Frank.

Aquela analogia que Roderick fez ao me ajudar a atirar foi perfeita e de certa forma me fez imaginar se era daquela forma que ele gostava que ‘brincassem’ com seu ‘revolver’. Deram-nos alguns minutos de descanso antes da próxima atividade. Frank trouxe um copo com suco para mim e eu agradeci. Eu me sentei em uma cadeira enquanto os rapazes se afastaram para fumar. Lola sentou do meu lado esquerdo e Lana do meu lado direito. Depois de uns quinze minutos Laura e Benny voltaram.

Estávamos lá sentados e Judy veio até nós.

- boa pontaria – falou Judy.

Lola e eu agradecemos.

- O que vocês acham de nos reunirmos hoje à noite para uma noite de bebedeira e brincadeiras? – perguntou Judy.

- como assim? – perguntou Lana.

- estava conversando com Vince e outros policiais e nós estávamos pensando em nos reunirmos em um dos Chalés hoje a noite para ouvir música, beber, jogar conversa fora e jogarmos alguns joguinhos de adultos – falou Judy mordendo os lábios.

- eu adoraria – falou Lola.

- eu também – falou Lana.

- e você Stan? Topa? Porque o Chalé de vocês seria perfeito porque é o que fica mais afastado dos demais.

- pode ser.

- combinado – falou Judy.

- que horas? – perguntou Lola.

- hoje ás onze horas da noite. O que acham?

- pode ser – falei confirmando.

- avise os rapazes – falou Judy – eu vou convidar só algumas pessoas. No máximo seremos uns doze.

- combinado então – falou Lola.

Judy se foi e Clyde, Cory, Jerry, Ricky e Frank voltaram até onde estávamos. Lana contou a eles sobre a festa que Judy estava organizando e eles concordaram e até ficaram animados. Cory foi o que ficou mais animado de todos.

- essa será a nossa última brincadeira antes de liberarmos vocês para o almoço e um descanso – falou Benny chamando a atenção de todos – se aproximem para nossa última brincadeira.

Todos nós nos aproximamos do pequeno palco e vimos que havia algumas laranjas dentro de um cesto. Fiquei imaginando o que seria aquilo.

- quem está preparado para a ‘Dança da Laranja’ – falou Laura pegando uma das laranjas – todos da equipe vão participar dessa – falou ela demonstrando com Benny – depois de formaram duplas coloquem uma laranja entre a cabeça de vocês e a equilibrem com a testa. Vocês tem que dançar equilibrando a laranja. A última dupla a deixar a laranja cair ganha pontos para seu time.

Laura distribuiu as laranjas e vi que Clyde e Cory já haviam formando uma dupla. Lana foi até Ricky e disse que formaria uma dupla com ele. Lola e Jerry formaram uma terceira dupla. Frank pegou uma laranja e veio até mim.

- acho que seremos nós dois – falou ele se aproximando.

- nós vamos colocar a música assim que vocês se prepararem – falou Laura.

- As duas mãos para trás – falou Benny demonstrando.

Frank colocou a laranja na testa e eu me aproximei dele tocando minha testa com a laranja. Ele teve que se inclinar um pouco para frente por ser um pouco mais alto do que eu. Nós levamos as mãos para trás e ficamos bem próximos. Sentia a respiração dele no meu rosto, o cheiro do seu perfume.

- está pronto? – perguntou Frank.

- não, e você?

Frank não disse nada e apenas deu risada da minha resposta. Quando a música começou a tocar nós começamos a dançar de um lado para o outro. Ouvi o som de algumas laranjas caindo próximos a nós e pessoas dando risada por terem se esbarrado.

- você vai estar naquela festa que Lana estava falando?

- sim, será no meu Chalé que ela vai acontecer.

- que bom – falou ele lambendo os lábios.

- você vai?

- Se eu for eu tenho alguma chance de beijar sua boca? Quer dizer… se você curtir um ‘papai’ é claro – falou ele rindo.

- pensei que você e Lana fossem um casal.

- Não – falou ele rindo – Lana e eu somos só amigos. E pelo o que percebi ela está mais interessa no bonitão de olhos azuis – falou ele se referindo a Clyde.

- Clyde?

- Aposto que no fim da noite eles vão pra cama juntos – falou ele colocando a língua para fora e mordendo ela como se estivesse se concentrando na laranja.

- espero que sim – falei rindo.

- e então? Tenho ou não tenho uma chance de beijar essa boca gostosa sua? Não me enrola.

- tem sim – falei sorrindo para ele.

Frank deu um meio sorriso entendendo que o fato dele ser um coroa me interessava e muito.

Não era um pedido de casamento, nem um pedido de namoro só o velho e gostoso beijo na boca. Era solteiro e nada me impedia de curtir a vida um pouco. Depois de tudo pelo o que tinha passado eu merecia ser paparicado e mimado por um coroa gostosão. Tinha desenvolvido um gosto pelos ‘papais’ e Frank era um deles. Nós continuamos a se mover de um lado para o outro quando de repente Frank pisou em falso na grama.

- opa! – falou Frank quando a laranja caiu. Ele conseguiu pegar ela no ar.

Olhei para o lado e vi que restavam algumas duplas e entre elas estavam Lola e Jerry. Eram os únicos da nossa equipe que havia sobrado. Olhei para Clyde e ele estava conversando com Lana e dando risadas. Depois de uns dez minutos de dança Laura e Benny anunciaram um empate entre nosso time e ‘Os Vikings’.

- quer que eu tire o bigode? – perguntou Frank bem baixinho próximo a mim – se você não gostar eu tiro.

- Não, pode deixar. Eu gosto – falei levando os dedos até o bigode e alisando de um lado ao outro. Eu apertei os lábios e segurei um sorriso. No começo achei que ficaria preso em uma festa chata, mas agora eu estava ansioso por ela.