Capítulo 07: Randy Murphy | Conto: Amor, Estranho Amor

CAPITULO  

SETE

Randy Murphy

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A

s informações que tinha conseguido naquela sexta feira foram demais para minha cabeça. De um lado descobri que meu pai tem uma amante, do outro o meu tio Charles me desejava e queria que eu me tornasse o seu amante. Posso eu odiar meu pai por ter algo que meu tio deseja? Não sei. Tudo o que sei que no fim daquela tarde eu fiquei mais confuso do que nunca. Não vou dizer que fiquei balançado pelo o que Charles disse a mim. Na verdade eu fiquei mais surpreso do que balançado. O que sinto por meu pai é mais forte do que qualquer coisa que eu já tenha sentido por outra pessoa, mas ao mesmo tempo eu fico pensando que talvez meu pai esteja me passando para trás. Por mais que esteja chegando o sábado eu sinto que algo está errado nessa história.

Na sexta a noite minha mãe foi a primeira a chegar me casa. No fim das contas acabei lendo o livro do meu pai do começo ao fim e devolvi nas coisas dele. Dei um cochilada e quando me levantei era pouco mais das seis da tarde e minha mãe estava na cozinha tomando um suco e olhando para o celular.

- ai está você – falou minha mãe com um sorriso – como passou o seu dia?

- bem. Eu peguei um livro nas coisas do papai e acabei lendo.

- sério? Qual?

- ‘Caixa de Pássaros’.

- eu não li esse. É bom?

- sim. Eu acabei lendo ele todo só hoje.

- acho que vou leva-lo para ler amanhã na viagem.

- viagem?

- sim. Eu preciso ir pra Los Angeles amanhã bem cedo. Ariana quer discutir os detalhes do seu novo álbum e eu só devo voltar na segunda ou na terça.

- manda um abraço pra ela. Diz que eu adorei o presente que ela mandou – Ariana Grande e eu acabamos tendo um certo relacionamento de amizade quando minha mãe me levou para uma festa na casa dela e todas as vezes que minha mãe ia a La La Land a trabalho com Ariana era sempre mandava alguma coisa pra mim. A última vez foram CDs autografados.

- eu mando sim meu filho – falou ela com um sorriso – espero que você e o Thad se divirta maqui. Aproveitem que eu não vou estar aqui e façam coisas de homem – falou ela rindo.

- vamos sim mãe – só existe uma coisa de homens que eu pretendo fazer com meu pai – o que a senhora acha de pedirmos algo para comer hoje no jantar?

- eu vou jantar com a sua tia Vick e algumas amigas – tia Vick era a esposa do tio Noah – será uma noite de garotas.

- vou pedir pra mim e pro meu pai então.

- seu pai vai trabalhar até tarde querido. Ele está agilizando as coisas hoje para não precisar ir trabalhar amanhã.

- okay então. Vou pedir uma pizza e terminar a noite comendo sorvete e assistindo Netflix – aquilo soou bem triste e minha mãe percebeu.

- desculpa meu filho – falou ela se aproximando de mim.

- tem nada não mãe. Estou acostumado a ficar aqui sozinho nessa casa gigante com o Rodney lá fora me protegendo.

- você precisa sair filho. Conhecer alguns caras ricos e gostosos.

- pra que? Meu pai não me deixa trazê-los para cá.

- mas nada te impede eles de te levarem para a casa deles. Saia e vá encontrar um solteirão ricaço que te leve pra um hotel de luxo e te faça subir pelas paredes.

- até a senhora está tentando fazer com que eu quebre a regra do papai?

- não. Quer dizer… sim. Eu quero que você se divirta. Odeio ver você deprimido.

Estava deprimido porque quanto mais tentava me aproximar do meu pai mais ele se afastava. Se ela soubesse o motivo de eu estar assim talvez não estivesse aqui me dando conselhos que eu nunca vou seguir porque eu respeito meu pai. Ele disse que não me quer com outros homens e o único homem que eu quero estar é ele. Isso faz com que eu sinta pena da minha mãe. Ela é uma ótima pessoa e está sempre tentando me animar de alguma forma e me entristece saber que eu desejava meu pai. Não é como se eu não gostasse dela. Pelo contrário. Ela sempre foi além de mãe uma grande amiga.

- acho que vou ficar por aqui mesmo…

- okay – falou minha mãe subindo as escadas.

Minha mãe subiu as escadas e eu fui até a piscina e dei a volta chegando até o jardim japonês. Havia lá um balanço de madeira e eu me sentei lá e respirei fundo. As luzes estavam acesas e o jardim estava calmo e silencioso. A não ser pelo som dos pássaros e de uma cigarra. Peguei meu celular e comecei a olhar algumas mensagens e acabei deitando no balanço que era acolchoado. Dando uma olhada nos perfis do instagram e curtindo algumas fotos acabei deixando o celular no meu peito e fechei os olhos. Era pra ser só uma piscadela, mas acabou se tornando um longo cochilo.

Acordei assustado com o meu celular apitando porque alguém tinha me enviado uma mensagem. Peguei o celular e vi que era pouco mais das oito e meia da noite. Me sentei e vi que era uma mensagem de Lizzie.

- ‘você não vai mais trabalhar pro seu tio?’ – era a mensagem de Lizzie. Por fim acabei ligando pra ela.

- finalmente! Quem é vivo sempre aparece – falou Lizzie – ou nesse caso… quem é vivo sempre liga.

- o que você manda de novo?

- você não vai mais trabalhar pro seu tio? Estamos sentindo sua falta.

- Eu estou pensando seriamente em não voltar mais.

- é por causa do Lucas? Porque ele não trabalha aqui e eu sei que você sabe disso.

- eu sei, mas é que… sei lá… estou sem ânimo pra nada.

- Não decida nada agora. Espera o fim de semana passar pra você decidir se volta ou não. Sei que você não precisa trabalhar já que é de família rica e tal, mas eu sei que você gosta de passar um tempo lá com a gente.

- isso é verdade. Especialmente agora que o traidor não está mais lá.

- então? Vai pensar no assunto?

- vou sim. Não vou descartar o emprego agora.

- ótimo – falou ela animada. Ouvi um barulho ao fundo – acho que minha pizza chegou.

- pediu pizza?

- sim.

- bem que você podia pegar essa pizza e vir pra cá. Todo mundo aqui em casa saiu e eu estou sozinho.

- e o seu guarda costas?

- ele não conta. Eu tentei me aproximar dele, mas quase o coloquei em problemas.

- eu não posso Logan. Minha família está aqui. A nojenta da minha irmã resolveu vir me visitar e trouxe os três pestinhas.

- eu estou ouvindo Lizzie – gritou uma mulher lá de longe.

- que ótimo – gritou Lizzie – eu odeio ela.

- eu também te odeio – falou a irmã de Lizzie. Nesse momento ouvi risadas de crianças correndo. A irmã de Lizzie teve trigêmeos e os três agora tinham sete anos de idade. A idade em que criança está bem sapeca.

- tudo bem então. Fica ai se divertindo com sua irmã.

- se eu pudesse eu ia Logan. Acredite em mim. Ia chamar a Sharon e nós três íamos assistir um monte de filme pornô e pra rir da cara das atrizes.

- tudo bem então.

- obrigada! – falou Lizzie pegando a pizza e pagando o entregador – preciso desligar Logan. Um dos três patetas achou meu vibrador.

- okay – falei rindo.

- Hey! Eu disse pra ficarem fora do meu quarto… - essa foi a última coisa que ouvi antes de Lizzie desligar o telefone.

Depois de terminamos a ligação me levantei e caminhei pelo jardim café vero gazebo e então vi a piscina. Vi que minha mãe já estava arrumada na área externa e que ela parecia estar procurando por algo ou alguém. Ao me ver ela acenou.

- Logan! Você esta ai! – falou ela com um sorriso – eu arrumei companhia pra você?

- pelo amor de Deus mãe! O que a senhora fez?

Quando cheguei na área externa e olhei para a cozinha vi meu avô Rex no fogão fazendo o jantar.

- o que foi garoto? Não quer minha companhia?

- claro que quero vovô – falei entrando na cozinha e dando um abraço dei um beijo no rosto dele – obrigado por ter vindo.

- me chame de Rex garoto.

- não. Eu gosto de chamar o senhor de vovô. Eu não posso? – falei fazendo bico.

- talvez com seu pai funcione fazer bico, mas comigo não vai funcionar.

- okay então – falei soltando ele e olhando para a panela que ele manuseava no fogão.

- Porra… tá bom garoto – falou ele com um meio sorriso – pode me chamar de vô. Você é o único que eu permito que me chame assim.

- obrigado – falei rindo.

- você sempre consegue o que quer né?

- o senhor não sabe as coisas que eu consigo graças a minha boca.

- eu imagino – falou ele rindo.

- o que o senhor está fazendo?

- Fettuccine com carré de vitela e molho flambado de limão e laranja com foie gras.

- Hummm! Parece gotoso.

- eu trouxe alguém comigo – falou ele com um sorriso.

- quem? Meu tio? Minha prima fofoqueira?

- você não conhece – falou meu vô com um sorriso.

- onde está essa pessoa misteriosa?

- foi ao banheiro – falou meu avô flambando algo na panela. O fogo foi tão alto que eu dei um passo para trás – quando ele chegar eu quero que você o convide pra assistir alguma coisa na TV. Ofereça uma bebida e… você sabe.

- espera… o senhor trouxe esse cara pra fazer companhia pra mim?

- sim. ele é um grande amigo. Eu o conheci enquanto jogava golfe. Talvez você o conheça. É o Senador Murphy.

- o Senador Murphy? Randy Murphy?

- sim. ele mesmo.

- pai eu… o meu pai te mata se descobrir que o senhor trouxe alguém pra cá com esse intuito.

- Logan eu estou cansado dessa frescura sua e do seu pai com essa coisa de sexo. Tem hora que me dá vontade de eu mesmo tirar sua virgindade pra acabar com isso – falou ele olhando pra mim.

- deixa disso Rex.

- eu só quero que você passe um tempo com ele e se divirta um pouco. Liberar toda essa tensão no seu corpo.

- vô eu não… - eu estava de braços cruzados.

- olá – falou uma voz masculina atrás de mim me interrompendo. Ao olhar para trás eu o vi com um sorriso. Olhos verdes e uma barba cerrada no rosto. A camisa de botões com alguns botões abertos no topo relevando um corpo escultural e peludo – eu sou Randy Murphy.

- oi Randy eu sou Logan – falei forçando um sorriso e apertando a mão dele.

- Rex me falou bastante sobre você.

- sério? Ele nunca me falou que conhecia você. Especialmente pelo senhor ser um senador americano.

- não seja mal educado Loguie. Pega uma cerveja pro Randy e vão conversar lá na sala.

- o senhor não precisa de ajuda com o jantar?

- não preciso – falou ele com um sorriso – pega a cerveja e vão pra sala.

Fui até a geladeira e peguei uma long neck da Bud Light e eu a abri entregando para Randy que com um sorriso tomou um longo gole.

- você quer assistir televisão?

- não – falou ele se sentando próximo ao balcão – parece que você não está muito interessado nisso – ele tomou um gole de sua bebida.

- desculpa Randy é que… a minha família tem a mania de querer intrometer na minha vida e eu meio que criei um bloqueio quando eles fazem isso. Me desculpa se eu fui rude ou algo assim.

- ele é assim mesmo Randy. Eu te disse que o garoto é mimado.

- eu não sou mimado vô.

- sem querer ofender, mas você parece sim ou pouco mimado – falou Randy.

- a culpa é do pai – falou meu vô Rex – Logan sempre foi o favorito e Thad faz de tudo por ele. Move céus e terra.

- quer saber? Vamos assistir alguma coisa – falei para Randy – se você não se importar de ter como companhia um mimado.

Fui até a sala e liguei a televisão e Randy se sentou ao meu lado no sofá. Nós ficamos em silêncio no começo porque foi meio constrangedor a conversa na cozinha.

- desculpa se eu te ofendi ou te chateei – falou Randy.

- não tem problema – falei olhando pra ele – é preciso fazer mais do que me chamar de mimado pra me irritar – especialmente quando minha família me trata como uma prostituta.

- como assim? – perguntou Randy.

- todo mundo da minha família fica querendo que eu perca a minha virgindade. Ficam me pressionando sabe.

- sei… – falou ele rindo.

- eu devo entender que você não sabia sobre a minha virgindade, mas agora você sabe, né?

- sim – falou ele rindo.

- eu e minha grande boca – falei com vergonha.

- não. Eu te entendo – falou Randy – é horrível ser pressionado a fazer algo que você não está pronto.

- exato! Todo mundo fala mal do meu pai, mas ele é o único que se importa de verdade comigo nesse sentido. Minha família quer que eu libere a franga, mas eu não quero dar essa parte de mim pra qualquer um. Quer dizer… eu sinto coisas e sempre que eu namoro eu tento satisfazer meus namorados da melhor maneira sabe – falei colocando a língua pra fora e fazendo um movimento com a mão – e mesmo assim às vezes eu me arrependo de ter feito com alguns deles.

- eu também me sinto assim às vezes. Algumas das garotas que eu fiquei… eu poderia ter evitado.

- espera… garotas? Você não é gay?

- não – Randy franziu a testa movendo a cabeça negativamente.

- você é pelo menos bi?

- também não – falou Randy tomando um gole de sua bebida – você achou que eu fosse?

- sim. Meu avô… o Rex… aquele cara…

- Rex e eu tínhamos planos para hoje à noite com algumas… você sabe – falou ele rindo – e então ele recebeu a ligação da sua mãe dizendo que você estava deprimido e disse que iria vir fazer o jantar pra te animar. Ele me trouxe pra conversar com você.

Olhei para trás e lá na cozinha meu avô estava morrendo de rir. Eu tinha acabo de falar coisas pessoais e horríveis pra um cara que não é gay e que deve estar horrorizado.

- me desculpa pelas coisas que eu falei – falei colocando a mão na boca-  me desculpa.

- relaxa – falou ele tomando outro gole da cerveja – eu sou do partido democrata.

- você me paga Rex – falei gritando da sala.

- você caiu igual patinho – falou ele rindo e pegando a cerveja ele veio até a sala – só não foi melhor porque você não pulou no pescoço dele. Eu ia adorar ver essa cena.

- o senhor veio aqui pra me animar ou pra me derrubar de vez?

- foi mal garoto, mas eu não podia perder essa chance.

- enfim… - falou olhando para Randy que estava rindo – como eu ia dizendo… essa é minha família. Quando não estão me sacaneando estão fazendo festas por qualquer motivo.

- parede uma família animada – falou Randy.

- o jantar está pronto – falou Rex.

Depois daquela conversa constrangedora e a pegadinha do meu avô nós jantamos na área externa e jogamos mais conversa fora. Randy parecia ser um cara legal e ele e meu avô estavam planejando ir a um bar no centro pegar algumas garotas e dar ‘um trato nelas’. Os dois juntos. Ouvir sobre a vida sexual do meu avô me deu inveja. Sessenta e seis anos com um corpo de dar inveja e uma libido que faria qualquer uma melar a calcinha. Ou a cueca. Enquanto eu lavava a louça meu avô e Randy conversavam na cozinha.

- se vocês quiserem ir para o bar. Podem ir – falei colocando terminando de colocar a louça na lavadora.

- agora que são dez horas. Está cedo – falou meu vô.

- pode ir Rex. É sério.

- tem certeza rapaz? Vou me sentir mal de ir embora sabendo que você está deprimido – falou ele se levantando e colocando a mão no meu ombro.

- eu estou melhor. A pegadinha que o senhor fez conseguiu me tirar do fundo do poço e me levar a um nível ainda desconhecido pela humanidade – falei rindo.

- é sério? Me desculpa garoto.

- não tem problema vô – fale rindo – mas vai ter volta. Eu ainda vou pegar o senhor.

- adoraria ver você tentar – falou ele rindo olhando para Randy – vamos então.

- o jantar estava delicioso – falei abraçando-o.

- se você se sentir mal é só me ligar. Eu venho correndo – falou ele dando um beijo em meus cabelos.

- foi bom te conhecer Logan – falou Randy apertando a minha mão – e foi legal saber que você consegue segurar os caras só com a boca – falou ele rindo.

- imagina se ele desse esse rabo – falou meu avô rindo.

- para com isso – falei empurrando ele.

- até mais garoto – falou meu vô acenando enquanto eles desciam escadas e iam até seu carro. Eu acenei e fechei a porta.

A visita do meu vô foi legal e eu me sentia um pouco melhor. Não quer dizer que a minha aflição tinha ido embora. Acho que vai demorar a parar de sentir isso. Enquanto eu não enfrentar meu pai sobre as coisas que ouvi sobre ele. Depois de trancar a casa toda e ligar os alarmes fui para meu quarto e tomei um longo banho. Escovei os dentes e resolvi ir me deitar. Liguei a TV para assistir a um filme e coloquei em um volume bem baixinho. Apesar de ter dado aquele longo cochicholo não demorou para eu ir dormir.

Não sei quanto tempo dormi, mas acabei nem desligando a TV e a verdade é que eu teria continuado dormido até de manhã se não fosse por alguém tocar em meu braço e me sacudir. De olhos fechados senti o cheiro do bafo dele e abri os olhos.

- Logan? Logan?

- o que? – falei abrindo os olhos e vendo meu pai. Ele estava enrolado em uma toalha – pai? – falei assustado. Ele com certeza tinha usado a chave extra que tinha do meu quarto.

- desculpa te acordar filho – falou meu pai se sentando na beirada da minha cama.

- não tem problema –falei coçando s olhos.

- quantas horas?

- um da manhã – falou ele olhando pra mim.

- o senhor só chegou agora?

- sim. Fiquei em reunião até tarde. Eu queria saber como você está.

- estou bem – falei lambendo os lábios – porque o senhor pergunta?

- sua mãe me ligou e disse que você está deprimido. Você está bem?- estou sim – falei respirando fundo – um pouco melhor agora que o senhor tá aqui – falei passando a minha mão no braço dele.

- desculpa não ter vindo pra casa mais cedo. Okay? Eu sei que você está deprimido por minha causa. Você sente falta de mim.

- sinto sim – falei respirando fundo – minha mãe já chegou?

- sim. ela está dormindo.

- uma pena. Nós poderíamos adiantar os nossos planos uma noite né?

- sim – falou ele rindo – mas eu trouxe um presentinho pra você dormir melhor – falou ele com um sorriso – feche os olhos campeão.

Fechei meus olhos e então meu pai colocou algo no meu rosto. Parecia ser um tecido. Eu respirei fundo e engoli em seco ao sentir um misto de cheiro que me fez aliviar. Abri os olhos e vi que meu pai tinha colocado uma cueca no meu nariz. A parte que fica bem embaixo dele entre o saco e bunda. Tinha um cheiro forte de macho suado.

- o que é isso? – falei pegando a cueca e olhando.

- a cueca que eu usei hoje – meu pai tinha um sorriso no rosto e acariciou meus cabelos – achei que você ia gostar.

- eu adorei – falei levando a cueca até meu nariz e respirando fundo sentindo o cheiro de suor e porra que tinha em sua cueca. Havia também o cheiro da urina.

- passa a língua, deixa eu ver – falou meu pai.

Com a cueca no rosto eu coloquei a língua pra fora e passei de baixo até em cima onde ficava o pau dele.

- bom garoto – falou meu pai se levantando.

- que cheiro bom – falei segurando a cueca.

- sabia que você ia gostar – falou ele com um sorriso – dormir com o cheirinho do papai pra você não ficar tão deprimido quanto eu estiver longe.

- as pessoas costumam dar uma camisa com o perfume, mas uma cueca é bem melhor – falei novamente sentindo o cheiro. Meu pau estava duro como pedra embaixo do cobertor.

- fico feliz que você gostou – falou meu pai se inclinando e dando um beijo na minha testa – durma bem meu filho.

- obrigado pai – falei segurando na mão dele e fazendo-o se inclinar novamente. Ao invés de beijar sua testa eu dei um selo na boca do meu pai. Só um selinho. Eu queria sentir os lábios dele junto com os meus. Meu pai sorriu e me deu outro selinho antes de voltar a ficar de pé.

- boa noite filho – falou ele olhando para mim com um meio sorriso. Acho que ele sabia o que eu faria assim que ele saísse do quarto.

Meu pai fechou a porta do quarto e ouvi o momento em que ele trancou a porta. Quando ele esta a finalmente lá de fora eu percebi que a sombra dele continuou lá parada. Ele queria ouvir o que u faria. Deslizei o corpo na cama me escorando na cabeceira. Puxei o cobertor pro lado e segurei no meu pau com a mão esquerda enquanto com a direita eu pressionava a cueca do meu pai no nariz.

Comecei a bater punheta com as pernas abertas em posição de borboleta e comecei a gemer bem baixinho imaginando que meu nariz estava de fato no saco do papai. Passei a língua na cueca e apertei o pau movendo a mão cada vez mais rápido.

- gostoso! – falei respirando fundo e sentindo o cheiro do pau dele – que cheiro gostoso papai – voltei a gemer e meu pai continuava parado do lado de fora da porta.

Agora eu segurei a cueca com a mão esquerda e envolvi ela no meu pai e a usei para me masturbar. Olhando para aporta e a sombra do meu pai eu movi a mão rapidamente com a cueca em volta do meu caralho e levei dois dos meus dedos até o meu cuzinho e comecei a circulá-lo. Trouxe até a boca e os molhei o suficiente para penetrar no meu rabo enquanto movia minha mão.

- haaaa! Cacete – gemi movendo a mão bem rápido e cravando os dedos no meu cuzinho enquanto meu pau jorrava gala em todo o lençol á minha frente – porra! – falei ofegante apertando o pau e trazendo a cueca até o rosto eu voltei a sentir o cheiro dele. Dei um beijo na cueca e voltei a me deitar na cama. Vi que nesse momento meu pai saiu da porta e voltou para o seu quarto. Sem me importar com o lençol melado de porra eu me deitei e finalmente desliguei a televisão ficando no completo escuro.

Fechei os olhos e agarrei aquela cueca e deixei no meu rosto como se fosse um amuleto da sorte. O objeto mais precioso que havia sido me dado. Esse sim era o verdadeiro presente de aniversário que meu pai me deu. Sentindo o seu cheiro eu logo adormeci. Melhor do que isso era tê-lo ao meu lado. Sábado havia chegado e ele seria todo meu.

Mais um capítulo para vocês. Espero que tenham gostado. Não deixem de comentar deixando a opinião de vocês e não esqueçam daquele voto :) Um abraço a todos e até o próximo.