CAPITULO
TRINTA E TRES
Mona Lisa
‘
|
Take My
Breath Away’ tocava alto enquanto meus dois modelos masculinos dançavam
juntinhos enquanto eu imaginavam Adam e Mike em sua primeira dança. Claro que
aquilo não era realmente necessário já que as eles estavam ali simplesmente
para experimentar os smokings para o casamento, mas quando Xavier me disse que
aquela era a música dos dois eu tive certeza de que ela deveria ser a música da
primeira dança. Decidi contratar uma dupla de cantoras com a qual costumávamos
trabalhar. Elas seriam as cantoras que contrataríamos para cantar na festa de
casamento de Adam e Mike e pedi que elas ensaiassem bastante a música da
primeira dança do casal porque seria o ponto alto da noite. Preciso admitir que
ver os dois modelos ali dançando juntinhos, girando e dando voltas e mais voltas
me deixou um pouco emocionado. Eles estavam perfeito. Tinham a mesma estatura
de Adam e Mike já que os verdadeiros noivos não estavam disponíveis.
Esses últimos meses foram desafiadores, mas eu dei o meu
melhor para nessa festa. A melhor decoração, a melhor comida, a melhor trilha
sonora e, a minha última escolha, a roupa dos noivos. Escolhi smokings na cor
prateada com detalhes em cor preta. Achei que ficaria muito burlesco, mas no
fim das contas o tecido que escolhi fez toda a diferença. Sei que a escolha foi
ousada, mas não achei que seria legal casá-los de preto. Considerando a
situação atual achei que não seria legal casar com uma cor que lembrasse o
luto. Seria no mínimo mórbido demais.
- tá bom, tá bom! – falei esticando os braços gesticulando
para que eles parassem de dançar – podem parar de dançar. Vocês já fizeram de
mais – apertei o botão no meu iPod desligando a música – vocês foram demais.
- obrigado Sr. Royale – falou um dos modelos – eu já estou
ficando assado dentro dessa coisa.
- para de reclamar Ricardo, tira a roupa e leva esse bum bum
assado até o escritório do meu tio. Ele deixou um par de cheques em cima da
mesa. Um para você e um para você também Kevin – falei apontando para o outro
modelo – hoje é sexta! Dia de pagamento, Yey! – fale rindo e comemorando.
- podemos ir então? – perguntou Kevin animado.
- podem sim. Deixem os smokings na minha sala porque amanhã
cedo vou leva-los há lavanderia para deixa-los pronto para o casamento.
- sim senhor Royale – falou Ricardo saindo animado ao lado
de Kevin. O relógio na minha sala marcava pouco mais das cinco da tarde e lá
fora o sol começava a dar sinais de que desapareceria no horizonte.
- aqueles são os smokings dos noivos? – perguntou Lizzie
entrando na sala – acabei de passar pelos modelos.
- sim são aqueles. Eles chegaram hoje. O que achou?
- são lindos Logan. Vocês leva jeito pra coisa, sabia? –
falou ela com um sorriso.
- você achou? Eu estava com medo da escolha. Achei que
talvez fosse ousada demais.
- que nada. Foi a escolha certa.
- que bom – falei pegando a pasta grossa em minha mesa –
porque esse era o último item da lista. O casamento está oficialmente
finalizado. Agora só falta acertar a data com Xavier.
- não se preocupa com isso Logan. Pra não ter erro eu
reservei o local por 30 dias.
- não ficou caro demais?
- não se preocupa – falou ela rindo e fazendo aquele
jeitinho de que tinha aprontado ou dormido com alguém – digamos que eu conheço
alguém que conhece alguém que conversou com alguém que conhece alguém… sim.
ficou caro – falou ela rindo e respirando fundo – mas achei que esse casamento
fosse especial e que não deveríamos economizar, não acha?
- você está certa – falei rindo – na verdade Xavier deveria
ter me ligado na segunda pra dizer a data do casamento. O resultado dos exames
de Mike saíram na segunda.
- isso significa que as noticias foram ruins? – perguntou
Lizzie fazendo cara feia.
- ou talvez que foram boas e eles estejam comemorando e
Xavier esqueceu de ligar.
- sim, talvez – falou Lizzie caindo no chão e começando a
engatinhar.
- Lizzie? O que está fazendo?
- vem Logan! Faça o mesmo?
- ta bom – falei ficando de quatro e engatinhando junto com
ela.
- nem adianta fazer isso! Eu já vi vocês dois – falou Sharon
entrando na sala – de hoje não passa!
- que droga – falou Lizzie se levantando.
- só pra deixar claro a ideia de ficar de quatro foi da
Lizzie – falei me levantando e rindo.
Sharon estava querendo fazer uma ‘Noite só das Garotas (e um
garoto)’ a muito tempo e Lizzie e eu estávamos sempre desmarcando, mas Sharon
estava empenhada a fazer essa noite acontecer ficando sempre no nosso pé.
- tudo bem Sharon – falou Lizzie – mas essa é a última vez
que vamos fazer uma noite dessas.
- porque você é sempre tão pessimista? Pra uma lésbica que
descolore os cabelos da perereca de rosa você é muito cata, sabia?
- não é que eu não goste de ‘Noite de Garotas’ Sharon, eu
não gosto das suas noites de garotas – falou Lizzie de uma vez.
- por quê? O que tem de errado com elas? – Sharon olhou para
Lizzie e depois para mim – me diz Logan, tem alguma coisa de errado?
- bom, não que eu esteja reclamando, mas é que você sempre
escolhe os filmes de romance e você sempre acaba chorando no final e Lizzie e
eu meio que achamos filmes de romance idiotas. Eles não são realistas.
- vocês são imbecis e não acreditam no amor de verdade e a
culpa é minha? – falou Sharon rindo – ok, vocês escolhem o filme. O que mais?
- Verdade e Consequência é brincadeira de criança – falou
Lizzie.
- fale por você – falei rindo e me lembrando do que tinha
feito com Cory e meu avô.
- viu só? – falou Lizzie – Verdade e Consequência tem 2
vertentes ou é uma brincadeira de criança ou é uma brincadeira pra se jogar com
quem se fode.
- o que tem demais gente? – perguntou Sharon cruzando os
braços.
- você só escolhe verdade Sharon, isso porque você quer
ficar falando da sua vida sem parar. Lembra que da última vez Lizzie e eu
acabamos dormindo?
- sim – falou Sharon dando gargalhada – ai eu desenhei pênis
da cara de vocês, tirei foto com o celular de vocês e postei no instagram – ela
mal conseguia respirar enquanto dava risada.
- é isso! To fora! – falou Lizzie com raiva.
- não Lizzie! Espera! – falou Sharon limpando as lágrimas da
risada – okay, a noite de hoje será diferente e eu vou deixar vocês controlarem
tudo. vocês escolhem filmes, brincadeiras, jogos… o que vocês quiserem.
- você promete? – falou Lizzie séria.
- sim. Palavra de escoteira!
- okay então – falou Lizzie com um sorriso – hoje eu me
vindo daquela foto no instagram – falou Lizzie olhando para mim e saindo da
sala.
- podemos ir pra sua casa que hora Logan?
- que tal as nove?
- perfeito. Você cuida do filme e eu levo a vodca.
- anda logo Sharon, sua vaca! – falou Lizzie com a chave do
carro na mão – anda logo ou não te dou mais carona.
- okay, até mais tarde Logan.
- até! – falei acenando para as duas.
Depois que Lizzie e Sharon se foram eu peguei meu celular e
liguei para Xavier. O telefone chamou algumas vezes até que ele finalmente
atendeu.
- Xavier? é o Logan.
- oi Logan. Tudo bem com você?
- estou ótimo Xavier. Estou ligando na verdade para te dar
uma boa noticia. Hoje finalizei os últimos detalhes do casamento. Tudo o que
falta é acertar a data.
- que bom fico feliz – falou ele respirando fundo.
- na verdade eu esperava uma ligação sua no começo da
semana, mas eu posso imaginar o porque de você não ter ligado.
- os exames do Mike – falou Xavier – não vieram como
esperávamos.
- sinto muito Xavier.
- eu sei – falou ele parecendo bolado – mas não se preocupe
nós vamos dar um jeito nisso. Quanto à data de casamento acho que vou ter que
contar para Adam no fim das contas.
- Eu entendo. Também acho que será melhor.
- Hoje mais tarde vamos buscar um amigo no aeroporto e vamos
passar em algum lugar para beber e jogar conversa fora e eu vou contar para ele
sobre o casamento e vou perguntar para ele qual dia ele acha melhor casar.
- perfeito. Eu aguardo a sua ligação então.
- obrigado por tudo Logan. Não sei como te agradecer.
- Aproveitem o casamento – falei rindo – acho que será a
melhor forma de agradecer.
- nós vamos – falou ele rindo.
- nos falamos de novo quando você tiver a data. Tenha um bom
fim de semana.
- Logan… - falou Xavier parecendo apreensivo.
- o que foi?
- é que… eu queria te perguntar uma coisa…
- pode perguntar.
- eu pisei na bola com o Mike.
- como assim? O que você fez?
- Mike tinha me feito prometer uma coisa sobre o seu
encontro com Adam e eu acabei esquecendo de te falar. Ele me fez prometer que
Adam não ia gozar na sua boca. Ele meio que tem ciúmes disso. É uma coisa meio
que íntima dos dois. Eu não perguntei para Adam porque se ele tiver feito isso
com você ele vai se sentir mal e a culpa será minha por não ter dito nada a
ele.
Xavier disse aquilo e eu me lembrei do meu encontro com Adam
e foi exatamente isso que ele fez comigo. Eu sei porque foi eu mesmo que pedi.
O pior é que a culpa nem foi do Adam no final das contas.
- não Xavier. Não precisa se preocupar. Ele não fez isso
comigo. Ele gozou dentro de mim.
- sério? Porra! obrigado Logan você tirou um peso de mim –
falou ele rindo.
- de nada Xavier. Fica tranquilo.
- obrigado Logan. A gente se fala quando eu tiver a data
certa do casamento. Um abraço.
- abraço Xavier. Dê um oi para Adam.
- dou sim.
Acabei ficando até por volta das seis e meia da noite na
empresa dando uma olhada em novos clientes que estavam na fila. Tinha pegado
gosto pela coisa e pretendia pedir para meu tio para que eu pudesse continuar
nesse posto. Vi um casal em potencial e imprimi a ficha deles e deixei em cima
da mesa do meu tio com um bilhete. Depois disso fechei a empresa, liguei os
alarmes e fui embora de carona com Rodney. Não tinha porque pegar um Uber se
meu guarda costas ia pelo mesmo caminho que eu.
- ficou trabalhando até mais tarde hoje? – perguntou Rodney
enquanto dirigíamos para casa.
- sim. Finalizei com meus primeiros clientes hoje e já
estava a caça dos meus próximos clientes – falei rindo – eu pareço uma
prostituta falando.
- parece mesmo – falou ele rindo. O celular dele deu sinal
de mensagem e Rodney olhou para mim – olha de quem é a mensagem, por favor?
- claro – falei pegando o celular – é de uma tal de Lynette.
Ela diz que quer uma 'pizza de anchovas com mostarda e chocolate e se você não
providenciar ela vai pegar a arma que você usa pro trabalho e ir até uma
pizzaria e só vai sair de lá até eles fazerem uma fatia exatamente igual a
essa.
- que merda – falou ele rindo – Lynette é minha namorada…
minha noiva – falou ele rindo – ela anda tendo uns desejos estranhos.
- se você for a um mercado e comprar os ingredientes tenho
certeza de que qualquer pizzaria vai fazer uma pizza do jeito que você pedir.
- sério? – perguntou ele olhando pra mim.
- sim. Quando era pequeno eu sempre queria pizzas de sabores
estranhos e meu pai vivia indo a pizzarias e obrigando eles a criarem sabores
por mim. Se você for a rede de pizzarias We the Pizza você vai encontrar uma
chamada Logan Royale. Ela foi criada em minha homenagem.
- mentira. Sério?
- sim – falei rindo. Uma Pizza de camarão com cogumelos,
azeite, cebola, azeitona e orégano.
- o que faz essa pizza especial? – perguntou Rodney.
- as bordas são recheadas com Ganache. Uma mistura de creme
de leite com chocolate. É uma delicia – falei sentindo minha boca salivar.
- essa pizza sai muito? – perguntou Rodney rindo achando
estranho.
- quando eu criei essa pizza e eles patentearam eu tinha 8
anos e desde então todo ano em que a pizza Logan Royale é a mais vendida eles
me enviam uma placa de ouro com a logo da empresa e uma carta como forma de
agradecimento.
- e quantas placas você tem?
- tenho 7.
- nada mal – falou ele rindo. Um dia vou experimentá-la.
- eu recomendo. Não se engane pelos ingredientes. É deliciosa
– falei rindo – sabe… de certa forma é delicioso saber que durante sete anos eu
fui o mais comido do ano.
- você é uma figura – falou Rodney dando risada comigo – chegamos
– falou ele apertando o botão para abrir o portão.
- não precisa me levar lá dentro. Eu fico aqui mesmo – falei
saindo do carro. Passa no mercado e compra os ingredientes. Vá até o ‘We the
Pizza’ e diz que você é o guarda costas do Logan Royale que eles nem vão cobrar.
Se eles não acreditarem mostra uma foto nossa.
- tudo bem – falou ele com um sorriso. Eu prometo não
demorar.
- não se preocupe com isso Rodney. Faça tudo ao seu tempo.
Rodney se foi e eu caminhei para dentro de casa. Ao entrar
percebi que tinha gente casa.
- pai? É o senhor?
- não! sou eu – falou meu irmão Jesse sentado próximo ao
balcão tomando uma cerveja e fumando um cigarro.
- o que faz aqui?
- porque pergunta? Não posso vir aqui?
- pode, mas é que… - falei contando as latinhas de cerveja
em cima do balcão – você tomou tudo isso sozinho?
- sim – falou ele apagando o cigarro no cinzeiro.
- você está bem?
- não – falou ele olhando para mim.
- não vai me dizer o que aconteceu?
- a vadia da minha namorada me traiu. Peguei ela com outro
cara quando voltei para casa hoje.
- porra Jesse… foi mal. Anne não parecia esse tipo de
garota.
- pelo jeito ela é – falou ele rindo – Acho que vou ficar
aqui por um tempo. Sempre achei que fosse o tipo de cara que partiria a cara
dos traidores, mas acho que sou cavalheiro o suficiente para voltar para a casa
dos pais até arranjar outro lugar pra mim.
- tudo bem.
Jesse se levantou e
eu coloquei a mão no ombro dele e ele parou.
- sinto muito.
- sem problema Logan.
- um abraço ajuda – falei me forçando a abraça-lo e Jesse me
abraçou de volta.
- você sempre foi assim – falou ele rindo ainda me
abraçando.
- assim o que?
- o sentimental – falou ele rindo e me soltando ele me fez
um cafuné – sempre seja assim irmão.
- prometo – falei rindo.
- a propósito – falou ele parando aos pés da escada – mamãe
viajou hoje e disse que ficará fora alguns dias e não sabe quando volta. Ela
disse que te ama.
- disse que me ama? – perguntei confuso.
- sim – falou ele parecendo sonolento – ela também disse me
ama e me mandou te dar o recado.
Aquilo pareceu no mínimo suspeito. Deixei Jesse ir para seu
quarto e eu juntei todas as latinhas de cerveja e depois de coloca-las em uma
sacola fui até o lado de fora e as coloquei para coleta. Voltando para casa
subi as escadas fui até meu quarto e deixei meu celular em cima da cômoda e me
sentei em minha cama e respirei fundo pensando na noite que teria. Era pouco
mais das sete da noite. Aquela mensagem da minha mãe que Jesse tinha dado de
minha mãe tinha ficado em minha mente. ‘Minha mãe disse que te ama’. Porque
diabos ela tinha dito aquilo?
Decidi ir até o quarto de meus pais e ao abrir a porta olhei
em volta e tudo parecia normal. A porta do banheiro estava entre aberta e eu
caminhei até lá, mas antes que pudesse abrir a porta vi que tinha uma carta em
cima da cama. Eu a peguei e vi que era endereçada ao meu pai e era a letra de
minha mãe.
Querido Thad,
Jamais pensei que estaria escrevendo a você essas palavras e
me dói não poder dizer a você pessoalmente. Não por você, mas por meus filhos.
Me dói porque eu sei do que você é capaz. Você já foi o homem que eu amo e eu
sei que já fui à mulher que você já amou e a única coisa que você ama hoje em
dia é o trabalho, o dinheiro e você mesmo. Não cito as inúmeras amantes porque
sei o quanto você é egoísta demais para amá-las. Você foi egoísta o suficiente
para tentar tirar sua própria vida. Você não é capaz de amar a si mesmo, quem
dirá amar outra pessoa. Me odeie o quanto quiser, mas não maltrate os meus
filhos, especialmente Logan. Ele te ama muito e faz de tudo para ter o seu
amor. Não o decepcione. Tudo o que peço é que nos deixe em paz. Não quero você,
nem seu dinheiro, você irá conseguir o divórcio por abandono e dessa forma
poderá seguir com sua vida assim como eu estou fazendo. Diga aos meus filhos
que eu os amo muito e peça que eles me perdoem. É seu dever como pai pedir que
eles perdoem a mãe.
Quando li aquela carta eu me levantei da cama e olhei em
volta e eu a joguei na cama e abri o closet e vi que não tinha nada ali. Todas
as roupas dela, todos os perfumes, joias, sapatos, nada. Abri a porta do
banheiro e a hidromassagem estava cheia de espuma e havia água derramada ao
redor dela. Havia roupa molhada por todo chão. O banheiro estava uma zona. Ela
e o amante passaram o dia ali.
- filha da puta – falei respirando fundo. Ela esperava que
ele encontrasse a carta e visse o banheiro ali daquele jeito? Foi nesse momento
que ouvi o som dos pneus do carro do meu pai e quando fui até a janela do seu
quarto eu o vi saindo do carro. Para minha sorte no mesmo instante Rodney
também chegou e os dois engataram uma com versa – que sorte – falei correndo
pro banheiro e esvaziando a banheira eu comecei a arrumá-lo da melhor maneira.
Peguei o roupão da minha mãe e do amante que ela tinha deixado e comecei a
secar o chão. Peguei todas as roupas molhadas e usadas e joguei pelo alçapão da
lavanderia. Quando a hidromassagem estava vazia eu entrei dentro dela e comecei
a lavá-la bem rápido usando a mangueira do banheiro para fazendo aquele aroma
de traição sair dali.
Sai do banheiro e fui até a janela e meu pai e Rodney estava
ainda conversando e agora fumando. Voltei para o banheiro e agora que a hidro
estava limpa eu coloquei ela pra encher. A cômoda e as gavetas estavam vazias
então eu corri pro meu quarto e comecei a pegar as minhas coisas e a levar pra
lá bem rápido. Coloquei meus perfumes, cremes, correntes e pulseiras em cima da
cômoda. Minhas cuecas e meias coloquei dentro das gavetas. Corri para meu closet
e peguei os cabides com minhas camisas e fui colocando dentro do closet do meu
pai e coloquei na parte que era da minha mãe. Coloquei meus sapatos e tênis e
coloquei onde ficavam os da minha mãe. Fui até a janela rapidamente e vi que
meu ai não estava mais lá.
- filho! Cheguei! – gritou meu pai.
- merda! – falei ouvindo ele subir as escadas. Fechei a
porta do closet, peguei a carta e apaguei a luz do quarto e ele entrou.
- que porra é essa?
- uma surpresa – falei segurando na mão dele e levando ele
até o banheiro que estava com a luz acesa.
- preparou um banho para nós? – perguntou ele com um
sorriso.
- sim – falei fechando a porta do banheiro.
- vamos precisar ser rápidos porque tenho compromisso.
Lembra que você pediu que eu marcasse algo pra hoje? Você disse precisava da
casa só pra você a Lizzie e a Sharon?
- sim pai, eu sei. Tira a roupa e vem – falei jogando a
carta para atrás da banheira. Eu tirei a minha roupa toda e entrando na hidro e
ficando de joelhos.
- eu precisava disso! – falou ele rindo e entrando na hidro
ele se sentou na beirada com o pau meio bomba e acariciou meus cabelos enquanto
eu segurei seu pau e comecei a chupá-lo fazendo-o ficar duro – que delicia –
falou ele com um meio sorriso acariciando meus cabelos.
- trabalhou muito hoje? – perguntei movendo a mão em seu
pau.
- muito – falou ele se inclinando e me dando um selinho –
ralei muito – ele enfiou a língua em minha boca e eu a suguei e ele mordiscou
meus lábios – imagina como eu fico ao chegar em casa e ser recebido com uma
mamada sua.
- que bom que gostou – falei continuando o beijo – o senhor
merece – me inclinei e voltei a abocanhar seu caralho que agora estava duro.
Não segurava mais e agora acariciava as coxas peludas perto da virilha fazendo
carinho com a ponta dos dedos enquanto movia a cabeça para frente e para trás
engolindo seu caralho sentindo os pentelhos e sentindo a cabeça do seu pau no
fundo da minha garganta e pressionando os lábios eu subi até a ponta e voltei a
fazendo o mesmo. Meu pai suspirava com um sorriso no rosto enquanto eu
continuava a fazer o mesmo. Ele pegou o vidro com o aroma e a espuma e ligou a
hidro que começou a borbulhar enquanto eu o chupava com fome. Segurei o pau do
meu velho e enquanto o acariciava chupei suas bolas e passei a língua enchendo-as
de beijos – que sacão gostoso – falei rindo – cheiro de macho.
- safado! – falou ele segurando o pau – abre a boca – falou
ele rindo – coloca a língua pra fora. Obediente eu o fiz e logo ele começou a
bater o pau na minha língua esfregando a cabeça na minha língua e logo ele
começou a segurar a minha cabeça e a foder a minha boca.
Não demorou para ele pedir para eu me levantar. Ele me
inclinou me fazendo ficar de quatro na beirada e abriu meu cuzinho e passou a
língua de baixo em cima vendo a tatuagem que fiz em sua homenagem. Pisquei meu
cuzinho para meu velho e logo ele me puxou de volta e ainda sentado na beirada
ele abriu as pernas e segurando o pau ele me fez sentar em seu caralho e sem dó
nenhuma segurou na minha cintura e me viu chorar enquanto encaixava seu pau no
meu cuzinho.
- chora não amor – falou ele rindo me deixando sentado por
um tempo enquanto ele me fazia rebolar para meu rabo me acostumar com seu
caralho.
- o senhor é malvado, sabia? – falei segurando meu pau que
estava duro.
- eu sou porque você gosta – falou ele rindo e sugando o ar
e dando um tapa na minha bunda ele reclinou para trás para ver o pau sair de
mim – cavalga vai! Cavalga no pai!
Comecei a subir e a descer no seu caralho enquanto segurava
no meu pau que estava duro. Eu subia com força até a ponta e descia com tudo
sentindo meu cuzinho queimar com seu caralho. Meu rabo pegava fogo e em certo
momento, meu velho começou a mover também a cintura deixando as estocadas mais
fortes. Comecei a suar e sentir dor nas pernas e ele me empurrou pra dentro da
hidro e meteu em mim de quatro. A água não deixou a penetração mais fácil, mas
também não deixou menos prazerosa. Ele montou em mim como se eu fosse uma égua
e ele meu cavalo. Ele metia tudo e rebolava em mim.
- geme sua cadela! – falou meu pai metendo em mim e me
provocando. Ele sabia que eu não gostava que me tratasse no feminino.
- cadela é sua esposa.
- respeita sua mãe! – falou ele puxando meus cabelos com
força para trás!
- respeita seu filho – falei para ele prendendo meu cuzinho
com força.
- ok bebê! – falou ele com um sorriso – meu puto safado! –
ele tirou o pau de mim e de pé na hidro me mandou mamar no seu caralho e eu o
fiz com fome. Segurei no meu pau dentro da água e comecei a me masturbar e meu
pai segurou em meus cabelos com uma mão e puxou com força mantendo minha boca
aberta e com a outra começou a bater punheta. Quando gozei na água meu pai
soltou sua gala por todo meu rosto tentando acertar minha boca. Ele me deixou
todo melado e assim que gozou se sentou dentro da hidro e nós nos beijamos
enquanto todo o melado de meu rosto era transferido para seu rosto e para minha
barba.
- eu te amo papito – falei rindo de joelhos de frente para
ele.
- também te amo meu filho – falou ele com um sorriso –
obrigado por isso. Essa foi uma surpresa maravilhosa – falou ele jogando água
na hidro no meu rosto limpando a porra e em seguida ele voltou a me beijar.
- o quanto você me ama? – falei entre dois beijos.
- muito meu amor, deixa eu te beijar.
- é sério pai.
- te amo muito Logan – falou ele respirando fundo – já que
não quer beijar pega meus cigarros pra mim.
- não pai. Eu preciso te mostrar uma coisa antes.
- o que foi Logan? – perguntou ele fazendo cara de bobo e
cruzando os braços. Me inclinei para fora da hidro e peguei a carta que minha
mãe tinha escrito e entreguei a ele.
- quando cheguei do trabalho encontrei essa carta em cima da
sua cama.
Meu pai pegou a carta e começou a ler e eu pegava a água da
hidro e jogava em seus ombros fazendo carinho e eu sentia o coração dele
começando a bater rápido a medida que ele lia palavra a pós palavra, linha após
linha daquela carta cuidadosamente escrita. Imagina se ele soubesse que o
banheiro tinha sido usado como motel antes daquela carta ser escrita.
- pai o senhor está bem?
- eu preciso ir Logan… - falou ele embolando o papel e
jogando longe.
- não pai – falei empurrando ele de volta fazendo ele se
sentar.
- me solta Logan – falou ele sério.
- o senhor vai me machucar? – perguntei me virando de costas
me sentando entre suas pernas e de lado me deitei em seu ombro – eu sei que
está com raiva, mas não tem o direito de descontar em mim – disse isso fazendo
carinho no rosto dele.
- eu não vou – falou ele respirando fundo.
- esquece ela pai. Somos só nós agora. Esse quarto agora é
nosso, essa cama é nossa. Eu inclusive já trouxe as minhas coisas para o
quarto. Minhas cueca e meias estão nas gavetas, à metade do closet que era dela
agora é minha. No que me diz respeito eu não tenho mais mãe. Só um pai – me
aconcheguei mais a ele e meu pai me abraçou.
- okay – falou ele me abraçando forte – você está certo é
que… me da raiva ler o que ela escreveu. Eu queria poder machuca-la.
- você não pode. Ela é mulher pai. Você é mais forte do que
ela e querendo ou não você não pode machuca-la fisicamente. Deixa ela ir. O
mundo dá voltas pai. Ela acabou de perder uma das poucas coisas que ela implora
na carta o meu amor – olhei para meu pai e ele respirou fundo e me deu um
selinho.
- não quero que faça isso por mim – falou ele respirando
fundo – querendo ou não me sinto péssimo como pai saber que odeia a sua mãe por
minha causa.
- não faço por você, faço por mim pai. Ela te machucou e
você é o homem que mais amo. As coisas que ela escreveu na carta… ela fala da
tentativa de suicídio como se fosse brincadeira e não é a primeira vez. Essa
mulher não tem alma.
- okay – falou ele me dando outro selinho – não acredito que
agora eu tenho você todinho pra mim – ele disse isso acariciando meu bum bum
dentro da água.
- pode acreditar pai. Hoje é o inicio de uma nova história –
falei rindo.
- por falar nisso – falou ele rindo – acho que precisamos
nos aprontar para nossos compromissos.
- concordo.
Nós saímos da hidro e vestimos um roupão de banho. Meu pai
foi até o closet e ao abrir viu minhas roupas onde ficava as da minha mãe e
para minha surpresa ele abriu um sorriso aos vê-las lá. Para minha surpresa
enquanto eu vesti um pijama para ficar em casa meu velho vestiu uma roupa
social.
- que diabos de compromisso o senhor tem marcado? –
perguntei sentado na cama.
- vinho, charutos e poker. Por quê? – perguntou ele
ajeitando a gravata em frente ao espelho.
- porque o terno? Precisa vestir algo tão formal pra ir na
casa de um dos seus amigos
- não será na casa de ninguém. Vamos a um clube.
- a ta. Aquele clube de poker cheio de mulheres semi nuas.
Aquele clube onde a cada mil gasto elas tiram uma peça de roupa. Aquele onde a
garçonete termina pelada na mesa de poker de perna pra cima com os jogadores
lambendo ela da cabeça aos pés.
- relaxa Logan – falou ele rindo – papai não vai fazer nada
disso. Prometo – falou ele levantando a mão esquerda.
- okay – falei me aproximando e dando um selinho na boca
dele – divirta-se.
- você também. Qualquer coisa me liga. Meu celular não
estará desligado e não estará no silencioso.
- relaxa pai – falei saindo com ele do quarto. Enquanto descemos
as escadas vi Lizzie e Sharon entrarem pela porta.
- Sr. Royale o senhor está bonitão.
- obrigado Sharon – falou meu pai com um sorriso – agora eu
estou saindo e a casa é toda de vocês.
- sim, só nossa – falei sorrindo torcendo para Jesse não
acordar.
- até mais tarde filho – meu pai deu um beijo no meu rosto
bem no canto da minha boca.
- boa noite – falou Lizzie quando meu pai se foi.
- E então? Vamos começar a noite? – perguntou Sharon
mostrando a garrafa de bebida com um liquido ver fluorescente dentro.
Sharon acabou ligando o som do meu quarto no maior volume e
eu torci para Jesse não acordar e parece que as 11 latas de cerveja tinham
feito ele desmaiar. Lizzie e Sharon vestiram seus pijamas e nós decidimos ficar
ali mesmo no quarto. Lizzie tentava fazer twerk na cama e Sharon fazia de
cabeça para baixo enquanto eu jogava bebida na boca dela. O grave era alto e
nós três parecíamos 3 idiotas dançando ali sozinhos. Diplo e Big Freedia eram
perfeito para essas ocasiões. Graças ao meu querido pai e a iluminação de
festas no meu quarto não precisávamos sair de casa para uma balada. Aquela
bebida de limão que Sharon trouxe era muito forte então eu parei de beber logo
e as últimas eu apenas fingi beber.
- essa bebida é uma delicia Sharon, onde você comprou isso?
– perguntou Lizzie.
- em uma loja de bebidas perto de casa – falou ela jogando a
garrafa fora e indo até a geladeira pegar outra garrafa. Essa outra tinha um
liquido de cor azul e já estava aberta.
- essa já está aberta? – perguntei vendo ela abrir.
- sim, eu tomei um gole antes de vir pra cá, pra aquecer –
falou ela com um sorriso colocando a bebida em três copos. Lizzie pegou o copo
dela e tomou um gole indo para as escadas. Meu celular vibrou e eu vi que era
uma mensagem de Rodney. ‘Posso conversar com você, por favor?’. Sharon deixou a
garrafa na geladeira e foi logo atrás de Lizzie. Percebendo que eu não ia ela
olhou para mim – você não vem?
- vou sim é que o Rodney me enviou uma mensagem. Ele precisa
conversar com comigo. Logo eu vou.
- ta bom – falou ela com um sorriso levantando o seu copo
com a bebida azul – um brinde.
- um brinde – falei levantando o copo com ela. Eu o levei
até a boca e fingi que tomei um gole. Ao chegar do lado de fora joguei a bebida
no gramado e caminhei com o copo vazio até Rodney que parecia preocupado com
alguma coisa – Rodney? O que aconteceu?
- Logan eu preciso ir pro hospital.
- o que aconteceu?
- parece que Lynette caiu em casa e foi pro hospital. Ela
está correndo risco de perder o bebê.
- pode ir Rodney. Não tem problema.
- tem certeza?
- claro. Pode ir. Nós vamos ficar bem.
- acho melhor avisar seu pai.
- não precisa. Jesse está aqui. Qualquer coisa a gente se
vira.
- tudo bem então Logan. Obrigado.
- boa sorte lá Rodney.
- obrigado Logan.
Rodney entrou em seu carro e saiu cantando pneu. Eu voltei
para dentro de casa e tranquei a porta ao entrar. Subi as escadas e ao entrar
no quarto eu vi Lizzie deitada na cama dormindo e Sharon parada costas ao
telefone. Eu parei a música e Sharon pareceu se assustar.
- Sharon?
- que susto! Logan? – falou ela assustada.
- o que aconteceu com Lizzie?
- não sei, parece que ela bebeu demais – falou ela
escondendo o telefone.
- com quem você estava falando?
- com ninguém – falou ela rindo – com um peguete meu que não
sai do meu pé – falou ela rindo sem graça.
- entendo – falei colocando o copo vazio em cima da cômoda.
- você bebeu toda a bebida?
- sim, eu bebi. Porque?
- você quer mais?
- na verdade não. eu já estou tonto.
- você quer alguma coisa? Eu posso pegar pra você!
- acho que sim. Talvez um refrigerante.
- eu pego pra você – falou ela pegando o meu copo e saindo
do quarto. Shaorn desceu as escadas o mais rápido que pode. Eu me levantei da
cama e fui até a janela e vi um carro chegando. Não reconheci o carro, mas com
certeza desci rapidamente as escadas para recebê-lo na entrada. Quando cheguei
lá em baixo vi Sharon na cozinha colocando o refrigerante para mim e ela deu um
sorriso.
- você podia ter esperado lá em cima – falou Sharon.
- eu sei, mas é que tem um carro chegando e eu não sei quem
é.
Fui até a porta e assim que eu a abri vi Anne subindo as
escadas aos prantos. Seus olhos azuis estavam vermelhos. Ela estava com sua
bolsinha Chanel na mão esquerda usando seus shortinhos azuis e seus lindos e
curtos cabelos ruivos.
- Anne? – perguntei surpreso.
- o Jesse está ai? – perguntou ela chorando.
- não. ele não está.
- ele tem que estar ai – falou ela soluçando – eu sei que
ele está. Jesse! – gritou Anne.
- Eu já disse que ele não está Anne agora vá embora.
- eu tenho uma coisa importante pra dizer a ele – falou ela
ainda chorando.
- seja lá o que for tenho certeza de que Jesse não quer
ouvir.
- eu estou grávida e o filho é dele – falou ela suspirando.
- tenho certeza que ele vai pedir um teste de paternidade
depois do que ele viu hoje.
- você nunca cometeu um erro na sua vida Logan?
- olha… - falei respirando fundo – vá embora Anne. Jesse
chegou aqui arrasado, tomou todas e está desmaiado na cama. Quando ele acordar
amanhã eu vou conversar com ele e pedir pra ele te dar outra chance. Okay? Eu
gosto de você e eu prometo que vou conversar com ele.
- obrigada Logan.
- okay.
Quando fechei a porta para Anne ir embora eu não sabia que
Anne não conseguiu chegar ao seu carro. Antes que ela pudesse entrar e seguir
viagem ela foi atacada por um homem mascarado que a atacou com uma seringa com
um remédio que a fez desmaiar. Ela foi puxada para o jardim e deixada desmaiada
lá mesmo. Quando voltei a cozinha Sharon não estava mais lá, mas o meu copo com
refrigerante estava. Eu tomei dois longos goles e matei a minha sede. Subi as
escadas e fui até o quarto procurando por Sharon, mas ela não estava lá.
- Sharon? – olhei em volta, mas nada dela. Lizzie continuava
dormindo na cama. Fui até o banheiro social, mas não tinha ninguém lá. Foi
então que decidi descer as escadas novamente porque ela poderia estar tomando
banho de pisciana. Ao fazer isso tive uma surpresa. Ao chegar aos pés da escada
deixei o copo cair no chão e se quebrar. Sharon estava sendo feita de refém por
um homem todo vestido de preto. Ele usava uma máscara feita de madeira com o
rosto da pintura famosa da Mona Lisa. Ele tinha uma faca apontada para o
pescoço dela. Olhei em volta e percebi que havia mais cinco pessoas e pelo que
percebi eram homens e mulheres. Todos de preto e todos com a mesma máscara.
- se eu fosse você ficaria quietinho – falou uma mulher
usando a máscara.
- escute ela ou sua amiga morre – falou o homem.
Olhei para um homem e uma mulher e eles estavam dançando
valsa. Percebi que eles estavam munidos de várias armas como tacos de beisebol,
armas, facões entre outras coisas.
- seja um bom garoto e venha até aqui – falou um homem
segurando uma algema.
- vocês acham que vão me pegar tão fácil assim? – falei
tremendo as mãos.
- você é um playboy filho de papai e nós somos 6 Mona Lisas
armadas – falou uma das mulheres olhando pra mim – sua cabeça vai nos render 6
milhões amigo. O que você acha que pode fazer?
- vocês esqueceram-se de uma coisa – falei respirando fundo
– playboys, filhos de papai, moram em casas multimilionárias.
Todas as 6 Mona Lisas olharam entre si e depois olharam para
mim enquanto eu dizia as palavras.
- Okay Google, desligar o gerador da casa.
Todas as luzes da casa se apagaram e eu sai correndo em
direção a porta da frente. Essa era a única chance que eu tinha e eu não podia
desperdiçar. O lado de fora estava um breu. Quando estava no meio do
estacionamento eu ouvi Sharon gritando.
- Logan! Me espera! – falou Sharon gritando por mim.
- Sharon? – falei olhando para trás. Segurei na mão dela e
nós começamos a correr para o portão da frente.
- espera Logan! – falou ela soltando a minha mão.
- o que foi? – perguntei olhando para ela.
- me perdoa! – falou Sharon colocando um Taser no meu
pescoço me dando um choque me fez desmaiar e cair no chão. Eu sentia a baba
saindo da minha boca e foi à última coisa que eu vi antes de desmaiar. Queria
poder estar nos sonhos para sempre, mas ao abrir os olhos eu estava amarrado
com a boca selada por uma silver tape. Um dos homens me mantinha em pé na sala.
Eu não sabia o que tinha acontecido, mas ao abrir os olhos eu sabia com certeza
que Sharon também era uma refém. Ela estava amarrada e estava chorando. Eu não
conseguia ouvir direito o que ela dizia de longe, mas li seus lábios e percebi
que ela pedia desculpas.
- a encomenda está pronta – disse um dos sequestradores. Foi
naquele momento que percebi que aquelas seis pessoas eram só contratados para
me sequestrar.
- eles estão chegando – falou uma mulher – virão em uma
ambulância disfarçada. Assim poderão cruzar a cidade sem levantar suspeitas.
- podem trazê-los – falou o homem trazendo duas pessoas.
Quando eu os vi eu comecei a me debater. Eram Jesse e Anne. Eles estavam
amarrados
- fica aquieto! – falou o homem que me segurava. Comecei a
chorar quando colocaram sacos transparentes na cabeça dos dois e começaram a
sufoca-los. Os dois começaram a se debater e em certo momento até deram as
mãos. Eu tentei me soltar e comecei a me debater com mais força e cai de
joelhos vendo meu irmão não ter mais ar para preencher seus pulmões. Sharon
também chorava desesperada e só tiraram os sacos de suas cabeças quando os dois
pararam de se debater. Deixaram os dois ali deitados no chão.
- acho que eles chegaram – falou um dos homens.
- graças a deus – falou a mulher abrindo a porta. Quando ele
entrou eu não acreditei. Não era a pessoa que tinha encomendado o meu sequestro
e sim meu pai. Foi quando eu lembrei de Rodney.
‘acho melhor avisar seu pai.’
‘não precisa. Jesse está aqui’
- que porra é essa? – perguntou meu pai olhando em volta e
olhando para mim – Logan!?
O homem que me segurava apontou a arma para meu pai e deu um
tiro bem no meio da cabeça do meu pai que caiu para trás ali mesmo. Quando eu o
vi cair não consegui segurar meu corpo de pé. Foi como se tivesse perdido o ar,
o meu chão. Vi as luzes da falsa ambulância chegando e mal tive tempo de
reagir. Eles aplicaram algo direto no meu pescoço. Algo que me fez desmaiar.
Não lembro muito depois disso. Podia tudo ser um pesadelo, mas para meu azar
era só a realidade. Acordei com água sendo jogada na minha cara ou pelo menos
foi o que eu pensei. Na verdade alguém forçava minha cabeça dentro de um tambor
com águam e afogando.
Eu tossi com força quando minha cabeça foi tirada e quando
consegui respirar vi um homem olhando para mim com raiva.
- Hey! Porco Americano! Acorde!
Olhei em volta e vi que estava em uma sala que fedia a
esgoto. Tudo o que tinha era uma cadeira, uma televisão e pelo o incrível que
pareça uma câmera apontada para mim.
- mas o que…
- acabou o descanso porco americano – falou o homem com
sotaque.
- o que vocês fizeram… o meu pai – falei sentindo as
lágrimas se misturando a água e o vômito. Olhei em volta e percebi que isso
tudo tinha a ver com o trabalho do meu pai. Eram terroristas. Tinham mais dois
homens ali.
- você precisa gravar um vídeo garoto.
- video pra que?
- você quer ficar vivo? Precisa gravar vídeo.
- e se eu não quiser.
- um dos homens me mostrou um enorme facão. Eu sabia o que
eles faziam com americanos. Terroristas não brincavam em serviço.
- você pode gravar o vídeo agora garoto ou podemos brincar
com você um pouco até matar o seu espirito americano. Você que escolhe.
- okay. Eu gravo – falei respirando fundo. Eles
provavelmente me matariam de qualquer jeito.
Foi nesse momento que um outro homem entrou na sala com um
cartas que continha o que eu iria dizer.
- você só precisa dizer o que está escrito aqui.
- você é americano? – perguntei surpreso – você é um
traidor.
Assim que eu disse isso o homem veio até mim e me deu um
soco na boca me fazendo cortar a boca e com certeza me deixando um olho roxo.
- meu país é que me traiu – falou ele me mostrando que não
tinha uma das pernas. Ele usava uma espécie de prótese caseira improvisada.
Parecia um ex militar – você só precisa ler o que está escrito aqui seu boiola
– falou o homem.
- okay – falei cuspindo um dos meus dentes no chão.
- tudo bem… gravando! – falou o homem.
- meu nome é Logan Mudgett Royale, meu pai é Thaddeus
Shawcross Royale diretor da CIA. Se os nomes de todos os agentes da CIA em
operação no oriente médio não forem liberados até às 18 horas, em horário
militar, de amanhã eu serei… - fiz uma pausa… - eu serei decapitado ao vivo
pelo grande estado islâmico. Eu serei apenas o primeiro de muitos.
- perfeito – falou um dos terroristas – vou enviar o vídeo
agora.
- bons sonhos boneca – falou o americano traidor vindo até
mim e aplicando outro remédio em meu pescoço.
Mais uma vez me vi perdido em meus sonhos, ou melhor, em
meus piores pesadelos. Dessa vez sonhei ou um looping infinito de meu pai sendo
baleado em minha frente. Ele caia e levantava do chão apenas para levar outro
tiro e cair novamente. Algumas crianças davam risada de tudo. Ao mesmo tempo eu
me via em meu quarto pulando na cama com Lizzie e Sharon. Me via abraçando meu
irmão na cozinha, lembrava de seu cafune, lembrava de Anne dizendo estar
grávida, me meu pai e eu na hidromassagem. Mais uma vez fui carinhosamente
acordado com a cabeça afundada na água. Quando consegui recuperar o fôlego o
americano traidor deu tapas fortes na minha cara tentando me fazer recuperar a
lucidez.
- acordar playboy – falou ele rindo – seu país parece não se
importar com você – falou ele rindo. quem é o traidor agora. O homem saiu rindo
e eu percebi que a televisão estava ligada no noticiário.
- … a crise nacional que se estabeleceu após os
acontecimentos de hoje parecem ter colocado o país em estado de alerta. Voos
foram cancelados e dezenas de aeronaves não estão obtendo autorização para
pousar após o ocorrido. As pessoas na rua estão comparando o dia de hoje com os
atentados de 11 de Setembro. O vice presidente Stephen Griffths fez um
pronunciamento dizendo que a força e a inteligência nacional estão procurando
soluções para conter a crise e acalmar o ânimo do povo americano. Quando
perguntado sobre a localização do presidente Trump, Stephen disse apenas que
ele está fazendo o que é preciso para que a nação de reestabeleça.
- ok… sim… vamos agora falar com o repórter Alfredo Ross que
está em frente do diretor da casa dos Royale com novas noticias.
- boa noite Sonya – falou o repórter – estou aqui em frente
a casa onde tudo começou – falou o repórter mostrando uma enorme mansão que
tinha uma parte em chamas. Havia dezenas de viaturas, ambulâncias, carro do
corpo de bombeiros. e repórter filmando o local – foi aqui nessa casa que tudo
começou. No inicio as autoridades não podiam imaginar que os acontecimentos
dessa casa estariam ligados aos atentados terroristas.
- Alfredo você tem alguma novidade sobre o incêndio ou sobre
os disparos ouvidos?
- sim Sonya. O capitão do corpo de bombeiros me informou
agora a pouco que no lado oeste da casa onde ocorreu o incêndio dois corpos
foram encontrados. Eles já foram identificados, mas os nomes ainda não foram
revelados para a imprensa. Já na parte leste da casa onde disparos foram
ouvidos um corpo foi encontrado com um disparo no crânio. O nome da vítima
ainda não foi revelado, mas especula-se que o corpo seja do atual diretor da
CIA; Thaddeus Shawcross Royale.
- então você está dizendo que temos a confirmação de que o
diretor da CIA foi assassinado?
- não podemos confirmar com 100% de certeza Sonya, mas uma
testemunha que não teve o nome revelado, mas que é bem próxima da família
reconheceu o corpo. Nas próximas horas poderemos obter a confirmação oficial,
mas podemos afirmar que sim; o corpo pertence ao diretor da CIA; Thad Royale.
- obrigado Alfredo – falou Sonya olhando para a câmera –
para aqueles que ainda não sabem a casa do diretor da CIA foi um dos lugares
atacados na série de ataques terroristas ocorridos no país. A Casa dos lideres
e chefe de estados em todo o país foram alvos de ataques, mas nada se compara
ao que ocorreu na casa da família Royale onde foram encontrados 3 corpos e duas
pessoas ainda continuam desaparecidas. O vídeo gravado por Logan Royale acabou
vazando para a imprensa e foi postado no Youtube onde já foi visto por mais de
367 milhões de pessoas nas últimas horas.
- meu vídeo… – falei respirando fundo tentando lembrar do
que tinha acontecido. As drogas que estavam me dando estavam bagunçando minha
cabeça.
- 367 milhões, milhões, milhões, milhões, 367, 367, 367… - a
mulher do noticiário começou a repetir aquilo e eu pensei que estava ficando
maluco e foi quando percebi que aquilo era uma gravação.
- doido né? – falou o americano traidor aparecendo – na hora
em que eu gravei esse noticiário o vídeo tinha 367 milhões de visualizações,
mas acho que o vídeo à uma hora dessas já passou mais de 1 bilhão de
visualizações. Imagina quando o vídeo da sua decapitação for jogado na
internet. Vai ser um recorde.
- eu posso ser decapitado, mas nunca vou se um traidor como
você – falei olhando com raiva pra ele – vou ser lembrado como um herói e você
como um imbecil que perdeu uma perna e a dignidade. O homem enfurecido deu um
soco que me derrubou com cadeira e tudo. o som foi tão estridente que pareceu
que a porta tinha sido arrombada e quando eu estava no chão tonto percebi que
realmente tinha sido. A SWAT tinha invadido o lugar e rendido o traidor. Ouvi
tiros serem disparados e uma fumaça tomou conta do lugar. Um dos policiais veio
até mim e se curvou tentando me proteger.
- vai ficar tudo bem Logan.
- quem é você?
- seu herói – falou o homem rindo e tirando a máscara. Era
tio Justin Fitzcharles. Diretor da NSA e antigo policial da SWAT.
- tio Justin?
- fiz questão de vir te salvar – falou ele com um sorriso.
- mas como? – falei respirando fundo começando a chorar.
- você é filho do diretor da CIA Logan. Lembra quando você
fez aquela cirurgia de Hérnia? Nós aproveitamos para colocar um rastreador em
você.
- eu tenho um rastreador em mim?! – perguntei confuso.
- Shhhh! Ninguém pode saber – falou ele levantando minha
cadeira e me desamarrando. Ele me ajudou a levantar me pegou nos braços.
Enquanto me tirava do lugar vi todos os terroristas mortos. Percebi que Sharon
também era uma das reféns. Ao passar por ela eu passei meus dedos pelos dela
para que ela soubesse que eu a perdoava. Ao sairmos daquele deposito ou galpão
percebi que estávamos em um deserto ou algo assim. O sol brilhava forte. Fui
colocado em uma ambulância e logo os médicos começaram a me fazer um monte de
perguntas e começaram a me fazer um monte de exames me tocando em um monte de
lugares. Não me importava com aquilo. Ver Jesse, Anne e meu pai serem mortos
são coisas que eu jamais esquecerei.
Quando chegamos ao melhor hospital de Washington haviam
dezenas de repórteres. Para minha surpresa Rodney estava lá para fazer a minha
escolta e ele tinha os olhos vermelhos de quem passou a noite toda chorando.
Olhos de quem nunca iria se perdoar por ter abandonado seu posto. Quando a maca
saiu da ambulância eu segurei na mão de Rodney e comecei a chorar e Rodney fez
o mesmo.
- me perdoe – disse Rodney.
- não tem o que perdoar. É seu filho e ele precisava de
você.
Depois de ser analisado pelos médicos fui colocado no melhor
quarto, no melhor andar, com a melhor vista. Não me que eu tivesse pedido por
aquilo. Nada daquilo importava pra mim. Tudo o que ganhei foram alguns analgésicos
para a dor e todos a minha volta morreram. Porque tem que ser assim? Porque
tinha que ser eu o sequestrado? Vão me dizer que Deus tinha planos para mim? Ele
não tem e se tem é um plano muito cruel. Duvido que Deus tenha tempo para o garoto
incestuoso. Estava a quase duas horas na janela do meu quarto olhando para o
sol que estava prestes a se por lá fora. Uma brisa gostosa vinha lá de fora e
devo admitir que a duas horas estava com duvidas se pulava ou não. Ontem quando
o sol estava quase se pondo as coisas eram diferentes e hoje não me sobrou
nada.
- toc toc, posso entrar? – falou uma voz conhecida. Olhei
para a porta aberta e vi meu avô Rex parado lá.
- Rex?
- espantado por me ver?
- claro que não – falei respirando fundo.
Ele veio até mim e me
deu um abraço forte e deu um beijo no meu rosto. Nós ficamos abraçados por um
bom tempo e eu me agarrei ao meu avô deixando as lágrimas caírem.
- vai ficar tudo bem garoto.
- não vai não – falei soltando-o – a vida vai ser uma
desgraça daqui pra frente – falei limpando os olhos – Jesse está morto, Anne
está morta… sabia que ela estava grávida?
- estava? – perguntou meu avô.
- sim – falei chorando – ela me contou pouco antes de
morrer. Nem Jesse sabia.
- a gente precisa ser forte Logan.
- eu seria mais forte se meu pai estivesse aqui Rex. Sem meu
pai aqui eu não sou nada – falei suspirando e olhando para fora – Sei que o que
vou dizer vai parecer horrível, mas preferia ter sido decapitado do que ter que
viver aqui sem ele.
- espera – falou meu avô confuso – ninguém te contou?
- contou o que? – perguntei olhando para ele.
Meu avô segurou em minha mão e nós caminhamos para fora do
quarto e seguimos pelo corredor. Esse corredor parecia não ter fim. Não sei bem
o que diabos ele pretendia com aquilo, mas eu decidi segui-lo. Chegamos
finalmente ao quarto no fim do corredor e quando ele abriu a porta eu quase cai
no chão ao vê-lo ali deitado na cama. Ele tinha uma faixa enrolada na cabeça.
- eles dizem que foi um milagre – falou Rex – a bala não danificou
nenhuma parte do cérebro porque ela passou exatamente no meio. Eles conseguiram
retirá-la com uma cirurgia. Ele está em coma e não podem dar certeza de quando
ele vai acordar ou… ou se ele vai acordar, mas se um milagre aconteceu outro
pode acontecer. Você não acha?
- acho sim – falei me aproximando e colocando a mão em seu
peito senti seu coração bater e seu pulmão se encher de ar. Sozinho, sem ajuda
de aparelhos. Era um milagre, o meu milagre – tenho certeza de que ele vai acordar
Rex.
Pessoal espero que tenham gostado desse primeiro livro de 'Amor, Estranho Amor'. Claro que teremos o Livro Dois, mas não posso dizer quando estarei escrevendo ele. Obrigado por estarem sempre aqui e por deixarem passar os errinhos já que vocês sabem que não tenho tempo de corrigir. Nas próximas semanas vou focar em 'Bruto Irresistível' e espero que vocês acompanhem porque gostei muito de escrever os 2 primeiros capítulos e tenho coisas boas preparadas pra vocês. Não esqueçam de deixar a opinião nos comentários (que me motiva a continuar com mais frequência) e não esqueça também de deixar o seu voto que é muito importante.
Logo abaixo tem o link para comprar as minhas obras na Amazon. Tem também o link do convite para fazerem parte do meu grupo do Whatsapp. Espero que tenham gostado desse capítulo e até o próximo. Um abraço.
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