A PIOR LEMBRANÇA DE TODAS capítulo vinte e um
H
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avia se passado uma semana desde o incidente com a
mão cortada em que eu passei uma noite com Gray. Meu pai continuava bebendo,
mas eu evitava encontra-lo. Ele sempre estava caído no sofá ou de na área. Eu
evitava vê-lo, mas continuava me importando com ele. Eu sempre chegava limpava
a bagunça que ele tinha feito, as vezes dava até banho nele porque tinha
encontrado ele todo mijado.
Ele ficava me pedindo perdão por
ter me batido, e outros dias brigava comigo dizendo que era tudo culpa minha.
Esses eram os dias em que eu tocava no assunto de um psicólogo ou sei lá...
Qualquer pessoa com que ele quisesse conversar, mas ele me respondia mal e
dizia que não precisava ver nenhum médico. Meu olho estava quase bom. O roxo já
tinha desaparecido quase por completo.
Na quarta-feira de tarde Adam
veio até mim.
- olá Mike, quero te convidar
para uma festa.
- festa? O que vamos comemorar?
- nada. – falou ele – vou fazer
uma festa na minha casa no sábado. Via ser só a gente mesmo daqui, alguns
amigos mais próximos, vai ser a noite toda e eu quero que você vá.
- vou ver se vou – falei pensando
no meu pai.
- vou ver nada. É para você e seu
pai irem. – falou Adam. – não quer ir porque? Está com medo que minha esposa
descubra que transamos? – falou ele rindo.
- até parece. É que eu não sei se
vou poder ir.
- Mike, eu vou ficar chateado se
você não for, quero meus amigos lá.
Fiquei olhando para ele alguns
segundos e vi que não tinha saída, e seria bom para mim relaxar um pouco afinal
estava impossível em casa.
- tudo bem – falei – eu vou, mas
não posso garantir que meu pai vai, ele anda muito ocupado no trabalho e anda
trabalhando muito em casa.
- tudo bem então, seu pai eu
entendo, mas se você não for eu vou ficar realmente chateado.
- pode confiar eu vou.
- ok então. Eu te espero no
sábado a partir dás 18h00min.
- ok.
Depois que Adam se foi eu decidi
ligar para Gray e questioná-lo sobre a festa. Gray e eu não tínhamos nada
oficial, mas nós gostávamos um do outro. Gostávamos de compartilhar o tempo que
tínhamos.
- oi – falou Gray atendendo o
celular.
- Gray você na festa do Adam
sábado?
- vou sim, você vai também não é?
- vou sim. Eu só queria saber se
você vai.
- vou sim.
- ok, vou desligar então. –
falei.
- Mike... – falou Gray.
- o que foi?
- Depois do expediente eu posso
ir te pegar e te levar para minha casa?
- pode sim – falei.
- tudo bem então. Te vejo mais
tarde.
- até – falei.
No fim do expediente Gray me
esperava em frente á empresa. Assim que chegamos á casa dele nós fomos direto
para o quarto. Aquilo era inusitado e estar em sua casa foi o suficiente para
despertar o desejo. Eu o abracei e apertei a bunda dele e ele apertou a minha
me fazendo sentir o pau dele já duro na calça.
- estava com saudades ? –
perguntou Gray.
- estava sim – falei desabotoando
a camisa dele.
- eu gosto tanto de você Mike.
- também gosto de você Gray –
falei lambendo o peito dele. ele alisava meu rego e apertava minha bunda forte.
Ele então me virou de costas e se agachou.
- tira a calça – falou ele.
Desabotoei o cinto e tirei a
calça e em seguida a cueca.
- abre a bunda pra mim, mostra
esse rabão gostoso.
Abri usando as mãos e ele meteu a
língua e lambeu. A língua úmida e quente dele circulava meu rabo e ele cuspia
no meu rabo e tentava enfiar a língua bem fundo.
- que delicia – falei.
Tirei minha camisa e me sentei na
cama ele se aproximou e apertou minha cara no pau dele.
- aqui seu pauzão – chupa o meu
pau – falou ele abrindo o zíper e tirando o pau babado de dentro da calça. Eu
abri a boca e comecei a chupar aquele pau suculento. Eu chupava deliciosamente
em um vai e bem frenético.
- não aguento mais – falou ele.
Ele então foi até a gaveta e
pegou um pacote de camisinha e abriu colocou no pau e já veio por cima de mim e
colocando na portinha e eu mandei que ele enfiasse tudo. Ele começou a me
foder.
- me fode, me fode.
- rabo gostoso – falou ele me
fodendo rápido.
Me masturbava sentido aquela rola
dentro de mim e logo gozei no meu peito. Ele então tirou o pau e tirou a
camisinha e gozou vários jatos em mim.
- Haaaa – gemeu ele.
Ele ficou em pé e eu me sentei na
cama chupando o pau dele até que ficasse mole. Eu me levantei e demos um beijo
de língua.
Logo tomamos um banho e comemos
algo e eu já estava pronto para ir embora. Ele me deixou na porta de casa.
- te vejo amanhã – falou ele me
dando um beijo de língua apaixonado.
Eu sai do carro e ele se foi. Ao
entrar pelo portão da minha casa de longe vi que a porta da casa estava aberta.
Meu pai estava sentado na cozinha.
- boa noite pai – falei, mas ele
não respondeu.
Fui em direção ás escadas e ouvi
ele chorando. Eu então larguei minha mochila e fui até ele.
- pai, está tudo bem?
Ele olhou pra mim. Estava até
babando de tão bêbado.
- tudo bem? Olha o que você fez
comigo. – falou ele.
Me afastei dele e fiquei de longe
vendo ele se levantar tonto. Ele já não era o homem que eu admirava. Estava com
a barba grande, sujo, o cabelo desgrenhado, não era o homem que eu admirava,
mas era o único homem nesse mundo que me amava incondicionalmente. Eu não iria
desistir dele tão fácil.
- pai... você quer ir amanhã
comigo ao médico? Só para ver se está tudo bem – falei.
- e você? – perguntou ele – que
tal ir junto para ver se ele cura essa viadagem sua? – ele disse isso dando um
passo – você demorou a chegar hoje? Estava aonde? Estava dando seu rabo por ai?
Eu sei o que você faz quando não está aqui, diz que vai trabalhar, mas dá o
rabo até para os cachorros dessa cidade. Você é uma puta vagabunda e merece é
pau nesse rabo seu.
Aquelas palavras foram em
cortando. Não acreditava que ele estava dizendo aquelas coisa pra mim.
- não fala isso pai. – falei
quase chorando – você me machuca dizendo essas coisas.
Ele se aproximou de mim e eu me
afastei.
- vou pro meu quarto – falei me
virando.
- não vira as costas pra mim
moleque – falou ele me derrubando no chão e ficando em cima de mim.
- me larga pai – falei me
contorcendo.
- vai levar no rabo. – falou ele
abaixando a calça e tirando o pênis duro da calça.
- não se preocupa, ele vai ficar
duro por um bom tempo. O remédio que Charley me dava realmente funciona bem. Eu
sentia a baba deve cair na minha nuca
- PAAAAAI! PAAAI ME LARGA. –
gritei desesperado. Eu batia as pernas e tentava socar o estomago dele com o
cotovelo, mas ele era forte e conseguiu me segurar.
- SOCORRO! – gritei. Eu mesmo
tempo que gritei ouvi um raio alto e logo em seguida um trovão. A chuva caiu
com tudo no telhado.
Ele então desceu minha calça e
colocou o pau bem na entrada e enfiou de uma vez. Eu gritei de dor. Minhas pernas ficaram moles
e eu quase desmaiei de dor. Eu tentava me soltar, mas não conseguia. Estava
doendo muito. Ele começou um vai e vem e eu senti algo escorrendo da minha
bunda. Era sangue. Eu estava agonizando de dor e arrastei as unhas tão forte tentando
sair de baixo dele que duas unhas de cada mão arrancaram na hora.
Meu corpo todo tremia e dor. Eu
continuava lutando, mas confesso que eu começava a fraquejar. O sangue que saia
da minha bunda escorreu e passou pelo meu rosto. Sangrava muito. Eu gritava por
socorro, mas a chuva abafava o som. Então meu pai de repente gritou forte e
enfiou com mais força no fundo.
- para pai! Por favor – falei já
fraco. Não conseguia me mover.
Ele então tirou o pau da minha
bunda e se ajoelhou no meu rosto. Vi que seu pau estava vermelho sujo de
sangue. Ele começou a se masturbar e em seguida senti os jatos de porra no meu
rosto. Um deles entrou na minha boca. Estava muito cansado ou machucado para
revidar. Ele cambaleou de um lado para o outro e caiu de costas para o lado
esquerdo.
Ele ofegava. Eu olhei para ele e
ele estava de olhos fechados. Ofegante. Eu então usei minhas últimas forças
para me levantar. Tudo doía, ardia como fogo dentro de mim. Eu me arrastei até
a ponta da escada e usei o corrimão para me levantar. Eu comecei a chorar e eu
subi as escadas degrau por degrau. Eu olhei para trás e ele ainda estava lá
deitado e havia uma mancha de sangue enorme no chão e esse sangue estava no
pênis do meu pai.
Eu subi vagarosamente e fui
andando para meu quarto quase arrastando minhas pernas. Eu não aguentava mais
de dor, estava com ódio de mim mesmo, com nojo no meu corpo e do toque de
qualquer ser humano. Eu apenas sentei na minha cama e fiquei lá chorando. Bem
devagar eu me deitei e me cobri. Não tive coragem de ligar para ninguém. Minha
vontade era de morrer, mas nem isso eu conseguia. Eu fechei os olhos e fiquei
chorando tentando dormir e depois de um tempo consegui.
Como se conta para uma pessoa que
você foi estuprado pelo próprio pai? Essa é uma pergunta que não nos ensinam na
escola, ou no trabalho, ou em qualquer outro lugar.
Acordei com o sol brilhando no
meu rosto. Olhei para o relógio e o mesmo marcava 09h40min. Por um momento eu
não me lembrava de nada, até que me mexi e senti algo molhando e gelado no meu
corpo. Coloquei vagarosamente a mão para trás e esfreguei no meu ânus e trouxe
ele molhado de vermelho.
Então me levantei devagar e vi a
cama cheia de sangue. Eu fui para o banheiro, tirei minha roupa e fui para o
Box. Eu abri o chuveiro e água quente caiu no meu corpo. Eu peguei o sabonete e
me lavei. Agora não doía tanto, só quando a água caia e passava lá atrás. Eu
gemia de dor enquanto esfregava e lavava o sangue. Um pouco estava seco então
precisei esfregar, mas não sangrava mais.
Eu sai do banheiro enrolado na
toalha e me sequei. Eu vesti uma roupa limpa e depois encarei a cama por um bom
tempo. Eu peguei o lençol o cobertor e enrolei-os e joguei pela janela do
corredor. Eles caíram atrás da casa. Eu andava devagar porque estava assado. Eu
voltei para o quarto e peguei o colchão e levei até o corredor e joguei pela janela
do corredor.
Fui até a ponta da escada e
desci. A poça de sangue ainda estava lá e meu pai bêbado estava lá do mesmo
jeito, com as calças abaixadas. Quando o vi meus olhos encheram de água e eu
passei direto e peguei álcool na cozinha e fui até atrás da casa e puxei tudo
para o fundo e joguei o álcool. Peguei um fosforo, risquei e joguei fazendo uma
fogueira enorme.
Voltei para dentro e subi as
escadas e peguei minha roupa suja e levei para baixo. Chegando lá eu larguei a
roupa no chão e fui até meu pai e tirei a roupa dele e levei junto com a minha
e joguei na fogueira. Eu voltei até lá e arrastei meu pai para fora da sujeira
e enrolei o carpete sujo de sangue e joguei no fogo que ardia em chamas
flamejantes.
Meu pai se contorceu quando eu
empurrei tentando acordá-lo.
- Mike... O que aconteceu. –
falou ele com a voz rouca.
- vamos pai, vou te dar um banho
– falei ajudando ele a se levantar. Nós subimos as escadas vagarosamente e de
lá ouvi meu celular tocando. Eu apenas ignorei e continuamos a subir.
Nós fomos até o banheiro do
quarto dele e eu o coloquei na banheira e abri as torneiras enchendo ela com
água quente. Eu comecei a esfrega-lo e duas vezes tive que rapidamente segurar
a cabeça dele fora da banheira porque ele vomitava.
Eu o lavei todo e depois que
troque ia água duas vezes eu o ajudei a ficar de pé. Eu o enxuguei e o ajudei a
se sentar na cama.
- minha cabeça está doendo –
falou ele.
- eu vou pegar um remédio para o
senhor – falei pegando uma cueca e uma bermuda para ele.
Ele se sentou na cama e eu vesti
a cueca e depois a bermuda.
- deita na cama, eu vou trazer
algo para você beber.
Fui até lá em baixo e peguei uma
jarra de água e remédio para dor de cabeça, aspirinas e levei para o quarto. Eu
entreguei uma aspirina no copo e ele bebeu e em seguida ele tomou um remédio
contra a dor de cabeça.
- eu vou lá em baixo e já volto.
- ele apenas fechou os olhos e eu
fechei as cortinas e liguei o ar condicionado.
Fechei a porta do quarto e desci. Eu limpei o chão
e fui até lá fora e a fogueira já tinha queimado tudo. Eu apenas varri as
cinzar e coloquei em sacos de lixo. Eu fui até meu quarto e peguei meu celular.
Tinha umas 20 chamadas perdidas. Eu então retornei apenas para Adam.
- bom dia – falou Adam.
- bom dia – falei.
- Mike você não apareceu hoje.
- sinto muito Adam, eu amanheci
muito mal e agora que eu melhorei é que estou ligando.
- você está bem?
- estou sim.
- quer que eu peça para um médico
ir ai?
- não precisa, eu só estou com
muita dor de cabeça e dor na garganta, estou tomando um remédio e fiz um chá,
amanhã eu devo estar melhor.
- tudo bem, mas se não estiver se
sentindo bem, não precisa vir amanhã.
- obrigado... Adam... você me faz
um favor?
- sim Mike.
- não conta para ninguém que
estou doente, se alguém perguntar apenas diga que eu tinha um compromisso e não
pude ir hoje.
- ok – falou ele.
- obrigado.
- melhoras – falou ele desligando
o celular.
Sai do meu quarto e desci as
escadas e fui até a despensa e peguei um balde e subi as escadas e levei ao
quarto do meu pai. Eu abri a porta e ele estava de olhos fechados. Eu coloquei
o balde no chão ao lado da cama.
- pai se precisar vomitar eu
trouxe o balde.
- trás uma bebida pra mim – falou
ele – vou me sentir melhor.
- não – falei.
Retirei minha chinela e dei a
volta na cama e me deitei ao lado dele e deitei a cabeça no peito dele.
- se quiser beber, vai ter que se
levantar e pra fazer isso vai ter que me tirar de cima de você. Você já bebeu o
suficiente pai.
- foi apenas uma semana. – falou
ele.
- já faz mês pai.
- um mês? E meu trabalho… e
você...
- não se preocupa com o trabalho
pai, se preocupe com você ficar limpo.
- tudo bem – falou ele.
Ele então rapidamente se virou
para o lado e puxou o balde vomitou nele. Eu me levantei e peguei um pacote de
lenços humedecidos e coloquei no criado mudo ao lado dele. Eu voltei a me
deitar junto dele.
- minha cabeça está estourando –
falou ele se sentando e colocando um copo com água e bebendo.
- deita e dorme pai, vai
melhorar.
Ele se deitou e fechou os olhos e
logo ouvi ele roncando. Eu não queria dormir, mas estava muito cansado e acabei
pegando no sono.
Acordei de repente sentindo uma
leve dor na coluna. Eu me levantei assustado. Meu pai não estava mais deitado.
Eu então olhei para o quarto e meu pai não estava em nenhum lugar.
- pai? – falei saindo do quarto.
Eu desci as escadas e ele estava
sentado na cozinha tomando algo.
- o que é isso? – perguntei me
aproximando.
- café – falou ele tomando um
gole. – estou tomando café em um copo de plástico porque não encontrei nenhum.
- porque o senhor não dormiu?
- mais? Meu corpo está até doendo
de tanto dormir.
- quantas horas?
- olha lá fora – falou meu pai
sinalizando para a janela.
Estava escuro e silencioso lá
fora.
- quantas horas? – perguntei indo
até o relógio no micro-ondas. o relógio digital marcava 05:30 da madrugada.
Tinha dormido o dia inteiro e a
noite inteira. Eu então senti um vazio no estômago estava morto de fome.
- o que aconteceu com a janela?
Aonde está a televisão? O carpete? Os copos.
- você quebrou tudo – falei
ficando em pé.
- eu? – perguntou meu pai.
- sim. – falei.
Ele então olhou fixamente pra mim
e viu meu olho um pouco roxo.
- quem te machucou no olho? Que
tem bateu.
Ele se levantou e olhou mais de
perto e logo pegou minhas mãos e viu os curativos que eu tinha feito para
minhas unhas arrancadas.
- Mike... quem.. .quem fez isso
com você?
Eu não respondi nada e apenas
fiquei calado e ele simplesmente entendeu.
- Mike... eu... me perdoa... eu
nunca-ca...
- esquece – falei. – o que
aconteceu, aconteceu.
Ele se sentou abatido.
- eu estava triste com... com o
que tinha acontecido e bebi um pouco.
- você bebeu durante um mês pai e
esse foi o pior mês da minha vida.
O senhor me bateu, quebrou tudo
dentro da casa.
- me... perdoa – falou ele
começando a chorar.
- não chora – falei me
aproximando e abraçando ele. Ele apertou o rosto no meu peito.
Apertei os lábios e começaram a
escorrer lágrimas do meu rosto. Meu pai nunca iria saber o que fez comigo dois
dias atrás. Agora eu sei que não deveria ter contado sobre Charley, se eu
contar sobre o estupro ele voltaria a beber.
- eu perdoo – falei abraçando
ele. – eu aguentei tudo o que você fez porque eu sei que se fosse ao contrário
o senhor faria o mesmo por mim.
Ele me abraçou mais forte e não
me soltou.
- me promete que nunca mais vai
beber.
- prometo – falou ele se
levantando e me abraçando. Eu passei os dedos nos olhos e limpei as lágrimas
dele.
- me promete outra coisa? Eu vou
procurar um psicólogo e vou pagar para você vê-lo duas vezes por semana. – a
verdade é que também iria ver o psicólogo porque eu tinha medo do que o estupro
faria a mim á longo prazo.
- tudo bem – falou ele – você vai
trabalhar hoje?
- acho que vou ficar em casa com
o senhor.
- não precisa, vai.
- o senhor não via ficar trancado
dentro de casa. Quer saber, eu vou te dar o meu cartão e você vai comprar tudo
o que está faltando. A TV, talheres...
- não posso aceitar – falou ele.
- pai, o senhor não precisa ser
sempre o “homem da casa”. Deixe algumas responsabilidades comigo.
- ok – falou ele.
Entreguei o meu cartão do banco
com a senha e logo fui me arrumar para ir ao trabalho. Antes de sair fui me
despedir dele. Eu peguei minha carteira e entreguei dinheiro para ele.
- pai, usa para colocar
combustível no seu carro e quase ia me esquecendo, amanhã vai ter uma festa na
casa do Adam e quero que o senhor vá comigo.
- tudo bem – falou ele pegando o
dinheiro. Eu vi que ele ficou sem graça. Eu conhecia meu pai, aquilo era pior
do que ser abusado, era como tirar a masculinidade dele.
Ele estava sentado no balcão da
cozinha e eu alisei as costas dele.
- não fica triste, eu sou seu
filho. É obrigação minha cuidar do meu pai quando ele precisa de mim.
- tudo bem – falou ele – tenha um
bom trabalho. – falou ele me dando um beijo no rosto.
Então fui para o trabalho.
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