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TODOS NÓS TEMOS SEGREDOS capítulo seis
entia vontade de rir. Eu tinha
aparecido naquele mundo para destruir famílias. “obrigado deus” – falei em
minha mente “finalmente descobri o sentido da vida, pelo menos o da minha”. Eu
tinha nascido para fazer sexo com homens casados e acabar morrendo sozinho. Era
uma ironia e tudo o que eu queria fazer era rir.
Nós tivemos um jantar agradável.
Conversamos bastante, eu fiquei sabendo tudo sobre a vida de Alex e Derek
também conhecido como Paul nas horas vagas.
Depois do jantar eu sorrateiramente
juntei todas as louças para lavar e quando perceberam-me já estava na pia.
- pelo amor de deus, deixa essas
louças – falou Alex. Ele era um homem charmoso, mas com certeza um homem mais
velho. Ele tinha um sorriso bonito e cabelos negros penteados para o lado além
de uma barba no rosto.
- por favor, o jantar estava
divino o mínimo que posso fazer para pagar ela hospitalidade é lavar as louças.
- eu te ajudo – falou Gwen.
- nem pensar – falou Alex – quem
vai ajuda-lo vai ser o Derek, ele perdeu a aposta.
- que aposta? – perguntou Gwen.
- nós apostamos que ele se
ofereceria para lavar as louças. – eu disse que sim, mas seu querido pai número
dois disse que não.
- nunca mais aposto nada – falou
Derek entrando na cozinha e ficando ao meu lado na pia.
Ficamos calados lavando aquelas
louças enquanto Alex, Gwen e Peter conversavam na mesa logo atrás de nós.
- seu cachorro – falei entregando
um prato ensaboado para ele.
- não conta nada, por favor –
falou ele com um sorriso no rosto. Nós dois estávamos com sorrisos no rosto e
fingíamos estar conversando sobre algo interessante.
- me de uma boa razão – falei
rindo para ele e entregando um copo.
- Gwen – falou ele.
- seu cafajeste – falei para ele.
Era bom dizer em voz alta.
- parei de trai-lo – falou ele enxaguando
vários pratos.
- todo traidor diz isso, Paul. –
falei entregando uma panela.
- tem que acreditar em mim –
falou ele.
- vou me sentir um lixo, fiz sexo
com o pai da minha amiga.
- eu me sinto um lixo também, fiz
sexo com o amigo da minha filha.
- eu levo isso para o túmulo –
falei secando a pia.
- combinado – falou ele.
- se chegar a menos de dois
metros de distancia de mim eu dou um chute no...
- acabamos – falou gritou Derek.
- eu levo você em casa – falou
Peter.
- mas já? – perguntou Alex.
- o jantar estava excelente –
falei. – eu prometo visitar vocês mais vezes.
- vou esperar – falou Alex.
- eu ligo antes para saber se
todos estão em casa – falei apertando a mão de Alex.
- você é divertido Mike – falou
Alex abraçando Derek – queremos você mais vezes por aqui.
- pode apostar que sim.
Logo saímos até lá fora e já
dentro do carro eu gritei.
- até mais Alex, até mais Paul…
quer dizer Derek.
- até mais – gritaram os dois.
O carro começou a se afastar e
Gwen gritou.
- espera.
Ela veio correndo até o carro –
Peter eu esqueci meu celular na sua casa, vou com você depois você me trás de
volta?
- sim.
Gwen entrou no carro e se sentou
no banco de trás. O jantar tinha sido realmente muito bom eu tinha rido muito e
tinha descontraído bastante, mas agora outra vez na estrada com a escuridão da
noite eu me lembrei das coisas terríveis que Peter tinha me contado.
- Peter será que podemos passar
lá na ida? Dessa maneira podemos ficar um pouco na casa do Mike.
- tudo bem amor – falou ele.
Eu comecei a sentir um fogo
dentro de mim. Eu não ia deixar Peter cometer um erro. Talvez se Felix tivesse
alguém como eu ele não tivesse se casado contra sua vontade. O carro entrou nas
terras de Thom e logo o carro foi estacionado em frente a casa dele.
Todos nós descemos do carro e
fomos até a casa. Minhas pernas tremiam, eu não sabia o que faria eu não queria
fazer nada, mas eu não sei como reagiria ao ver o pai homofóbico de Peter.
- boa noite – falou Thom quando
nós entramos.
- boa noite – falei apertando a
mão dele.
- nós já estamos indo pai, vou
deixar o Mike na casa dele.
- eu só vim buscar meu celular –
falou Gwen procurando pelo celular na sala.
- onde está mamãe pai?
- está deitada.
- vou lá em cima dar boa noite
para ela.
Peter subiu a escada e Thom se
sentou na poltrona na sala.
- que droga – falou Gwen indo até
a cozinha.
- então. Como está a vida longe
da cidade grande? – perguntou ele.
- estou levando – falei. Eu
estava me contendo para não dizer nada eu estava morrendo de raiva.
Ele estava sentado na poltrona
com uma camisa xadrez vermelho vinho e uma calça jeans azul. Ele tomava uma
garrafa de cerveja.
- e seu pai? não sente falta
dele?
- sinto sim. Muita, mas eu ligo
para ele quase todos os dias.
- e as namoradas? Não arrumou nenhuma
aqui?
- ainda não.
- não demore muito arrumar uma ou
vão começar a dizer na cidade que você é viado.
Aquilo me deu uma pontada na
testa, mas eu engoli e apenas dei uma risada sem graça.
- acho que está no quarto do
Peter – falou Gwen subindo as escadas.
Minha vontade era de jogar tudo
na cara dele, mas eu não podia fazer isso com o Peter, eu acabaria com a vida
dele e eu não poderia me meter nisso. Ele tinha que contar quando achasse que
era a hora, ser pressionado para sair do armário é a pior sensação do mundo.
- já te mostrei meus troféus de
caça? – perguntou ele se levantando.
- não, eu nem sabia que o senhor
caçava.
- sempre cacei – falou ele –
venha aqui que eu te mostro.
Nós então fomos por uma sala. Ele
tomou um gole da cerveja e deixou em cima da mesa. Nós entramos em uma sala
grande com vários troféus na parede. Cabeças de vários tipos de animais. A Peta
podia fazer uma visitinha na casa daquele homofóbico.
- são bonitos – falei vendo
aquele santuário de animais mortos. Era mórbido e nojento. A cada segundo eu
tomava mais nojo da cara dele.
Eu tinha um conflito dentro de
mim, eu queria dizer algo, mas ao mesmo tempo não tinha coragem.
Havia troféus em uma estante:
primeiro lugar na corrida do veado. Cinco vezes consecutivas.
- você é realmente bom nisso –
falei olhando para o troféu.
- gosta desse troféu? – perguntou
ele cochichando. Ele colocando a mão na minha cintura me encochou eu senti o
pau duro encostando em mim. – eu sei que você gosta disso – falou ele
cochichando.
Eu levei um susto.
- o que está fazendo? –
perguntei.
- fala baixo se não eles vão
ouvir. – falou ele me levando para o canto.
Lá ele me colocou de frente e me
lascou um beijo na boca, mas não foi um beijo qualquer foi “o beijo”. Ele
parecia estar no cio. Agora eu tinha entendido o que estava acontecendo ali.
Era a chance perfeita para mostrar para Peter que ele estava cometendo um erro
então decidi enrolar até que eles aparecessem.
- não posso fazer isso – falei
tentando sair.
- por favor – falou ele – eu
estou necessitado.
- eu não sei – falei olhando para
a porta da sala e nada deles aparecerem.
- eu sei que você gosta de um
pauzão bem grosso na boca.
- será que o seu é grande o
suficiente? – perguntei dando um selinho na boca dele e com a mão esquerda eu
apalpei o volume na calça dele.
- o que achou? – perguntou ele
cochichando.
- do jeito que eu gosto – falei
de olho na porta.
Por um instante ele olhou para a
porta e olhou de novo para mim.
- deixa isso para outro dia –
falei – eles vão voltar.
O segredo para seduzir um homem
como o Thom é se fazer de difícil.
- tem certeza? – perguntou ele
abrindo o cinto, desabotoando a calça – está bem aqui. Eu enfiei a mão e
comecei a masturba-lo.
- que delicia – falou ele. – vai
deixar eu comer sua bunda sua bicha gostosa?
- só se você pegar no meu também
– falei.
- tudo bem – falou ele pegando no
meu pau por cima da calça. – mas nem está duro – falou ele.
Eu vi a sombra de alguém e decidi
que aquela era a hora certa. Eu o agarrei e dei um beijo na boca dele e ele
levado pelo tesão começou a me beijar freneticamente.
- Sr. Morgan – gritou Gwen.
Ele então se virou de uma vez.
Ele começou a tentar vestir a calça assustado.
- pai? – falou Peter.
Eu então sai de perto dele.
- ele é gay Peter. – falei
apontando para ele. Eu limpava a boca com a outra mão.
- o que? – perguntou Peter.
- o que está acontecendo aqui? –
gritou Gwen.
- ele é gay Peter – falei com
vontade de rir – ele é homofóbico, mas não pode me ter sozinho por cinco
minutos e já me arrastou para o canto para transar comigo.
- do que é que você está falando
– falou Thom.
- não adianta disfarçar Thom –
falei me sentindo livre – eu tenho nojo da sua cara. Você queria obrigar o seu
filho a ter a mesma vida que você tem? Você devia aconselhá-lo a ter uma vida
diferente. Seu filho é gay igual a você.
- você é gay Peter? – perguntou
Gwen.
- não – respondeu Peter.
- responde a verdade – falei para
Peter – não precisa ter medo do seu pai Peter. Ele deu um cima de mim, me jogou
naquele canto, me chamou de bicha e queria meter no meu rabo. Ele não é melhor
do que você para te jugar.
- me respeita – falou Thom – você
é que me seduziu e me colocou nessa armadilha.
- então porque você está tão
excitado – falei apontando para o volume na calça dele.
- meu deus, eu vou embora daqui –
falou Gwen. – homens são nojentos.
- conta pra ela Peter.
Gwen olhou para Peter e Peter
olhou para o pai que estava parado com pose de machão inventando desculpas.
- e então? – perguntou Gwen
olhando para Peter.
Peter estava hesitando. A boa
dele se abria mais ele não dizia nada.
- Peter, seu pai homofóbico
queria tranzar comigo no andar de baixo enquanto o filho, a esposa e a nora
estavam no andar de cima. Você me levou para um passeio, me tratou bem e me deu
um beijo. Você não é como ele e nunca vai ser.
- eu sou gay – falou Peter para
Gwen.
- que gritaria é essa? –
perguntou a mãe de Peter aparecendo na sala de troféus.
- é verdade Peter? – perguntou
Gwen
- sim – falou Peter – eu não sei…
meu pai.
- porque não me contou? –
perguntou Gwen.
- eu não queria…
- o que você não contou filho? –
perguntou a mãe dele.
- eu sou gay mamãe – falou Peter.
- gay? – perguntou ela.
Ela colocou a mão na boca e
começou a chorar.
- mãe? – perguntou Peter.
A mãe dele então na dou até ele e
o abraçou.
- eu te amo tanto filho – falou
ela beijando o rosto de Peter.
- também te amo mãe. – falou ele
abraçando ela.
- você é nojento – falou Gwen
olhando para mim.
- eu? Porque?
- você se oferecendo para um
homem casado…
- eu não me ofereci Gwen, eu só
queria mostrar o que…
- é mentira. Thom é legal com
meus pais.
- ele fez isso comigo – falou
Thom.
- Peter, eu acredito em você e te
respeito por isso, mas não acredito em uma palavra do que o Mike falou – falou
ela olhando para mim.
- eu sempre respeitei seus pais –
falou Thom – você me conhece Gwen, eu não sou gay.
- você respeita os pais dela? Se
respeita tanto porque você disse que Gwen não corria o risco de ter Aids
porque é adotada?
- o que? – perguntou Gwen.
- pergunte para o Peter – falei
- é verdade Peter? – perguntou
Gwen.
- é verdade – falou Peter.
- Thom conta para ela sobre o
turista gay que você espancou e depois ameaçou de morte. O coitado foi a
policia e disse que foi espancado durante um assalto.
- você fez isso? – perguntou Gwen
para Thom.
- eu vou chamar a policia – falou
Thom.
- pare de mentir papai – falou
Peter – você espancou aquele turista e me obrigou a espanca-lo.
- isso é verdade Thom? –
perguntou a mãe de Peter.
Thom não disse nada.
- eu perguntei se é verdade –
gritou ela.
- você não entende… - falou Thom
– ele deu em cima do Peter.
- não duvido que você o tenha
estuprado antes de espanca-lo – falei.
- tudo culpa sua – falou Thom. –
sua bicha – falou ele vindo em minha direção com a mão levantada, mas antes que
ele chegasse perto de mim Gwen entrou na minha frente.
- vamos, bata em uma mulher. Você
pode me machucar o quanto quiser, pode bater no Mike, na sua esposa… mas saiba
que você machucou a pessoa mais importante desse mundo para você. Seu filho. A
pessoa que você devia.
Thom olhou para Peter. Peter
olhava para o pai com os olhos vermelhos.
- nós vamos embora agora – falou
a mãe de Peter segurando na mão do filho para ir embora.
- Juliet… - falou Thom.
- eu sempre soube que você era
gay Thom. Você pode pensar que escondeu de todos, mas nunca escondeu isso de
mim, mas eu sempre achei que você amasse seu filho. Até hoje eu fiquei ao seu
lado por causa de Peter, mas agora não tenho motivos. Se você ama seu filho
Thom, não venha atrás de nós.
Essa foi à última coisa que
Juliet falou antes de deixar a sala e subir as escadas com Peter. Eu e Gwen
viramos as costas e fomos até a sala principal.
- sinto muito ter duvidado de
você – falou Gwen.
- não tem problema. Eu tive que
me sacrificar alguns minutos antes.
- você foi corajoso.
- sim, corajoso, mas acabei com
seu noivado.
- fazer o que né? – falou ela
tirando aliança do dedo – Melhor ver meu noivado chegar ao fim do que me casar
com Peter e ver o fim dele ser igual ao do pai. Eu nunca me perdoaria. Ela
colocou a aliança em cima da mesa da sala e se virou para sair e eu fui atrás
dela.
- espera Gwen – falei quando
estávamos lá fora. – eu preciso que saiba de uma coisa antes que…
Peter e Juliet apareceram na
porta.
- Mike será que nós podíamos
passar a noite na casa do seu tio? – perguntou Peter.
- claro que podem – falei.
- vamos indo mãe – falou Peter.
- se vocês saírem dessa casa,
nunca vou perdoar vocês – falou Thom aparecendo na porta.
- você não entendeu mesmo não é
papai? Não sou eu que preciso de perdão é o senhor. – falou ele entrando dentro
do carro. Eu e Gwen fomos à direção do carro.
- espera Gwen – falei quando ela
abriu a porta do carro. – eu preciso te contar algo, não pode ficar para depois
porque eu não quero estragar nossa amizade.
- o que foi? – perguntou ela.
- eu fiz sexo com o Derek.
- o que? – perguntou ela nervosa.
- aquele dia que nós fomos para o
bar eu conheci um homem que se apresentou como “Paul”… nós conversamos, nós nos
beijamos e depois nós fizemos sexo. Hoje eu descobri que o “Paul” na verdade é
Derek, seu pai. Me perdoa pelo o que eu fiz, mas eu não sabia.
- tudo bem – falou ela sem
expressão – eu entendo – falou ela fechando a porta do carro e indo em direção
a estrada.
- onde você vai – perguntei.
- para casa.
- eu vou com você – falei indo
atrás dela.
Nós fomos andando em direção a
saída. Peter ligou o carro e foi em nossa direção.
- aonde vocês vão? – perguntou
Peter parando o carro ao nosso lado.
- vamos para a casa da Gwen.
- a pé?
- sim
- eu levo vocês. Entrem ai –
falou Peter.
Nós entramos e ele nos levou até
a casa de Gwen. Não sei bem o que vai acontecer lá, mas tenho certeza que
acontecerá algo.
Peter deixou Gwen e eu na porta
da casa dela e em seguida se despediu e disse que iria para a casa do meu tio
para ele e a mãe passarem a noite.
- obrigada – falou Gwen olhando para Peter e em
seguida Peter partiu e nós entramos na casa dela.
- pai eu cheguei. – falou ela.
- demorou filha – falou Alex
descendo as escadas e ele me olhou com um sorriso surpreso – está de volta
Mike?
- estou sim senhor – falei.
- vai passar a noite aqui?
- não – respondi.
- pai, onde está o Derek –
perguntou Gwen.
- lá em cima – falou ele – algum
problema?
- sim – falou Gwen.
- Derek amor, desça aqui por
favor?
- o que foi? – perguntou Derek
descendo com um sorriso, mas quando ele me viu o sorriso desapareceu, acho que
ele já sabia o que o esperava.
- é verdade pai? – perguntou Gwen
para Derek quando ele chegou ao pé da escada.
- eu posso explicar filha – falou
Derek.
- o que está acontecendo aqui? –
perguntou Alex.
- você vai contar ou prefere que
o Mike conte? – perguntou Gwen.
- me contar o que? – perguntou
Alex para Derek.
Derek ficou olhando para ele sem
saber o que dizer.
- fala Derek, o que está
acontecendo?
- é que… Alex… me perdoa.
- pelo o que?
- eu te trai – falou Derek.
Alex ficou olhando para ele sem
expressão.
- com quem? – perguntou Alex.
- comigo – falei.
- como é que é? Você tem coragem
de vir a minha casa e me dizer que tranzou com meu marido?
- ele não sabia – falou Derek
para Alex – ele não sabia quem eu era, não sabia que eu era casado. Eu fui uma
noite ao bar e o conheci e… aconteceu.
- como você pôde Derek? Depois de
tudo o que passamos.
- eu não aguento mais Alex.
- o que? – perguntou Derek – eu
ter sido fiel todos esses anos a você?
- o sexo – falou Derek – eu não
aguento mais… nós dois.
- como assim?
- você é 12 anos mais velho do
que eu.
- sé a idade? Você disse que não
se importava quando nos conhecemos.
- não me importo, é que nós não
combinamos na cama, está monótono é sempre do mesmo jeito.
- eu não sou obrigada a ouvir
isso – falou Gwen.
- filha, espere – falou Derek.
- vou estar no meu quarto.
Ela subiu as escadas e eu fiquei
lá na sala olhando para Derek e Alex.
- o que você quer dizer com
monótono? – perguntou Alex.
- faz três anos que não temos
novidades entre nós dois. Sempre que vamos transar você arranca sua roupa, se
deita na cama e eu tenho que fazer tudo, você não se motiva você não se oferece
ou me da outra opção.
- o que quer dizer?
- eu não gosto só de dar Alex, eu
gosto de comer também.
Fiquei vermelho quando ele disse
aquilo, eu realmente queria desaparecer daquele lugar, mas eu não sabia o que
fazer.
- na nossa relação fica parecendo
que eu sou a “esposa” você me domina, me ordena e nunca me deixa estar no
controle. Com o Mike foi diferente. Eu me senti diferente. Eu gostei de estar
no controle.
- por favor não quero saber sobre
sua vida sexual com seu amante – falou Alex.
- não somos amantes – falei. Os dois
olharam para mim. – nós só fizemos sexo, uma vez e nunca mais nos encontramos.
- não interessa – falou Alex –
vocês fizeram sexo e é isso que me machuca.
- nós somos casados a mais de 11
anos. Você devia ter conversado comigo e não sair correndo atrás de outro
homem.
- quando eu devia falar com você
Alex? Quando está no trabalho o dia todo? Ou quando chega irritado em casa e só
fala comigo quando quer sexo? Você não me ouve e diz que não tem tempo para
mim.
Alex abaixou a cabeça e ficou
pensando.
- eu não quero me intrometer –
falei dando um passo para frente. Os dois olharam para mim. – sabe às vezes eu
penso que a única razão de eu existir nesse mundo é para arruinar a vida das
pessoas. Quando eu nasci eu arruinei a vida da minha mãe e do meu pai, eles me
deram para adoção, depois eu fui adotado e arruinei a vida do meu pai adotivo e
da minha mãe adotiva. Ela teve um acidente de carro quando foi me buscar no
colégio. Eu arruinei a vida do meu pai biológico quando levei um namorado para
dentro de casa e ele fez coisas as quais não merecem ser ditas. Eu destruí a
carreira do meu ex-namorado e depois o trai. Eu acabei de destruir a família de
Peter e estou prestes a destruir a de vocês. Por favor… não destruam a família
de vocês. Vocês são uma inspiração para mim. Quando olho para vocês eu ganho um
pouco de esperança porque um dia eu espero ter 10% do que vocês tem. Uma
família que se ama e uma filha adorável. Eu sonho em um dia ter alguém para
brigar como vocês estão brigando agora. Meu problema é que eu torno a vida de
todos que eu tenho contato em um circo.
- você não pode pensar isso de
você mesmo – falou Alex – você não arruinou a vida de ninguém.
- você diz isso porque não me
conhece, se conhecesse um pouquinho saberia.
- não é verdade – falou Derek – eu
não gostaria que nossa filha pensasse isso, não quero que você pense também.
- então, por favor, não se
separem.
- nós não vamos nos separar –
falou Alex olhando para Derek – eu estou bravo com ele, mas 11 anos de
casamento tem que significar algo. Eu ainda sinto um frio na barriga ao olhar
para ele.
- eu sei que eu errei Alex –
falou Derek – mas a verdade é que eu amo tanto você que eu preferi te trair e
voltar para casa e continuar sendo o esposo troféu do que me arriscar a se
separar de você.
- eu te amo – falou Alex pegando
o rosto de Derek entre suas mãos e beijando a boca dele.
Eu fiquei olhando para os dois e
não posso negar que senti um pouco de inveja. Eu nunca encontraria alguém que
me amasse como Alex ama Derek.
- obrigado por ter sido sincero –
falou Alex vindo até mim. – eu não te conheço bem – falou ele colocando a mão
no meu ombro – não sei pelo o que você passou, mas eu tenho certeza que você
está nesse mundo por um propósito você só não sabe… ainda.
- você acha isso? – perguntei com
os olhos cheios de lagrimas.
- acho sim.
- obrigado – falei abraçando ele.
- de nada – falou ele.
Eu o soltei e enxuguei meus
olhos. Nós ouvimos o barulho de um carro chegando e Derek foi até a janela.
- é o Leo. – falou Derek.
Derek abriu a porta e Leo entrou.
- boa noite – falou Leo e em
seguida ele olhou para mim – você está bem Mike?
- estou sim.
- o Peter me contou o que
aconteceu.
- o que aconteceu? – perguntou
Alex.
- o Peter é gay e o pai dele o
ficava torturando para se casar com a Gwen. Hoje quando fui na casa dele o Thom
deu em cima de mim e queria fazer sexo comigo e eu aproveitei a chance para
mostrar ao Peter que ele tinha direito de escolher o que quer da própria vida.
- meu deus – falou Derek. – o
noivado entre Peter e Gwen está acabado?
- sim – falei – e a culpa é
minha.
- não é sua culpa – falou Derek –
não está vendo? Você conseguiu salvar alguém de um casamento infeliz, você
mostrou para um homossexual que ele não nasceu para viver escondido.
- e a Gwen? Vocês não vão ficar
com raiva de mim? Porque ela está sofrendo agora.
- claro que não. Nossa garotinha
é forte, ela vai superar isso.
- será que esse é um dos meus
propósitos? Salvar Felix de um casamento ruim?
- quem é Felix? – perguntou Leo.
- eu me confundi – falei
disfarçando.
Agora sim eu entendia. Ao salvar
Peter eu tinha evitado que ele se tornasse Felix e tivesse o mesmo fim infeliz
que ele. Só não foi tão infeliz porque ele me conheceu e se Peter não tivesse
conhecido ninguém?
- está vendo? – falou Alex – a
sua passagem nesse planeta não foi em vão.
- mas eu ainda sinto que não fiz
o que devia, sinto um vazio.
- tenha paciência, você vai
preencher esse vazio – falou Derek.
- pessoal obrigado mesmo pelos
conselhos e me perdoe Alex por ter feito o que fiz.
- está perdoado – falou Alex – você
e Derek.
Eu dei um abraço nos dois.
- vamos Mike, vou te levar para
casa – falou Leo.
Eu me despedi de Derek, Alex e
mandei um abraço para Gwen. Logo estávamos ao caminho da casa do meu tio. Eu
não me sentia tão mal depois de ter conversado com Alex e Derek. Por um lado
parecia que eu tinha destruído a família de Peter, mas pelo outro eu tinha
salvo ele.
Eu estava feliz e orgulhoso do
que tinha feito e para ser sincero, não voltaria atrás se tivesse a chance. Eu
acabei dormindo no caminho para a casa do meu tio.
Passaram-se alguns dias desde
toda a confusão envolvendo Peter e Derek. Por algumas semanas eu tive um
conflito pessoal sobre as minhas ações naquele dia e eu cheguei à conclusão de
que eu não me arrependia do que tinha feito. O que tinha feito era certo e eu
pensei que talvez não tivesse feito pelos motivos certo, eu só estava tentando
fazer por Peter o que ninguém fez por Felix.
A mãe de Peter tinha ido morar
com a irmão na cidade e Peter ficou morando conosco. O pai dele não tinha dado
as caras por lá, mas meu tio e Leo o tinham visto na cidade, mas Thom não tinha
nem olhado na cara deles.
Meu tio ficou sabendo que quando
alguém pergunta ao Thom sobre o filho, Thom dizia que não tinha filho e isso
machucou Peter porque ele sempre fez de tudo para impressionar o pai e conseguir
sua aprovação. Thom era cabeça dura e mesmo sendo obviamente gay continuava com
a pose de machão fodedor de bucetas.
Naquela manhã eu recebi uma
ligação surpresa do meu pai dizendo que estava quase chegando em Shelbyville.
Vanessa e Adam estavam vindo com ele. Eu tinha ficado feliz por saber disso e
meu tio chamou à namorada e os dois preparavam um grande almoço.
As 10h00min da manhã Leo iria
busca-los no aeroporto e eu iria acompanha-lo. Antes de sairmos eu tomei um
longo banho, vesti minha melhor roupa, estilo cowboy para impressioná-los e ás
10h00min Leo e eu entramos no carro para busca-los. Peter ficou em casa
cuidando dos animais naquela manhã de sábado, Gwen tinha se afastado um pouco
de todos nós, acho que ela ficou ferida pelo seu noivado com Peter ter sido
apenas de faixada.
Nós chegamos ao aeroporto quase
meio dia que era a hora em que o avião deles chegaria. Nós esperamos por alguns
minutos e ficamos conversando.
- Mike, você tem algum plano para
o 4 de julho?
- ficar em casa e assistir a queima
de fogos pela TV, por quê?
- nós temos uma tradição. Todo
ano nós acampamos na floresta para assistir aos fogos, bebemos e nos divertimos
bastante e a meia noite assistimos aos fogos.
- quem vai?
- essa tradição foi criada a uns
sete anos atrás: Peter, Katty, Gwen e Joe.
- não sei, acho que vou ficar em
casa mesmo, a Gwen não vai se sentir bem comigo lá. Eu acabei com o noivado
dela e fiz sexo com o pai dela.
- você vai sim – falou Leo – você
não vai ficar o 4 de julho em casa.
- agora eu me lembrei – falei
inventando algo na hora – meu tio me chamou para ver os fogos na cidade.
- ele não vai se importar se você
não for com ele – falou Leo.
- desde que cheguei aqui eu
sempre vou aos lugares que você me leva, dessa vez eu vou com ele.
- tudo bem – falou Leo.
Eu olhei para o portão de
desembarque e vi os três saindo.
- olha eles lá – falei me
levantando.
Eu fui em direção a eles e corri
para o meu pai e dei um abraço nele.
- que saudades pai – falei
abraçando ele forte.
Leo cumprimentou Adam e Vanessa
enquanto eu e meu pai ainda estávamos abraçados.
- senti sua falta pai – falei
começando a chorar.
- chora não filho – falou ele
começando a chorar também.
Eu nunca tinha ficado tanto tempo
longe dele. Eu senti a falta dele em todos os dias que eu estive lá.
- você sabe o que pai te ama não
é mesmo? – falou ele beijando meu rosto.
- sei sim – falei beijando o
rosto dele.
- nós estamos aqui também – falou
Adam brincando.
- desculpa – falei limpando as
lágrimas dos meus olhos.
- como vai? – falei estendendo a
mão e Adam apertou.
- estou ótimo e você? – perguntou
ele. – era estranho vê-lo sem o terno que usava todos os dias de sua vida.
- oi Mike? – falou Vanessa me
dando um abraço.
- tudo bem Vanessa?
- estou ótima, senti sua falta.
- também senti a sua.
- parece que ele não sentiu minha
falta – falou Adam – eu tive uma briga com minha esposa porque ela não queria
que eu viesse e mesmo assim estou aqui e ele só me deu um aperto de mão e não
me ligou nenhuma vez sequer desde que saiu de lá.
- desculpa – falei indo até ele e
dando um abraço – desculpa não ter ligado.
- senti sua falta garoto,
contratei uma estagiária para ficar em seu lugar e você faz muita falta – falou
ele olhando para mim – o Xavier e o Gray mandaram um abraço e mandaram um beijo
para você, mas eles não puderam vir.
- manda um abraço para eles
também.
- vamos indo? – falou Leo.
Nós fomos até o carro e eu fui na
frente com Leo. Todos faziam comentários quando passamos pela cidade e logo
estávamos na estrada de terra em direção a fazendo do meu tio.
- parece que a fazendo sugou
mesmo o meu filho – falou meu pai – olha só as roupas desse malandro – ele deu
uma risada.
- fazer o que né pai? Estou a
alguns dias e já me sinto um cowboy, filho da terra…
- fiquei sabendo que você já
causou muita confusão por aqui – falou meu pai.
- meu tio não sabe guardar
segredo, vai me pagar um sabão?
- que nada, fico feliz por você
abrir mão do seu conforto para ajudar outras pessoas.
- obrigado, mas não toque nesse
assunto lá o Peter está morando com meu tio.
- sem problemas – falou meu pai –
vou lá conhecer o meu genro.
- para pai, que genro que nada.
- tudo bem – falou pai rindo.
Logo nós chegamos e todos foram
apresentados. Eu então fui apresentar todos para Peter.
- Peter – falei indo lá fora.
Peter estava capinando.
- oi? – falou ele olhando para
mim.
- vim te apresentar algumas
pessoas. Esse é Adam.
- prazer – falou Peter.
- essa é Vanessa, namorada do meu
pai.
- muito prazer – falou Peter.
- esse aqui é meu pai, Larry.
- boa tarde – falou meu pai
apertando a mão dele – é bom finalmente conhecer o namorado do meu filho.
- pai! – falei dando um empurrão
nele – para de graça.
Peter deu uma risada.
- não sou namorado dele não –
falou Peter.
- para de graça pai, pelo amor de
qualquer coisa – falei tremendo de vergonha.
Adam e Leo riram alto.
- é um prazer te conhecer – falou
Peter voltando ao trabalho.
Nós voltamos para dentro da casa
e meu tio deu um abraço no meu pai e em seguida apresentou todos a sua namorada
Maya.
- o almoço vai demorar muito pai?
– perguntou Leo.
- mais ou menos duas horas –
falou ele.
- eu queria ir na cidade – falou
Adam.
- pode ir no meu carro – falou
meu tio.
- você vem comigo Mike? –
perguntou Adam. – você me mostra a cidade.
- vou sim – falei
- pega a chave – falou Leo
jogando a chave para Adam.
- não demorem muito, se voltarem
em duas horas o almoço já estará pronto.
- ok – falei. – até mais tarde –
falei me despedindo de todos.
Adam e eu entramos no carro e eu
mostrei o caminho que ele devia seguir.
- é só seguir a estrada Adam, não
vire nem para a direita e nem para a esquerda é só seguir e chegaremos a
cidade.
- ok – falou Adam ligando o
carro.
Nós então seguimos viagem e levei
Adam a uma lanchonete e nos sentamos ao ar livre para conversarmos enquanto
comíamos pão de queijo e outras quitandas.
- como está a cidade grande? –
perguntei dando uma mordida.
- está ótimo, não é tão divertida
sem você.
- não exagera – falei rindo.
- estou dizendo, todos os dias eu
sinto que falta algo naquela empresa e naquela cidade.
- se está dizendo – falei tomando
um gole do refrigerante. – quer dizer então que a patroa não queria deixar você
vir sozinho?
- não – falou Adam pegando um
cigarro – será que pode fumar aqui?
- pode sim.
Ele acendeu o cigarro.
- ela não queria de jeito nenhum.
- porque todo esse ciúmes?
- acredita que ela viu uma
mensagem de texto no meu celular? Uma mensagem incriminadora?
- mentira, sério? E você? Contou
a verdade para ela?
- claro que não. Eu inventei uma
história para ela. a mensagem dizia, “aguardo ansiosa pela noite” e eu disse que
Gray tinha pedido o celular emprestado porque o dele tinha caído na água. Eu
nem pude sair aquele dia.
- Dr. Adam o senhor é sem
vergonha mesmo – falei comendo outro pedaço.
- fazer o que?
- e como ela deixou você
contratar uma mulher para ser sua assistente?
- ela fez as entrevistas, você
acredita? – falou Adam rindo. Um atendente veio com um cinzeiro na mão e
colocou em cima da mesa. – que gentil – falou Adam dando um sorriso para o
atendendo – muito obrigado.
O atendente se afastou encarando
Adam.
- você mal está na cidade e já
tem um admirador secreto. – falei.
- que nada – falou Adam ele só
foi gentil.
Eu levantei o cinzeiro e peguei
um guardanapo e mostrei para ele.
- ele deixou um guardanapo com o
número de telefone.
- mentira – falou Adam pegando o
guardanapo. – puxa vida, isso infla meu ego – falou ele.
- deve ser sua barba – falei
apontando para o rosto – a maioria dos homens aqui sua e de certa forma é uma
marca da masculinidade.
Ele então dobrou o papel e
colocou no bolso.
- o que? – falei para ele –
guardando por quê? Não está pensando em ligar né?
Adam começou a rir.
- está rindo do que?
- você está com ciúmes.
- claro que não.
- claro que sim – falou Adam
assoprando a fumaça e pegando o guardanapo no bolso e me entregando
discretamente. – não se preocupe Mike, você é o único homem para mim – falou
ele rindo.
- sem graça – falei pegando o
guardanapo e embolando. – não faço isso por ciúmes, mas pela sua esposa, você
tem que parar de trai-la.
- porque? Eu não consigo, sempre
que eu vejo mulheres atraentes eu sinto algo dentro de mim.
- isso se chama tesão, e isso
passa com masturbação, sabia? – falei para ele.
- você sabe que não é a mesma
coisa, e além do mais você não reclamou quando trai minha esposa com você… duas
vezes – falou ele rindo.
- eu passei dessa fase, sabe. Se
você quisesse algo comigo agora eu não aceitaria.
- sério? – falou Adam – eu só
aceitei vir nessa viagem para darmos uma trepadinha. – falou ele rindo.
- então perdeu viagem.
- brincadeira – falou ele
apagando o cigarro.
- posso te falar uma coisa Adam?
Nós somos amigos e eu não quero que fique com raiva de mim por causa disso.
- ok – falou ele.
- você disse que sua esposa te
pegou na cama com outra mulher não foi? É por isso que ela se tornou tão
ciumenta?
- foi.
- eu acho que você tranza com
todas essas mulheres por pura galinhagem, eu acho que você não deixaria sua
esposa por nenhuma dessas mulheres. Você faz sexo adoidado com muitas mulheres,
mas não teria coragem de deixar sua esposa, você a ama Adam. Você só precisa aprender
a valoriza-la porque não vai ter ela para sempre.
- não concordo com isso – falou
Adam – eu acho que só não encontrei a mulher certa para mim.
- essa é a desculpa que todo
traidor usa.
- eu falo sério – falou Adam
tomando um gole do refrigerante dele. – eu só preciso encontrar a mulher
perfeita para mim, a que vai me fazer carinhos me dar a buceta e o rabo – falou
ele rindo.
- eu estou falando sério Adam.
- eu sei, me desculpa – falou ele
com um sorriso. – eu falo sério Mike, eu amava minha esposa, mas as coisas
mudaram a um tempo e eu não em vejo envelhecendo ao lado dela.
- então você não tem que procurar
mulheres para tranzar. Você precisa conhecer mulheres que valem a pena.
Corteje-a, leve-a a um restaurante, passe um tempo conhecendo e se vocês
combinarem e você perceber que vale a pena é que vocês vão para a cama. Seja
honesto com sua esposa sobre isso.
- eu tenho medo de dispensar
minha esposa e acabar não encontrando a mulher que me faça feliz. Ai eu
acabarei minha vida sozinho.
- você não precisa encontrar uma
mulher para ser feliz. Você pode passar a sua vida fazendo sexo, solteiro se
divertindo.
- eu digo o mesmo para você –
falou ele comendo o primeiro pão de queijo.
- não estamos falando sobre mim
Adam.
- mas podíamos – falou Adam – eu
posso te dar um conselho também?
- pode – falei.
- Mike você fica preocupado em
encontrar alguém que te faça feliz e acaba perdendo o presente. Você não deve
se preocupar com isso.
- mas Adam, meu sonho é se casar
e talvez ter um filho ou dois. E se eu morrer sem realizar esse sonho?
- e se eu acabar velho ao lado de
uma mulher que eu odeio? Eu posso não odiar ela agora, mas se eu continuar
nesse casamento eu vou odiá-la – falou Adam.
- você está certo – falei
terminando o refrigerante. – eu é que preciso parar de me intrometer na vida
das pessoas.
- nós somos amigos, não é se
intrometer, é se importar.
- se você diz…
- obrigado pelos conselhos –
falou ele.
- você também, eu tentar ser mais
relaxado.
- por falar nisso o Roman te
mandou um abraço – falou Adam.
- sério? – perguntei animado,
isso era sinal de que ele pensava em mim.
- sério, mas não fica animado faz
uns três meses que ele está namorando um dos estagiários.
- ok – falei me sentindo
desapontado.
- vamos indo – falou Adam
levantando a mão. O atendente que levou o cinzeiro apareceu e Adam entregou o
dinheiro na mão dele. – esse é pelo ótimo atendimento – falou Adam colocando o
dinheiro direto no bolso do atendente.
- obrigado senhor – falou ele com
um sorriso.
Nós nos levantamos e fomos para o
carro.
- seu canalha – falei quando
entrei no carro.
- é bom se sentir desejado –
falou Adam – mesmo que eu não vá ligar para ele não tem motivo para que eu o
trate mal.
- você está certo. – falei.
Ele ligou o carro e seguimos de
volta para a casa do meu tio.
- faz tempo que não me sinto
desejável – falei para ele.
- sério? – falou Adam.
- sim. Já faz alguns meses…
- não fala isso – falou Adam –
você é desejável e sem querer te desrespeitar, se eu te pegasse hoje te
deixaria dois dias sem andar direito.
Eu dei uma risada.
- obrigado, me sinto desejável de
novo.
- por nada – falou Adam.
- posso te perguntar uma coisa
Adam?
- pode – falou ele.
- você é bissexual?
- não – falou Adam – eu sou bi
curioso – falou ele rindo – eu gosto de mulher, mas eu sou um homem sem preconceitos
e eu não costumo ignorar meus sentimentos e sensações e eu senti atração em
você. Talvez eu seja bissexual, mas a verdade é que você é o único que me deixou
excitado em toda a minha vida ou talvez seja porque eu detesto rótulos.
- me sinto lisonjeado – falei
rindo.
Ele deu uma risada e nós seguimos
viajem de volta.
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Ótimo capítulo, gostaria muito que eles terminassem juntos, mas o Mike fez o correto... Adam precisa crescer, ser homem de verdade e não um moleque que corre atrás de qualquer rabo de saia... Agora eu torço pra eles não ficarem juntos. Rs
ResponderExcluirMais uma vez Parabéns!
E não, você não esta desculpado... Kkkk
Se cuida... abração
tirou as palavras da minha boca!!! um abração Anônimo!
ExcluirNossa!! Adam sem noção nenhuma. .
ResponderExcluirMike vai ser feliz...
Ass Alanis ☆
valeu Alanis ☆
ExcluirStou sentindo uma reviravolta aii mas tá explendido posso dizer q vc eo caraaa adoro vc vei
ResponderExcluirAss. Neverton
obrigado Neverton
ExcluirEstou besta 0-:
ResponderExcluir£stou βεsτα. O-:
ResponderExcluirobrigado pelo comentário Robert
ExcluirPerplexo...
ResponderExcluir