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CAMPO DE BATALHA capítulo sete
relógio marcava 19h06min. Música country
tocava no aparelho de home teather do meu tio. Vanessa e Maya conversavam
enquanto tomavam cerveja. Peter, meu pai e meu tio jogavam baralho, Adam tinha
sido convidado para jogar baralho, mas ele disse que preferia ficar conversando
comigo. Todos nós estávamos nos fundos da casa, na área porque á essa hora o
sol já tinha desaparecido há muito tempo.
- vocês vão embora que horas
amanhã?
- o voo sai ás 17h00min.
- ainda bem, pelo menos vocês vão
ficar para o almoço.
- ainda bem – falou ele tomando
um gole da cerveja.
- não quer jogar baralho? Eu te
conheço o suficiente para saber que você adora jogar.
- parece que não me conhece o
suficiente, porque eu prefiro estar aqui com você do que lá jogando meu
passatempo preferido. – falou ele rindo.
- para com isso, você está bêbado
dizendo coisa com coisa.
- não estou bêbado – falou ele
assoprando o bafo em mim – viu.
- credo, se eu fosse um bafômetro
eu iria explodir. – falei rindo da cara dele – brincadeirinha.
- eu sei – falou Adam – na
verdade você ficou foi doido foi pra me dar um beijo.
- louco – falei sendo irônico –
você está tonto mesmo, você não estava com esse papo e agora já está dando em
cima de mim, o que eu te falei hoje mais cedo? – falei olhando as duas latinhas
que ele tinha tomado.
- me desculpa – falou ele – vamos
começar outra vez.
- ok – falei.
- vamos jogar um jogo – falou ele
apagando o cigarro no cinzeiro – eu vou te perguntar uma coisa e você responde
rapidamente a primeira coisa que vier a sua cabeça.
- tudo bem – falei.
- como é seu nome?
- Mike.
- sua cor preferida?
- azul.
- se pudesse dar um beijo em
alguém quem seria?
- Roman – falei arregalando os
olhos.
- o que eu te disse hoje de tarde
Mike? – falou ele sendo irônico e repetindo o que eu tinha dito – você precisa
esquecer o Roman.
- eu sei, eu esqueci… até hoje de
tarde quando você me falou dele.
- essa desculpa não cola, é o
mesmo que eu trair minha esposa e eu te falar que consegui manter minha
promessa até ver uma mulher bonita.
- tem razão. – falei – vocês tem
visitado o Felix no hospital? – falei mudando de assunto.
- tenho sim. Todos nós temos
revezado e visitamos ele todas as semanas. Nós conversamos com ele, falamos
sobre tudo. As vezes tenho a impressão de que ele sorriu ou se moveu, mas o
médico disse que é normal e são só espasmos.
- é uma pensa eu queria tanto que
ele acordasse.
- porque? – perguntou Adam.
- como assim porque? Você não
quer que ele acorde?
- claro que quero – falou Adam –
é só que o jeito que você disse… me deu a impressão de que você está esperando
por ele. – falou Adam.
- não é isso…
- é sim – falou Adam – Mike eu
não sou seu chefe, mas eu vou te passar um sabão aqui e agora. – falou ele se
posicionando na cadeira – eu sei muito bem o que você está planejando. Você
colocou sua vida em um eterno pause, esperando Felix acordar para que vocês
possam ficar juntos, você não pode fazer isso. Me desculpe dizer isso, mas ele
pode não acordar, pode acordar e nem se lembrar de você ou que qualquer um de
nós, podem haver sequelas. Esse não é o tipo de pessoa que eu conheci. O Mike
que eu conheço não deixaria o presente de lado para esperar por um futuro
incerto.
- você não pode me julgar Adam –
falei para Adam – escuta só, tem uma música que diz o seguinte: “O que parecia ser uma boa ideia se
transformou em um campo de batalha.” Essa é minha vida quando decidi
namorar. Eu não tenho uma vida amorosa eu tenho um campo de batalha no meu
coração, sempre brigando com todos os namorados, nunca dá certo. Quem sabe o
único homem que vai me amar de verdade esteja em coma no hospital agora?
- você não pode viver no futuro
Mike, você vai ver sua vida passar e não vai aproveitar.
- é tudo o que mais quero,
gostaria que o presente passasse logo para que Felix acorde e nós possamos ficar
juntos, afinal o que o presente me reserva?
- não pode pensar assim Mike. Faz
mais de dois anos que ele está assim. O médico disse que ele não vai acordar.
Ele tem 1% de chance de acordar. É um verdadeiro milagre. O presente pode ser
tudo o que você terá, como por exemplo você me disse que eu nunca dei xaria
minha esposa por nenhuma daquelas mulheres, você está certo, mas eu deixaria
minha esposa por você.
- para de graça Adam, eu estou
falando sério.
- eu também estou falando sério –
falou Adam.
- “você sabe que nunca poderemos
ficar juntos, conheça outra pessoa e o que você sente por mim vai desaparecer”
– foram com essas palavras que você me dispensou quando eu era perdidamente
apaixonado por você – agora você vem me dizer que quer ficar comigo?
- Mike eu realmente não era
apaixonado por você, mas esses últimos meses minha vida de casado tem sido
difíceis e em todas as minhas relações com mulheres tem sido igual, quem sabe
se nós dois…
- nem pensar – falei para ele –
Adam você não vai quebrar meu coração. Não se atreva a fazer eu me apaixonar
por você outra vez porque depois que você se cansar de fazer sexo comigo você
vai voltar correndo para sua esposa. Você sabe que o que sente dentro das
calças é só tesão e quem vai ficar estirado no chão com o coração despedaçado
sou eu.
- mas eu não estou sentindo só
isso por você Mike, falando dessa maneira você me magoa, faz parecer que eu só
quero sexo. Eu não sou um tipo de pervertido.
- me desculpa, eu sei que você
não é tão superficial.
- eu admito, eu não sou gay, eu
não sou apaixonado por você, mas e se nós tentássemos?
- Adam eu não vou ser parte da
sua experiência maluca de “será que sou gay?”. Meus sentimentos por você estão
enterrados em areia, qualquer movimento brusco e eles vão vir a tona outra vez.
- Mike, eu não sou gay, m as isso
não me impede de me relacionar com um homem.
- claro que impede.
- Mike, eu sei que todos esses
anos os gays tem sofrido uma barra afirmando para o mundo que não escolheram
ser assim, mas eu posso escolher ser gay se eu quiser.
- porque motivo você escolheria
ser gay criatura?
- Mike, você se casaria com uma
mulher mesmo sendo gay? – perguntou Adam.
- não.
- porque?
- porque eu seria infeliz.
- exatamente. Eu me sinto infeliz
casado com uma mulher. Estou cansado de trair minha esposa com outras mulheres
para parecer que temos a vida perfeita.
- você está delirando Adam.
- não estou delirando Mike, eu
nunca machucaria você, nunca feriria seus sentimentos, mas como eu sei que eu
posso te amar eu estou disposto a correr esse risco por nós dois. Eu sei que
vou ser feliz ao seu lado.
- porque você tem tanta certeza
disso?
- Mike, você me contou que seu
pai sempre diz: “você precisa encontrar um homem como eu para se casar”. Eu
sempre estive ao seu lado em todos os momentos, até quando você estava errado.
Eu estive presente em todos os momentos bons e ruins de sua vida e eu fui a
única pessoa que não te jugou eu sempre estive lá para você. Eu nunca me
relacionei romanticamente com outro homem, mas se eu for ter um relacionamento
assim quero que seja com você.
- sabe, isso é a coisa mais
bonita que me disseram ultimamente…
- por favor, Mike, me de uma
chance eu prometo que não vou te decepcionar.
- cuidado Adam, está enterrado em
areia – falei quase cedendo.
- ótimo, será mais fácil te
conquistar – falou ele com um sorriso.
- não vai dar certo Adam, eu
quero um relacionamento que duro, eu não posso mais arriscar com namoros
secretos.
- e quem disse que vai ser um
namoro secreto?
- você está disposto a se
divorciar de sua esposa e a ter um relacionamento homossexual aberto comigo?
- estou disposto a te apresentar
aos meus amigos e aos meus familiares como namorado – falou Adam.
Eu senti minha respiração
aumentar e meu coração disparar. Aquela era a coisa mais censura que uma pessoa
podia fazer pela outra.
- eu estou a isso aqui – falei
mostrando os dedos bem próximos – para aceitar.
- aceite – falou Adam – me faça
um homem feliz.
- tudo bem, eu aceito – falei
sorrindo – mas eu tenho uma condição.
- qual?
- só vamos começar nossos
relacionamento quando você pedir o divorcio para sua esposa. Dessa forma eu vou
saber que está disposto a se relacionar comigo e a me levar a sério.
- ok, mas eu também tenho uma
condição.
- qual?
- quando eu pedir o divorcio você
tem que voltar a morar em San Diego, eu não quero um relacionamento a
distancia. – ele disse isso estendendo a mão – temos um acordo?
- temos – falei apertando a mão
dele. – se você me abandonar você vai ter que se ver com meu pai, meu tio e meu
primo. – falei brincando.
- fica tranquilo Mike, eu não vou
fazer você sofrer. – falou ele com um sorriso. – como eu disse, estive presente
quando seu pai abusou de você, quando Charley tentou te matar, e quando Roman
terminou com você. Eu sei que em todas essas experiências você perdeu um pouco
de si, mas comigo não vai acontecer o mesmo.
- eu espero que sim.
Eu deu um sorriso e terminou a
cerveja.
- por favor, Adam ,não conte nada
para o meu pai ou para outra pessoa, ok? Quando começarmos a namorar quero que
seja em segredo, tudo bem? dessa forma não nos sentiremos pressionados a dar
certo. Depois nós revelamos para todos.
- tudo bem – falou Adam.
No domingo todos se preparavam
para ir embora.
- não demore a se arrumar Vanessa
se não vamos nos atrasar – falou meu pai para Vanessa.
- não precisa ter muita pressa –
falou meu tio – ainda tem duas horas e meia para o voo.
Eu estava lá fora olhando para o
pasto, não queria que eles fossem embora, eu já sentia saudades antes deles
irem embora.
- então… - falou Adam me
assustando – eu estava bêbado ontem a noite e o que eu disse… esquece…
Eu olhei para ele e o fiquei
encarando.
- brincadeira – falou Adam.
- acho bom – falei olhando de
volta para o campo.
- porque você não volta com a
gente?
- eu não queria ir embora daqui
nunca, é tão bom aqui.
- mas você sabe que vai ter que
ir embora quando eu finalizar o divorcio, certo?
- sim, mas isso pode demorar
meses.
- eu sei, só quero que você leve
isso a sério – falou Adam.
- eu estou. Só que eu criei uma
defesa. Quando eu sou cortejados por homens bonitos que me oferecem amor e uma
vida de completa alegria eu já não me sinto feliz porque tenho medo de me
machucar.
- eu sei, eu entendo, mas eu vou
destruir essa barreira.
- espero que sim – falei
colocando minha mão junto à dele e nós seguramos a mão um do outro enquanto
olhávamos para o sol brilhando lá no alto.
- vamos indo? – falou Leo
aparecendo de repente. Nós dois soltamos nossas mãos.
- vamos – falou Adam batendo as
mãos no bolso – nossa, meu celular não está aqui, você me ajuda a procurar lá
em cima? – falou ele para mim.
- sim – falei.
Nós então subimos as escadas. Nós
entramos no quarto onde Adam dormiu.
- onde você deixou pela última
vez? – perguntei quando ele fechou a porta.
Ele enfiou a mão no bolso e tirou
o celular.
- está no seu bolso?
- você realmente não entendeu que
eu quero me despedir de você né? – perguntou ele se aproximando de mim.
- lembra o que eu disse?
Relacionamento só depois do divorcio.
- não precisa ser relacionamento
– falou ele segurando meu rosto com sua mão direita. – somos só dois estranhos
beijando na boca; ou vai me dizer que não quer me dar um beijo de despedida?
Eu aproximei meu rosto do dele e
nós demos um selinho.
- vou sentir sua falta – falou
Adam me dando outro selinho.
- vou sentir a sua também. –
falei beijando a boca dele e abraçando ele e alisando suas costas.
- vou pensar em você todos os
dias – falou ele me abraçando e me dando um beijo de língua e eu não resisti e
correspondi ao beijo que deixou minhas pernas bambas.
- boa viagem – falei dando um selinho
na boca dele e o abraçando.
- obrigado – falou ele beijando
meu rosto.
Em seguida nós descemos as
escadas.
- encontrei – falou Adam
levantando a mão com o celular.
Meu tio e Peter se despediram de
Adam e logo nós entramos no carro. No aeroporto nós nos despedimos outra vez e
eles prometeram voltar.
Os primeiros dias foram difíceis,
era ruim tê-los pro apenas um dia e meio porque eu já sentia saudades de todos
e eu andava pensando em Adam. Seria possível o homem que sempre esteve ao meu
lado, meu chefe, heterossexual ser o homem que ficaria ao meu lado toda a vida?
Eu sei que parece meio conto de fadas, mas eu queria alguém para ser meu Alex.
Isso ficou em meu pensamento pelas duas semanas que se seguiram.
Na quarta-feira 3 de julho ás
17:00 horas meu primo veio falar comigo.
- então Mike, mudou de ideia? Vai
passar o quatro de julho conosco na floresta? Apenas nós e a natureza contra os
fogos de artificio iluminando o céu noturno?
- não, eu realmente agradeço o
convite, mas vou passar com meu tio – Minha ideia era na verdade passar sozinho
em casa.
- tem certeza? – perguntou Peter
com sua mochila nas costas. – vai ser divertido e você nunca acampou.
- eu prometo que da próxima vez
eu vou com vocês.
- nós vamos te cobrar – falou
Peter.
- podem cobrar.
- tudo bem então – falou Leo –
todos os anos assistimos a queima de fogos e em seguida dirigimos para a cidade
para festejar com todos.
- se divirtam e nos encontramos
quando for à cidade
- até – falou ele entrando no
carro de Peter. Ele iria buscar um por um em suas casas e já iriam para o local
montar as barracas.
Eu estava na cozinha pegando um
copo de água e meu tio apareceu.
- está aqui filho? – falou meu
tio que tinha mania de me chamar de
filho – pensei que você fosse com o Leo e seus amigos.
- eu vou, ele foi lá montar as
barracas e preparar tudo, ás 20h00min ele vem em buscar.
- muita irresponsabilidade dele,
ele devia ter te levado.
- foi eu que pedi tio. Eu queria
tempo para tomar um banho e organizar minhas coisas.
- tudo bem – falou meu tio tomando
um copo de água e indo enxaguar na pia – só que eu combinei de buscar Maya na
casa dela ás 19h00min para irmos para a cidade, porque vai ser uma festança,
você não se importa de ficar sozinho até ele vir te buscar certo?
- não, pode ir tranquilo. Eu vou
tomar meu banho e ficar pronto esperando ele aparecer.
- ok – falou meu tio com um
sorriso subindo as escadas.
- perfeito – falei para mim mesmo
– eu sei que eles ficariam chateados comigo no dia seguinte, mas eu gostava de
passar o quatro de julho em casa. Afinal dia quatro de julho é o dia do
aniversário da mamãe e não era uma data que eu e meu pai gostávamos muito.
Meu tio se foi e eu prometi estar
pronto quando meu primo voltasse. Logo que meu tio se foi eu tranquei a casa
toda e liguei a TV e me sentei em frente ela e fiquei hipnotizado por várias
horas.
Ás 22h00min eu levantei do sofá e
fui até a cozinha arrumar o que comer. Preparei algo fácil, uns sanduiches e em
seguida voltei para a sala. Enquanto comia o segundo sanduiche o meu celular
tocou.
Era meu pai, eu atendi ao
telefone celular com o coração na mão porque eu sabia que ele falaria sobre a
mamãe.
- boa noite pai – falei atendendo
o celular.
- olá filho. – falou meu pai.
- e então? Passando o4 de julho
na cidade? Ou com a Vanessa?
- sozinho em casa como todos os
anos. Daqui a pouco vou me deitar.
- eu queria estar ai com o
senhor.
- eu sei – falou ele.
Nós ficamos em silêncio por
alguns segundos.
- sua mãe estaria fazendo 39 anos
amanhã.
- eu sei – falei.
Nós ficamos em silêncio mais
alguns segundos.
- eu enganei meu tio e meu primo,
eles acham que eu estou com um deles, mas a verdade é que eu estou em casa
sozinho.
- não é perigoso? – perguntou meu
pai.
- não. Eu sei que a vizinhança
está longe e eu sou provavelmente sou a única alma viva a uns 15 quilômetros,
mas é melhor do que estar lá comemorando uma data que só me trás tristeza.
- você não pode uma data como
essa ser passada em branco filho.
- o senhor também não.
- mas eu sou um homem velho e
tolo.
- eu sou um homem novo e tolo.
- ok filho, você venceu. – eu vou
me despedir porque já vou me deitar.
- boa noite pai.
- boa noite filho – falou ele –
eu te amo muito.
- também te amo pai.
Eu desliguei o telefone celular e
fiquei lá parado olhando para a televisão. Pela primeira vez eu sentia vontade
de ver os fogos ao vivo. Eu então decidi que colocaria uma cadeira na porta de
entrada e ficaria lá olhando para o céu para ver os fogos.
Ás 23h50min eu desliguei a TV e
coloquei a cadeira lá fora e em sentei. Eu esperei por dez minutos em pleno silencio
apenas o som dos grilos me faziam companhia.
Então de repente eu me assustei
com um estouro e quando olhei para o céu vi as cores da bandeira se espalhando
pelo céu. Eu fiquei maravilhado com aquilo, de repente outros fogos subiram lá
no alto e estouraram em forma de estrelas brancas.
Esse show durou por uns 15
minutos. Durante esses 15 minutos eu esqueci que dia era aquele e apenas
aproveitei a vista. Depois que os fogos cessaram eu fiquei outra vez sozinho
com meus pensamentos e minha mãe foi mais uma vez o assunto principal na minha
mente.
Eu fiquei lá olhando para o céu
estrelado por uns 10 minutos e fechei os olhos por alguns segundos.
- feliz aniversário mamãe – falei
alto.
Eu então abri os olhos assustados
com o barulho de um carro que vinha a toda velocidade. Os faróis iluminaram a
rua.
- meu primo – falei assustado –
eu esqueci que para ir a cidade eles passariam em frente de casa, eu me
levantei rápido para entrar em casa e quando abri a porta eu ouvi outro
estouro.
Por alguns segundos eu pensei que
fosse os fogos de artificio outra vez, mas quando eu olhei para trás tive uma
surpresa. O carro do meu primo tinha batido na entrada e tinha arrebentado a
frente. Tinha fogo no motor.
Eu sai correndo na direção do
carro e vi Leo e Katty desmaiados na frente com sangue no rosto. Atrás estavam
Peter, Joe e Gwen desacordados. Peter parecia meio consciente porque ele gemia.
- Leo! – gritei, mas ele não
demonstrou reação. Eu então com muito esforço abri a porta do carro do lado do
carona e balancei Katty, mas ela não se mexia. Eu então tirei o cinto de
segurança dela e a arrastei para fora do carro e a deixei longe. Eu voltei
correndo para o carro e tirei o cinto de segurança de Leo e foi quando eu
percebi que ele tinha um caco de vidro enfiado no abdômen.
- meu deus – falei com os olhos
cheios de lágrimas. Eu suava por causa do calor do fogo. Eu então comecei a
puxa-lo, mas com cuidado para que o pedaço de vidro não saísse. Eu o arrastei
para fora do carro e o deixei ao lado de Katty de barriga para cima.
- Mike? – falou Leo abrindo os
olhos. Seu nariz sangrava. – o que está acontecendo.
- um acidente – falei ajoelhado
ao lado dele – não se mecha Leo, eu preciso tirar os outros do carro.
Eu me levantei e fui até o carro
e abri a porta de trás e Peter já estava acordado, mas com as pernas presas.
- me ajuda Mike – falou Peter –
eu não quero morrer – falou ele.
- tudo bem, mas você tem se
forçar um pouco.
- tudo bem - falou ele.
- no três eu vou puxar você ok?
- ok.
- um… dois… três! – falei
começando a puxá-lo para fora do carro. Ele começou a gritar freneticamente. No
começo não entendi porque, mas logo percebi que um ferro tinha enfiado na perna
dele e à medida que eu o puxava o ferro saia da perna dele.
Ele gritou bastante, mas
conseguiu ficar de pé apoiado em uma perna só. Eu o levei para longe e o deitei
na grama.
Eu voltei correndo para o carro e
puxei Joe desacordado. O único lugar machucado era um corte pequeno na cabeça.
Eu o puxei para fora e o joguei
no chão e o arrastei porque ele era muito grande para carrega-lo.
- Gwen! – gritou Peter.
Eu voltei correndo para o carro e
entrei. Gwen tinha colocado o cinto de segurança e estava preso. Eu olhei para
fora e uma faísca de fogo tinha acendido na grama com a gasolina que tinha
derramado e ia para baixo do carro.
- sai dai – gritou Leo.
- não vou deixar ela – falei
forçando o sinto de segurança e ele saiu. Eu a puxei com todas as minhas forças
e ela acordou enquanto eu a puxava.
- o que…
Eu a puxei e nós dois caímos no
chão.
- se levanta Gwen, corre – falei
para ela.
Ela então se levantou manca e eu
a abracei apoiando ela e quando nos afastamos do carro ele explodiu e nós fomos
jogados no chão.
Por alguns instantes eu fiquei
tonto no chão, mas consegui me virar para frente e me sentar no chão. Meu rosto
um pouco esfolado. Aquele incêndio no carro era enorme e a fumaça negra logo
traria o corpo de bombeiros.
Eu cai de costas no chão e fiquei
olhando para o céu ofegante e assustado. Todo meu corpo doía à tensão tinha me
feito dar câimbra em todas as partes possíveis. Katty e Joe continuavam
desacordados.
- vocês nos salvou – falou Gwen
tossindo forte com a voz rouca – você salvou nossa vida – falou ela com
lágrimas nos olhos. – meu deus – falou ela quando percebeu o pedaço de vidro
enfiado em Leo.
- você foi corajoso – falou Leo
olhando para mim. – segura minha mão – falou ele – eu estou com medo. Eu
segurei a mão dele. - não fica com medo, vai ficar tudo bem – falei apertando a
mão dele. Na minha cabeça tocava a música que tocou no casamento do meu pai e
da minha mãe. Eu já tinha assistido a aquela fita milhões de vezes. “Capela do
Amor” era o nome da canção.
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Nunca vi ninguém igual ao Stephen; ele tá cada vez mais sem noção das coisas...
ResponderExcluirEspero q o Mike encontre oq procura
PS: FELIZ PQ NAO ESTAVA GOSTANDO MAIS DO MIKE E ADAM JUNTOS KKKKK ESPERO Q ALGUM DIA VOLTE A GOSTAR DOS DOIS COMO CASAL
-E
Caramba to passada
ResponderExcluirO conto está ótimo. ..
Asss Alanis☆
Ai tem hein...
ResponderExcluirComo assim o Stephen sabe que a Marisol é latina? Só pelo nome?
Assinado por aquele que disse pra você no primeiro capítulo que o Adam tinha traído o Mike com a Marisol...Aquele que falou que o Adam parece o Arpad Miklos/Brad Kalvo..Aquele que falou que o Adam corre atrás de qualquer rabo de saia.
Ou seja... assinado pelo Felipe. Rs
Abração
hahahaha
Minha nossa...por essa eu não esperava,Stephen gay...
ResponderExcluirQuanto mistério tem a vida de Mike
ResponderExcluir