capítulo seis
A BESTA INTERIOR
Q
|
uando
abri os olhos naquela manhã a primeira coisa que senti foi uma pequena dor. Não
em qualquer lugar, mas em meu ânus. Acho que Kevin e eu estávamos um pouco
eufóricos na noite passada. Era um pequeno ardor, mas nada fora do normal. É o
que acontece quando se fode com força. Olhei para meu lado na cama, mas não
havia ninguém. O Relógio no criado mudo marcava pouco mais das sete horas da
manhã. Ainda não acredito que me entreguei a Kevin na noite passada. Não me
arrependo. Foram precisos alguns beijos e toques e eu me lembrei de algumas
coisas. Significa que nem tudo está perdido.
Levantei da cama e entrei em seu banheiro. Era a primeira vez que
entrava no banheiro do quarto dele e eu levei um susto ao ver um banheiro
enorme com uma hidromassagem. Era gigante. Talvez maior do que o quarto. Die
uma volta e fui até a hidromassagem que estava fazia. Havia alguns armas e
velas. Fiquei imaginando as coisas que já tinham acontecido naquele lugar. Tudo
aquilo tinha cheiro de luxuria. Dava pra sentir no ar.
Fui até a privada apenas de pijama e tirei meu membro para fora e
urinei. Dei descarga, lavei as mãos e sai do quarto de Kevin e fui até o meu. Escovei
os dentes e tomei um banho quente. Vesti uma roupa bem confortável e desci as
escadas. Senti o cheiro de café da manhã no ar e imaginei que Kevin estivesse
fazendo algo. Estava certo. Haviam panquecas, sucos e frutas picadas dentro de
uma travessa em cima da mesa, mas Kevin não estava sozinho.
Olhei através da porta de vidro da cozinha e vi que Kevin estava sentado
em uma das cadeiras de praia da cozinha ao lado de um outro homem. Os dois
estavam fumando e conversando. Ao me ver Kevin deu um sorriso e apagou o
cigarro no cinzeiro caminhando até mim. Eu abri a porta da cozinha e ao chegar
perto de mim ele me abraçou e deu um beijo na minha boca.
- bom dia – falou ele dando dois selinhos.
- bom dia – falei correspondendo aos seus beijos – o que é isso? Todo
dia agora vai aparecer um estranho na sua piscina?
- Max esse daqui é Justin Southworth – falou Kevin parado ao meu lado –
Justin é piloto e nós somos amigos.
- desculpa aparecer sem avisar – falou Justin apertando minha mão – eu
só queria ver como você está.
- não tem problema. A casa nem é minha e eu fico reclamando – falei sem
graça. Justin parecia ser legal. Pelo menos não era um vizinho qualquer. Justin
não era muito alto, tinha cabelos e olhos castanhos penteados em um topete e
usava uma barba cerrada no rosto com destaque no cavanhaque no estilo âncora.
- nós nos víamos muito antes do acidente – falou Justin tentando
enfatizar que ele me conhecia bem – espero que possamos continuarmos a ter a
mesma relação que nós tínhamos de antes do acidente.
Quando Justin disse aquilo eu vi que Kevin limpou a garganta incomodado
pelo comentário e Justin ficou calado e não disse mais nada..
- eu também. Só depende disso aqui voltar a funcionar – falei apontando
para minha cabeça e os dois riram. Percebi que o riso era um pouco falso. Não
sei porque, mas eu tinha a impressão de que Kevin não tinha me contado tudo o
que deveria saber sobre mim mesmo.
- meu amor você pode ir até a porta pegar o jornal pra mim por
gentileza?
- claro.
- obrigado – falou Kevin dando um selinho no meu rosto.
Voltei para a cozinha e atravessei a sala até que sai pela porta da
frente. Buddha estava deitado na grama aproveitando os raios do sol que vinham
através das árvores.
Abri o portão e vi que tinha uma mulher loira do outro lado da rua
fazendo o mesmo. Ela abriu o portão e se abaixou para pegar o jornal que estava
no chão. Ela estava com uma caneca na mão e estava vestida com um robe azul.
- bom dia – falei sorrindo para ela quando peguei meu jornal.
Percebi que ela achou estranho eu ter falado com ela. Ela deu um sorriso
como se não acreditasse naquilo debochando de mim.
- eu disse alguma coisa engraçada?
- não. – falou a mulher rindo – deixa pra lá.
- o que foi? – perguntei caminhando até ela com o jornal na mão.
- é que você nunca mais falou comigo depois que eu recusei o seu pedido
– falou a mulher de olhos verdes. Percebi agora que ela carregava um sotaque me
sua voz.
- você é alemã?
- como adivinhou? – perguntou ela rindo,
- sim… eu percebi pelo sotaque.
- não vai me dizer que veio aqui insistir de novo?
- insistir sobre o que?
- deixa pra lá – falou ela rindo e se virando para entrar em casa.
- espera – falei dando outro passo na direção dela – como é seu nome?
- porque quer saber?
- porque eu não posso? Você é minha vizinha.
- olha não tem nada que você me diga que não disse na outra vez que me
convença de participar das festinhas que você e Kevin gostam de fazer. Porque
não chama a Ava? – perguntou ela apontando para a casa do lado.
- eu não gosto daquela mulher – falei olhando para a casa de Ava.
- nós podemos concordar em uma coisa – falou ela pensativa.
- posso saber seu nome?
- Ursula Veronika Anschuetz.
- você não tem nenhum apelido? – falei rindo e Ursula deu risada comigo.
- meus amigos me chama de Ursie.
- olha Ursie eu sofri um acidente de carro e perdi minha memória. Se
você poder me refrescar e me dizer que festas é essa que Kevin e eu gostávamos
de dar eu ficaria agradecido.
- é sério? você perdeu a memória.
- muito sério – falei mostrando a o curativo na minha testa e a outra
cicatriz no meu queixo.
- acho que é melhor você perguntar ao seu noivo – falou Ursula olhando
em direção a casa de Kevin. Vi que ela franziu a testa como se estivesse
achando algo estranho.
- o que foi?
- aquilo é algum tipo de decoração nova? – perguntou ela apontando para
a porta de entrada da casa de Kevin.
Olhei para trás e percebi o porque de Ursie estar tão chocada. Alguém
tinha pichado na porta de entrada da casa uma suástica com as palavra “Mulato”
logo abaixo.
- o que diabos é isso? – falei atravessando a rua até a calça e Ursie
fez o mesmo.
- você não viu quando saiu de casa?
- não – falei intrigado. Alguém usou a cor vermelha e a tinta tinha
escorrido. Parecia ser sangue. Parece que foi proposital.
- parece que alguém não gosta muito de vocês – falou Ursie olhando para
mim.
- quem faria um coisa dessas?
- quer que eu chame a policia?
- não. Vou ver o que Kevin quer saber.
- OK – falou Ursie atravessando a rua de volta até a casa dela.
- foi bom te conhecer… de novo – falei gritando do outro lado da rua.
- igualmente – falou Ursie entrando pelo portão e seguindo até a casa
dela.
Entrei pelo portão e atravessei o jardim até que cheguei a porta de
entrada da casa. Aquela pichação tinha arruinado a pintura da parede. A
suástica começava no centro da porta e se estendia até a parede. Entrei dentro
de casa e fui até a piscina. Kevin e Justin estava sentados á mesa comendo.
- porque demorou tanto? – perguntou Kevin quando me viu.
- você viu que alguém pichou uma suástica lá fora?
- o que? – perguntou Kevin se levantando da mesa com muita pressa.
Justin fez o mesmo. Eles foram na minha frente e ao saírem pela porta da casa
ele continuaram a andar.
- é aqui – falei parado na porta de entrada. Kevin e Justin olharam para
trás e viram o desenho maldoso.
- isso não estava aqui quando cheguei – falou Justin intrigado.
- pelo amor de deus – falou Kevin colocando a mão na testa.
- seja lá quem foi entrou aqui pra fazer isso.
- foi o Adrien – falou Kevin chateado – ele passou a noite fora e chegou
um pouco depois de Justin.
- porque ele escreveu ‘Mulato’? – perguntou Justin.
- ele queria me ofender – falei olhando para Justin – Mulato se refere a
pessoas 'mestiças'.
- mestiças? – perguntou Justin.
- São pessoas negras que tem a pele mais clara porque um dos pais é
branco e o outro é negro – falou Kevin olhando para mim.
- é o meu caso? – perguntei para Kevin afinal eu não me lembrava.
- sim. Sua mãe é negra e seu pai é branco… e judeu – falou Kevin
chateado.
- não é assim tão grave – falou Justin.
- é sim – falei olhando para Justine – ‘Mulato’ é uma derivação da palavra
“Mula”. Mula é um animal estéril resultado do cruzamento do ‘Cavalo’ com o ‘Jumento’.
Os racistas usam essa palavra para se referir a pessoas brancas que 'cruzaram'
com negras e tiveram filhos como eu. Negros, mas com a pele bem clara.
Justin olhou para Kevin e depois ele olhou para baixo.
- eu não sei o que dizer Max – falou Kevin chateado.
- não se preocupa Kevin. É preciso muito mais do que isso para me
ofender – falei chateado. Não pela ofensa, mas por Kevin. Ele parecia realmente
puto com aquilo.
- vou arrancar Adrien daquele quarto e fazer ele limpar isso daqui.
- não faça isso – falei seguindo Kevin. Quando entramos dentro de casa
eu consegui segurar no braço dele – não vale a pena.
- não vou deixar isso barato.
- ele é seu filho. Ele tem defeitos, mas é seu filho. Se você for lá com
cabeça quente só vão gritar, brigar e você só vai ficar com mais raiva e Adrien
também.
- eu conheço um cara que pode vir aqui apagar – falou Justin entrando e
colocando as mãos na cintura – ele pintou minha casa mês passado. Ele fez um
trabalho perfeito.
- você pode ligar?
- claro – falou Justin apertando os lábios pegando o celular e saindo da
casa.
- me desculpa, você não devia passar por algo assim – falou Kevin me
abraçando.
- não tem problema. Tenho certeza que essa não foi a primeira vez que
alguém tentou me ofender por causa da cor da minha pele. Kevin me abraçou forte
e deu um beijo no meu pescoço.
- vamos comer – falou ele me soltando.
Nós caminhamos até a cozinha e eu me sentei a mesa. Nós comemos em
silêncio até que Justin voltou.
- ele disse que pode vir em quarenta minutos.
- ótimo – falou Kevin – mastigando um pedaço da panqueca – valeu Justin.
- não por isso – falou ele se
sentando á mesa – se você quiser eu posso comprar as tintas para você.
- não quero incomodar – falou Kevin.
- não tem problema. Quais são as cores?
- felizmente acho que a tinta sai da porta com um removedor de tinta,
mas para a parede você pode comprar qualquer cor. Vou pintar a parede toda de
qualquer jeito.
- tudo bem – falou Justin voltando a comer sua panqueca.
- sabe… eu conheci a vizinha ai da frente – falei colocando um pedaço da
panqueca na boca – Ursula.
Kevin e Justin se entreolharam.
- o que ela disse? – perguntou Justin.
- nada de mais. Eu só a cumprimentei e contei sobre meu acidente.
- OK – falou Kevin tomando um gole do seu suco.
- na verdade… - falei engolindo a panqueca que tinha na boca – ela disse
algo sobre uma festa que eu a convidei, mas ela não tinha aceitado. Vocês sabem
o que ela quis dizer sobre isso?
- não tenho a menor ideia – falou Kevin pegando um pedaço de morango e
pera e colocando na boca.
- depois eu vou perguntar pra ela.
- na verdade acho que não é uma boa ideia – falou Kevin – Ursula é uma
boa pessoa, mas nós tivemos uma desavença no passado.
- sério? o que aconteceu?
- é… - falou Kevin tentando descobrir as palavras que usaria.
- Kevin bateu no carro dela quando saia da garagem – falou Justin
salvando Kevin – nós bebemos um pouco além da conta certa noite e decidimos
sair para comprar mais cerveja e batemos no carro dela.
- é verdade.. Nós fomos irresponsáveis, mas Ursula nunca me perdoou por
causa disso – falou Kevin.
- OK então – falei tomando um gole do meu suco de manga – pelo menos ela
e eu temos algo em comum. Nós dois não vamos com a cara da Ava.
Justin olhou de rabo de olho para Kevin que disfarçou melhor do que o
amigo piloto.
- então quer dizer que meu pai é judeu? – perguntei curioso.
- sim – falou Kevin.
- bem que minha irmã Lea tem alguns traços parecidos.
- você se encontrou com sua irmã? – perguntou Kevin.
Me esqueci que ele não sabia disso e me arrependi de ter dito aquelas
palavras. Ele me pegou na mentira.
- ontem de tarde.
- porque mentiu pra mim? – perguntou Kevin se levantando e levando a
louça suja para a pia.
- não queria te chatear.
- não me importo que veja sua irmã ou sua família, mas me importo se
você mentir.
- desculpa… não vou mais mentir.
Kevin não disse nada e se virou para a pia e começou a lavar as louças.
Justin ficou em silêncio e eu peguei o jornal e tirei ele da embalagem e o abri
para ler as noticias. Comecei ler algumas noticias na primeira página até que
uma chamou a minha atenção
MILITAR
CONDECORADO QUE SALVOU CRIANÇAS DE HOMEM BOMBA NO IRÃ VOLTA PARA CASA.
- Esse militar aqui do jornal mora aqui em Miami?
- que militar? – perguntou Justin.
- o jornal diz que um militar condecorado vai voltar pra casa depois de sete
anos no exterior.
- Fala do ‘Deus Americano’? – perguntou Kevin.
- ‘Deus Americano’? – perguntei confuso.
- Ele é conhecido como ‘Deus Americano’, depois que ele salvou aquelas
crianças a mídia acabou dando esse apelido a ele – falou Justin.
- sim, ele mora aqui – falou Kevin ainda lavando alguns pratos e copos –
ele vai chegar aqui em Miami em três dias por volta dás três horas da tarde.
- como você sabe?
- porque nós fomos avisados – falou Justin – a segurança do aeroporto
está sendo treinada e preparada para esse dia. Muita gente está pensando em ir
ao aeroporto para recebê-lo.
- eu também fui avisado – falou Kevin olhando para mim – na verdade eles
me pediram para fazer uma última viagem antes de tirar minha licença. Estava
pensando se você quer ir comigo.
- não.
- tem certeza? – perguntou Kevin secando as mãos em um pano de prato.
- sim. Na verdade eu acho que você não precisa tirar essa licença, mas
já que você quer ficar comigo eu posso sobreviver um dia sem você.
- você não vai ficar sozinho. Justin vai passar a noite aqui com você.
Não confio em Adrien.
- tudo bem. Eu só tenho viagem no sábado – falou Justin.
- OK, se você insiste.
- eu insisto – falou Kevin segurando minha mão.
- talvez nós possamos até ver o tal ‘Deus Americano’ – falou Justin –
Kevin e eu fomos um dos vinte pilotos do país escolhidos para recebe-lo.
- vocês vão pilotar a aeronave que ele virá?
- não – falou Kevin – é mais algo mais representativo e teatral. Vinte
pilotos foram escolhidos a dedo para saudar a chegada dele. Ele vai descer da
aeronave e nós estaremos em duas fileiras e nós o cumprimentaremos e faremos a
saudação a bandeira quando ele estiver em terra firme.
- tudo bem então. Eu estarei lá.
- Acho que vou lá comprar a tinta e o removedor antes que o pintor
chegue – falou Justin se levantando.
- vou pegar minha carteira - falou Kevin se levantando. Quando ele fez
isso ele esbarrou na mesa e derramou meu copo de suco que ainda estava pela
metade. Ele escorreu pela mesa e caiu em mim me sujando por completo.
- que droga – falei me levantando.
- desculpa – falou Kevin pegando o copo antes que caísse no chão e se
espedaçasse.
- não tem problema – falei me sentindo pegajoso. Sacudi as mãos e senti
o suco escorrendo pelas minhas pernas.
Kevin pegou um pano de prato e me entregou e eu sequei minhas mãos.
- acho que vou ter que tomar um banho – falei sentindo a suco escorrer
para dentro do meu tênis.
Kevin e eu subimos as escadas. Eu fui para meu quarto para tomar meu
banho e Kevin foi pegar sua carteira para pegar o dinheiro para eu Justin
comprasse o que o pintor fosse precisar para limpar a bagunça que Adrien fez.
Fui para o banheiro e arranquei toda a minha roupa e entrei no box e
liguei o chuveiro sentindo a água cair no meu corpo. Peguei um sabonete e esfreguei
no meu corpo tirando todo o açúcar e o cheiro de manga.
Quando sai do chuveiro me sequei e me enrolei na toalha e abri a porta
do guarda roupa para pegar uma roupa. Joguei uma camiseta e uma bermuda em cima
da cama e me ajoelhei no chão para escolher um calçado. Quando estava ajoelhado
ouvi a porta do quarto se abrir e se fechar.
- não sei oque deu na minha
cabeça de usar tênis – falei pegando uma sandália.
Antes que pudesse me levantar senti as mãos de Kevin tampando meus
olhos. Ele estava de pé atrás de mim. Ele estava chateado pelo o que o filho
fez. O filho que agora ouvia música alta no quarto. Parece que ele fazia isso
só para irritar o pai. Senti ele encostar minha nuca entre as pernas dele e
senti que ele estava excitado seu membro estava duro.
- eu ainda estou um pouco dolorido da noite passada – falei sentindo ele
esfregar a calça jeans na minha nuca. Seu pau duro espetava em mim – você vai
ter que ser bem carinhoso – falei sentindo ele se afastar um pouco e abrindo a
braguilha da calça com uma mão enquanto a outra ele tampava meus olhos.
- não se preocupe, não vou olhar – falei fechando os olhos e levando
minhas mãos e tapando.
Kevin usou as duas mãos para abrir a braguilha e eu senti o cheiro do
membro dele quando ele deu a volta e ficou na minha frente. Percebi que ele
gostava daquele jogo. Então eu abri a boca ainda tapando meus olhos e senti seu
pau melado entrar na minha boca. Tinha um gosto bom e ele segurou na minha
cabeça enquanto meus lábios deslizavam pelo seu membro.
Kevin tirou o seu pau da minha boca e o levantou e colocou o saco na
minha boca. Abri bem a boca e comecei a passar al íngua no seu saco peludo.
Segurei no pau dele e comecei a masturba-lo enquanto chupava seu saco. Abri os
olhos e vi que não era Kevin. Era Justin.
- mama! – falou ele enfiando o pau na minha boca.
Quando vi que era Justin eu me levantei assustado deixando a toalha
cair.
- o que está fazendo – falei me levantando – onde está Kevin?
- ele foi até a loja de materiais de construção comprar as tintas e os
pinceis para o pintor fazer o trabalho.
- não era você que ia?
- sim, mas isso foi ates de eu mentir dizendo que tinha um imprevisto.
Então ele foi e eu voltei pra você.
- o que está fazendo – falei pegando a toalha e enrolando no meu corpo.
Era embaraçoso porque eu estava excitado. E Justin continuava com seu membro
para fora melado.
- Kevin me contou sobre as lembranças que você teve quando fizeram sexo
então imaginei que o mesmo aconteceria quando nós fizéssemos.
- Kevin é seu amigo.
- então quer dizer que você não se lembra? Ter meu pau na sua boca não
te despertou nenhuma lembrança?
- do que está falando?
- Você e Kevin tem um relacionamento aberto – falou Justin – vocês
gostam de uma orgia de vez em quando.
- orgias?
- sabe as ‘festinhas’ que Ursula falou? São essas festinhas que ela
estava se referindo.
- mas eu não gosto de mulher.
- mas eu gosto – falou Justin com um sorriso – esse é o meu preço –
falou Justin balançando seu membro ainda duro – eu gosto de homem, mas também
gosto de mulher então quando você implorou por meu pau eu disse que só toparia
se arranjasse uma mulher pra mim e foi quando você arranjou Ava e a namorada
dela. Todo mundo saia ganhando. Você tinha dois paus, eu tinha duas bucetas e
Kevin ser o voyeur que ele tento gosta.
- isso é nojento – falei me lembrando. Sabia que aquela hidromassagem no
banheiro de Kevin cheirava a luxuria. Ouvir Justin detalhando minhas experiências
sexuais me fez lembrar de uma delas. Kevin, Justin, Ava, uma mulher que eu não
conhecia e eu dentro da hidromassagem.
- você não achava nenhum pouco nojento – falou Justin guardando seu
membro na calça.
- com eu me tornei essa pessoa?
- do que está falando? – perguntou Justin.
- quando me tornei essa pessoa que odeia afasta a família e faz orgias? –
falei me sentando na cama.
- não seja careta – falou Justin se sentando ao meu lado – você gostava.
- eu não me lembro de muita coisa da minha vida, mas eu não acho que sou
o tipo de pessoa que participa dessas coisas.
- olha me desculpa fazer o que fiz, mas eu pensei que talvez você se
lembrasse.
- e eu me lembro – falei olhando para Justin – pelo menos um pouco –
falei sentindo minha cabeça doer – nós já fizemos na hidromassagem de Kevin, não
foi?
- sim – falou Justin sério – algumas vezes, mas Kevin não se importa. Na
verdade foi ele quem sugeriu.
- mas eu me importo. Como ele pôde sugerir uma coisa dessa?
- olha não quero te ofender, mas você não é nenhum santo. Certa noite eu
apareci e Kevin e eu bebemos além da conta e ele disse que gostava de assistir e
me mandou vir no seu quarto enquanto você dormia. Então eu subi e entrei no
quarto fingindo que era Kevin e você estava deitado na cama nu. A luz estava
apagada então você não viu que era eu. Eu tirei o cobertor, cai de boca na sua
bunda, te penetrei e quando Kevin acendeu a luz você disse que sabia que era eu
o tempo todo porque na época Kevin não fumava e eu sim. Você sentiu o cheiro de
cigarro e bebida, mas não em impediu. Você gemeu enquanto minha língua te
explorava. Kevin assistiu por um tempo até que ele tirou a roupa e veio para a
cama com nós dois. Foi assim que tudo começou.
- chega! – falei me levantando – pare de ficar me contando essas coisas.
–falei sentindo minha cabeça doer e meu estômago revirar.
- é a verdade – falou Justin se levantando – Kevin não queria que eu
contasse, mas é a verdade. Será melhor para você saber agora. Não adianta
querer que você se lembra de um pouco de cada vez.
- eu não quero voltar a ser essa pessoa!
- não seja puritano – falou Justin cruzando os braços – quando um não
quer dois não brigam. Você gostava.
- como eu pude fazer uma coisa dessas? – falei colocando as mãos na cabeça
tentando me lembrar – eu era esse tipo de pessoa?
- era. Vai por mim – falou Justin rindo.
- você acha isso engraçado? Quando eu era adolescente tudo o que eu
queria era conhecer alguém com quem eu pudesse passar a vida porque o meu maior
medo do mundo era morrer sozinho. Sempre quis alguém com quem eu pudesse
envelhecer. Namorei alguns caras até que encontrei Kevin. Ele era mais velho,
mas me tratava com respeito e me amava do jeito que eu era. Foi por isso que se
apaixonei por ele. Como eu sai de um conto de fadas e entrei em um filme pornô bissexual?
O pior de tudo é me lembrar que nós fazíamos sem camisinha.
- deu certo – falou Justin rindo – você se lembrou disso tudo?
- sim – falei respirando fundo. Estava com raiva de mim mesmo – lembro
do que sentia, do que queria, mas não lembro como me tornei essa pessoa.
- olha acho melhor você não contar para Kevin o que aconteceu – falou Justin
– pelo menos por algum tempo. A menos que você queira… você sabe… voltar a ser
quem era agora que se lembra de como o seu relacionamento com Kevin realmente
funcionava.
- não. Eu não quero – falei pegando minha cueca e vestindo-a. Em seguida
vesti minha bermuda e minha camiseta – será que dá pra sair do meu quarto?!
- tudo bem – falou Justin saindo e fechando a porta.
Me sentei na cama e respirei fundo. Minha nuca doía. Tinha tantas imagens na minha
cabeça, mas será que eram reais? Me lembrava da hidromassagem, me lembrava de
todos nós dentro dela, na cama, na piscina… nós cinco ao mesmo tempo. Tendo
aquela lembrança meu estômago embrulhou e foi quando eu vomitei no chão do
quarto. Minha cabeça doía muito forte enquanto o Vômito saia da minha boca
queimando. Quando fui que me tornei essa pessoa? Como me tornei um cara de
orgias se quando eu era adolescente tudo o que queria era encontrar o amor? Quando
mais me lembrava de quem eu era mais eu não me reconhecia.
0 comentários:
Postar um comentário
Comente aqui o que você achou desse capítulo. Todos os comentários são lidos e respondidos. Um abração a todos ;)