O
|
capítulo nove
TABU
s lençóis
estavam abaixo de mim e um cobertor me cobria até a cintura. Era bom me sentir
quente depois de ter acordado em uma banheira de gelo. Acho que não foi uma
ideia tão inteligente ir para um bar afogar meus problemas. Não lembro muito
bem do que aconteceu. Algumas partes estão em branco, mas consigo me lembrar de
basicamente tudo o que aconteceu. Enfiei a mão dentro do cobertor e toquei
minha cintura. Estava um pouco dolorido. Com certeza parte do rim removido era
real.
- você se lembra de mais alguma coisa? Ou qualquer outro detalhe? –
perguntou o detetive com seu pequeno bloco de notas na mão.
- Já disse tudo o que me lembro. Eu bebi demais, um estranho ofereceu
ajuda, me levou para um hotel e enfiou uma agulha no meu pescoço. Eu me senti
tonto e dormi. Quando acordei eu já estava na banheira.
- Max! – falou meu pai entrando no quarto de supetão. Logo atrás dele
estava minha irmã Lea e uma mulher de pele negra e cabelos esvoaçantes que
também tinha uma expressão preocupada.
- pai? – falei confuso.
- você está bem? – perguntou meu pai se aproximando de mim e colocando a
mão em meus cabelos.
- estou bem – falei olhando para Lea e em seguida para a mulher de olhos
castanhos.
- essa daqui é sua mãe – falou meu pai me apresentando.
- Bonnie? – perguntei vendo ela se aproximar.
- sim. Bonnie – falou ela colocando a mão na boca deixando algumas
lágrimas caírem.
- vocês tem alguma pista de quem fez isso com ele?
- nenhuma – falou o policial fechando sua caderneta.
- esse bar não tinha câmera de seguranças?
- na verdade o prédio ao lado tem câmeras, mas não conseguimos pegar
nada mais do que as costas dele. Esse cara é profissional e sabia que haviam
câmeras. A placa no carro é obviamente falsa.
- Se vocês tiveram alguma pista ou descobrirem algo me liguem – falou
meu pai tirando um cartão de visitas do terno.
O policial pegou o cartão da mão do meu pai e em seguida saiu do quarto.
- o que aconteceu? – perguntou minha mão segurando em minha mão.
- eu estava bebendo em um bar e esse cara ofereceu ajuda e conversa vai,
conversa vem nós acabamos indo para um hotel. Tudo fica meio sombrio depois
dai.
- ele só pegou um rim? – perguntou Lea confusa.
- sim.
Meu pai parecia preocupado e estava pensativo como se estivesse com
raiva de mim, com raiva do ladrão, com raiva de toda a situação.
- que droga Max! – exclamou meu pai levando a mão até maus cabelos –
onde você foi se meter?
- a culpa não é dele pai – falou Lea – ele foi a vítima.
- eu sei – falou meu pai triste – é só que… se eu pudesse ter feito
algo…
- boa noite – falou uma médica entrando no quarto – Sou a Dra. Garner e sou
nefrologista.
- Como ele está doutora? – perguntou meu pai apertando a mão da médica –
ele vai ficar bem?
- bem, na verdade ela está em uma situação muito boa – falou a médica
quase com um sorriso no rosto – Quem quer sejam esses ladrões de órgãos, eles
fizeram uma nefrectomia limpa e estéril.
- que bom – falou minha mãe ainda segurando minha mão.
- a policia tem alguma pista sobre a identidade dessas pessoas? –
perguntou a médica.
- não – falou meu pai decepcionado.
- Já houveram quatro desses roubos em Miami desde o dia de Ação de
Graças, todos similares – falou a médica – Max é o quarto paciente a chegar até
mim nessa situação. Uma isca num bar, uma cirurgia limpa e um educada bilhete.
- ele é o quarto? – perguntou Bonnie – e a policia não fez nada?
- Os investigadores da polícia acham que uma quadrilha organizada se
mudou para a área – falou a médica – já ocorreram casos como esses em todo o
país, mas essas quadrilhas nunca ficam em um lugar só. Por isso é tão difícil
descobrir quem são eles.
- Quanto um rim no mercado negro vale? – pergunte curioso.
- 200 mil dólares, talvez mais – falou a médica pensativo – Isso se for
numa nova classe de acionistas. Eles mandam seu rim para Xangai, Colômbia, Brasil,
Índia e outra meia dúzia de países onde o crime de Roubo de Órgãos praticamente
passa despercebido já que os roubos são em outros países.
- então ele vai ficar bem? – perguntou meu pai novamente.
- sim. Nós fizemos todos os exames e ele está bem. Sem sinal de
infecção.
- como alguém faz algo assim?
- na verdade eu já ouvi falar sobre isso – falou Lea.
- o que quer dizer? – perguntou minha mãe.
- É uma lenda… urbana? – falou perguntou Lea imaginando que eles sabiam
disso.
- eu nunca ouvi falar – falou meu pai.
- é sério? – perguntou Lea rindo – Existe esse boato na internet de
algumas pessoas que saíram uma noite para uma festa e acordaram dentro de uma
banheira de gelo sem o rim ou algo assim. Vocês realmente nunca ouviram falar
nisso?
- Não, mas parece que não é uma lenda no fim das contas – falou meu pai.
- Esses ladrões são espertos – falou a médica cruzando os braços – dessa
forma as pessoas nunca vão acreditar que realmente aconteceu já que a lenda se
confunde com a realidade.
- e quem perde sou eu – falei respirando fundo.
- o pior de tudo é pensar que quem fez isso provavelmente tem um diploma
de medicina– falou a médica supondo que quem fez isso comigo provavelmente é
médico ou cursou alguns anos de medicina.
- em quanto tempo vou estar bem?
- se você guardar repouso e tomar remédios direitinho você ficará bem
dentro de quatro á seis semanas. Se você me prometer essas coisas eu vou te dar
alta agora mesmo.
- prometo. Só não me deixe ficar nesse hospital.
- obrigado por tudo Dra. Garner – falou meu pai agradecendo a médica que
saiu do quarto.
- então é isso. Não tenho memória e não tenho um rim. Quero ver o que a
vida está me reservado pro futuro.
- porque Kevin não está aqui? – perguntou meu pai – porque você para um
hotel com um homem se você tem namorado?
- é uma longa história pai.
- olha eu não quero saber que história é essa. Não quero saber o porque
de estar em um bar. Se isso significa que você e Kevin não estão mais juntos
isso é o suficiente para mim. Eu fico feliz só em saber disso.
- pode-se dizer que sim – falei cabisbaixo.
- porque está tão triste? – perguntou minha mãe percebendo que eu tinha
algo sombrio dentro de mim.
- não é nada é que eu não tenho namorado, não tenho casa e vou ter que
ficar de repouso por um mês e não tenho ninguém para tomar conta de mim.
- você tem a nós – falou meu pai se sentando na poltrona ao lado da cama
– vou levar você para casa.
O relógio marcava mais de nove horas da noite. Quando acordei dentro da
banheira já estava escuro então devo ter ficado desacordado por algum tempo. Eu
estava descansado apesar de tudo o que aconteceu. Estava com um pouco de
ressaca, mas estava bem. A médica voltou até meu quarto e trouxe os papéis da
alta. Depois que eu assinei eles me levaram em uma cadeira de rodas até a porta
do hospital. Meu pai me ajudou a levantar e nós caminhamos até o carro.
Lea se sentou ao meu lado e Bonnie sentou-se no banco do carona enquanto
meu pai assumia o volante. A viagem para casa foi silenciosa. Peguei meu
celular e vi que haviam várias ligações não atendidas de Kevin. Havia também
várias mensagens de texto perguntando onde eu estava. Decidi ignorar. Antes de
irmos para casam eu pai deixou Lea no apartamento dela.
- melhoras maninho – falou Lea dando um beijo no meu rosto antes de sair
do quarto.
- obrigado – falei respirando fundo.
Meu pai seguiu viagem e vendo as luzes lá fora eu comecei a reconhecer o
lugar. As casas pareciam familiares.
- chegamos – falou meu pai parando o carro enquanto a porta da garagem
se abria.
Meu pai estacionou o carro na garagem e me ajudou a sair do carro. Em
passos pequenos nós saímos da garagem e chegamos a cozinha.
- bem vindo ao lar – falou minha mãe com um sorriso.
- eu meio que me lembro daqui – falei me sentando no sofá com um pouco
de dificuldade.
- isso é bom – falou minha mãe se sentando ao meu lado com um sorriso.
- eu cresci aqui não foi?
- sim – falou minha mãe olhando em volta – você e Lea foram criados
aqui.
- não acho uma boa ideia você dormir no andar de cima – falou meu pai
com as mãos na cintura – é perigoso você descer e subir escadas então você vai
dormir aqui no sofá – falou meu pai se sentando ao meu lado.
- não será meio desconfortável?
- é um sofá cama – falou meu pai mostrando que o encosto descia e o sofá
se esticava – é bem confortável na verdade.
- tudo bem então – falei me recostando.
- e então? O que você quer comer? – perguntou minha mãe se levantando do
sofá.
- eu não quero nada.
- Quer sim – falou meu pai – a médica disse que você precisa guardar
repouso e isso significa beber bastante liquido, descansar e se alimentar bem.
- tudo bem então. Qualquer coisa que vocês fizerem eu como.
- tudo bem – falou minha mãe indo até a cozinha.
- estou cansado – falei fechando os olhos.
- se você quiser dormir…
- não é isso. Estou cansado dessa vida – falei olhando para meu pai.
- você vai ficar bem. Merdas acontecem as vezes.
- mas tudo o que eu tenho tido é merda. Começo a achar que essa perda de
memória foi a melhor coisa que aconteceu comigo.
- você está mal por ter terminado com Kevin?
- mais ou menos.
- porque dize isso?
- Kevin não sabe que estamos terminados.
- qual foi exatamente o motivo que fez vocês terminarem?
- nada em especial – falei me lembrando da cena de Kevin, Adrien e
Justin no quarto – eu só não sinto mais nada por ele.
- fico feliz por isso – falou meu pai se levantando.
- onde vai?
- vou até a farmácia comprar seus remédios. Fica a dois quarteirões
daqui. Vou apé mesmo.
- beleza.
Meu pai saiu da sala e eu fiquei sozinho. Minha mãe estava na cozinha e
eu comecei a pensar. Peguei meu celular e vi as ligações de Kevin. O que eu
faria? Seguiria minha vida em frente? Talvez essa fosse a melhor opção. E se
Kevin nunca me deixasse em paz? Ele tinha medo de que eu me lembrasse das
filmagens e entregasse a policia. O que eu devia fazer?
Resolvi retornar as ligações de Kevin. Teria que falar com ele uma hora
ou outro. O celular chamou duas vezes e ele atendeu.
- Max? Onde você está? Estou ligando a horas. Aconteceu alguma coisa?
- sim. Aconteceu.
- onde você está?
- estou na casa da minha família.
- o que está fazendo ai?
- vou dormir aqui. Vou ficar aqui por alguns meses na verdade.
- o que está falando?
- nós não vamos dar certo Kevin. É melhor acabar aqui.
- mas nós estávamos indo bem. É por causa do que Adrien fez?
- sinceramente? É. Seu filho é o problema. Não posso competir com ele
afinal mesmo com todos os defeitos ele continua sendo seu filho.
- eu vou botá-lo para fora de casa. Você é mais importante para mim.
- eu queria poder acreditar nisso, mas você é o pai dele. No fim das
contas não importa se você está comigo, você é todo dele – falei citando o que
ele mesmo tinha dito enquanto comia o filho. Não sei se ele percebeu a citação,
mas ficou calado alguns segundos.
- eu vou lutar por você.
- não perca seu tempo Kevin. Não sinto nada por você e desconfio que
isso não tem nada a ver com a perda de memória. Acho que já não sentia mais
nada por você muito antes do acidente.
- é o seu pai. Ele está colocando coisas em sua cabeça.
- Não fala do meu pai. Não fala me mim e nem da minha família. Se olhe
no espelho e olhe para o seu filho bizarro antes de falar da minha família.
- você não tem direito de falar do meu filho.
- o que foi? Não posso falar do seu amante?
- amante? Do que… do que está falando? – perguntou Kevin.
- eu te vi Kevin. Vi você, Adrien e Justin.
Kevin não disse nada por alguns segundos.
- não se preocupe. Não vou dizer nada a ninguém. Vamos só encerrar nosso
relacionamento. Não quero estar no meio dessa bizarrice.
- quem é você para me julgar?
- sou a pessoa que você estava enganando.
- então você se lembra?
- sim. Me lembrei no momento em que eu vi vocês na cama. Pai e filho como amantes.
- tudo bem. Eu admito – falou Kevin respirando fundo – Foi errado te
enganar, mas quem é você para me julgar?
- você é doente Kevin.
- não. Eu só amo meu filho.
- isso não é amor.
- quem é você para dizer o que é ou não amor? O que eu sinto por ele não
é menor do que eu sentiria por qualquer outra pessoa. A única coisa que eu fiz
de errado foi ter te enganado. Realmente
foi sacanagem de colocar nessa situação, mas você não pode me julgar.
- olha eu não lembro onde está a filmagem que fiz antes do acidente e eu
não quero saber. A vida é sua e você faz o que bem entender dela. Não precisa
se preocupar. Mesmo que eu lembre onde está o DVD com a filmagem eu não vou
entrega-la para ninguém.
- você não sabe como é sentir isso pelo próprio filho. Acha que foi
fácil? Eu tentei de todas as maneiras mudar esse sentimentos, mas eu não
consegui e eu não me arrependo. Adrien sente o mesmo por mim.
- olha não quero saber. Já disse que a vida é sua. Vamos só esquecer que
um dia nós nos conhecemos.
- OK – falou Kevin tentando se acalmar. Ele devia estar nervoso por eu
ter descoberto, mas pelo contrário. Ele parecia nervoso por eu julgá-lo. Claro
que aquilo era errado. Não é assim que um pai deve amar seu filho.
- adeus Kevin – falei desligando o celular.
Não gosto de ser feito de idiota e não gosto muito menos de ser usado.
Se ele quer comer o filho o problema é dele. Não me coloquei no meio de tudo
isso só para manter as aparências. O problema não é ser promiscuo ou gostar de
sexo. Cada um faz o que bem entender da própria vida. O problema é você tentar
ser algo que não é. Não me arraste para essa bagunça.
Pouco tempo depois o jantar ficou pronto. Minha mãe fez uma sopa de
legumes. Segundo ela era bom em vitaminas. Meu pai chegou com os remédios e eu
tomei os comprimidos antes do jantar. Minha mãe trouxe um prato até o sofá e eu
admito que estava delicioso. Eu estava faminto. Tinha ficado praticamente
o dia todo sem comer nada.
- o jantar estava maravilhoso – falei entregando o prato vazio para
minha mãe.
- quer mais um pouco?
- não. Duas vezes é o suficiente – falei me sentindo cheio.
- Bonnie eu posso conversar com
Max em particular.
- claro – falou minha mãe levando o prato até a cozinha.
Meu pai se levantou do sofá que ficava paralelamente ao meu e se sentou
ao meu lado.
- o que foi? Alguma coisa aconteceu?
- não. Eu só queria falar com você sobre a sua vida. Sobre a vida que
você tinha antes do seu acidente.
- o que tem ela?
- eu só quero ter certeza de que você não vai voltar a ser quem era.
- não existe nenhuma chance disso acontecer. Parece que depois do
acidente as coisas se tornaram mais claras para mim.
- devido a isso eu acho que seria bom você encontrar outro emprego.
- porque? Ser pago para viajar pelo país parece ser algo bom.
- mas o que você vai fazer em relação a Kevin? Ele é piloto e foi assim
que vocês se conheceram.
- eu posso pedir que eles não me coloquem em voos que Kevin será o
Comandante.
- tem certeza? Não quero que ele entre em sua cabeça de novo.
- não se preocupe pai. Não vou abrir mão de um trabalho desses por causa
de um ex namorado e não existe chance de Kevin e eu ficarmos juntos de novo.
- é bom ouvir isso.
- Eu até ia na sexta ver a chegada do tal Herói de Guerra que está
voltando para casa, mas decido ao que aconteceu não existe mais chances.
- na verdade a chegada dele foi adiada em três semanas
- sério? porque?
- eles não disseram o motivo. Só disseram que será dentro de três ou
quatro semanas.
- bom, talvez até lá eu já esteja bom o suficiente para ir.
- pois é.
- Não quero atrapalhas, mas estou indo para o quarto – falou minha mãe
vindo da cozinha e dando um beijo no meu rosto – boa noite meu filho.
- boa noite.
Minha mãe subiu as escadas e desapareceu.
- deixa eu arrumar sua cama – falou me pai se levantando – deixa eu
te ajudar.
- não precisa. Eu consigo – falei me levantando sozinho. Me sentei no
sofá paralelo que ficava de frente para a televisão.
Meu pai subiu as escadas e trouxe consigo travesseiros e um cobertor.
Ele arrumou o sofá-cama e deitou a cabeceira. Ele foi até a cozinha e pegou uma
jarra com água e um copo de vidro e colocou na mesa de centro. Realmente
parecia bem confortável. O sofá era bem acolchoado.
- prontinho – falou meu pai vendo seu trabalho de longe.
- o senhor já vai se deitar?
- vou sim. Vou deixar você descansar.
- na verdade estou sem sono. Meu corpo dói um pouco, mas não tenho
nenhum pingo de sono.
- eu posso ficar aqui e nós podemos assistir televisão até você sentir
sono.
- se não for atrapalhar.
- nenhum pouco – falou meu pai apagando as luzes da sala. Ele se sentou
no sofá ao meu lado e ligou a televisão em um filme qualquer – se importa se eu
fumar?
- não – falei vendo meu pai colocar um cigarro na boca e acendê-lo. Ele pegou o cinzeiro e assoprou a fumaça para
o alto.
Durante um, longo tempo nós ficamos em silêncio apenas assistindo ao
filme na televisão. Eu tentava disfarçar, mas muitas vezes eu não olhava para a
TV e sim para meu pai. Era estranho dizer aquilo: “meu pai”, “minha mãe”, “minha
irmã”. Eu não me lembrava de nenhum deles. Não sentia como se fosse parte da
família, mas acho que é normal se sentir assim depois de perder a memória. As
primeiras vezes que me olhei no espelho eu também não me reconheci, mas sinto
que as coisas estão melhorando.
- pai, posso te perguntar uma coisa?
- pode – falou ele apagando o cigarro no cinzeiro.
- quando Kevin me falou o senhor pela primeira vez ele me disse que não
gostava dele porque era mais velho. O senhor tem problema cm isso?
- não filho. Não me importo com a idade de quem você namora. Desde que
essa pessoa te faça feliz, eu também fico feliz.
- sabe é estranho. Eu estou me lembrando de algumas coisas aleatórias,
mas eu continuo não reconhecendo as pessoas.
- como assim?
- igual a você e minha mãe. Na minha cabeça vocês são dois estranhos. Não
sinto como se você fosse meu pai.
- é normal. Você vai se lembrar com o tempo.
- eu gostei de ter te encontrado.
- também fico feliz que você tenha vindo me encontrar no restaurante
filho – falou meu pai acariciando meu ombro.
- desde que sofri o acidente o senhor foi o único homem que eu senti que
realmente me ama. Quando Kevin disse que me amava eu não acreditei. Nunca
acreditei.
- você é esperto – falou meu pai com um sorriso – Kevin não te ama. Ele
nunca te amou. Talvez vocês se gostassem, mas nunca existiu amor. Eu disse e
repito, sou o único homem que vai te amar incondicionalmente.
- estou feliz por estar em casa.
- eu também -falou meu pai dando
um beijo no meu rosto.
Durante uma hora nós assistimos televisão e eu senti sono depois disso. Meu
pai se despediu e foi se deitar e eu me deitei no sofá e joguei o cobertor por
cima do meu corpo. Tinha sido um dia difícil. Muitas revelações tinham sido
feitas. Só espero que a vida não me pregue mais nenhuma peça.
Seguidores
Contato
CAPÍTULOS MAIS LIDOS DA SEMANA
-
CAPITULO 26 O médico me disse que a única saída seria a cirurgia, mas os riscos tinham duplicado. Eu tinha decidido não arriscar. E...
-
UMA NOITE MUITO DIVERTIDA capítulo vinte E stávamos no bar a mais de uma hora. Como Arthur tinha dito ele ...
-
C apítulo Trinta e Doi s MELANCOLIA E ra sexta-feira. Faltava um ...
-
TODOS IRIAM INVEJAR capítulo onze P or mais que eu não quisesse ter contato com Charley eu tive que eng...
-
MINHA SEGUNDA CHANCE capítulo vinte O filme estava chato como sempre. Era assim que eles queriam nos entr...
-
RENASCIMENTO capítulo dezoito E stava tendo um sonho colorido até demais para mim. Parecia um carnaval de animais. Anda...
-
PARA ACESSAR A PÁGINA DE PERSONAGENS ACESSE A GUIA ' PERSONAGENS + ' NO ALTO DA PÁGINA OU CLIQUE AQUI . capítulo treze...
-
PARA ACESSAR A PÁGINA DE PERSONAGENS ACESSE A GUIA ' PERSONAGENS + ' NO ALTO DA PÁGINA OU CLIQUE AQUI . capítulo quato...
-
C apítulo Vinte e Set e A ESCOLHA N ão existem decisões erra...
-
C apítulo Quatorz e A PROMESSA S eria mentira se eu dissesse ...
Minhas Obras
- Amor Estranho Amor
- Bons Sonhos
- Crônicas de Perpetua: Homem Proibido — Livro Um
- Crônicas de Perpetua: Playground do Diabo — Livro Dois
- Cruel Sedutor: Volume Um
- Deus Americano
- Fodido Pela Lei!
- Garoto de Programa
- Paixão Secreta: 1ª Temporada
- Paixão Secreta: 2ª Temporada
- Paixão Secreta: 3ª Temporada
- Paixão Secreta: 4ª Temporada
- Paixão Secreta: 5ª Temporada
- Paixão Secreta: 6ª Temporada
- Paixão Secreta: 7ª Temporada
- Príncipe Impossível: Parte Dois
- Príncipe Impossível: Parte Um
- Verão Em Vermont
Max Siqueira 2011 - 2018. Tecnologia do Blogger.
Copyright ©
Contos Eróticos, Literatura Gay | Romance, Chefe, Incesto, Paixão, Professor, Policial outros... | Powered by Blogger
Design by Flythemes | Blogger Theme by NewBloggerThemes.com
Por favor, não pare! Por mim, por aqueles que realmente gostam de seus textos. Quem critica negativamente e de forma tão destrutiva, como citas, nunca o curtiram de verdade. E arrisco a dizer que são pessoas que não gostam de seus sucesso. Sabe, sou professor e, infelizmente, nos acostuamos a pensar sobre uma coisa. Em um universo de 40 alunos em uma sala de aula, se um ou dois demonstram interesse em estar ali, em aprender, já é motivo suficente pra ir todo santo dia ensiná-los. Digo-te o mesmo: não desista. Há quem goste do que tu escreves. Há quem se envolva, se emocione, sinta raiva, ódio, nojo, frustração, felicidade, alegria com a tua escrita. Não deixe que os comentários maldosos e invejosos te invenenem a inspiração e criatividade. Sei que é difícil, mas não desista. Por aqueles que realmente curtem teu trabalho, como esse simples professor que não sabe mais viver sem te ler. Haha' Pense com carinho. Don't give up!
ResponderExcluirP.s.: De fato, nota-se um profundo conhecimento sobre tudo o que escreves e sempre tive essa curiosidade. Você demonstra entender bem sobre o que escreve. Nada é a toa. Nada é fantasioso. Sabia que devia ter muita pesquisa envolvida. Parabéns! Criticar isso é no mínimo imbecilidade, usada, certamente, para disfarçar uma inveja sem fim.
Don't give up!
A.
obrigado pelas palavras. Realmente me fizeram pensar.
ExcluirAh, que bom ler isso. Conheci seus textos, como disse em um comentário anterior, procurando textos similares pela net, e qual não fora minha supresa quando me deparei com Paixão Secreta. Virou obsessão, rsrs' Ia e voltava do trabalho ansioso por continuar a leitura. Nem lembrava mais a quanto tempo não ficava tão envolvido com uma leitura. Fiz até uma postagem sobre em meu face. Desde então não parei mais, devorei quase todos teus escritos. Assim como o estou a fazer com 7 formas. Então, por favor, não pare por alguns "malacabados" que insistem em te minar. Continue, pois sempre haverá quem te leia.
ExcluirBom dia!
A.