O capítulo 50 será o capítulo final. Depois de muito pensar decidi dividir a história de Clyde e Stanley em 2 Volumes. o Capítulo 50 será o fim do Primeiro Volume. O Segundo Volume vai se chamar 'Sedutor Maldito'. Depois de acabar com esse primeiro volume vou me dedicar a 'Homem Proibido' e a sexta e última temporada de 'Paixão Secreta'. Logo após estarei iniciando o segundo volume 'Sedutor Maldito'. Um abraço a todos e espero que estejam gostando. Não deixem de votar e comentar. Obrigado a todos pelas mensagens de amor e carinho. Um abração e um beijão a todos.
XLVI
Cruel Criação do Culto ‘Parte Dois’
SETE MESES ATRÁS — 9 DE ABRIL DE 2017
Era uma escura noite. Ao redor da
floresta de Greenwitch muitos moradores faziam seus exercícios. O que eles não
imaginavam é que a floresta tinham novos visitantes naquela noite. Julie
Harrison e Gerald Smith estavam prontos para atacar. Eles haviam se escondido
na floresta e viram quando Krista passou correndo para ir até a sua casa.
Gerald Smith estava no carro a algumas quadras esperando pelo sinal. Krista
havia entrado em sua casa e Julie pegou o celular no bolso. Ela tirou a máscara
e atendeu.
- Stanley? – perguntou Julie.
- sou eu. Vocês estão ai?
- sim. Estamos aqui – falou ela
olhando para Gerald que levantou o polegar positivamente – ela acabou de entrar
em casa e Paul está escondido no quarto dela.
- ótimo. Não deixem nada para
trás. Depois que terminarem com ela me mande uma mensagem confirmando.
- tudo bem – Julie desligou o
celular e olhou para Gerald – você estacionou o carro aqui perto?
- sim – falou Gerald apontando
para o lado esquerdo – na hora marcada eu estarei aqui – Gerald saiu andando
pela calçada na rua usando as árvores para se esconder.
Julie pegou a corda que já estava
com o nó e enrolada e passou em um dos braços e colocou no ombro. Em seguia ela
colocou a máscara e atravessou a rua indo até a casa de Krista. Paul era
corretor e conhecia alguns truques para abrir portas. Enquanto Krista estava
fazendo exercícios ele conseguiu abrir a porta dos fundos e entrou na casa se
escondendo no quarto. Ele deixou a porta dos fundos destrancada para que Julie
pudesse entrar. Julie deu a volta na casa e abriu a porta da cozinha tentando
fazer o mínimo de barulho. Julie olhou em volta com a máscara de garota
sadomasoquista e foi até o telefone de Krista e fez uma ligação para o celular
de Paul que estava no andar de cima escondido. Em seguido ela colocou a chamada
em espera. Ela foi até a sala e se escondeu ao lado das escadas. Alguns minutos
depois Krista desceu as escadas correndo e foi até o telefone para fazer uma
ligação, mas não conseguiu.
- alô? É da emergência? –
perguntou Krista percebendo que o telefone não tinha linha e parecia que alguém
já estava na linha,
- ‘tem alguém ai’? ‘você precisa
de ajuda’? – Paul que estava no andar de cima pegou o celular de Krista e
colocou o vídeo para rodar.
Ela reconheceu a própria voz e
ficou apavorada percebendo que havia alguém em seu quarto esse tempo todo.
Krista parecia dispersa sem saber o que fazer. Julie veio lentamente da sala e
passou a corda no pescoço de Krista
- Não! – gritou Krista sentindo
Julie puxá-la para trás com toda a força. Ela caiu deitada no chão e Julie
começou a puxar a corda arrastando Krista até a sala. Krista sacodia os braços
em desespero sem conseguir respirar. Paul desceu as escadas estreando pela
primeira vez sua fantasia. A máscara de Paul tinha um sorriso assustador e
sombrio. Talvez por isso o seu palhaço se chamava ‘Sombrio’.
Julie continuou a puxar Krista
arrastando-a pela sala enquanto ela não conseguia emitir nenhum som. Paul
seguia em silêncio olhando para a Dr. Krista Gallardo. Ao chegarem fora da casa
Paul pegou a silver tape cinza e colocou na boca de Krista impedindo-a de
gritar mesmo que conseguisse.
Julie voltou a puxar a corda
arrastando-a pelo gramado. Gerald chegou fantasiado com seu carro conversível e
estacionou o carro. Julie puxou a carda até a parte de trás e amarrou a corda
na traseira do carro. Paul e Julie entraram e se sentaram no banco de trás.
Gerald começou a andar e Paul se virou para trás e ligou o celular começando a
gravar enquanto Krista era arrastada pelo asfalto sentindo sua carne se
queimando. Suas costas eram literalmente rasgadas pelo asfalto.
- vamos colocar uma música! –
falou Julie se esticando e ligando o rádio do conversível de Gerald colocando
uma música eletrônica que começou a tocar bem alta.
Ao chegarem no fim da rua Gerald
parou. Julie pegou um facão que estava no banco de trás e pulou para fora do
carro e cortou a corda com apenas um golpe certeiro. Julie correu de volta para
dentro do carro e Gerald arrancou. Paul se balançou enquanto voltava a posição
original e não percebeu que o celular que ele filmava caiu de fora do carro
próximo a calçada.
Enquanto eles seguiam viagem pela
escura noite ele já não usavam mais as máscaras e Julie pegou o celular e
mandou um ‘okay’ para Stanley dizendo que o trabalho estava feito.
- droga! – falou Paul.
- o que foi? – perguntou Gerald.
- acho que meu celular ficou lá!
- você está falando sério? –
perguntou Julie.
- nós não podemos voltar – falou
Gerald Smith.
- vamos torcer pra que ninguém
encontre – falou Julie.
- avise o Stanley – falou Paul.
‘Temos um Problema’ – foi a
mensagem que Julie escreveu para Stanley.
10 de Abril de 2017 — Manhã de Domingo
Por mais que a Dr. Krista Gallardo
– a médica que ajudou a policia de Orlando a encobrir o estupro de Caylee –
estivesse morta algo tinha dado errado naquela noite. Julie disse que o celular
de Paul McCaffrey havia ficado na cena do crime. Eu precisava ir até lá para
encontra-lo. Depois de uma breve conversa com o Policial Clyde Holloway decidi
dar uma olhava em volta. Um pequeno santuário havia sido feito para homenagear
Krista. Depois de uma breve olhada encontrei o celular no chão, mas o que me
intrigava é que aquele não era o celular de Paul. Era o celular de Krista. Isso
que dizer que o celular que a policia encontrou era o de Paul. Ele seria ligado
ao crime. Precisávamos dar um jeito naquilo. Eu precisava de uma ideia.
Mya e eu iriamos até a Feira no
Parque do Lago Eola que acontecia todos os domingo. Ao chegarmos decidimos
adotar um gato. Demos alguns passos e ouvimos algumas garotas gritando. Era
como se fosse um grito de guerra. Havia uma música eletrônica tocando alto.
Procurei de onde vinha e quando vi eu quase não acreditei.
- você deve estar de brincadeira
– falei apontando para Mya.
Do lado esquerdo haviam algumas
garotas fantasiadas de palhaço dançando. Elas estavam sincronizadas. Duas delas
estavam com o cabelo igual o da Arlequina. O restante estava de mascara. A
coreografia era bem elaborada. E foi quando eu vi que havia a bandeira da
Universidade da Flórida atrás delas. Havia um grande grupo assistindo. Dois
homens vestidos de palhaço estavam com um saco recolhendo dinheiro. Segundo o
que pude ler em uma faixa eles estavam juntando dinheiro para doar a um Lar
Adotivo.
Quando a coreografia terminou
todas as garotas de máscara as tiraram e uma delas me chamou a atenção. Era uma
garota de pele clara, cabelos castanhos e um sorriso misterioso. Era grande com
longas pernas. Era a filha de Clyde. Tinha certeza disso.
- sabe aquele policial que eu te
falei? Aquela é a filha dele.
- você vai conversar com ela? –
perguntou Mya fazendo graça.
- eu não. Vou fingir que nem vi –
falei olhando para a garota. Ela tinha um sorriso, mas de longe percebi que o
sorriso só aparecia quando alguém estava conversando com ela. Longe disso ela
tinha uma expressão cansada de triste.
- vem Stanley – falou Mya me
puxando o braço. Eu precisava conversar com Tessa.
Depois de adotarmos o gato e
darmos um nome Mya seguiu pelo parque, mas eu segurei no braço dela.
- vamos voltar por aqui! – falei
apontando. Eu queria passar pelas garotas vestidas de palhaço. Eu precisava
conversar com Tessa. Mya e eu voltávamos pelo mesmo caminho e quando passávamos
pelas alunas da Universidade da Flórida uma delas pulou na nossa frente com a
mão estendida. Tinha um panfleto sobre o Lar Adotivo e formas de fazer doações.
- você me assustou – falei rindo
para a garota. Era Tessa.
- pegue um panfleto. Aqui você
sabe tudo sobre formas de doações entre outras coisas.
- obrigado – falei pegando o
panfleto. A garota se virou para entregar o panfleto.
- Pode ir Mya, agorinha eu te
encontro.
- Okay – falou Mya com Chester no
braço fazendo carinho.
Deixei Mya para trás e fui atrás
da garota
- Hey! Você! – falei me
aproximando dela.
- o que foi? – perguntou ela com
um sorriso.
- por acaso seu nome é Tessa?
- sim.
- Tessa Holloway.
- eu te conheço? – perguntou ela
achando estranho. Ela usava um batom vermelho bem forte. Sua roupa de palhaça
era uma mistura de uniforme de líder de torcida com uma palhaça sem sensual.
- eu conheço o seu pai. Clyde
Holloway.
- sério? De onde?
- trabalho na delegacia que ele trabalha… quer dizer… vou
trabalhar… enfim… eu disse a ele que estaria vindo aqui e ele disse que se eu
te encontrasse era para de ter um oi então… “oi”.
- oi – falou ela rindo e olhando
para minha mão – obrigado por dar o recado – ela voltou a olhar para minha mão
e em seguida forçou um sorriso para mim.
- tudo bem. Não foi nada – coloquei
minha mão dentro do bolso.
- preciso ir – falou ela
apertando os lábios se virando.
- espera – falei tocando o braço
dela. Segurei com força. Ela olhou para mim – você gosta de crianças? – falei
mostrando o panfleto do Lar Adotivo.
- claro. Gosto muito – falou ela
com um sorriso me dando atenção. Ela olhou para minha mão e depois olhou para
mim – e você? Tem vontade de ter filhos?
- na verdade não – falei sorrindo
sem graça – não quero passar essa maldição para ele.
- isso não é maldição! – falou Tessa
pegando minha mão – se eu tivesse um filho eu o amaria! Incondicionalmente! –
falei ela engolindo em seco como se lembrasse de algo.
- o que foi? – perguntei confuso.
- não é nada – falou ela
respirando fundo.
- pode confiar em mim – falei
segurando no braço dela
- eu não tenho tempo agora.
- eu te pago um suco. Pode ser?
Ai você me conta o que você tem ai no coração que está te chateando.
No inicio percebi que Tessa não
confiou em mim. Eu era apenas um estranho, mas eu tinha um dom: era um Cruel
Sedutor. Minha mão deixava as pessoas mais humanas e o meu sorriso as deixava
encantadas.
- tudo bem – falou Tessa olhando
para as amigas universitárias – eu volto logo!
Nós seguimos até uma barraca e eu
pedi dois sucos naturais. Pedi um suco de melancia com limão para Tessa e de
Morango com Laranja para mim. Nós pegamos nossos copos e fomos até alguns
bancos de madeira com uma mesa. Nós sentamos de frente um para o outro. Nós nos
sentamos e tomamos dois goles e Tessa olhou para mim passando a mão em seus
cabelos como se estivesse nervosa.
- então… - falei tomando outro
gole e lambendo os lábios – me conta porque você gosta tanto de crianças?
- eu não sei – falou ela
respirando fundo – eu nunca tive vontade de ter filhos sabe, mas eu sempre
gostei de crianças. Eu me imagino mais como a ‘Tia Legal’ do que como uma mãe.
- então porque você ficou tão
triste ao falar sobre ter crianças?
- eu não quero falar sobre isso –
falou ela tomando um gole do seu suco – eu nem te conheço. Você nem conhece meu
pai. Você mesmo disse que nem trabalha com ele ainda.
Nesse momento coloquei meu braço
esquerdo na mesa. O cotovelo com o braço levantando.
- o que é isso? – perguntou Tessa
rindo – quer disputar queda de braço comigo?
- não – falei sério – é só que eu
me sinto mais confortável conversando com alguém que não tem medo de se
demonstrar forte.
Tessa lambeu os lábios e olhou
para mim. Ela pareceu relutante, mas levou o braço até a mesa e segurou n a
minha mão. Ela respirou fundo achando aquilo idiota.
- porque você estava tão triste?
- não é da sua conta – falou
Tessa.
- você está sendo fraca. Você é
covarde.
- você nem me conhece! – falou
Tessa com raiva.
- conheço o suficiente pra saber
que você é covarde – falei soltando a mão dela.
- espera! – falou ela puxando meu
braço e segurando em minha mão – você quer mesmo saber?
- sim.
- você tem que me prometer uma
coisa.
- o que?
- você não pode contar para o meu
pai. Em hipótese nenhuma.
- tudo bem. Eu prometo.
Tessa respirou fundo e se ajeitou
no banco. Pegou o copo e tomou um gole do seu suco.
- eu fiquei grávida quando tinha
dezesseis anos.
-então você tem um filho?
- não. Minha mãe me obrigou a
abortá-lo.
- isso é sério? Nós estamos no
século vinte e um. Ser mãe adolescente é normal. Não é motivo de vergonha.
- não foi por isso que ela me
obrigou a fazer um aborto – falou Tessa enchendo os olhos de lágrimas. Ela
apertava forte em minha mão. Ela descobriu que naquela posição demonstrava sua
força e ainda tinha uma mão forte para apertar e se segurar – eu fiz alguns
exames e um deles confirmou que o bebê que eu esperava tinha Síndrome de Down.
- ela fez você abortar por causa
disso?
- sim – falou ela chorando – eu
me arrependo muito.
- alguém mais sabe disso?
- minha amiga – falou ela olhamos
para o lado – April Swanson. Uma garota de olhos azuis e cabelos loiros.
- você não se arrependa pelos
pecados que não são seus. Você só pode trabalhar nas coisas aos quais você está
no controle. Sua mãe está fora de questão. Ela tem que lidar com essa escolha.
- ela tirou o meu direito de ter
um filho. É meu corpo e minha escolha. E eu teria escolhido tê-lo.
- mas você disse que não quer ser
mãe. Porque você se importa tanto?
- eu não sei – falou Tessa – eu
nem sei se eu teria ficado com ele. Eu estava pensando em dá-lo para adoção.
Não pela doença, mas porque eu não estava preparada para ser mãe. Nem isso ela
deixou. Ela não quis que eu tivesse um filho doente.
- ele não seria doente. Você acha
que eu sou doente?
- não são palavras minhas. São
palavras da minha mãe.
- você me ensinou uma lição aqui
hoje Tessa – falei sorrindo pra ela – você está certa. Essa mão não é uma
maldição. Eu sei que as vezes só vejo o lado pessimista das coisas, mas eu
preciso ver como elas são. A verdade nua e crua. Eu nasci com essas mãos e a
verdade é que elas são como as mãos de qualquer um. Eu tenho uma deficiência.
Isso é um fato. A verdade é que todo mundo tem um obstáculo na vida. De uma
forma ou de outra somos todos deficientes em algo.
- sim. É o que eu penso.
- você me ajudou com isso. E eu
posso te ajudar com o que você quer.
- o que você quer dizer com isso?
– perguntou Tessa.
- Se você quiser um filho eu
posso ser o pai – falei respirando fundo.
- mas eu não estou preparada para
ser mãe.
- eu estou preparado para ser
pai.
Tessa me encarou por alguns
segundos. Por alguns instantes era como se ouvíssemos apenas a respiração um do
outro. Nossas mãos unidas se seguravam fortes. Tessa tinha um problema e eu
tinha a solução.
- tudo bem – falou Tessa.
- amanhã – falei sorrindo para
Tessa quando ela confirmou.
Nós trocamos telefones para
podermos nos falar até o dia do acontecimento. Me levantei do banco e vi Mya
com Chester em seus braços. Ela acenou para mim.
- até mais – falei para Tessa
acenando enquanto me afastava dela e voltava a ficar na companhia da minha amiga.
- ela é estranha – falou Mya com
Chester em seus braços se aproximando de mim.
- mais estranha que você ela não
é.
25 de Abril de 2017 — Delegacia
Tessa e eu havíamos consumado o
ato da procriação. Ela me mandou uma mensagem hoje cedo dizendo que o teste de
gravidez havia dado positivo. Tessa e eu não realizamos o ato sexual. Eu me
masturbei em uma camisinha e ela fez a fecundação usando uma seringa. Nós
pesquisamos na internet esse método e aconteceu de deu certo. O celular que
Paul havia deixado cair na cena do crime acabou não sendo o dele. O celular de
Paul estava caído embaixo no carro de Gerald. No fim das contas não sabemos que
de era o celular que a policia havia pego na cena do crime e aquilo vinha me
intrigando a um bom tempo. E foi exatamente por isso que eu resolvi ficar até
mais tarde naquele dia para poder ir até a sala onde ficavam as evidências.
Tudo o que precisava era roubas o cartão de acesso de alguém.
O delegado Hugo tinha um desses
cartões e quando fui levar alguns papéis para a sua sala vi que seu cartão
estava dentro de uma gaveta. Peguei o cartão e enquanto fechava a gaveta ele
abriu a porta.
- que susto! – falei levantando o
corpo assustado – o senhor me assustou.
- está fazendo algo de errado? –
perguntou ele brincando – tá com o rabo preso?
- não senhor – falei rindo. O
cartão agora estava dentro do meu bolso.
Sai da sala do delegado com o
coração batendo a mil por hora. Estava nervoso. Torcia para que ele não desse
falta do cartão.
Delegacia — 18h43min
Depois de limpar a academia
naquele dia fiquei enrolando para tomar meu banho. Para disfarçar adiantei o
serviço do dia seguinte e quando a turma da noite chegou bati meu ponto e fui
até o banheiro no quarto andar. Depois do banho tomado entrei no elevador com o
cartão de Hugo ao chegar no terceiro andar fui até o corredor. Passei o cartão
e tive acesso à área restrita. Fiquei nervoso a partir daquele ponto. Caminhei
pelo corredor olhando para trás e corri para dentro de uma sala quando vi uma
mulher e um homem vindo pelo mesmo corredor. Eles estavam olhando para alguns
papéis então acho que não me viram.
Depois que eles passaram pela
sala esperei alguns minutos e abri a porta cauteloso olhando de um lado para o
outro. Segui pelo corredor e virei à esquerda até que vi a Sala de Evidência.
Entrei na sala e vi que havia dezenas de estantes com pastas e caixas com
várias evidências. Procurei pelo ‘G’. o sobrenome de Krista era Gallardo.
Depois de dar uma olhada vi que faltava uma das caixas.
- mas que droga! – falei olhando
em volta.
- está procurando por isso aqui?
– perguntou o delegado Hugo Thornton. Ele me assustou. Estava no fim do
corredor com a caixa na mão.
- Delegado Hugo?
- fiquei sabendo que você esteve
na cena do crime de Krista.
- Eu não… - eu não sabia o que
dizer.
- eu pedi para o nosso pessoal
rastrear o celular de Krista e acontece que ele estava no seu endereço – falou
o delegado Hugo – pode me contar tudo Stanley. Pode confiar em mim – falou o
delegado se aproximando e colocando a caixa de Krista de volta no lugar.
- eu ouvi no noticiário que vocês
encontraram o celular de Krista.
- mentira – falou Hugo – Só o
verdadeiro culpado saberia que era um blefe.
- eu não sou culpado – falei
engolindo em seco.
- eu sei que você não é culpado,
mas porque se interessa por esse caso? Porque encontrou o celular de Krista e
não entregou para nós?
- por nada.
- porque você matou Krista? –
perguntou o delegado Hugo.
- eu não matei ninguém.
- eu dei uma olhada nos registros
Stanley. Sua irmã Casey prestou queixa de estupro realizado por um policial.
- eu não sei de nada.
- Eu sou policial há anos, fui
detetive e agora sou delegado. Você não vai me enrolar. Não vai me dizer que
esta aqui por engano. Eu sei que a médica que recebeu Caylee Illtyd Anthony
naquela noite foi a Dr. Krista Gallardo. Quer dizer que é tudo coincidência?
- Não. Não é.
- o que você está procurando?
Vingança? – perguntou o delegado Hugo.
- isso. Vingança – falei
respirando fundo.
- você já sabe o nome do
policial?
- ainda não sei o nome completo,
mas eu dei uma olhada no sistema e encontrei o nome dos policiais que
trabalharam naquele distrito. Havia vinte e oito homens trabalhando naquele
distrito.
- você é esperto.
- você vai me prender?
- Não. Eu vou te ajudar.
- porque faria isso? – perguntei
confuso.
- porque em todos esses anos como
policial, detetive e delegado eu presenciei várias vezes criminosos saírem
impunes.
Dias Atuais
Era tarde da noite. Meu irmão
Nick e eu estávamos sem sono. Meu irmão parecia fascinado por tudo aquilo. Ele
continuava me fazendo perguntas sobre o culto e sobre como as pessoas haviam se
envolvido e como haviam me ajudado. Ele parecia bem curioso sobre como tudo se
encaixava. Certo momento eu percebi uma pontada de ‘orgulho’ em sua voz. Ele
parecia orgulhoso por eu ter planejado e executado tudo aquilo. A influência
que eu tinha sobre as pessoas era grande.
- então o Delegado Hugo te
ajudou?
- porra nenhuma! – falei pegando
a cerveja de Nick e tomando um gole. Era noite. Provavelmente mais de três da
manhã – tudo o que ele fez foi me atrapalhar. Ele sequestrou a amiga da Casey,
Amy, e fez ela me enviar mensagens pedindo socorro. Ele colocou Leroy Parker no
Programa de Proteção a testemunhas um dia depois da morte de Krista.
- Mas porque ele faria tudo isso?
– perguntou Nick.
- Nick, qual o nome do governador
do estado da Flórida?
- eu não sei… - falou Nick
pensativo. Ele desistiu e pegou o celular. Depois de uma longa pesquisa ele
olhou para mim atônito – Richard Lynn Scott Parker..
- exato – falei olhando para
Nick. Leroy é neto do Governador. Tudo isso foi a pedido do governador. Eles
esconderam Leroy no Programa de Proteção a Testemunhas, mas não foi por minha
causa. Leroy é pedófilo. Caylee não foi a primeira e não foi é última. O
governador vem limpando a barra do neto por um bom tempo e teve que
literalmente dar uma nova vida para o neto. O Delegado Hugo era cumplice. Ele
ajudava a varrer todas as sujeiras para baixo do tapete. Ele inclusive formou
esse ‘culto falso’ pra me incriminar.
- e como você sabe que Leroy
estava no Programa de Proteção a Testemunhas?
- porque o Cory me contou. Ele
tem acesso a várias e informações e tem muito amigos que lhe devem favores.
- eu sei que você não quer me
contar quem está em seu culto…
- e eu não vou contar Nick. Não
adianta ficar em atazanando e perguntando. Você vai saber na hora certa.
- eu sei, mas você me disse que
Cory está no sue culto.
- sim. Está.
- e como foi que ele se envolveu
nisso tudo? – Nick tomou um gole de sua cerveja.
CINCO MESES ATRÁS — 9 DE JUNHO DE 2017
Quando declarei meu amor por
Clyde fui ao encontro de Cory para dizer que iriamos terminar. Apaixonar-me por
Clyde não fazia parte do plano. Nunca fez. Na verdade ele tem atrapalhado.
Quando o Uber parou em frente ao apartamento de Cory eu agradeci a viagem e ao
chegar à portaria pedi permissão para ir até o apartamento de Cory. O porteiro
ligou no apartamento de Cory que não demorou a atender. O porteiro fez sinal de
positivo com a mão e liberou minha entrada. Eu o agradeci. Caminhando em
direção ao prédio de Cory eu sem ti um frio na barriga. Implorava para que tudo
acabe bem. Ou pelo menos que Cory não se sentisse tão mal. Não da forma que eu
estou me sentindo.
Ao sair do elevador e caminhar
até o apartamento de Cory a porta se abriu e Cory olhou na minha direção. Ele
parecia preocupado. Acho que no fundo ele deve pensar que algo sério aconteceu.
- você está bem? – perguntou Cory
quando cheguei a porta.
- sim. estou.
Cory se aproximou e me deu um
beijo. Um selinho ao qual eu correspondi. Entrei e Cory fechou a porta atrás de
mim.
- tem certeza de que está tudo
bem? – perguntou Cory tocando minhas costas.
- sim. Comigo está tudo bem… quer
dizer… no sentindo de ‘assassinato’ está tudo bem.
- como assim? – perguntou Cory se
sentando no sofá – você não parece nada bem. Parece perturbado.
- Eu estou. Muito perturbado.
- com o que? – Cory bateu a mão
no sofá para que eu sentasse ao lado dele e eu o fiz.
- é que… eu preciso te dizer uma
coisa e eu não sei bem como começar.
- pelo começo – falou ele olhando
seriamente para mim.
- eu tenho medo de que você se
magoe. E eu sei que você vai se magoar.
- espera… - falou Cory rindo –
você por acaso vai me falar sobre a sua paixão por Clyde?
- paixão por Clyde? – perguntei
engolindo em seco.
- lembra-se do que eu te disse na
nossa primeira vez? ‘Eu sou investigador. Se você mentir, eu saberei. Se você
estiver assustado, eu saberei.’ Você não acha que eu percebi a forma que você
tem olhado para Clyde desde que começou a trabalhar na delegacia? Como você
gaguejava quando conversava com ele ou como o encarava toda vez que ele virava
de costas.
- você está chateado?
- um pouco – falou Cory alisando
a cabeça de um dos seus gatos que pulou em seu colo – eu gosto de você Stan. De
verdade. Você é um rapaz legal, carismático e cá entre nós: muito gostoso –
falou Cory com um meio sorriso – eu fui casado por dez anos. Dez miseráveis
anos eu fui casado com a mesma mulher ao qual eu sentia ânsia ao olhar para a
cara dela. Casei-me com a primeira namorada. Sempre fiz tudo certo, sempre fui
fiel, sempre fui um bom marido. Fiz o meu papel exatamente como deveria ser
feito e mesmo assim o amor e a paixão que eu tinha por ela desapareceram tão
rápido quanto se apaga uma vela.
Cory e eu conversamos sobre o
termino do nosso namoro e aquela conversa não me convenceu. Eu tinha algo
planejado para aquela noite. Julie, April e Tessa estavam escondidas no
apartamento de Cory. Eu pedi que ela viessem e assustassem Cory, mas percebo
que Cory tem algum problema que ele não quis nos contar.
- quer beber alguma coisa?
- quero um copo de água. Minha
boca esta seca. Estava tão nervoso imaginando o que aconteceria quando chegasse
aqui.
- não precisa ficar nervoso
comigo. Fique nervoso com Anne. Nessa situação ela é a única que vai sair
ferida – falou Cory indo até a cozinha. Eu continuei sentado no sofá.
- eu sei. Imagino que pra ela
será difícil – falei respirando fundo – você acha que ela vai aceitar bem?
Perguntei para Cory, mas ele não
respondeu. Imaginei que estivesse na cozinha pegando a água porque ouvi um
barulho engraçado como o de uma porta batendo. Continuei lá sentado esperando
Cory voltar. Sentia um alívio tão grande por tudo ter ocorrido exatamente o
contrário do que eu achei que aconteceria.
Os segundos se passaram e nada de
Cory aparecer. Quando eu pensei em levantar ouvi ele se aproximar por trás de
mim em passos lentos. Olhei para a televisão e vi seu reflexo. O que me
assustou é que não foi Cory que eu vi e sim alguém com uma máscara
ridiculamente assustadora. Um rosto demoníaco com um pentagrama e duas mãos saindo
onde deveria haver chifres. A pessoa usava uma túnica negra que cobria todo o
corpo com longos cabelos pretos.
Fingi que não tinha visto nada e
fiquei lá sentado no sofá. A medida que a criatura se aproximava eu me
preparava para correr. Quando ele chegou bem perto do sofá eu pulei para o
lado. O palhaço que iria me agarrar acabou agarrando o sofá. Rapidamente eu dei
a volta no sofá e chutei a criatura que caiu em cima da mesa de centro de Cory
quebrando-a em vários pedaços. Corri até a cozinha e vi Cory caído no chão.
Havia uma pequena poça de sangue no chão e um machucado em sua cabeça.
- Parem! Parem! – falei para os
três palhaços que estavam lá – mudança de planos.
- o que está acontecendo? –
perguntou Tessa tirando a máscara de demônio com duas mãos saindo da cabeça.
Julie tirou a máscara de
sadomasoquista e April tirou a máscara de palhaço com três bocas. Eles ficaram
olhando para mim. Cory estava caído tonto no chão.
- podem ir embora. Eu vou ter uma
conversa com Cory.
- você vai recrutá-lo? – perguntou
Tessa.
- acho que sim.
Tessa, April e Julie colocaram as
mascaras se abaixaram e colocaram as facas no chão e saíram do apartamento
desaparecendo. Fui até a porta do apartamento e a fechei. Fui até a cozinha com
um pano e Cory acordou ainda tonto.
- que aconteceu? – perguntou Cory
assustado.
- a gente precisa conversar.
- eles podem estar aqui! – falou
Cory se levantando.
- não Cory. Vai ficar tudo bem –
falei me levantando.
Cory estava com uma feição séria.
Passou a mão no machucado e viu o sangue. Ele pegou o celular e começou a
discar o número da emergência, mas eu peguei o celular da mão dele.
- o que está fazendo?
- eu disse que precisamos
conversar – falei me sentando de um lado do balcão – senta aqui de frente pra
mim.
- acho que preciso levar pontos.
- não. o que você precisa é me
ajudar a pegar o policial que estuprou minha sobrinha a três anos atrás – falei
colocando o braço no balcão.
- queda de braço? – perguntou
Cory.
- não – falei balançando a cabeça
negativamente – eu quero que me conte sobre o seu filho.
- como você sabe que eu tenho um
filho?
- porque você não me engana Cory.
Eu sou mais esperto do que você pensa.
- você está errado. Eu não tenho
filho.
- eu sei. Ele morreu atropelado
quando tinha quatro anos de idade. Os assassinos saíram impunes porque eram
melhores de idade.
- quem te contou? – perguntou
Cory – ninguém daqui da Flórida sabe.
- quando você foi transferido
para Orlando você fez um teste psicológico. Você teve que falar sobre seu
filho.
- e você teve acesso?
- sim. Eu tenho alguns amigos nos
Recursos Humanos.
Cory caminhou até o balcão e se
sentou.
- segura minha mão.
Cory colocou o braço no balcão e
segurou minha mão.
- Me conte sobre seu filho.
- faz mais ou menos um ano –
falou Cory respirando fundo – eu morava no Estado de Oregon. Nós saímos naquela
noite para assistir ao novo filme do Homem Aranha. Ele adorava super heróis –
falou Cory se lembrando do filho – Eu parei em uma esquina para comprar um
cachorro quente e meu filho viu um palhaço do outro lado da rua vendendo balões
e algodão doces. Eu só ouvi quando um carro freou. Quando olhei para trás vi
ele caído no chão. Cheio de sangue. O rosto irreconhecível. Cory agora chorava.
- quem o atropelou.
- quatro adolescentes – falou
Cory – estavam bêbados voltando de uma festa.
- quais os nomes deles?
- como eu vou saber? – falou Cory
com raiva.
- eles mataram seu filho. Você
sabe. Se fosse comigo, eu saberia.
- Terry Holt, Martha Drake, Bobby
Baldwin e Sharon Boyd – falou Cory respirando fundo – depois disso eu acabei pedindo
transferência e o meu casamento acabou. Não tínhamos mais motivos para ficar
juntos.
- sua vida está cheia de buracos
Cory – falei respirando fundo – Buracos os quais você não preenche. Tem
dificuldade em preencher.
- o que você quer dizer com isso?
- Eu sei como você está se
sentindo – falei lambendo os lábios – tudo o que eu quero é me vinga do
policial que estuprou minha sobrinha.
- do que está falando?
- há três anos atrás minha
sobrinha foi estuprada por um policial que trabalha no distrito de Mid-East.
Ela tinha oito meses. Minha sobrinha foi levada pro hospital e a médica ajudou
a encobrir tudo.
- Krista Gallardo? – perguntou
Cory.
- isso mesmo detetive.
- quem é esse policial?
- eu não sei o nome – falei
pegando um papel no bolso – tenho uma lista aqui e consegui excluir dez
pessoas, mas ainda tem muitos.
Cory pegou o papel e apontou para
um nome.
- esse daqui! – falou ele me
mostrando.
- Leroy Alexander Parker?
- sim – falou Cory.
- como você sabe?
- ele é neto do governador. É um
policial corrupto que vive fazendo merda e o vovô ajuda a encobrir. O prefeito
e o delegado Hugo estão no meio dessa bagunça.
- como assim?
- o delegado Hugo colocou Leroy
no programa de proteção a testemunhas a algum tempo.
- mas o Hugo está me ajudando.
- não está não – falou Cory – eu
não confiaria no Hugo se fosse você. Hugo subiu na cadeia da policia passando
os outros para trás. Hugo e Leroy eram parceiros há três anos atrás. Eles
trabalhavam juntos.
- então está explicado porque
tudo vem dando errado.
- aqueles palhaços que mataram…
eles fazem isso por você?
- sim, não… quer dizer… os que
mataram a Krista, sim. Os que mataram o padre e mataram aquele casal com duas
crianças, não. Eles estão tentando me incriminar.
- eu quero te ajudar! – falou
Cory puxando minha mão e dando um beijo.
- se você me ajudar eu também te
ajudo.
- com o que? – perguntou Cory.
- não se preocupe. Você vai saber
quando acontecer – falei sorrindo para ele.
- e Paul e Harry? Aquele casal…
você que matou?
- eles não estão mortos. Eu
planejei tudo. Foi tudo uma farsa. Eles foram atacados por amigos, mas
sobreviveram. Dessa forma eles poderiam pedir abrigo á policia. Eles fazem
parte da investigação e à medida que avançam com a investigação eles ficam
sabendo de tudo e me contam. Por isso sempre estou um passo a frente da
polícia.
16 de Maio de 2017 — Delegacia
No dia seguinte seria a festa de
aniversário de Clyde. Eu fui convocado a cozinhar. Não estava muito animado
afinal Clyde era o começo e o fim dos meus problemas. O que sentia por ele era
muito forte e tinha medo de transparecer. Pro outro lado ele estava me
distraindo do verdadeiro motivo de estar trabalhando naquela delegacia.
- Stanley? – Blacke veio até mim
com um monte de papéis.
- Sim Policial Blacke.
- leve esses papéis para o
Recursos Humanos, por favor?
- sim senhor – me levantei e
peguei os papéis e fui até o elevador.
Ao chegar ao terceiro andar fui
até o recursos humanos coloquei os papéis em cima da mesa e esperei para ser
atendido. Não havia ninguém.
- tem alguém ai?
Olhei em volta e não tinha
ninguém. Entrei na sala dos recursos humanos e foi quando eu vi um casal que
trabalhava lá. Benny e Laura fazendo sexo escondidos na sala onde ficavam os
materiais de limpeza novos.
- meu deus! – falei assustado
saindo.
- Droga! Droga! – falou Benny
fechando a braguilha da calça enquanto Laura vestia a calcinha.
- Garoto! – falou Laura vindo
atrás de mim.
- meu nome é Stanley – falei
parando e olhando para ela.
- por favor, não comenta com
ninguém.
- sem problema – falei rindo – eu
já beijei um policial no banheiro. Se você não contar eu não conto.
- obrigada! – falou ela com um
sorriso.
- não tem problema – falei
olhando para Benny que se aproximava.
- Podem ficar tranquilo.
- sério? – perguntou Benny.
- Sim. O que eu vi aqui não conto
pra ninguém. Promessa de escoteiro – falei cruzando os dedos.
- obrigado cara – falou Benny
apertando minha mão – é que muita coisa doida tem acontecido por aqui e eu não
sei em quem confiar.
- o que quer dizer? – perguntei
curioso.
- não é nada – falou Laura – que
a gente estava conversando com o cara das câmeras de segurança e ele disse que
tinha visto o governador aqui na delegacia.
- o governador do estado da
Flórida?
- sim – falou Benny – eu disse
que é loucura. O que o governador estaria fazendo aqui altas horas da noite
escondido?
- curioso – falei respirando
fundo achando aquilo estranho – eu posso perguntar uma coisa para vocês?
- claro – falou Laura – qualquer
coisa.
- em que situação um policial é
transferido para outra delegacia?
- em várias – falou Benny – mas
geralmente quando ele pede ou quando precisam encobrir algo – Benny disse isso
olhando para Laura.
- o que foi?
- não é nada – falou Benny – é
que há um tempo atrás um policial assediou Laura e ficou por isso mesmo.
- que policial?
- Randy Anderson – falou Laura.
- o que ele fez?
- passou a mão na minha bunda –
falou Laura.
- vocês não se sentem com raiva
quando uma coisa dessas acontece? Quando pessoas que merecem ser punidas ficam
impunes?
- raiva? Eu sinto ódio – falou Benny.
- e o que você faz com esse ódio?
- nada. Eu não posso fazer nada –
falou Benny.
- você pode fazer algo. Você só não
quer.
- me diga o que eu posso fazer e
eu me inscrevo.
- me leve junto! – falou Laura.
3 de Outubro de 2017 — Tribunal
O juiz bateu o martelo e eu dei
um pulo abraçando meu irmão e meu pai. Minha mãe começou a chorar emocionada.
Abracei o advogado e me senti agradecido por ele ter cumprido sua promessa.
Peguei Roger nos braços e dei um beijo em sua pequena mão que se balançava de
um lado para o outro. Percebi pelo canto do olho que Clyde saiu primeiro do
tribunal deixando Anne para trás.
- obrigado Dr. Baez – falei
abraçando o advogado.
- você merece – falou ele com um
sorriso.
O Advogado Joe Baez foi o
primeiro a sair do tribunal. Eu dei um abraço na minha mãe e dei um beijo no
rosto de Roger antes de perceber que ele havia saído. Sai correndo do tribunal
e corri pelo corredor.
- Dr. Baez! – falei seguindo-o.
- o que foi? – perguntou ele
olhando para mim.
- obrigado por tudo. Eu não sei
como agradecer.
- não tem problema.
- Cory me indicou o senhor. Eu
também agradeço muito a ele.
- o Detetive Cory DeLarosa?
- sim.
- nunca imaginei – falou ele.
- por quê?
- Eu sou novo. Passei no exame a
ordem a menos de um ano e sempre que eu apareço por lá eles me esnobam porque
eu já perdi alguns casos.
- mas isso é normal. Você é novo.
Tem que perder e ganhar pra ir ganhando experiência.
- não tem nada pior do que
pessoas prepotentes que se acham melhores do que as outras.
- eu concordo – falei respirando
fundo – você tem muito potencial Dr. Baez.
- você acha?
- sim. Muito.
- ótimo. Se você puder me indicar
pra algumas pessoas me ajudaria e muito.
- É claro que você tem muito
potencial como advogado, mas eu me refiro a outra coisa. Você é Esperto – falei
me lembrando da fantasia de Palhaço com o Cérebro Exposto. Não havia encontrado
ninguém esperto o suficiente para usá-la.
- e que coisa seria essa?
Apenas dei um sorriso para o
advogado.
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Eu não sabia que o Stanley era o cruel sedutor, achei que fosse o Clyde cade vez mais me surpreende, não vejo a hora de ler de novo paixão secreta.há outra coisa percebi certas lacunas em paixão secreta mais só vou comenta Quando tu posta.
ResponderExcluirValeu pelo comentário. Se você quiser me falar quais lacunas são essas eu adoraria. Pq tem coisas que passam despercebidos pra mim. Então eu ficaria hiper mega agradecido porque ai na hora de escrever já saberia :)
ResponderExcluirChocado em Nova York (como diz um amigo); meu Deus... sem palavras para esse capítulo! MUITO BOM!
ResponderExcluirNão fazia ideia de que o 'Cruel Sedutor' era o Stanley... amei esse primeiro volume! E espero que continue...
Que bom que você vai dar continuidade a 'Homem Proíbido' amo aquele conto! E sobre a sexta temporada de 'Paixão Secreta', ahh... não tenho nem o que dizer! Tu quer me matar de ansiedade né?
Que bom que você voltou a escrever... me sinto tão feliz! Espero que você continue e que melhora a cada dia que passe, você merece ser feliz... beijos e um grande abraço pra ti.
De um fã.
Domingues, Lucas.
Obrigado ;)
ExcluirCaraca, essa de que o Stan é o Cruel Sedutor foi foda :O Estou muito surpreso com essas coisas, você é muito bom no que faz xD
ResponderExcluirEu não sei nada sobre as lacunas que o amigo ali falou, talvez até saiba, mas faz tempo que li, então não devo lembrar. Mas tenho uma dica, que espero que leve como ajuda <3
Sempre que for escrever, não poste ainda, sei que a gente te pressiona pra postar rápido. O motivo de não postar? Tenta dar uma ou duas lidas pra revisar, notei que muitas vezes você troca o nome dos personagens, e eu acabei ficando confuso. Por exemplo, no capítulo em que contou pela primeira vez sobre o que aconteceu com a Caylee, você chamou a Loretta de Julie umas duas vezes. Espero que não fique bravo, é que achei que seria bom avisar(Alias, tem muito dessas trocas de nome em Paixão Secreta).
-Juliano.
Realmente eu já percebi que troco os nomes, mas no caso de Loretta e Julie é que inicialmente era pra ser Julie então no desenvolver da história troquei para Loretta kkkk e devo ter esquecido de trocar os nomes de volta rsrsrsr Mas valeu por avisar.
ResponderExcluir