Capítulo 24: Cruel | Conto: Paixão Secreta | Temporada: 6ª

CRUEL capítulo vinte e quatro

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O

 garoto com a mão estranha estava sentado ao lado de seu namorado que era muito bonito. Craig estava sentado em sua poltrona e eu estava sentado no sofá tomando um gole do suco. Craig parecia bravo com algo antes que chegarmos ali e ele queria conversar comigo. Tinha pedido que eu ficasse. Craig perguntou se eles queriam beber algo e eu coloquei uísque no copo para o bonitão e água com gás para o garoto chamado Stan. Craig por sua vez pediu apenas um copo com água gelada. Voltei a me sentar e fiquei atento ao que eles diriam. Eu tinha impressão de que os conhecia de algum lugar.

- então… - falou Craig – no que eu posso ajuda-los?

Stanley olhou para mim e depois olhou para Craig.

- A confidencialidade se aplica a ele? – perguntou Stan para Craig.

- Sim. podem ficar tranquilos. Além de noivo Mike é meu assistente.

- então você está noivo do seu chefe? – perguntou Clyde.

- sim – falei respirando fundo – vocês podem ficar tranquilos. Nada do que disserem aqui sai dessa sala.

- ótimo – falou Stan – quem nos indicou vocês foi o advogado Joseph Baez. Ele cuidou do caso da minha irmã Casey e inicialmente iria cuidar do meu caso, mas ele disse que não vê solução para mim.

- sim, eu conheço Joe. É Um ótimo advogado.

- pois é e mesmo sendo tão bom ele não consegue ver solução.

- o que aconteceu? – perguntou Craig.

- eu cometi perjúrio. Menti durante um julgamento no tribunal.

- mas isso pode ser facilmente resolvido – falou Craig otimista – podemos apelar e  você pagar[a uma multa.

- não é tão fácil – falou Clyde.

- eu me lembro de você – falei apontando para ele – isso mesmo. Você é Stanley Anthony. Você foi perseguido por aquele culto maluco… esqueci o nome…

- A Colmeia – completou Stan.

- isso.

- Mike, por favor… - Craig brigou comigo.

- desculpa – falei voltando a me sentar – eu só queria dizer que sinto muito por sua perda.

- obrigado… - falou Stan triste. Clyde segurou na mão dele e o confortou – sinto falta dele todo dia.

- continuando… - falou Craig se ajeitando na cadeira – acho que não será um grande problema.

- é ai que você se engana – falou Clyde – O FBI acredita que Stanley está de alguma forma envolvido com  o Culto que tentou mata-lo.

- mas isso é ridículo – falei indignado.

- concordo – falou Craig.

- Eu também acho ridículo – falou Stan – A Agente do FBI – Agente Justine Diaz – me prendeu a algumas semanas e o meu antigo advogado Joe Baez conseguiu me liberar até o dia do julgamento. Se eu não arranjar um defesa daqui a oito dias eu serei preso. Posso ficar até três anos atrás das grades.

- será que você podem e ajudar? – falou Clyde olhando para Craig com um olhar triste – pode ajudar Stan e passar o natal e o ano novo comigo e não com um bando de marginais?

- realmente é muito difícil conseguir se safar da prisão quando o FBI ou a CIA estão envolvidos e a maioria dos meus colegas advogados não pegaria o caso de vocês, mas eu não sou a maioria – falou Craig com um sorriso.

- isso significa que você vai pegar o meu caso? – perguntou Stanley animado.

- sim, mas advirto vocês que nesse caso eu vou ter que jogar sem seguir as regras. Vou entrar em contato com meus informantes para saber se eles conhecem algum podre dessa Agente Diaz. Se vocês concordarem é claro. A única forma de você se livrar é convencendo ela a retirar as queixas ou na pior das hipóteses considerar apenas o valor da multa.

- aceitamos – falou Stan apertando a mão de Craig. Clyde fez o mesmo.

- obrigado Sr. Rufus – falou Clyde – não sabe o quanto estamos agradecidos.

Stanley e  Clyde deixaram telefones para contato e antes de saírem eles se despediram de mim. Craig os acompanhou até a porta, mas antes de ir ele olhou para mim e apontou para a cadeira. Ele queria que eu ficasse pois queria conversar comigo. Quando Craig voltou eu já estava sentado do outro lado da mesa e ele se sentou em sua cadeira e apoiou os cotovelos na mesa.

- o que foi? – perguntei curioso – você parece ansioso.

- eu queria conversar com você sobre uma coisa séria com você.

- espera – falei respirando fundo – estou falando com meu chefe Rufus ou com meu noivo Craig?

- com seu noivo.

- tudo bem… o que foi meu amor você parece frustrado com algo.

- é que eu tenho a impressão de que você está preocupado demais com Adam, não acha?

- do que está falando?

- eu não queria ser esse tipo de homem. Você sabe que eu não tenho ciúmes de você. Eu assisti você tranzar com todo tipo de homem e começo a achar que ter convidado Adam foi um erro. Você ainda tem sentimentos por ele.

- Craig deixa de ser bobo, eu não sinto nada por Adam. Eu tenho um carinho muito grande por ele. Eu sei o quanto ele ama os filhos e sei que ele está sofrendo. Eu só me preocupo com ele – me levantei e dei a volta me sentando na mesa em frente a Craig – você não precisa ficar com ciúmes do Adam.

- eu estou me sentindo um idiota – falou Craig rindo.

- Não exagera. Você só está com ciúmes. Isso é normal e muito fofo – falei acariciando o rosto dele – é fofo ver você parecendo um adolescente bobo cheio de ciúmes.

- não sou bobo – falou ele me puxando me fazendo sentar em seu colo – eu só não gosto de ver você de olho em outro homem.

- eu só tenho olhos pra você Craig. Eu não vou te trair. Eu beijei Adam, mas te contei, não foi?

- sim.

- pois então. Eu não tenho intenção de fazer nada pelas suas costas – aproximei meu rosto junto ao dele e nós demos um selo.

- uma droga que tem essa festa nesse fim de semana – falou ele sentindo minhas mãos acariciarem seu rosto.

- relaxa meu amor. Terça feira a noite todos estaremos aqui. Nós vamos nos casar e nada vai nos impedir.

O restante da semana correu normalmente. Por fim eu não fiquei sabendo o que tinha acontecido naquele dia com Adam para ele sair chorando da reunião. Decidi não perguntar já que Craig não estava gostando dessa proximidade entre Adam e eu. Eu o entendo afinal eu admiti ter dado uns beijos em Adam. Era normal que ele estivesse ciumento. Eu também ficaria com o pé atrás se fosse o contrário.

Na quinta feira a noite enquanto estávamos na cama depois de fazer amor Craig pegou o celular e enviou algumas mensagens. Eu não sabia para quem era, mas fiquei curioso para descobrir.. Deitei em sue peito na intenção de ver para quem era e é claro que ele percebeu minha curiosidade.

- você está bem? – perguntou Craig – está com o pescoço meio torto.

- não. Estou bem. Só estou me alongando – falei rindo.

- eu estou falando com Clyde Holloway.

- sobre o que?

- sobre o caso. Conversei com meu informante e ele disse que até segunda feira me envia o relatório da Agente Justine Diaz.

- isso quer dizer que você vai conseguiu salvá-lo da cadeia?

- sim.

- que bom. Ele já sofreu muito – deitei a cabeça no peito de Craig novamente e ele acariciou meus cabelos.

- eu convidei os dois para jantar conosco amanhã a noite.

- sério?

- sim. Você não se importa, não é?

- não.

- essa será o nossa última refeição como noivos. A próxima refeição será o buffet do nosso casamento dia doze de dezembro.

- estou ansioso – falei beijando a boca dele.

- por falar nisso – Craig se levantou da cama e foi até o guarda roupas e pegou em uma gaveta um bocado de papel e uma caneta – eu preciso que você assine esse papel.

- o que é isso? – me sentei escorando na cabeceira e folheei as dezenas de papéis.

- meu testamento. Quando você assinar esse papel se torna oficialmente meu beneficiário.

Assinei todos os papéis e rubriquei os papéis seguintes. Nem me importei em ler. Eram tantos papéis que ficaria até o dia seguinte acordado. Levei quase uma hora para assinar e rubricar tudo imagina se fosse ler. Craig guardou o papel depois que terminei de assinar tudo e passamos o finzinho de noite assistindo a Netflix e relaxando. Craig sempre com seus braços envolto em mim. Eu sempre acabava dormindo primeiro.

Na sexta de manhã já acordei ansioso para o jantar com nossos ilustres convidados. Craig e eu estávamos a caminho do trabalho e eu o informei que tinha convidado Zoey para o jantar. Craig disse que tinha convidado o filho Jason e Adam, mas Adam não poderia vir pois tinha viajado para San Diego para ver os filhos. Menos mal. Pelo menos Adam foi ver os filhos e ele não estaria no jantar. Não queria que Craig alimentasse aquele ciúme.

Ally e eu passamos a manhã na Royalty Group e a parte da tarde tendo aulas. Nós fizemos dois testes e em nosso cronograma a nossa última aula era com o Professor Patrick. Quando saímos da aula Ally se seguiu e nós caminhamos pelo campus. Ela parecia animada por viajar para Nova York com Craig. Imagino como deve ser excitante para ela finalmente poder se destacar afinal é meio difícil se destacar de mim quando se trata de Craig. Sou eu quem ele come toda noite.

- você não está triste por não poder ir?

- não – falei seguindo até a biblioteca – eu não estou muito afirma de viajar. Apesar de que ficar aqui pra Festa Grega é um saco. Sorte sua ter caído fora da sua irmandade se não você também seria obrigada a ficar na festa.

- eu só quero que saiba que estou muito feliz pelo seu casamento com Rufus.

- obrigado – falei rindo – você é uma das poucas lá daquela empresa. Tirando Craig, eu e você eu acho que ninguém mais está animado com o casamento.

- não liga pra eles. Acho que todos estão achando que as coisas estão indo rápido de mais.

- você também acha isso?

- não – falou ela parado quando chegamos a biblioteca – queria eu me apaixonar por alguém ao ponto dele fazer tudo por mim. Acho que no fundo todos estão com inveja.

- Mike! – gritou Zoey na entrada da biblioteca acenando.

- acho que já vou.

- bom fim de semana pra você – falou Ally acenando para mim e depois para Zoey.

- pra você também. Boa sorte em Nova York.

Encontrei Zoey na entrada da biblioteca e nós seguimos para dentro. Ao passarmos em frente a bibliotecária ela sorriu para nós dois.

- boa tarde Mike, boa tarde Zoey.

- boa tarde Meadow – me aproximei da mesa dela- e então? Como Patrick e você estão? Aconteceu algo entre vocês dois?

- na verdade não – falou ela sem graça – acho que eu não faço o tipo dele – ela ajeitou os cabelos loiros – acho que ele prefere as morenas.

- não se preocupe – falou Zoey – ele é um babaca. Você vai encontrar um cara que vai te pegar de jeito.

Meadow deu uma risada sem graça e ficou corada ao ouvir Zoey dizer aquilo. Nós finalmente nos sentamos e Zoey pegou o livro que ela usava para fingir que estava estudando.

- que horas Craig vem nos buscar?

- daqui a vinte minutos – falei olhando para uma mochila que estava com ela – são suas roupas?

- Sim. Você não achou que eu iria jantar vestido desse jeito? – falou ela demonstrando uma roupa normal.

- o que tem de errado em sua roupa?

- eu vou jantar com uma celebridade, Mike.

- celebridade? – falei rindo – ele não é uma celebridade. Ele é uma vitima.

- Me desculpe se eu não pude conheci Ben Affleck ou Henry Cavill que são celebridades de verdade.

- você vai remoer isso até quando?

- até eu conhece-los.

- acho que vai demorar – falei rindo.

- o que há de errado com Meadow? Porque ela ficou tão envergonhada com minha piada.

- Acho que ela é virgem.

- será? – perguntou Zoey.

- talvez seja isso ou talvez ela só seja uma pessoa carente. Ela está sempre sorrindo para todo mundo e saltitando de um lado para o outro. Nunca vi ela com raiva ou com um semblante triste.

- acho que ela é uma boa pessoa.

- quem é você e o que fez com minha Zoe? – falei brincando sentindo o celular vibrar no bolso.  Era Craig avisando que já havia chegado. Zoe e eu nos despedimos de Meadow e fomos ao encontro de Craig. Quando chegamos eu mostrei para Zoe o quarto de hospedes que ela poderia usar. Craig já tinha feito as malas. O voo dele estava marcado para ás sete da manhã.

- e vou sentir sua falta – falei saindo do banho e me secando. Craig já estava pronto para o jantar e estava penteando os cabelos em frente ao espelho.

- uma pena que nós não possamos fazer sexo – como ele rindo.

- como assim? – falei me levantando e começando a vestir a roupa.

- não foi você que disse que queria ficar sem fazer sexo antes do casamento para saber como é?

- e você acha que vou deixar você ir pra Nova York de pau duro? Com o saco cheio de porra fervendo pra sair? Vai sonhando. Eu vou te chupar tão gostoso hoje a noite e você vai gozar duas, três, quatros vezes até não sair nada dai – falei me aproximando dele – e  ai de você se voltar de lá com a porra fina.

- nossa, tudo isso é ciúmes?

- claro que sim – falei olhando para ele – você está na lista de um dos cem homens mais influentes do mundo, é o empresário do ano pela Forbes. Vai estar cheio de gente querendo levar esse homem influente e poderoso para a cama – falei vestindo a calça e abotoando a camiseta – e esse homem é meu.

- você fica tão sexy ciumento – falou ele segurando em minha cintura e apertando o pau duro na minha bunda – se você continuar com essa crise de ciúmes eu vou ter que te comer agora.

- eu sou a sobremesa amor. Só depois do jantar – falei terminando de me arrumar.

O interfone tocou e Craig saiu correndo do quarto para receber os convidados. Depois que me arrumei e desci as escadas tomei com Zoey, Stanley e Clyde dando risada enquanto desfrutavam de algumas cervejas.

- boa noite – falei cumprimentando Clyde e os outros convidados.

- você está bonito – falou Zoey – gostei de ver.

- você fala como se fosse raro eu ficar bonito – olhei em direção á cozinha e vi Craig e Jason conversando – eu já volto.

Fui até a cozinha e com o braço estendido sorri para Jason.

- boa noite Jason.

- boa noite Mike – falou ele apertando minha mão. Ele parecia triste. Craig estava olhando o assado no forno e eles pareciam estar conversando sobre algo que eu não podia ouvir porque o silêncio tomou conta da cozinha.

- que cara é essa? – falei puxando conversa com Jason.

- não é nada – falou ele tomando um gole de sua cerveja.

- tem certeza? – falei olhando para Craig

- Na verdade não está tudo bem  -falou Craig tomando um gole de sua cerveja – mas é que se trata de um assunto que Jason não está tão confortável de conversar com você.

- deixa eu adivinhas: Adam, certo?

- isso – falou Jason.

- o que foi? Tem algo de errado com ele? Digo… no casamento?

- Mike… - falou Craig me repreendendo.

- não… – falou Jason – …tudo bem pai. Mike já foi casado com ele. Talvez ele saiba o que está acontecendo.

- o que foi?

- Ele andar meio distante nessas últimas semanas e resolveu viajar as pressas para San Diego. Eu não sei o que está acontecendo, não sei se o problema sou eu ou se é ele.

- você acha que ele está te traindo?

- sim – falou Craig.

- eu tenho certeza de que ele não está te traindo – falei tomando um gole da cerveja de Craig.

- como você tem tanta certeza?

- Porque se ele estivesse te traindo você estaria nesse momento com um sorriso no rosto. Adam é um cara esperto. Ele me traiu quando fomos casados e eu só descobri muito tempo depois. Ele ia te tratar como um rei, fazer tudo o que você quer e você nunca desconfiaria. Eu acho que Adam está passando problemas em relação aos filhos. Ele tem falado muito sobre os filhos e a ex mulher. Não sei se você chegou a conhece-la mas ela é uma cobra. Capaz de tudo. Uma mulher amargurada que perdeu o marido para outro homem.

- Adam te traiu? – perguntou Jason.

- sim – falei respirando fundo – mas em defesa de Adam: eu o trai primeiro.

- o jantar está pronto! – anunciou Craig levando o assado até a mesa de jantar.

Todos nós nos dirigimos até a sala de jantar e começamos a comer. Craig era ótimo na cozinha. Ele não costumava cozinhar muito então é meio um super poder que ele mostra duas ou três vezes por ano.

- aproveitem o jantar porque desde que estou com Craig essa é a segunda vez que ele cozinha.

- o que quer dizer? – perguntou Clyde.

- ele é um ótimo cozinheiro, mas não é pra todo mundo que ele cozinha. Nem pra mim. É a primeira vez que eu como algo que ele fez.

- concordo – falou Jason – são poucas as vezes que lembro de ver meu pai cozinhando.

- isso não é verdade – falei Craig – no nosso aniversário de um mês eu cozinhei pra você.

- Não. não cozinhou. Eu pressionei sua diarista e ela disso que você pagou ela pra fazer o jantar porque estava cheio de trabalho.

- Oops! Parece que fui pego – falou ele rindo.

- Então… - falou Stanley – Mike e Zoey, vocês são amigos?

- sim – falou Zoey – estudamos na mesma universidade. E você? Cursa?

- na verdade não – falou Stan pensativo.

- Na verdade Stan também é um ótimo cozinheiro – falou Clyde – de mão cheia.

- uma mão e meia – falou Stanley brincando. Ninguém teve coragem de rir da piada.

- vocês vão ficar por aqui até semana que vem? – perguntou Craig.

- sim – falou Clyde – até resolvermos aquele problema.

- isso é ótimo! – falou Zoey – vocês podem vir até a Festa Grega.

- o que é isso? – perguntou Jason.

- uma festa que a universidade da em homenagem as Casas Gregas da universidade. Será épica. A festa dura a noite toda e o tema desse ano é palhaço…

- Zoey – falei sem graça – acho que a última coisa que os dois querem ver são palhaços.

- nossa… - falou Zoey envergonhada – me desculpa eu nem percebi…

- não tem problema – falou Stan – eu já superei essa coisa de palhaços. Será ótimo ir a uma festa esse fim de semana. As últimas semanas tem sido uma droga. Além do mais podem ser esses meus últimos dias de liberdade.

- não fala isso – falou Clyde.

- isso é uma ofensa – falou Craig brincando – eu disse que peguei seu caso então significa que seu caso está praticamente ganho.

- então fica combinado – falou Zoey – a festa começa por volta das oito horas e a fogueira é acesa ás dez da noite.

- estaremos lá – falou Clyde.

Depois do jantar nós nos reunimos na sala para poder jogar conversa fora. Clyde e Stanley contaram várias das coisas que tinham acontecido com eles e como eles tinham lidado com todo esse problema. Zoey contou um pouco sobre sua mão e sua família. Eu por outro lado apenas ouvi – algo raro de acontecer – geralmente eu sempre tinha muito o que dizer. Eu estava triste por Craig viajar. Eu queria poder ir com ele, mas eu sabia que precisava ficar. Só morreria de saudades dele. Era crueldade do destino nos separar nesse fim de semana. Quando Clyde e Stan foram embora nós fomos para nossos quartos. Jason havia bebido um pouco além da conta e acabado por ficar. Ele ficou no sofá assistindo TV com as luzes apagadas enquanto Zoey foi para o quarto de hospedes.

Enquanto Craig estava no banheiro terminando de se ajeitar para dormir eu arrumei a cama e apaguei as luzes, a TV e acendi algumas velas aromáticas. Fiquei completamente nu e peguei um dos meus plug anais para surpreende-lo. Escolhi o modelo que envolvia o escroto e coloquei em mim. O modelo que coloquei foi o Plug anal com Anel de bolas e do pênis. Ele envolvia o escroto, o pau e encaixava enfiando no meu ânus. Depois de coloca-lo eu me deitei na cama esperando por ele. Quando Craig saiu do banheiro olhou para o quarto com estranheza, mas sorriu ao ver que a luz de velas estava eu completamente nu de pau duro com o plug anal que era o seu favorito.

- o que é isso? – perguntou ele com a toalha de rosto nos ombros. Ele usava apenas a bermuda do pijama.

- a nossa noite de despedida – falei abrindo as pernas deixando ele ver o plug - A próxima vez que nos vermos será o dia do nosso casamento.

- então eu vou poder te comer?

- não senhor – falei me sentando na cama – só na nossa lua de mel. Você vai sentar aqui e eu vou chupar esse caralho pra que em Nova York não esqueça que você tem dono.

Craig veio até a cama e tirou a bermuda jogando de lado na cama. Ele se sentou escorando-se na cabeceira e eu me aproximei engatinhando com a bunda arrepiada e coloquei seu pau em minha boca. Desci sentindo ele em minha garganta deixando ele bem molhado. Cobri a cabeça com o coro e passei a língua na cabeça circulando ainda coberto. Puxei a mão e deixei a cabeça a mostra e voltei a chupá-lo.

- Mike eu te amo demais! – falou ele respirando fundo enquanto eu  batia seu caralho na minha cara enquanto minha língua estava de fora.

- eu também te amo Adam!

Senti um calafrio na espinha ao olhar para Craig. Ele também percebeu que eu disse o nome errado. A pior coisa que poderia acontecer naquele momento.

- Craig, me desculpa – falei me sentando na cama.

- o que eu faço com você Mike? – falou ele olhando para mim.

- Me perdoa. Eu nem sei o que dizer. Isso nunca tinha acontecido antes.

- Será que algum dia eu vou ser merecedor do seu amor? Da mesma forma que Adam merece?

- eu não amo ele.

- Ama sim Mike – falou Craig lambendo os lábios.

- pare de dizer que eu o amo. Eu amo você – falei sentindo duas lágrimas caindo do meu rosto.

- então porque você está chorando?

- porque eu amo ele mais – falei limpando o rosto – me perdoa.

- eu vou para um hotel – falou Craig se levantando.

- não, Craig! A casa é sua. Fica!

- eu sei que você o ama Mike, mas você está disposto a abrir mão desse amor doentio para ser feliz comigo?

- sim, estou – me levantei e vesti o robe azul marinho. Craig vestia suas calças se preparando para ir passar a noite em um hotel – eu amo você – falei me aproximando dele e dando um selo em sua boca.

- é horrível a sensação Mike – falou ele engolindo em seco – a sensação de ser a segunda opção.

- por favor, não vai.

- eu preciso ir por hoje. Pelo menos hoje a noite. Eu preciso esvaziar a cabeça e pensar no meu futuro.

- nós ainda estamos noivos?

- sim – falou Craig me abraçando e dando um selo em minha boca – é uma droga ser adulto! – falou ele rindo.

- eu também acho – falei dando outro selo em sua boca.

Me sentei na cama e observei enquanto Craig terminava de se arrumar para ir para um hotel. Eu sabia que tinha estragado tudo. Acabado com a nossa noite. Ele não merecia ser tratado dessa forma. Dizem que sou muito jovem para entender o que é amor. Tudo o que sei é que sentia como se estivesse perdido em um pesadelo. Craig pegou as malas e desceu as escadas. Eu o ajudei. Quando o Uber chegou ele buzinou lá de fora e aos pés da escadas Craig me abraçou e nós demos um beijo. Um beijo demorado.

- me liga quando chegar em Nova York.

- ligo sim – falou ele apertando os lábios forçando um sorriso enquanto caminhava para fora da casa – eu te amo Mike.

- eu te amo – minha voz falhou. Acho que até eu não acreditava mais naquela mentira.

‘Eu te amo’, 

‘Eu te amo’, 

‘Eu te amo’

‘Eu te amo’, 

‘Eu te amo’, 

‘Eu te amo’

10 DE DEZEMBRO

Estávamos sentados na sala de reunião. Tudo o que conseguia pensar era em Ally. Ela não sabia de nada e aguardava lá fora. Do meu lado esquerdo estava Zoey e do meu lado direito estava Joe. Meu coração batia rápido sem saber o que aconteceria. Aqueles dois falavam e falavam sem parar. A minha cabeça girava sem acreditar que ele tinha cometido suicídio. Seria eu a causa? A Felicidade nunca esteve tão distante. A voz rouca e prepotente de Bryon me irritou. Eu senti a revolta em meu corpo.

- Eu não vou fazer nada – falei ficando de pé.

Bryon olhou para Theresa e os dois deram uma risada. Eles achavam mesmo que iria, me obrigar a fazer algo? Eles estavam muito enganados.

- eu recomendo que você se sente – falou Theresa com a voz autoritária.

- vocês não podem fazer isso. Eu vou até a policia – falei dando a volta na mesa. Zoe e Joe continuavam em silêncio. Olhei para eles e voltei a olhar para o casal a minha frente.

- Sr. Fabray – falou Bryon caminhando dois passos na minha direção – acho que Theresa e eu não fomos muito claros quanto as nossas intenções. Por algum motivo você acha que o que está acontecendo aqui é um jogo. Não. Só é um jogo quando você tem chance de vencer, mas você já perdeu. No momento em que entrou no nosso caminho.

- eu vou até a policia – falei com raiva – eu não vou ser chantageado.

Nesse momento Ally veio caminhando até a sala de reuniões com alguns papéis na mão. Ela abriu a porta trazendo algo.

- Mike eu acho que encontrei…

Bryon virou para trás e deu um tiro no meio da testa de Ally que foi jogada contra a parede de vidro e deslizou-se jorrando sangue até que caiu no chão. Zoe começou a gritar histérica e Joe a abraçou. Meu coração disparou e não consegui me mover.

Espero que tenham gostado. O quebra cabeças será montado ainda nos capítulos de hoje. Um grande abraço a todos vocês. O título desse capítulo é da canção 'Cruel' da Foxes.