Capítulo 03: Cavalo de Vidro | Conto: Príncipe Impossível: Parte Dois

TRES

cavalo de vidro

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O

 resto da semana foi um porre assim como o começo dela. Eu odiava quando Gray fazia plantão durante a noite. Ele estava trabalhando tanto para conseguir manter o nosso estilo de vida e as vezes eu tinha pena dele. Se eu estivesse trabalhando talvez ele não precisasse trabalhar dobrado. Na semana que se passou ele pegou plantão durante todas as noites da maia noite até o meio dia. Ele chegava em casa e mal conseguia comer algo antes de desmaiar na cama morto de cansado. Kurt e eu fazíamos companhia um para o outro e só Deus sabe o que seria de mim se não fosse o Netflix. O ar condicionado do andar de baixo havia estragado a alguns dias e Gray prometeu ligar para a manutenção. Não sei se ele esqueceu ou se ele não tinha o número tudo o que sei é que eu decidi não reclamar mais sobre isso.

Ele já estava sobrecarregado com o trabalho no hospital e na Pegasus e não tinha porque eu ficar reclamando sobre o calor infernal que eu passava no andar de baixo todos os dias. O ventilador que estava no deposito ajudava um pouco especialmente enquanto eu cozinhava. Eu ligava a TV e o apontava diretamente para meu rosto enquanto fazia a minha mágica na cozinha. Geralmente Kurt corria de um lado para o outro com um dos seus brinquedos. Era segunda de madrugada e eu estava sem sono como de costume. Gray pegou plantão durante o dia essa semana o que me deixou um pouco feliz. Odiava dormir sozinho. O relógio na cabeceira marcava pouco mais das quatro e maia da manhã. As cinco horas ele levantaria para se arrumar já que ele começaria o trabalho ás seis da manhã.

Olhei na babá eletrônica e vi que Kurt dormia profundamente em seu berço. Gray também parecia desmaiado na cama e eu decidi fazer aquilo que ele tinha me pedido durante toda a semana. Me ajoelhei na cama e tirei o cobertor de cima de Gray e o joguei de lado. Ele sempre dormia com a cueca e a calça do pijama. Ele estava sem camisa. Eu por outro lado dormia completamente nu. Passei a mão em seu peito e acariciei até chegar em sua barriga. Me inclinei e dei um beijo em seu umbigo sentindo os cabelos que levavam até dentro da cueca tocarem meus lábios. Gray ainda dormia profundamente. Com a língua pra fora lambi o pau dele ainda coberto pela roupa e percebi que havia escolhido o momento certo. Ele estava com o pau duro.

Com as duas mãos fui abaixando a calça e a cueca deixando seu pau saltar para fora. Gray nesse momento começou a se revirar na cama. Tirei toda a calça e joguei no chão e em seguida tirei a cueca. Ele não ajudava e só movia as pernas.

Gray engoliu em sexo e pareceu finalmente ter desperto e percebido que tinha algo acontecendo, mas ainda de olhos fechados sem saber o que acontecia de fato. Me abaixei indo direto em seu saco com a língua pra fora e o lambi. Chupei o saco do meu marido e coloquei uma das bolas na minha boca sentindo o cheiro da sua masculinidade afundar em meu nariz. Segurei o pau e puxei o coro. A cabeça estava seca e eu passei a língua deixando ela molhada e engoli seu pau.

- o que está fazendo? – perguntou ele acariciando minha cabeça enquanto eu chupava seu pau. Ele abriu os olhos e me viu engolir seu pau carinhosamente deixando ele tocar o fundo da minha garganta. Tirava o pau até a cabeça e dava aquela chupada e movia a mão duas vezes antes de voltar a engolir seu pau.

Percebendo que minha boca estava ocupada e que ele já tinha a resposta ele pegou o celular e começou a olhar as mensagens enquanto eu mamava seu pau.

- eu vou receber esse tratamento todas as manhãs? – perguntou ele passando o dedo no celular olhando alguma coisa.

- vai sim – falei parando para respirar um pouco, mas agora eu movia minha mão rapidamente por seu pau.

- eu sou o homem mais sortudo do mundo – falou ele largando o celular e levando as duas mãos para atrás da cabeça se ajeitando na cama para aproveitar o boquete que eu estava lhe fazendo.

- eu concordo – falei rindo e voltando a colocar aquelas a cabeça do pau dele na boca e pressionando forte os lábios enquanto minha língua acariciava a glande e Gray se segurava de tesão.

Volte ia chupar Gray, mas dessa vez mais rápido com a intenção de fazê-lo gozar. Metia o pau dele bem fundo na minha garganta e tirava. Em certo momento Gray segurou minha cabeça e começou a mover o a cintura fodendo minha boca. Ele só parou quando quase gozou. Não dei folga e comece ia mover a mão no pau dele.

- tras a sua bunda aqui – falou Gray de olhos fechados.

Eu mudei minha posição ficando com a bunda perto de Gray. Enquanto eu batia punheta para Gray ele começou a dar tapas na minha bunda. Ele segurou com força na minha bunda e apertou. Em seguida ele meteu um tapa que a deixou vermelha.

Continuei a mover min há mão bem rápido e quanto mais rápido eu batia punheta mais tapas ele deferia em minha bunda. Ele atreveu até a enfiar dois dedos no meu cuzinho me fodendo enquanto com a outra mão ele dava tapas doloridos.

- puta que pariu! – Exclamou Gray segurando na minha nádega e apertando a mão forte.

Continuei movendo a mão bem rápido e ele começou a esporrar para o alto. A porra era jogada para o alto e caia na minha mão. Eu continuava a mover a mão no pau dele melando seu caralho. Gray relinchou como um cavalo e quando ele parou de gozar eu apertei o pau dele deixando a última gota sair. Me inclinei e passei a língua nessa última gota.

- caralho Griff – falou ele com um sorriso tirando os dedos da minha bunda – eu te amo.

- eu também te amo – falei me inclinando e dado um beijo no pau dele.

- vem aqui. Deixa eu te fazer gozar também.

- não precisa meu amor – falei me levantando e pegando uma toalha na gaveta e limpando a porra da minha mão e do pau e barriga de Gray.

- tem certeza meu príncipe?

- tenho sim – falei pulando na cama e indo até Gray e beijando a sua boca. Acariciei seu peito enquanto nos beijávamos.

- você não quer porque está com essa bobagem de ter vergonha do seu corpo?

- não – falei rindo – isso é uma coisa especial que eu fiz pra você e pretendo fazer todos os dias pra você ir trabalhar bem relaxado e ter um ótimo dia.

- mas e você? Você vai ficar o dia todo em casa sem ar condicionado. Quando eu chegar você vai estar estressado.

- Exato. E adivinha no pau de quem eu vou descontar esse estresse – falei rindo

- entendi – falou ele me dando um último selinho na boca antes de ficar de pé. rindo e se sentando na cama.

- já que você falou sobre o ar condicionado…

- me desculpa por isso – falou ele de pé olhando pra mim – eu tentei acionar o seguro, mas eles me disseram que o seguro expirou e eu tenho certeza de que eu ainda tínhamos alguns meses da garantia.

- talvez Holly possa te ajudar nisso.

- ótima ideia – falou ele – vou procurar o contrato que assinei com a empresa e vou falar com ela.

- okay – falei deitando na cama.

- você vai ficar em casa o dia todo?

- acho que sim – falei olhando para ele.

- estava pensando em fazemos as compras do mercado hoje na hora do meu almoço,  o que você acha? Se você preferir podemos fazer depois do meu expediente.

- Não. Na hora do almoço é perfeito. Eu vou aproveitar e dar uma passada na Pegasus. O pessoal está me cobrando uma visita com Kurt.

- ótimo – falou ele entrando no banheiro.

Não vi o momento que Gray saiu para o trabalho pois acabei adormecendo de novo, mas me lembro do momento que ele deu um beijo no meu rosto e disse que me amava. Sei que era ele por causa do seu perfume. Pouco depois das oito horas acordei com Kurt chorando no berço. Me levantei e depois de trocar as suas fraldas dei mamadeira a ele. No andar de baixo liguei o ventilador na cozinha para fazer o meu café da manhã. Fiz algumas panquecas e comi com mel enquanto Kurt assistia a um canal infantil na televisão. Eu não sei se ele entendia o  que aquela Dora falava, mas fazia com que ele se distraísse por algumas horas.

Aproveitei para dar uma limpeza geral na casa. Gray chamava uma diarista para limpar todas as semanas, mas eu a dispensei depois de um mês. Eu mesmo gostava de fazer esse tipo de serviço. Limpar a casa me dava um certo tipo de paz. A limpeza exterior era a perfeita metáfora para a limpeza interior e mesmo cansado depois eu me sentia mais leve depois de horas e horas limpando aquela enorme mansão. Depois que terminei decidi dar um pulo na piscina com Kurt. Enquanto estávamos nadando meu celular tocou e eu vi que era uma mensagem de Ally.

‘Gray conversou comigo e disse que você está precisando conversar. Posso te encaixar todas as quinta feiras as duas horas da tarde. Posso confirmar’.

Apesar de odiar conversar com Psicólogos e psiquiatras eu admito que estava precisando de aconselhamento e mandei uma mensagem confirmando o horário com Ally. Voltei a dar atenção a Kurt e nós logo saímos da piscina já que tinha compromisso para a hora do almoço. Depois de prontos eu chamei um Uber que nos deixou em frente a Pegasus. Depois de pagarmos a corrida eu olhei para a fonte com um enorme cavalo de vidro com asas jorrando água.

Me aproximei com Kurt nos braços para poder tirar uma selfie com a fonte no fundo.

- vamos mandar uma foto para o papai para mostrar que já estamos aqui. Depois de tirar umas quatro fotos acabei fazendo um vídeo onde Kurt sorria e acenava para a câmera.

- tia Holly! – falou Kurt enquanto eu filmava.

- você quer ver a tia Holly e a tia Eve? E a tia Morgan?

Kurt deu risada confirmando que queria vê-las.

- então vamos porque você é um bebê fofo e se depender de mim vamos ficar o dia todo tirando fotos.

- eu sou fofo! – falou ele tocando meu rosto.

- isso mesmo. Você é muito fofo – falei rindo e caminhando com ele – O bebê mais fofo do mundo.

Distraído com Kurt no braço não percebi que um homem vinha na minha direção e quando passou por mim ele jogou o que tinha em um copo na direção da cara de Kurt, mas a minha sorte é que consegui virar e tempo e ele acertou no meu rosto ao invés.

-  oque é isso? – falei sentindo o liquido morno escorrer minha camisa. Minha reação foi esconder Kurt do homem.

- me desculpa – falou um homem elegante com um sorriso. Ele tinha um copo da Starbucks na mão – eu não vi vocês.

- não viu? Você jogou esse liquido na cara do meu filho.

- é mocha latte, mas já está quase gelado. Não se preocupe não vai te queimar.

- você é maluco? Porque você fez isso?

- eu já disse que foi sem querer. Eu esbarrei.

- engraçado porque eu não passei perto o suficiente pra esbarrar e me responda porque o seu copo está sem a tampa.

- você é um rapaz bem apessoado – falou o homem de olhos azuis se aproximando um pouco. Ele parecia analisar Kurt e eu – um rapaz simpático de pele bonita. Uma pena que esse bebê no seu braço não combine com você  -falou ele passando por mim.

- perdão? como é que é? – falei caminhando atrás do homem – o que você quer dizer com isso seu racista desgraçado?

- o que está acontecendo aqui? – falou um homem se aproximando de nós. Um homem de cabelos bem penteados. Era alto e tinha olhos verdes. Tinha cara de mal e pelo o que percebi usava um coldre escondido no peito.

- esse racista jogou café tentando acertar o meu filho.

- eu não sei do que esse rapaz está falando – falou o homem de mãos levantadas – eu estava passando por aqui e esse rapaz maluco com esse negrinho nos braços começou a me assediar. Devem estar querendo dinheiro ou algo assim. Não é? – falou o homem racista tocando no homem de olhos verdes – esse povo vive pedindo igualdade, mas vive pedindo privilégio ao governo.

O homem de olhos verdes olhou para mim e depois para o homem.

- olha, eu não sei quem o senhor é…

- sou Juan Overby Thatcher – falou o homem apontando para um grande prédio ao lado esquerdo – eu sou dono daquele prédio. Uma seguradora.

- não me importa quem é você – falou o homem de olhos verdes – eu peço que fique longe deles – falou ele apontando para mim e Kurt – se eu ver você próximo a eles eu não pensar duas vezes antes te de derrubar e enfiar um soco nessa cara racista e arrogante.

O homem pegou os óculos escuros e colocou no rosto e saiu caminhando e no caminho jogou a embalagem da Starbucks dentro da fonte da Pegasus.

- vocês estão bem? – perguntou o homem de olhos verdes.

- sim. estou  -falei sentindo o café grudando em meu corpo – só um pouco melado – obrigado senhor…

 - Jack Wooldridge – falou ele apertando minha mão.

- obrigado Jack eu sou.

- Griffin – falou ele com um sorriso olhando para Kurt – e esse é o pequeno Kurt.

- sim, como você nos conhece?

- eu trabalho na Pegasus. Na verdade sou o segurança que foi contratado para ir junto nos trabalhos de campo. Caso alguma coisa dê errada. Gray vive mostrando as fotos de família e eu os reconheci.

- prazer te conhecer Jack.

- vamos – falou ele caminhando ao meu lado.

Nós entramos no elevador e quando chegamos ao andar da Pegasus eu dei de cara com Eve. Ela sorriu ao me ver.

- Griffin?  -falou ela se aproximando – a quanto tempo. Ela tinha os mesmos cabelos ruivos, mas agora eram curtos – que cheiro é esse? – perguntou ela se aproximando e fazendo cara feia.

- um imbecil jogou mocha latte em Kurt e em mim.

- porque ele fez isso? – Eve pareceu furiosa.

- um racista – respondeu Jack – mas eu já deixei claro que estou de olho nele.

- isso é horrível. Pensar que em pleno dois mil e dezoito tem gente assim  -falou Eve pegando Kurt dos meus braços – vá se limpar que eu cuido do Kurt.

- obrigado Eve.

- Griffin eu quero te apresentar a minha sobrinha – falou Eve caminhando com Kurt nos braços até a recepção – essa daqui é Rhonda Mallory – falou ela sorrindo – minha sobrinha e nossa nova recepcionista.

- muito prazer Griffin – falou ela entendendo a mão – é bom finalmente te conhecer depois de tanto ouvir falar de você.

- igualmente – falei tirando a minha camisa – uma pena que esteja te conhecendo nessas circunstancias.

- relaxa – falou ela com um sorriso – existem imbecis em qualquer lugar. É só ignora-los.

- vou anotar – falei rindo.

Caminhei pelo corredor para ir até o banheiro e no caminho topei com Morgan saindo de sua sala. A primeira reação dela foi de estranheza já que eu estava sem camisa.

- Griffin? Você… está… aqui… sem camisa – falou ela rindo sem graça – o que aconteceu?

- um imbecil derramou café em mim… quer saber… não importa – falei respirando fundo – como você está?

- estou ótima – falou ela se virando – me siga.

- onde vamos?

- Gray sempre deixa uma camisa ou outra na sala dele.

Nós fomos até a sala dele e Morgan me deu uma camisa de botões branca listrada de azul.

- obrigado – falei vestindo a camisa – como você está?

- estou bem. Onde está o pequeno Kurt?

- está com Eve.

- vamos aproveitar que você está aqui para eu te apresentar para o resto do pessoal.

Nós seguimos pelo corredor e no caminho nós topamos com Jack.

- Griffin esse daqui é…

- Jack Wooldridge. Eu já o conheço.

-que bom – falou ela com um sorriso.

- onde estamos indo?

- para sua antiga sala.

- vocês já contrataram alguém para me substituir?

- sim. Faz mais ou menos duas semanas – toc toc – falou ela batendo na porta. Um rapaz de barba preta e olhos azuis olhou para nós – Griffin esse daqui é nosso novo contador forense Nicky Wesley.

- prazer – falou o homem se levantando e apertando minha mão – pode me chamar apenas de Wes.

- prazer Wes.

- é bom finalmente conhecer o homem por trás das obras de arte – falou Wes.

- como assim?

- Wes está sempre falando como o seu trabalho era impecável e como será difícil te superar – falou Morgan.

- eu vou tentar, mas não acho que vou conseguir – falou ele voltando a se sentar.

- vamos deixar você em paz – falou Morgan segurando na minha mão e me puxando para fora da sala.

- parece que as coisas estão indo bem sem mim.

- no começo foi difícil, mas tivemos que nos adaptar – falou ela se sentando em sua cadeira. Eu me sentei de frente para ela – então… me conta. Como está a vida de casado?

- está ótima – falei rindo – um pouco entediante no começo, mas Kurt ocupa bastante meu tempo. Ele é bem sapeca.

- imagino que sim – falou ela rindo – afinal ele tem os meus genes.

- isso explica muita coisa – falei rindo e de repente aquele sorriso desapareceu.

- o que foi? – perguntou Morgan preocupada.

- não é nada é que… as vezes eu acho que Gray está carregando o mundo nas costas para sustentar a vida que temos enquanto eu fico em casa brincando de casinha.

- tenho certeza de que Gray dá conta do recado – falou Morgan segurando minha mão – Gray é um cara das antigas. Por mais que esteja nesse século ele é como um homem das cavernas. Na cabeça dele se ele estiver provendo comida e abrigo ele está fazendo o papel de homem… digo… de pai. Foi a mesma coisa quando éramos casados. Ele dobrava os turnos e passava mais tempo no trabalho do que em casa.

- eu me sinto culpado. O que eu faço pra esse sentimento desaparecer?

- quando Gray está em casa você é o tipo que fica reclamando das coisas? vocês brigam?

- não. Eu o trato como um príncipe e nós nunca brigamos. Não de verdade.

- então você está fazendo seu trabalho – falou ela com um sorriso – essa é a vida de casado. Casamento é feito de concessões, mas se você estiver infeliz ou se acha que isso realmente é um problema você pode sentar e conversar com ele. Vocês podem mudar a dinâmica.

- obrigado por ser minha conselheira no casamento – falei rindo.

- sem problema – falou ela segurando em minha mão – nós somos amigos e é pra isso que os amigos servem.

Nesse momento meu celular vibrou e eu vi que era uma mensagem de Gray dizendo que estava em frente ao cavalo de vidro me esperando.

- Gray está me esperando lá embaixo. Nós vamos fazer compras. Vocês se importam de cuidar de Kurt até que eu volte?

- é claro que não. Você não ia levar ele nem se quisesse – falou ela se levantando quando Eve chegou na porta com Kurt nos braços.

Morgan se levantou e pegou Kurt nos braços e começou a falar na língua de bebê com ele. Eu em aproximei e dei um beijo no rosto dele.

- papai volta em uma hora. Eu te amo meu filho.

- tchau papai! – falou Kurt acenando.

Quando cheguei ao saguão do prédio vi Gray de óculos escuros parado próximo a fonte. Me aproximei dele e deu um beijo em sua boca.

- onde está Kurt?

- o pessoal disse que cuida dele enquanto estamos fora.

- okay – falou ele com um sorriso segurando em minha mão enquanto caminhávamos até onde o carro dele estava estacionado – as fotos que você tirou em frente ao Pégaso ficou linda. Pensei até em emoldurar – falou ele quando entramos no carro.

- que bom – falei me sentando e colocando cinto.

- você está bem?

- estou sim – falei forçando um sorriso – eu queria muito falar para Gray que eu queria inverter os papéis. Eu queria trabalhar e eu queria que  ele ficasse em casa. Pelo o que Morgan me disse Gray é um pouco machista quando se trata de filhos. Ele não curtiu a infância dos filhos.

Ao chegarmos no Vallarta Supermarket nós pegamos um carrinho e começamos a andar de corredor em corredor colocando o que precisávamos. Deixei Gray pegar o que ele precisava. Quando chegamos a sessão de bebidas Gray pegou a sua cerveja favorita: Budweiser. Depois de pegar a sua Gray foi até a Bud Light que era a cerveja que eu gostava de beber e colocou um monte no carrinho.

- você está tão calado – falou ele com um sorriso – aconteceu alguma coisa?

- não. nada – falei respirando fundo – só estou pensativo.

- entendo – falou ele rindo – preciso dizer que fiquei a manhã inteira pensando no boquete que você fez pra mim – falou ele olhando para mim e tocando meu rosto – foi maravilhoso.

- que bom que gostou – falei sorrindo e me inclinando para dar um beijo em sua boca.

Nós seguimos pelo corredor e entramos onde haviam temperos. Gray gostava de comida apimentada. Eu já não era muito fã. Eu fui até alguns temperos e peguei alguns vidros lendo um bocado que eu nunca tinha uvido falar.

- que você acha que comprarmos esse? – falou ele se aproximando com um grande vidro com um pó marrom claro.

- o que é isso?

- canela. Você gosta?

- eu acho que nunca ouvi falar.

- você experimentou canela? Você vai adorar é um tempero para toda hora. Combina tanto para comida salgadas quanto para sobremesas. Acho que vou levar e no fim de semana vou fazer alguma coisa para você experimentar.

- combinado – falei deixando os temperos de lado e voltando a guiar o carrinho – é bom saber que no fim de semana vou comer algo feito pelas suas mágicas mãos. Eu estou cansado de comer minha própria comida. Não tem coisa pior do que fazer comida pra uma pessoa só.

- sério meu príncipe? – falou ele olhando para mim – se você quiser pode almoçar fora todos os dias com Kurt. Eu deixo grana com você ou você usa um dos meus cartões.

- só estou reclamando atoa – falei sem graça tocando no braço dele e dando um beijo no rosto dele – mas obrigado por oferecer. Você é um maridão e tanto, sabia?

- com o tratamento que venho recebendo em casa não poderia ser menos – falou ele rindo.

Gray e eu continuamos a fazer compras. Muitas coisas estavam em minha cabeça. Kurt, o racista e Gray se matando de trabalhar. No mais era só mais um dia de minha vida. Espero que eu crie coragem de conversar com Gray porque não posso segurar esses sentimentos para mim para sempre.

Espero que tenham curtido mais esse capítulo que escrevi para vocês. Espero que estejam gostando. Um grande abraço para todos vocês. Deixem aquele voto e comentário que me motiva bastante. Um grande abraço a todos e um beijão.

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